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Jardim – Escola João de Deus

Torres Vedras, 29 de janeiro de 2021

«Uma aventura no Castelo de Torres Vedras»

Era uma vez uma turma do 4ºano do Jardim Escola João de


Deus de Torres Vedras que foi visitar o Castelo da sua cidade.
A turma foi de autocarro, que parou cá em baixo ao pé do
Jardim do Choupal, pois o castelo fica no topo de uma enorme
colina. Quando lá chegaram, ficaram espantados pela altura do
castelo e pela linda paisagem.
Foram guiados por uma senhora muito bonita, com cabelo
preto, encaracolado e os olhos azuis e brilhantes. Era muito
simpática e sabia várias línguas. Levou-os para o interior do
Castelo.
Quando entraram, repararam numas armaduras de ferro
grandes, que pareciam ter sido de antigos cavaleiros. O Pedro
pensou em esconder-se numa delas; foi sorrateiramente, enfiar-se
numa das armaduras, sem os outros colegas verem.
A visita decorreu normalmente e a guia sabia muitas coisas
sobre o Castelo e sobre o tempo dos reis e, por isso, toda a turma
ficou espantada com tantos conhecimentos.
Quando estavam a voltar a Leonor reparou que uma das
armaduras estava a mexer-se e gritou assustada:
- Aaaaah! Olha Ariana, a armadura está a mexer-se…
- É verdade! Está mesmo a mexer-se!
Com a barulheira das duas amigas, toda a turma se assustou.
Como iriam resolver este mistério?

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A professora Ana Carla queria ajudar a resolver o assunto,
então, perguntou à turma quem se oferecia para ir lá ver o que se
passava com aquela armadura, que parecia ter vida.
O Martim ganhou coragem, foi até lá, espreitou para dentro da
armadura e descobriu porque se mexia, era afinal o Pedro que
queria pregar uma partida.
Toda a turma desatou a rir com a ideia do Pedro. Foi a partida
do dia! E apesar de, no início, estarem assustados acharam a
partida bem engraçada!
Como já era final do dia, estava na hora de regressarem à
escola; os pais já deviam estar à espera perto da Física, como é
costume, nos passeios da escola.
Despediram–se da senhora que os acompanhou na visita e
foram para o autocarro.
Foi um dia em grande, divertido, mas também onde
aprenderam muito, não só sobre reis mas também sobre armaduras
que se mexem. Foi a aventura no Castelo de Torres Vedras!

O Lucas começou a ter uma ideia, e o Martim, que estava ao


seu lado, perguntou:
- Que tens?
- Tenho uma ideia! Respondeu o Lucas – quando as aulas
acabarem, vem ter comigo até aquele túnel que nós vimos na visita
guiada que estava vedado ao público, aliás dá-me mais jeito no fim-
de-semana.
No sábado o Martim foi então para o tal túnel, mas ninguém
estava lá… só estavam algumas mochilas, ganchos e cordas.

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O Martim intrigado foi-se esconder, mas atrás dele uma voz
disse:
- Aí estás tu!
O Martim olhou para trás e viu que essa voz era o seu colega
Lucas.
- Finalmente chegaste! Eu fui à tua procura e como não te
encontrei, voltei! - Disse o Lucas.
- Ainda bem, mas já reparaste naquelas mochilas e ganchos e
cordas?
O Lucas, quase a rir-se, disse:
- Aquelas são as minhas mochilas! Eu trouxe-as no caso de ser
preciso. Vamos, quero ver o que está dentro daquele túnel! Quem
vai primeiro?
- Vais tu! - Disse o Martim.
- Mas eu pensava que tu tinhas coragem! – Disse o Lucas
- Eu sei, mas…
- Pronto, está bem vou eu! – Exclamou o Lucas.
O Lucas foi então primeiro, pegou num capacete, numa câmara
e em duas lanternas e lá foi ele.
- Para que é a câmara? Perguntou o Martim
- Para mostrarmos aos nossos amigos o que está dentro do
túnel!
O Lucas começou a descer o túnel e disse, através do
telemóvel:
- Até agora, nada de especial, só vejo terra e algumas rochas!
- Continua à procura de algumas…
- Espera estou a ver uma coisa brilhante aqui! - Disse o Lucas
entusiasmado.

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- Vê o que é! Pediu o Martim.
- É cintilante! Parece que é… OURO!
- É o quê? - Questionou o Martim entusiasmado.
- Ouro, é ouro! Estamos ricos!
O Lucas tentou tirar o ouro, mas não conseguiu.
- Passa-me a picareta! Pediu o Lucas.
- Para quê? Perguntou o Martim.
- Já vais ver!
- Ok! Toma! Disse o Martim.
O Lucas pegou na picareta e começou a tentar tirar o ouro dali.
Deu uma martelada e a terra começou a tremer. O Martim em
pânico gritou:
- Sai já daí!
O Lucas correu com toda a sua velocidade e, mal ele saiu, o
túnel foi todo abaixo!
- Foi por pouco! Disse o Martim.
- Pois, e eu estava tão emocionado por ter aquele ouro!
O Martim e o Lucas tentaram vezes sem conta pegar nas
pedras para irem buscar o ouro, mas as pedras eram demasiado
pesadas, o Martim e o Lucas precisavam da ajuda de alguém. Na
verdade, precisavam de ajuda de várias pessoas.
Eram nove horas da noite e o Martim estava a subir a janela
para chegar ao seu quarto sem que ninguém se apercebesse, mas
quando entrou no seu quarto, Martim teve o azar de tropeçar num
brinquedo. Com o barulho, Leonor acordou e meio ensonada disse:
- Porque é que ainda estás em pé a estas horas? - Perguntou a
Leonor.

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- Isto é tudo um sonho, tu estás a dormir profundamente neste
momento. – Disse Martim
- Eu não sou totó Martim, o que andaste a fazer até agora? –
Questionou ela já desperta.
- Eu estive com o Lucas esta tarde e jantei na casa dele, só
isso. – Explicou o Martim
- E onde é que vocês os dois estiveram a tarde toda? – disse
Leonor ficando cada vez mais curiosa.
Não havia volta a dar, Martim tinha de contar à Leonor o que se
tinha passado.
- Eu e o Lucas encontrámos ouro. Tentámos trazê-lo, mas o
chão começou a tremer e quase que nos magoávamos a sério. Só a
turma toda é que consegue levantar aquele peso todo. – Disse
Martim.
- Posso ajudar-vos? – Perguntou Leonor
- Claro! – Exclamou o Martim, mais aliviado.
- Como o ano está a acabar, podemos juntar a turma e resolver
este mistério. – Sugeriu a Leonor.
- Boa ideia! Quantos mais, melhor. – Respondeu Martim a
preparar-se para ir dormir.
Leonor não conseguiu dormir. Estava demasiado ansiosa para
o dia seguinte. Já sabia a quem iria contar esta novidade.
Quando chegaram à escola, Martim e Leonor estiveram o
tempo todo a falar sobre quem seria o grupo a saber da notícia,
primeiro.
- No recreio Leonor, teve a iniciativa e foi falar com a Ariana.
Contou-lhe sobre o tesouro e esta ficou muito entusiasmada:
- Ari, fazes-me um favor? – Perguntou a Leonor.

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- Claro que sim – Disse ela.
- Podes vir comigo contar a aventura, às pessoas da turma? -
Perguntou Leonor.
- Nem era preciso teres perguntado, vamos! – Exclamou Ariana
Antes da aula começar, toda a turma se juntou numa roda.
Martim e Lucas tomaram o controlo da reunião pois eram quem
tinha descoberto o ouro:
- Como já sabem, eu e o Lucas encontrámos ouro e como
estamos quase no fim do ano letivo, gostaríamos de aproveitar o
facto de ainda estarmos todos juntos. Esta é a aventura da nossa
vida, pessoal! Quem é que está livre este fim-de-semana? –
Perguntou o Martim super empolgado.
Todos os alunos concordaram que estavam livres no sábado e
no domingo também. Leonor, Ariana e a Madalena Miranda
depressa começaram a organizar o que teriam de levar consigo.
Uns levavam lanternas, outros garrafas de água e outros, algumas
ferramentas, caso fosse necessário.
Todos estavam empolgados e queriam que a semana
acabasse o mais cedo possível.
Finalmente chegou sexta-feira! A turma não escondia a
emoção, e quando acabou a aula arrumaram as mochilas o mais
rápido possível e saíram disparados pela porta. Não se falava de
outra coisa senão do ouro.
No sábado de manhã todas as crianças da turma saíram pelas
janelas dos seus quartos às escondidas dos pais.
- Mal posso esperar para ter todo aquele ouro na minha mão! -
dizia a Leonor para o Martim.

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- Eu também! Vamos ligar a todos para saber se já saíram de
casa.
Pegaram no telemóvel e ligaram à turma por vídeo chamada.
- Olá pessoal, já todos saíram de casa? - perguntou o Martim.
- Sim! - disse a turma em coro.
- Nós até já estamos a chegar… Espera o que é aquilo que
está em frente do túnel? – perguntou a Leonor intrigada.
- Acho que são pessoas! – gritou o Martim.
- O quê?! - disse o Lucas intrigado.
- Devem saber do ouro, porque não passam aqui carros, muito
menos pessoas! - Respondeu o Tomás.
- Eles vão ficar com o nosso tesouro! – disse a Rita.
- Venham o mais rápido que puderem para aqui! Temos de
desligar. - disse a Leonor.
Leonor e Martim esconderam-se atrás do túnel.
- Achas que eles sabem mesmo do ouro? - questionou a
Leonor.
- Espero que não. Pára de apoiar a tua mão no meu ombro. -
disse o Martim.
- Eu não estou com a minha mão no teu ombro.
- Então quem está? … AHAHAHAHAHAH!
- Calma, somos só nós, Martim. - Disse a Ariana.
Toda a turma já tinha chegado. Todos desataram a rir da
reação do Martim e isso chamou a atenção daquelas pessoas que
estava na frente do túnel.
- Quem é que está aí atrás? - perguntou uma voz vinda da
frente do túnel.
- Escondam-se! - recomendou o João.

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- Onde? Aqui não há nada onde nos possamos esconder! -
disse o Lucas.
- Ali! – sugeriu o Tomás apontando para uma pequena quinta
um pouco longe.
- Ok! Mas que ninguém se esconda dentro do poço por que
senão não sai de lá! - Recomendou a Madalena Jesus.
A turma acenou com a cabeça a dizer que sim e correram o
mais rápido possível para a pequena quinta. Uns esconderam-se
atrás da casota do cão, outros esconderam-se atrás de alguns
animais e outros atrás do poço.
Passado algum tempo, quando tinham já a certeza que não
estava lá ninguém, saíram dos esconderijos e encontraram-se a
meio da quinta.
- Estamos todos aqui? - perguntou a Daniela.
- Vamos ver, 1, 2, 3, 4…19, 20, 21. - disse a Beatriz.
- 21? Não estamos todos, quem falta? - perguntou o Miguel
Santos.
- Ajudem-me! - dizia uma voz de dentro do poço.
-Ouviram? Acho que vem de dentro do poço! - disse Madalena
Miranda.
A turma correu até ao poço e lá viram a Susana presa.
- Eu disse para não entrarem dentro do poço! - exclamou
irritada a Madalena Jesus.
- Eu não entrei, eu caí! - disse a Susana.
- Como? - perguntou o Carlos.
- Vocês empurraram-me! - exclamou a Susana.
- Desculpa. - gritou a turma em coro
- Não faz mal. - disse a Susana.

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- Mas, agora olhem aquelas pessoas, já saíram da frente do
túnel. Vamos buscar o ouro. - observou entusiasmado o Miguel
Santos.
- Oh não, o meu pai está a telefonar-me. - afirmou o Francisco
Gomes
- O nosso também. Disseram a Leonor e o Martim. O que
dizemos?
- Dizem que foram a uma festa de pijama! - exclamou a Rita
- Boa ideia. - disseram os Gémeos.
- Lucas… Lucas. Onde está o Lucas? - interrogou a Madalena
Miranda.
- Estamos completamente perdidos. - disse a Beatriz.
- Martim, lembraste do caminho? - perguntou o Tomás.
- Mais ou menos. - respondeu o Martim.
- Isso quer dizer que… - disse o João.
- Só me lembro que temos de passar por uma ponte muito
grande. - Disse o Martim.
- É assim tão grande? - perguntou o Santiago. - Estou com uma
fome louca.
- Tenho aqui barritas de cereais. Alguém quer? Tenho de
morango e chocolate. - perguntou o Francisco Gomes.
- Chocolate! - exclamou a turma.
Francisco distribui as barritas por todos.
- Estavam tão boas! - exclamou Santiago.
Quando toda a gente terminou de comer as barritas, dirigimo-
nos para o local onde se encontravam as pedras, que escondiam o
ouro.

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Surpreendidos, toda a turma reparou que ali havia um grande
buraco, mas agora sem a pedra de ouro. Começaram todos a
observar com atenção à sua volta e reparam que o segurança do
castelo tinha a farda cheia de terra e levava consigo uma mochila
entreaberta, onde se via bem a pedra de ouro.
O segurança ao aperceber-se que as crianças tinham
descoberto o seu segredo, decidiu começar a correr pelos
corredores estreitos do castelo, acabando por ficar encurralado pela
turma do quarto ano, enquanto isto a Carolina ligou rapidamente ao
112 para que a polícia ali fosse apanhar o ladrão.
Quando a polícia chegou e no meio da confusão o segurança
começou a contar a sua história.
- Eu peguei na pedra quando estava a fazer o meu turno da
manhã e descobri a pedra de ouro ali abandonada, pelo que decidi
que o melhor era pegar no ouro e levar para o museu, pois pensei
que devia pertencer ao Museu do Castelo.
- Não é verdade! - Disseram vários meninos.
- Eu vi-te a correr pelas ruas do castelo! – Disse a Carolina
O segurança calmamente disse aos meninos que correra para
fugir, porque pensava que o queriam roubar. Disse ainda, que tinha
como missão, devolver a pedra preciosa ao Museu do Castelo, pois
esta pedra contava muitas histórias dos nossos antepassados.
A turma surpreendida com o mal-entendido e envergonhada
por ter chamado a polícia e ter criado esta grande confusão, acabou
por redimir-se, pedindo desculpa.
A polícia e o segurança deram uma grande gargalhada, pois
acharam muito divertido.

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Todos distraídos com a história do segurança de repente
ouviram um vidro a partir.
- Aiiiii! – Disse toda a turma em coro.

- Desculpem fui eu que deixei cair a lanterna. – Disse o Diogo.

- Meninos eu há uns dias estava a fazer o meu turno e vi dois


meninos ao longe, mas não consegui ver quem era. Algum de vós
sabe de alguma coisa? – Perguntou o senhor do turno.
- Eu sei quem foi. – Disse a Leonor.
- Então diz. – afirmou o senhor.

- Foram o Martim e o Lucas, os que estão ao pé do João. –


Disse a Leonor.
- Então foram esses malandrecos. Mas eu não percebo o que
vocês queriam fazer? – Indagou o senhor.
- Nós queríamos visitar o castelo de forma mais aprofundada. -
Disseram o Lucas e o Martim envergonhados.
- Vamos sair do castelo para ir fazer alguma coisa na rua. -
Disse o Pedro.
- Então vamos! – Disse o Diogo entusiasmado. - E lá foram.

- Vamos sentar – nos naquele banco. – Sugeriu a Carolina.

Os outros continuaram a falar, andando de um lado para o


outro.
- Vamos comer alguma coisa? - Perguntou o Carlos.
- Boa ideia! - Disse o Diogo.

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Enquanto a turma estava a comer e a conversar, o Martim
perguntou a todos os colegas se tinham contado aos seus pais esta
aventura e todos responderam ao mesmo tempo:
- Não!
Entretanto, alguns pais começaram a ligar para os seus filhos,
porque estavam preocupados.
De repente ouve-se:
- Psst, psst!
A turma ficou muito admirada e intrigada, quem estaria a
chamar?
- Psst, psst! – Ouviram novamente.
O Miguel Magrinho virou a cabeça e descobriu o segurança
atrás de uma rocha. A turma foi ter com ele e ele disse-lhes:
- Sabiam que a pedra que vocês encontraram consegue abrir
um portal para os tempos antigos? Eu sou o guardião desta pedra e
a minha família guarda esta pedra desde os tempos antigos, mais
concretamente, desde o ano trezentos e oito a.C. Querem ir visitar
os tempos antigos? Vocês queriam conhecer o castelo mais
profundamente! Assim ficam a conhecer uma parte escondida da
nossa história.
E então todos perguntaram ao guardião:
- E os nossos pais?
- Digam aos vossos pais que chegam a casa em cinco minutos.
- Em cinco minutos? Como podemos fazer uma viagem aos
tempos antigos e estar em casa em cinco minutos? – perguntou a
Mariana.

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- A viagem pode durar o tempo que quiserem, pois quando
voltarem, vão regressar a este mesmo momento, vai parecer que
nunca saíram daqui – disse sorrindo o guardião.
- Então queremos! – Gritaram todos cheios de entusiasmo.
- Eu gostava de ir visitar Torres Vedras dos tempos romanos. –
disse a Daniela.
- E eu gostava de visitar Torres Vedras nas invasões francesas!
– disse a Beatriz
O guardião, feliz por ter encontrado um grupo de crianças tão
curiosas e entusiastas, disse:
- Parecem-me duas ótimas ideias. Podemos visitar essas duas
épocas se quiserem. Qual visitamos primeiro?
- Podemos visitar primeiro os tempos romanos, são tempos
mais antigos. O que será que havia aqui no lugar do castelo? –
disse o Carlos intrigado e super curioso com a viagem. – O que
será que vamos encontrar?
Cada um ligou aos seus pais, prometeram estar em casa em
cinco minutos e foram todos a correr ter com o guardião.
O guardião explicou que teriam todos que colocar a mão na
pedra e dizer “iter cognoscere”, que significa viagem ao
conhecimento. A turma e o guardião, que segurava na pedra,
colocaram a mão na pedra e disseram alto e em bom tom “iter
cognoscere”.
De repente abre-se um buraco brilhante, azul a rodopiar que
puxa a turma e o guardião para os tempos romanos. A luz era tão
forte e azulada que todos fecharam os olhos. Quando abriram os
olhos, repararam que as suas roupas estavam diferentes. As roupas

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eram dos tempos romanos, feitas de cabedal e linho e um pouco
desconfortáveis.
- O que aconteceu às nossas roupas e porque temos estas
sandálias tão simples? - perguntou o Miguel Santos.
- E onde estão os brilhantes das minhas sandálias? – disse a
Ariana muito aborrecida.
- Vocês acham que podiam aparecer nestes tempos com a
roupa de 2021? A pedra transformou as vossas roupas em roupas
da época. – respondeu o guardião e depois perguntou – Onde
querem ir agora?
- Quero ir visitar o castelo, ou o que houver lá. Estou curioso
para saber se havia lá alguma coisa. – disse rapidamente o Carlos.
Então puseram-se todos a caminho da descoberta.
Pelo caminho, encontraram um grupo de soldados romanos.
Eram 10 soldados com roupas ainda mais diferentes, como as
legiões romanas que aparecem nos filmes.
- Que fixe, até parece que estamos num filme! – disse o João
todo divertido.
Um soldado romano veio ter com a turma e perguntou:
- O que fazem aqui? Para onde vão?
- Viemos visitar a Turribus Veteribus e as suas torres velhas no
topo do monte. – disse rapidamente o guardião. E entre dentes
disse à turma que naquela época Torres Vedras tinha o nome de
Turribus Veteribus.
O soldado, com um ar muito desconfiado, deixou-os passar, e a
turma seguiu o seu caminho até ao sítio do castelo.

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Quando chegaram ao cimo do monte, encontraram dois
soldados a guardar a porta principal do castelo e ao lado havia uma
porta escondida no meio das ervas.
- Olhem ali uma porta escondida! Vamos tentar entrar por ali.
Duvido que os soldados nos deixem entrar no castelo. – disse a
Madalena Jesus.
Então a turma, muito discretamente e sem alarido entrou, um a
um, no castelo, e do outro lado viram algo que os maravilhou!
Tudo era diferente, existiam pequenas casas feitas de barro e
pedras, as estradas eram duras como pedras, muito mais duras que
as de hoje em dia e o pior é que não eram muito direitas, eram um
pouco onduladas, as pessoas tinham roupas simples e havia
soldados por todo o lado. Do castelo via-se a cidade, muito mais
pequena com umas muralhas e muita gente na rua.

A turma perguntou assim para o guardião:


- Agora podemos ir à época em que os Franceses invadiram os
Romanos?
- Sim. - Respondeu o Guardião.
- Estou muito entusiasmada!! - Disse a Carolina.
- Vamos lá! - Disse o Gustavo ansioso.
Então, a turma juntou-se toda à volta da pedra e disseram as
palavras “iter cognoscere”. De imediato o portal do tempo foi
ativado.
A turma foi transportada para dentro do castelo no momento
que os Franceses estavam a invadir as muralhas. Havia uma
grande correria por todo o lado, os Romanos tiveram de se acalmar.

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Quando se acalmaram tudo ficou organizado e foram para a guerra.
Por sorte os Romanos ganharam!
Toda a turma estava surpreendida com o que estava a
acontecer. Estavam todos escondidos atrás de fardos de palha,
mas como são muito curiosos estavam sempre a espreitar para não
perderem nada do que estava a ocorrer, pois era uma cena
completamente espantosa.
O guardião não queria perturbar a emoção das crianças, pois
elas estavam a divertir-se muito, mas tinha de ser… Então o
guardião foi avisar as crianças, que tinham de ir embora.
Tristes, lá foram para a pedra do tempo. Disseram as palavras
mágicas “iter cognoscere”, e entraram no portal do tempo, mas nem
imaginavam o que estava para acontecer. Quando saíram do portal
ficaram muito admiradas com o que estavam a ver. Nem queriam
acreditar que aquilo era possível. Então, o guardião olhou para o
relógio do tempo e muito espantado verificou que estavam no ano
de 2547.
Quando chegámos ao ano 2547 o Santiago disse :
- Uau, isto é tão diferente!
- Pois é!- Exclamou o João.
O Diogo disse:
- Olhem, estão ali carros voadores! São mesmo rápidos!!!
O Francisco disse:
- Os meus pais estão a ligar-me!
- Os meus também! - Disseram os gémeos em coro.
- Aaaai o que fazemos? Já passaram cinco minutos!
- É verdade !!!!!!-Disseram todos em coro.

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Todos ficaram a discutir, enquanto o Santiago, o Diogo, o Lucas
e a Madalena Jesus foram ao supermercado comprar comida.
Compraram: iogurtes, pizzas e sumos, e almoçaram um belo
almoço.
- Tenho a barriga cheia! -Disseram todos.
Ah, ah, ah, ah, ah! - Riram-se todos.
Depois passou uma pessoa e disse:
-Olá, posso ser vosso amigo?
- Sim, claro. Responderam todos.
- Obrigado.
- Afinal como te chamas?- Perguntou o Santiago.
- Chamo-me Mário.
- Olá Mário, és muito simpático! - Disse a Madalena Jesus.
O que acham de irmos ao Parque? Perguntou o Mário.
- Excelente ideia!- Disseram todos.
Quando chegaram ao Parque repararam que havia lá um
escorrega enorme, mas tinha de colocar-se uns óculos de realidade
virtual e imaginar que estávamos dentro de um túnel submarino em
que se viam todos os tipos de tubarão e peixes esquisitos.
Do escorrega saia-se para uma piscina de doces.
Todos perguntaram: - Quem vai primeiro?
- Vou eu! – Disse o Santiago.
Quando o Santiago colocou os óculos disse:
- Uau, isto é mesmo fixe!
Quando ele acabou caiu na piscina e disse muito feliz:
- Isto é a melhor aventura de sempre. Não tenham medo.
Quando desceram todos, comeram os doces todos da piscina e
ficaram muito barrigudos .

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Entretanto já era quase hora de voltar a encontrar o resto dos
colegas. Despediram-se do novo amigo e voltaram para perto dos
colegas.
- Olá turma, eu estou muito “cheio” dos doces da piscina! –
Exclamou o Santiago. 
   O Tomás disse: 
- Malta vamos  jogar futebol,  as meninas contra  os meninos. 
   O  pai do Gustavo era o árbitro, o do Martim  e da Leonor era o
vídeo árbitro e o fiscal de linha, o pai do Tomás. Entretanto
anoiteceu e o Miguel Santos disse:  
 - Estou a pensar fazer uma reunião pelo zoom, para falarmos da
nossa aventura de hoje, quando chegar a casa. 

- É uma excelente ideia, mas não achas que primeiro temos de


voltar a 2021? - Disse o Tomás com ar muito preocupado.
- Tens razão, Tomás. Disse o Miguel Santos, acrescentando
ainda:
- Será que a máquina do tempo avariou e vamos ficar presos
aqui para sempre?
- Nesse instante todos se aperceberam da gravidade da
situação!
- Ai que nunca mais vou ver os meus pais! Disse a Beatriz muito
aflita.
- Não se preocupem, vamos ter com o guardião e perceber o
que se passa, disse a Rita.
Quando chegaram perto do guardião, aperceberam-se que ele
estava muito nervoso e desorientado!
- O que se passa? Questionou a Susana, algum problema?

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- Queremos ir para casa . Disse o Miguel Magrinho com um ar
preocupado.
De repente, o guardião levantou-se e aproximou-se da turma e,
dizendo:
- Já reparei a avaria, mas temos um pequeno problema, apenas
é possível transportar metade da turma .
- Porquê ? – Perguntou curioso o Carlos.
- Porque eu ainda não consegui aumentar a potência do relógio
e assim se formos todos não conseguimos acertar na data
pretendida. Disse o guardião!
Já era de noite e todos estavam aborrecidos, sem saberem o
que fazer e muito assustados porque ninguém queria ficar para trás,
na verdade, todos queriam ir para casa ter com os seus pais.
- Ainda bem que mais nenhum pai ligou, não saberíamos o que
dizer ! - Disse o Francisco Gomes.
De repente, ao verificarem os telemóveis, repararam que
estavam todos desligados, sem bateria !
- E agora?! Perguntou a Rita muito aflita.
Entretanto o guardião teve uma ideia:
- Coloquem os vossos telemóveis junto da pedra, a energia que
ela tem vai carregá-los!
E assim todos colocaram os telemóveis a carregar, na
esperança de poderem ligar aos pais!
De repente o João teve uma ideia brilhante:
- Juntem se todos. Pediu o João
- Se juntarmos os telemóveis e os ligarmos todos, por Bluetooth,
ao relógio do tempo, vamos aumentar a potência e podemos ir
todos para casa !

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O guardião ouviu com muita a atenção e disse:
- Como é que não me lembrei disso antes?! Vamos
experimentar!
E, de repente puseram-se todos a gritar as palavras mágicas
“iter cognoscere" .
- Resultou, estamos em 2021 - Disse orgulhoso o João .
Tínhamos ficado felizes de voltar.
Entretanto, a professora, de surpresa, tinha planeado uma ida ao
Forte de S. Vicente.
Fomos de autocarro, uns ao lado dos outros.
As senhoras que nos guiaram na visita chamavam-se Rita e
Mónica.
Achámos a visita muito interessante. Havia uma espécie de
museu pequeno com imagens muito realistas… Incrível!! fazíamos
Fizemos dois grupos de onze alunos e enquanto uns visitavam o
museu, outros iam brincar nuns montes engraçados.
Quando íamos tirar uma fotografia, a Madalena Miranda estava
distraída, o seu chapéu caiu nas fossas que os portugueses e
ingleses usaram para se proteger dos inimigos, nas Invasões
Francesas ! A Madalena ficou muito espantada, sem saber o que
fazer …uma desgraça!!!
Já de volta, todos estavam no autocarro, mas faltava o
João, que tinha ido buscar o seu casaco e queria passar por um
lado que não tinha saída. Foi hilariante!
Resolvemos ir almoçar ao restaurante do pai da Bia. A carne
estava uma delícia!

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A Mariana, à noite, resolveu enviar uma mensagem para se
reunirem no dia seguinte, e assim foi. Combinaram então que seria
no Jardim da Graça, no dia seguinte, à tarde.
Quando lá chegaram, viram que faltavam duas pessoas, a
Rita e a Bia; entretanto, as duas tinham enviado uma mensagem a
dizer:
- “Pessoal, desculpem não ter avisado, mas não podemos ir.
Um beijo para todos!”
- Mas porquê?- Questionou a Leonor.
- “Porque…Não podemos explicar, adeus !” Dizia a mensagem.
- Aquilo foi bastante estranho!- Disse a Madalena Jesus.
E a Mariana disse pensativa:
- Pois, deve ser alguma coisa pessoal.
Bem, como sabem há um museu em Torres Vedras, que abriu
ontem mas uns objetos foram roubados… E eu pensei que
podíamos ajudar a resolver o mistério, que tal embarcarmos numa
aventura, o que dizem?
- Eu concordo! - Disseram todos em coro. E lá foram todos a
pé para o museu, que era muito perto da Física.
Era lindo e enorme e azul. Podemos dizer que era moderno.
Quando entrámos estava lá a polícia, então o Pedro perguntou
o que tinha sido roubado. Disseram que tinha sido: um chávena que
valia milhões de euros e três rubis.
A Bia e a Rita continuavam sem aparecer; questionámos a
professora, que nos informou que elas tinham mudado de escola e
ficámos muito tristes.
Entretanto, quando voltávamos para a escola a Susana reparou
numa mulher que tinha olhos castanhos, cabelo castanho e uma

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saia verde. Então, chocou com ela de propósito e caíram os rubis
e as chávenas! Fomos logo denunciá-la e ficámos muito
orgulhosos, porque o mistério ficou resolvido e os objetos voltaram
ao local onde deveriam estar.
No dia seguinte voltámos para a escola, mas com saudades da
Bia e da Rita. Mas, de repente, elas apareceram e fizemos uma
festa! Afinal tinha sido uma partida.
E que grande festa!! Estava fantástica e tinha um bolo enorme
com duas bonecas parecidas com a Rita e a Bia!
Tenho a certeza que este bolo delicioso e gigante só pode ter
sido feito pela mãe da Daniela! – exclamou a Susana.
No dia seguinte, a professora Ana Carla chegou à escola
muito animada e abriu logo o computador para nos mostrar algo.
A professora estava tão contente que nós perguntámos quase em
coro:
- O que se passa professora Ana Carla?
- Sentem-se todos porque tenho uma notícia para anunciar! –
exclamou a professora Ana Carla.
A professora informou os alunos:
- Turma, eu ontem recebi um email da NASA a dizer que está a
decorrer um concurso. O objetivo é construir um projeto de uma
nave espacial com o material que quisermos utilizar! O prémio da
turma vencedora será uma viagem gratuita à Lua num foguetão
especial! Este prémio é para a turma e a sua professora.
No dia a seguir, todos os alunos trouxeram um material que
podiam. Quando fomos para a aula começamos logo a fazer e
idealizar o projeto da nossa nave espacial. Toda a turma colaborou
e empenhou-se em construir a melhor nave espacial de sempre.

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No final a professora estava orgulhosa, não só conseguimos
construir uma nave muito bonita, como também trabalhamos em
conjunto e conseguimos respeitar as ideias de todos os alunos.
Passado 15 dias, todos estavam agitados, chegara a hora de
saber o resultado do concurso. Os resultados tinham chegado e
……… Eram a turma vencedora a nível nacional!
Pais, professores, funcionárias e alunos da escola estavam
orgulhosos do nosso trabalho.
Tínhamos pouco tempo para preparar as malas! O fim-de-
semana passou e lá estávamos todos preparados para ir á Lua. Na
hora da despedida, os pais estavam entusiasmados e ao mesmo
tempo preocupados e cheios de lamechices.
Depois de muitos abraços e beijinhos lá fomos nós até ao
outro lado do mundo!
Viajamos para os Estados Unidos da América e fomos de
avião. Chegamos ao aeroporto e todos estavam muito ansiosos e
com saudades dos pais.
O João estava muito preocupado a dizer que íamos morrer e
que o foguetão ia explodir.
A maior parte da turma estava tranquila, pois confiavam nos
cientistas que iam acompanhar a turma.
A professora Ana Carla mantinha o seu ar carinhoso e
tranquilo com que sempre nos habituou. E como ficou um pouco
preocupada com a teoria do João resolveu brincar e dizer … João
isso só acontece nos filmes! Descontrai e aproveita o momento!
Não é todos os dias que temos uma viagem gratuita para a Lua!
Consegues imaginar o que podemos observar no espaço?
O João riu-se e disse:

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- Tem razão querida professora, vou deixar o pessimismo e a
minha matemática de lado e pensar apenas no quanto importante é
esta aventura!! Vamos lá aproveitar!
Hora de embarque, 16 horas e 32 minutos. Os cientistas da
NASA são mesmo preciosistas!
A turma preparou-se para entrar no foguetão, mas antes disso
pousaram para a fotografia dos diferentes jornalistas que se
encontravam no local!
Comece a aventura …

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