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PARINTINS-AM
2022
Anna Cássia da Silva Reis
Luís Eduardo Sá Santarém
Rinara Conceição Cruz Barros
PARINTINS-AM
2022
Introdução
O aumento do tráfico de animais silvestres tem se intensificado cada vez mais com o
passar do tempo, sobretudo, com o ser humano se expandindo territorialmente levando a
urbanização se sobressair ao meio natural e deixando o ambiente rural, assim, buscando nas
relações com os animais o seu elo de contato com a natureza. Como consequência desta
atividade, tem-se agravado o índice de mortalidade entre os animais capturados e
comercializados, principalmente, em função do estresse emocional e das condições precárias
oferecidas durante todo o processo (ROCHA; CAVALCANTI; SOUSA; ALVES, 2006).
Toda via, o comércio interno no Brasil foi crescendo, sendo abastecido pelo avanço
dos meios de transportes, técnicas de captura de animais, crescimento de habitantes,
facilitando o acesso a áreas que antes eram inacessíveis para explorar a fauna, todavia, a
proporção de comercialização de animais era tão ampla, que, em alguns locais, haviam feiras
de exposição e comércio de aves em plena luz do dia e, nessa época, não havia controle sobre
a caça e captura desses animais por parte das autoridades responsáveis, entretanto, o comércio
e caça de animais silvestres são práticas antigas, que se tornou proibida em 1967 com a
criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal IBDF (GIOVANINI, 2014)
O comércio varejista é voltado para satisfação pessoal dos indivíduos que gostam de
criar animais em casa e representam uma grande parcela do tráfico global. Neste sentido, a
cadeia social que propicia o tráfico de animais se compõe de diversos agentes sociais, situadas
em áreas que compõem atividades extrativistas em zonas rurais ou em regiões de grandes
expansões produtivas (LACAVA,1995). O cativeiro é o ponto de chegada para os animais
vivos apreendidos. As 14 apreensões policiais indicam que, após a retirada dos animais do
meio natural, o cativeiro é o destino das espécies que permanecem em locais sob custódia de
colecionadores, expositores ou pessoas que pretendem criar como animais de estimação
pagando menos que o preço de espécimes vendidas por criadouros regularizados (NASSARO,
2015).
No dia 14 de abril foi realizada uma visita técnica sendo feita pelos discentes do
Curso Bacharel em Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas- Campus Parintins, a
visita teve como objetivo avaliar e arrecadar informações a respeito da viabilidade de
consumo e criação de animais silvestres no município de Parintins, com intuito de saber por
quais vias a população adquire animais que não são domesticados.
Local Visitado
Objetivo da visita
Conhecer quais são os mais usados para criação, como animais de companhia e para
consumo, entre outras viabilidades, perguntas essas já formuladas em questionário pelo
professor solicitante.
Método utilizado
A pesquisa foi feita através da análise mista (Qualitativa e Quantitativa) através de uma
bateria de perguntas a serem respondidas pelos entrevistados.
Resultados
Você mantem Animais
silvestres em casa?
Sim Não
44%
56%
Foi observado que cerca de 56% das pessoas entrevistadas mantem animais silvestres
em casa e que já criam cerca de 6 anos ou menos. Os entrevistados relatam que
“conseguiram” estes animais através da caça ou da compra em algumas comunidades
próximas.
63.30%
16.70%
20%
13.30%
20%
83.30%
durante o ano?
Remédio Pegador ou Pá Nenhum
2a3 4a5 6 ou mais Não Sabe
40%
23.30%
16.70%
20%
6.67%
10%
Dentre os produtos utilizados a partir dos animais silvestres está para fins medicinais, a
partir de remédios, como a banha como é popularmente conhecida;
Grande parte dos entrevistados não souberam responder em números exatos a
quantidade de animais silvestres consumidos no ano, mas o equivalente a 23,3%
consome em torno de 2 a 3 animais por ano.
Conclusão
Notamos que 56% dos 30 entrevistados (17 indivíduos) consumiam constantemente animais
silvestres oriundo de caça, em suas residências, desses 17, oito tinham em seu domicilio
criação de jabutis, papagaios e periquitos como animais de estimação, muitos relataram que
utilizam como fonte de matéria medicinal para tratamento de certas enfermidades, banha de
sucuri, banha de boto, banha de tartaruga, mas antes de obtermos essas informações precisas,
alguns ficaram desconfiados quanto a procedência da nossa pesquisa, com medo das
informações serem vasadas para órgãos responsáveis.
REFERENCIAS