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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN)

ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA (ECT)

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIA (BICT)

POLÍTICA DE GESTÃO EM CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO (PGCTI)

DOCENTE: THIAGO BRUNO

ENERGIA SOLAR

Discentes:
Felipe Cassiano
Kadja Rocha
Luiz Gabriel Lacerda
Matheus Saraiva
Sarah Ribeiro
Yuri Borges

Natal/RN
2022
INTRODUÇÃO

A energia solar fotovoltaica surge no ano de 1839, a partir da pesquisa de um


físico francês chamado Alexandre Edmond Becquerel, com a criação do efeito
fotovoltaico. Em 1883, foi criada a primeira célula fotovoltaica por Charles Fritts. No
entanto, no ano de 1954 que inicia o uso de “células solar moderna”, que é o mais
próximo do que utilizamos atualmente.

A eficiência da célula de selênio não chegava a 1%, mas com a evolução


científica do início do século XX, principalmente a explicação do efeito
fotoelétrico por Albert Einstein em 1905, a mecânica quântica com a teoria
das bandas de energia, física dos semicondutores com os processos de
purificação e dopagem aplicadas aos transmissores, em 1954 foi anunciada a
primeira célula fotovoltaica usando silício (com eficiência de 6%),
desenvolvida pelos pesquisadores Calvin Fuller (químico), Gerald Pearson
(físico) e Daryl Chapino (engenheiro), todos do laboratório da Bell em Murray
Hill, Nem Jersey, nos Estados Unidos da América. (Ambiente Brasil, 2021)

Esta fonte de energia teve sua primeira utilização no ano de 1958, para
carregar um rádio, que seria a fonte de comunicação, do satélite Vanguard I. Teve
início um avanço tecnológico para utilização em residências, empresas e meios de
transportes. Dida como energia do futuro, hoje realmente após aproximadamente 64
anos engatinhamos para esta realidade.

DESCRIÇÃO DE EMPRESAS NO RIO GRANDE DO NORTE

O Rio Grande do Norte tem um aporte energético considerável, onde a


quantidade de empresas ativas no ramo de energia é expressiva. Como o estado
tem o foco nas principais atividades como: Energia Solar e Energia Eólica, faz com
que os investimentos sejam altos. O Mapa de Empresas é um site do Governo
Federal, a fim de mostrar o quantitativo de empresas ativas, utilizando também filtros
por ramos. Foi realizada uma filtragem por Atividade Econômica e o estado do RN,
para saber o quantitativo de empresas que estão investindo em Energia. Através da
figura 1, pode-se observar que há bastantes empresas ativas, lembrando

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que, na pesquisa estão sendo acrescentados os empreendimentos que fabricam os
aparelhos e equipamentos, geram e distribuem a energia elétrica.
Figura 1: Empresas por Atividades Econômicas no RN

Fonte: Gov.br, 2022

Ao analisar as figuras 2 e 3, é possível analisar que no Rio Grande do Norte o


saldo da diferença de empresas abertas e fechadas é positivo, pois o número de
fechamento é muito menor do que o de abertura. Indicando que as empresas do
ramo de produção e geração de energia no estado estão em alta.

Figura 2: Empresas Fechadas no RN Figura 3: Empresas Abertas no RN

Fonte: Gov.br, 2022 Fonte: Gov.br, 2022

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Em um panorama geral, no Brasil, o estado que tem a maior quantidade de
empresas ativas no ramo energético é o estado de São Paulo, com uma quantidade
muito grande em relação ao estado de Minas Gerais que se encontra em segundo
lugar. O RN encontra-se no TOP 20 de estados com empresas ativas, ficando atrás
de estados vizinhos como o Ceará e a Paraíba. Pode-se afirmar que o Rio Grande do
Norte é um estado em crescimento com instalações e investimentos, e que tende a
crescer mais de acordo com a viabilidade de instalação de equipamentos para
geração de energia solar.

POLÍTICAS DE INOVAÇÃO PARA GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

No Brasil, é cada vez mais constante o aumento e procura de energias


fotovoltaicas em residências unifamiliares e até mesmo pequenos e grandes
comércios, a fim de proporcionar uma crescente produção de energia elétrica para
consumo próprio, além dos efeitos positivos nas questões ambientais e tributárias.
As políticas para a injeção de energias renováveis, dentre elas a energia solar, se
deu em 1994 com PRODEEM (Programa de Desenvolvimento Energético de
Estados e Municípios), a fim de distribuir energia elétrica em localidades sem as
condições básicas.

Com a criação de um novo programa e resoluções feitas pela ANEEL


(Agência Nacional de Energia Elétrica), em 2012, houve grandes mudanças que
geraram grandes procuras por energia solar, por seus descontos nas tarifas e as
diminuições dos períodos de aprovação da inserção da energia . ”A primeira permitiu
que os projetos de 30 a 300 MW que utilizassem fontes renováveis tivessem
descontos de 80% nas Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão e Distribuição
(TUST e TUSD) ao longo dos 10 primeiros anos de operação, desde que iniciassem
até o final de 2017” (PEREIRA, 2022).

Nos estados brasileiros fizeram medidas de adesão às energias solares,


como incentivos fiscais, tributários,financiamentos e etc , na qual, ajudou pela
procura e produção de energia proveniente de placas fotovoltaicas. Exemplo disso, é
o estado de Minas Gerais , que é o maior produtor de energia solar no Brasil. No Rio
Grande do Norte, ainda se encontra muito atrás dos estados com mais incentivos
como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, como mostra na figura 6, porém com
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grande potencial de produção de energia solar, devido sua posição geográfica,
assim como acontece com sua produção de energia elétrica proveniente do vento
(energia eólica).

Figura 6: Estados brasileiros com maior produção solar.

Fonte: BSE Solar.

Após a criação da lei 13.243/16, a lei de Marco Legal em 2016, o setor de


produção de energia solar no Brasil teve aumentos significativos ,como mostra na
figura 7 logo abaixo, podendo em um futuro próximo ser uma das energias
renováveis dominantes no país. contudo, para isso acontecer deve ter grandes
avanços na pesquisa e inovação tecnológica em componentes como as baterias e
placas de captação solar, que possibilita a maior imersão.

Figura 7: Energia solar no Brasil.

Fonte: Nexo, 2022.

Um fator que poderia ainda mais acelerar esse crescimento da matriz


energética solar no Brasil, além das políticas de incentivos públicas, seria através de
startups e incubadoras, acelerando a inovação no setor por meio de tecnologias

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mais eficientes e com um preço que possibilita alavancar todo o setor energético
solar no país, já que para a maioria da população, ainda não é viável ter em suas
casas ou ambiente comercial, um investimento com custos que podem variar desde
mais de R$ 3.000,00 (três mil reais) até cerca de mais de R$ 70.000,00 (setenta mil
reais). No Brasil, existem 157 startups do ramo de energia solar, que com mais
investimentos e incentivos podem quebrar essa falta de tecnologia. (Portal solar,
2022).
1. Projeto de Lei Complementar 146/19, que institui o marco legal das
startups:
1.1. O Projeto de Lei 146/19 vem colaborando para o crescimento de
startups, isso se evidencia no crescimento de empresas no ramo
mostradas na Figura 2. Até o ano de 2021 o Brasil contava com cerca
de 202 startups brasileiras com soluções para o setor energético, sendo
39 delas voltadas para o mercado solar fotovoltaico. Também haviam
120 startups com soluções para o setor de mobilidade, inclusive com
soluções que desenvolvem produtos e serviços relacionados a veículos
elétricos. O PL permite que investidores possam oferecer apoio
financeiro sem necessariamente fazer parte da gestão ou ter poder de
decisão na empresa. Ele também exige que as startups declarem, em
seu ano constitutivo, o uso de modelos inovadores ou que se
enquadrem no regime especial Inova Simples, previsto no Estatuto das
Micros e Pequenas Empresas. E para concluir, empresas com
obrigação de investimento em pesquisa e inovação poderão selecionar
startups por meio de programas, editais ou concursos gerenciados por
instituições públicas.

2. Lei 14.300/22, que institui o marco legal da micro e minigeração de energia:


2.1. Traz segurança jurídica para consumidores que produzem ou planejam
produzir sua própria energia por meio de usinas fotovoltaicas (painéis
solares) de pequeno porte instaladas em residências, pequenos
negócios, terrenos, propriedades rurais e prédios públicos. A
transparência e ampliação de oportunidades de acesso à produção de
energias renováveis. São os principais pontos positivos da lei:

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2.2. Isenção de tarifas até 2045 para consumidores que já utilizavam
geração de energias próprias;
2.3. Benefícios ambientais e econômicos, contribui para reduzir a
necessidade de acionamento das bandeiras tarifárias;
2.4. Financiamentos mais acessíveis para empresas de relevância no setor
afim de facilitar a compra e instalação de sistemas fotovoltaicos, que
por conseguinte podem gerar uma economia de até 95% nas contas de
luz.

ESTRUTURA EFICIENTE, EFICAZ E EFETIVA

Dentre os principais problemas no qual os marcos enfrentam no setor, estão:

1. Inversor solar, sua vida útil aproximada é de 5 a 15 anos, dependendo


do modelo e do fabricante. Muitos problemas em inversores solares
ocorrem devido a um mau funcionamento nos painéis ou nos cabos.
2. Problemas no telhado no qual durante o processo de instalação do
sistema fotovoltaico em residências, problemas como quebras ou
soltura de telhas podem ocorrer havendo a necessidade de verificação
do telhado e conserto das telhas quebradas ou soltas.
3. Presença de Micro rachaduras ou microfissuras, quando pequenas, as
rachaduras nos painéis solares são imperceptíveis a olho nu.
Entretanto, devido à alta exposição dos painéis às diversas condições
climáticas, essas rachaduras podem aumentar seu tamanho.
4. Problemas nos fios e cabos, um problema que pode impedir o correto
funcionamento dos sistemas solares fotovoltaicos é uma fiação
defeituosa. Não somente fios e cabos inapropriados para o sistema,
mas também de conexões frouxas, corrosão e oxidação de
componentes que podem interferir na produção de eletricidade.
5. Problemas físicos e eventuais, no qual as empresas do ramo possuem
o cuidado de verificar, quando possível, para não ocorrer imprevistos
indesejados assim sendo resolvidos ainda dentro da garantia, onde há
empresas que entregam até 20 anos.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a Lei 14.300/22, que institui
o marco legal da micro e minigeração de energia. Essas modalidades permitem a
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consumidores produzirem a própria energia que utilizam a partir de fontes
renováveis. A lei permite às unidades consumidoras já existentes — e às que
protocolarem solicitação de acesso na distribuidora em 2022 — a continuação, por
mais 25 anos, dos benefícios hoje concedidos pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE).
Também define as regras que prevalecerão após 2045 e quais serão as normas
aplicáveis durante o período de transição. A lei também cria o Programa de Energia
Renovável Social (PERS), destinado a financiar a instalação de geração fotovoltaica
e outras fontes renováveis para consumidores de baixa renda. Os recursos devem
ter origem no Programa de Eficiência Energética (PEE).

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REFERÊNCIAS

Painel Mapa de Empresas. Gov.br, 2022. Disponível em:


https://www.gov.br/empresas-e-
negocios/pt-br/mapa-de-empresas/painel-mapa-de-empresas. Acesso em 03 de out. de
2022.

NASSA, T. et. al. Governo cria programa de incentivo à geração de energia solar
(ProGD). Portal Solar, 2015. Disponível
em: https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/incentivos-a-energia-
solar/governo-cria-programa-de-incentivo-a-geracao-de-energia-solar-progd.html.
Acesso em 03 de out. de 2022.

Com investimento de R$ 110 milhões, RN ganhará oito usinas de energia solar.


Portal G1 RN, 2021. Disponível em:
https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/12/02/com-investimento-de-r-11
0-milhoes-rn-ganhara-oito-usinas-de-energia-solar.ghtml. Acesso em 03 de out. de
2022.

Com investimento de R$ 110 milhões, RN ganhará oito usinas de energia solar.


Portal G1 RN, 2021. Disponível em:
https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/12/02/com-investimento-de-r-1
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2022.

MACHADO, C. T.; MIRANDA, F. S. Energia Solar Fotovoltaica: Uma Breve Revisão.


Niterói: Universidade Federal Fluminense, Instituto de Química, Departamento de
Química Inorgânica, Campus do Valonguinho, 2015.
Disponível em: https://rvq- sub.sbq.org.br/index.php/rvq/article/view/664/508.
Acesso em 03 de out. de 2022.

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Histórico das Células Fotovoltaicas e a Evolução da Utilização de Energia Solar.
Ambiente Brasil, 2021. Disponível em:
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/energia_solar/historico_das_celulas_f
otovoltaicas_e_a_evolucao_da_utilizacao_de_energia_solar.html. Acesso em 09 de
out. de 2022.

Energia Solar no Rio Grande do Norte. Portal Solar, 2022. Disponível em:
https://www.portalsolar.com.br/energia-solar-fotovoltaica-no-rio-grande-do-norte.
Acesso em 12 de nov. de 2022.

SILVA, R. M. Energia Solar no Brasil: dos incentivos aos desafios. Brasília: Núcleo
de Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado, 2015 (Texto para Discussão nº 166).
Disponível em: www.senado.leg.br/estudos. Acesso em 03 de out. de 2022.

PEREIRA, Reuler Cardoso. Políticas públicas para expansão da energia solar


fotovoltaica: um estudo dos principais programas de incentivo da tecnologia no
Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Engenharia Elétrica) - Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – Câmpus Itumbiara, 2019.
Disponível em:
https://repositorio.ifg.edu.br/bitstream/prefix/268/4/tcc_reuler%20pereira.pdf. Acesso
em: 10 de nov. de 2022.

O Brasil tem 157 startups com soluções voltadas para o setor de energia. Portal
Solar, 2021. Disponível em:
https://www.portalsolar.com.br/noticias/negocios/empresas/brasil-tem-157-startups-com
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Quanto Custa para Instalar Energia Solar?. Portal Solar, 2020. Disponível em:
https://www.portalsolar.com.br/quanto-custa-para-instalar-energia-solar.html. Acesso
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Governo cria programa de incentivo à geração de energia solar (ProGD): Portal


Solar, 2015. Disponível em:
https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/incentivos-a-energia-solar/governo-cria-progra
9
ma-de-incentivo-a-geracao-de-energia-solar-progd.html. Acesso em: 10 de nov. de
2022.

Lei institui marco legal da micro e minigeração de energia, Câmara dos deputados,
2022, Disponível em:
https://www.camara.leg.br/noticias/843782-lei-institui-marco-legal-da-micro-e-minigerac
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Conheça os principais problemas em sistemas solares fotovoltaicos e como resolvê-los,


Hellermann tyton Corporate Blog, 2021, Disponível em:
https://blog.hellermanntyton.com.br/mercados-industrias/10770/principais-problemas-em-sistem
as-solares-e-como-resolve-los. Acesso em 12 de nov.de 2022

TEIXEIRA, Adonis. Marco legal das Startups é aprovado e pode beneficiar setor
solar. Portal Solar, 2021, Disponível em:
https://www.portalsolar.com.br/noticias/politica/legislativo/marco-legal-das-startups-e-ap
rovado-e-pode-beneficiar-setor-solar. Acesso em 12 de nov. de 2022.

COSTA, Guilherme Coelho. Marco legal traz segurança a setor de energia solar e
oportunidade ao consumidor. CanalTech, 2022, Disponível em:
https://canaltech.com.br/produtos/marco-legal-traz-seguranca-a-area-de-energia-solar-
e-oportunidade-ao-consumidor. Acesso em 12 de nov. de 2022.

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