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PRÁTICA DO

DIAGNÓSTICO
EXPEDIENTE
Realização:

Presidente
Eng. Marcelo Suarez Saldanha
ch
Salv
1º Vice-presidente
Eng. Civil Daniel Weindorfer Engenheiro Civil
Luiz Alcides Capoani
2º Vice-presidente Gestão 2009/2011 e 2012/2014
Arq. Geraldo da Rocha Ozio

Instituto Brasileiro de Avaliações


e Perícias de Engenharia do RS
51 3226 5844 A inspeção predial, nos países de Primeiro Mun-
Rua Washington Luiz nº 552/501,
Porto Alegre, RS
do, é tão natural e consolidada culturalmente que é
www.ibape-rs.org.br praticada até em pequenas comunidades.
No Brasil, as pessoas em geral e as autoridades
públicas em particular têm pouquíssima consciência
Apoio: da importância e necessidade da inspeção e manu-
tenção predial como medida preventiva para redu-
ção de acidentes, preservação de vidas, do patrimô-
Presidente
Eng. Civil Luiz Alcides Capoani
nio imobiliário, público, histórico e cultural.
Infelizmente, é comum notícias sobre sinistros,
1º Vice-presidente
Eng. Agrônomo Juarez Morbini Lopes tais como: quedas de telhados, marquises por infil-
2º Vice-presidente
tração de água, explosões por vazamentos de gás,
Eng. Civil e Mec. Alberto Stochero incêndios que têm por causa majoritária o curto-
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio
-circuito ou sobrecarga de energia, queda de elemen-
Grande do Sul
tos de fachada por falta de aderência, destelhamen-
51 3320 2100
Rua São Luís, 77, Porto Alegre, RS tos por vendavais, entre outros acidentes decorren-
www.crea-rs.org.br
tes de falhas na construção ou pela falta de manu-
Redação e Coordenação Técnica tenção, causando mortes e prejuízos injustificáveis,
Eng. Civil Marcelo Suarez Saldanha, conselheiro da
Câmara de Engenharia Civil e presidente do IBAPE-RS.
como o desabamento do Edifício em Capão da Ca-
noa, que aconteceu em 2009, e outros ocorridos no
Colaboração
Arq. Ednezer Rodrigues Flores Rio de Janeiro e em São Paulo.
Eng. Civil Daniel Weindorfer
Agora, mais recentemente, a tragédia da boate
Arq. Geraldo da Rocha Ozio
Eng. Luiz Alberto Alves Ribeiro de Santa Maria, em que mais de 240 jovens perde-
Eng. Civil Luiz Alcides Capoani
Arq. Vitor Hugo Pochamann
ram suas vidas precocemente, causando sofrimen-
to, perdas, comoção em toda a comunidade gaúcha
A publicação técnica Manual de Inspeção Predial
– Prática do Diagnóstico trata de ferramenta de e nacional.
gestão para a boa manutenção predial.

2 www.ibape-rs.org.br maio/jun’14
prefácio

Inspeção Predial –
eck-up das edificações =
a-vidas da população
A Manutenção e a Inspeção Predial é uma das fer- mos que cabem a nós, profissionais do CREA-RS, a
ramentas também da Prevenção contra Incêndio e se conscientização e o auxílio na elaboração de projetos
estivesse em prática usual em todo o Estado poderí- de lei sobre a obrigatoriedade de laudo técnico de cer-
amos quem sabe ter evitado tragédias como esta. tificação predial, de acordo com a idade construtiva
É triste confirmar por meio de uma tragédia que do imóvel para verificação das condições de estabili-
se tem razão na luta de tantos anos por legislações dade, segurança e salubridade, obedecendo às normas
fortes que determinem a obrigatoriedade de Manu- técnicas da ABNT, a ser elaborado e fornecido por
tenção e Inspeção Predial nas nossas edificações pa- engenheiros e Empresas habilitadas e com registro
ra minimizar riscos e prevenir acidentes. junto ao CREA-RS, devidamente acompanhada da
Nós, do CREA-RS, em conjunto com as diversas ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.
entidades representativas do setor tecnológico, ela- As edificações permanentemente seguras, a ma-
boramos um anteprojeto de legislação que prevê a nutenção dos nossos patrimônios e, o mais impor-
obrigatoriedade de inspeções e manutenções nas edi- tante de tudo, a proteção de nossas vidas são os va-
ficações nos municípios do RS e é uma das ferra- lores primordiais do nosso Conselho.
mentas de fiscalização. O documento está à dispo- A transformação é possível e temos de criar con-
sição de todos e consta em nosso site www.crea-rs. dições e modelos, ousar e inovar. É com pequenas
org.br, mas é preciso que todos nós tenhamos a cons- medidas que chegaremos aos grandes resultados pa-
ciência da necessidade da implementação da Lei em ra uma vida melhor da nossa sociedade, com atitu-
nosso Estado. des proativas que fazem a verdadeira cidadania.
Recentemente Porto Alegre adotou legislação nes- É com esse propósito que o CREA-RS, juntamen-
te sentido, Capão da Canoa, após o trágico acidente te com o IBAPE-RS, resolveu contribuir com esta
ocorrido em 2009, e alguns outros municípios dis- publicação técnica, dedicada aos profissionais, sín-
cutem a implantação de legislação. dicos, legisladores e sociedade. Para nós, profissio-
O poder público mostra-se ineficiente na fisca- nais do CREA-RS, a vida não tem preço.
lização com uma legislação adequada, muito mais Um abraço a todos e que todos façam bom uso des-
por desconhecimento do que por desinteresse, e cre- ta importante ferramenta de informação e de trabalho.

3
editorial

A sociedade desperta quando ocorrem tragédias Eng. Civil Marcelo Suarez Saldanha é
especialista e consultor em Engenharia
como no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a comu- Diagnóstica, Conselheiro da CEEC do CREA-RS
e Presidente do IBAPE-RS – Gestão 2013/2014.
nidade profissional, representada pelo Conselho Re-
gional de Engenharia e Agronomia (CREA), Conse- um ônus ao cidadão, mas promover o conhecimen-
lho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Sindicato to sobre a necessidade de inspeção predial por meio
dos Engenheiros (SENGE), Sociedade de Engenha- de profissionais devidamente preparados.
ria do RS (SERGS), Sociedade de Agronomia do RS Aos leigos, inspeção é uma vistoria de constata-
(SARGS), IBAPE, dentre outras, juntamente com o ção com análise de risco denominada de “check-up
Poder Executivo Municipal, PMPA e SMOV, tam- predial”, visando à qualidade, ao conforto e à segu-
bém se mobiliza. rança construtiva e de seus usuários, através de prog-
A movimentação da sociedade em geral, agitada nósticos e prescrições técnicas para a boa gestão de
por tais ocorrências, que clama aos Poderes aplica- manutenção das edificações.
ção de medidas preventivas para manutenção e con- As conclusões expostas em laudos de inspeção e
servação das edificações e seus equipamentos, já po- manutenção predial, executados por profissionais
de ser sentida por meio de regulamentação do novo habilitados e com conhecimento técnico específico,
decreto de nº 18.574 de 24 de fevereiro de 2014, re- irão apontar as anomalias, falhas e patologias cons-
gulamentando o art. 10 da Lei Complementar nº trutivas, bem como as intervenções de correções, al-
284/1992, ora revisado e revoga o decreto anterior mejando minimizar riscos, salvar vidas, e, consequen-
de nº 17.720/2012. temente, proteger a sociedade. De forma direta, é
A referida legislação procura carrear benefícios uma maneira de valorizar a profissão, divulgando
aos contribuintes, aos gestores do município, a pre- cultura profissional e ocupando espaços pertinentes
venção e o planejamento, sem, no entanto, trazer às profissões de engenheiros civis, eletricistas, me-
qualquer tipo de ônus aos diretamente interessados, cânicos, arquitetos e agrônomos, para melhor servir
a destacada importância da inspeção para conserva- e atender à sociedade.
ção e manutenção predial é um investimento no pa- Aos profissionais do sistema, no qual me incluo,
trimônio e na qualidade de vida de seus usuários. pretendemos oferecer o bônus da prestação de ser-
As pretensões da nova legislação vêm revestidas viços por meio do bom desempenho das construções
das palavras na segurança, habitabilidade e utiliza- e seus equipamentos, posto que somos representan-
ção consciente das construções; é, portanto, investi- tes também da sociedade civil organizada deste país.
mento em seu grau mais elevado, pois o custo da Da mesma forma que uma mãe diligente leva o
inspeção é infinitamente menor que o custo de uma filho ao médico, também o gestor deve procurar o
tragédia, como a da queda da marquise das lojas Ara- profissional especialista em inspeção predial para
puã, em 1988 em Porto Alegre. identificar a patologia, diagnosticar o problema e in-
Nesse sentido, a intenção da lei não é criar mais dicar a devida terapia do paciente. É preciso avançar!

4 www.ibape-rs.org.br maio/jun’14
sumário

6 Introdução

O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Enge- 7 Conceitos e Ferramentas da


Engenharia Diagnóstica
nharia do RS (IBAPE-RS), fundado em 18 de abril de 1977,
é um instituto de perícias e avaliações com a finalidade
de congregar os profissionais do Sistema CONFEA/CREAs.
8 Inspeção Predial – o que é?
Atualmente, tem como presidente o Engenheiro Civil Mar-
celo Suarez Saldanha. A entidade, filiada ao Ibape Nacio-
nal e com representatividade no Colégio de Entidades Na-
9 Inspeção Predial – para que serve?

cionais (CDEN), é formada por Engenheiros das diversas


modalidades, Arquitetos e Agrônomos que atuam nas ati- 10 O que deve ser inspecionado?
vidades da Engenharia Diagnóstica como atividade técni-
ca e profissional, tais como: Avaliações de Imóveis, Perí-
cias Judiciais, Vistorias de Vizinhança, Inspeções Prediais,
11 Procedimentos de Inspeção Predial

12 Laudo de Inspeção Predial –


Auditorias em Edificações, Consultoria em Gestão de Ma-
nutenção, Engenharia de Custos, etc. É uma sociedade Tópicos Básicos
civil, sem fins lucrativos, sem caráter político ou religioso,
com personalidade jurídica própria e duração ilimitada,
possuindo associados em todas as regiões do Estado do 13 Manutenção Predial
Rio Grande do Sul.

Ajude a manter o IBAPE/RS forte. Profissional, faça a sua 13 Prevenção de Incêndio


parte indicando o código 117 da nossa entidade na sua
ART - Resolução nº 456/01 do CONFEA, estamos traba-
lhando por você.
14 Responsabilidades e Legislação

Diretoria Executiva
Biênio 2013/2014
15 Normas Técnicas

15
Presidente: Eng. Marcelo Suarez Saldanha
1º Vice-Presidente: Eng. Daniel Weindorfer Bibliografia
2º Vice-Presidente: Arq. Geraldo da Rocha Ozio
Diretor Adm-Financeiro: Eng. Luiz Alberto Alves Ribeiro
Diretor Técnico-Cultural: Arq. Tania Goulart Ribeiro
Diretor Relação com Associados: Eng. Pietro Seminoti Marcon
Diretor de Relações Institucionais: Arq. Ednezer Rodrigues Flores
Diretor Extraordinário: Eng. Carlos Augusto Arantes
Gestora Operacional: Andreza Lopes da Silva
Assessor de Imprensa: Éverton Bohn Kirst

Conselheiros no CREA-RS CEE Civil:


Titular: Eng. Marcelo Suarez Saldanha
Suplente: Eng. Alcimar da Rocha Lopes
Coordenador do Conselho Consultivo: Eng. Melvis Barrios Junior
Presidente do Conselho Deliberativo: Eng. Fernando Petersen Junior

55
manual de inspeção predial | prática do diagnóstico

1 Introdução
A inspeção predial é a atividade que possui nor-
ma e metodologia própria, classifica as deficiências
constatadas na edificação, aponta o grau de risco
observado para cada uma delas e gera lista de prio-
ridades técnicas com orientações ou recomendações
para sua correção, isto é, atesta a segurança e valo-
riza a aplicação de recursos financeiros com a boa
manutenção predial.
A ciência que estuda as doenças, no campo da
engenharia, chama-se patologia das construções, on-
de o tratamento das doenças, o estudo dos vícios e
defeitos construtivos e as falhas de manutenção são
feitos através da aplicação das ferramentas da enge-
nharia diagnóstica, vistoria, inspeção, auditoria, pe-
rícias e consultoria, e que envolve conhecimentos
multidisciplinares, à semelhança do que ocorre no
campo médico. Erros de projeto e de execução, e o
uso inadequado das edificações, somado com falta
de manutenção preventiva, ação do tempo e do meio
ambiente são os principais motivos das inspeções
prediais, cujas intervenções são as reações internas
e os mecanismos de formação das manifestações
desses danos, sendo recomendado antes de qualquer
procedimento de manutenção, o diagnóstico deta-
lhado das anomalias existentes.
Assim como o ser humano tem esqueleto, os edi-
fícios têm estrutura; o ser humano tem a pele, os
edifícios têm revestimentos, os edifícios tem insta-
lações; o ser humano tem o sistema circulatório, ou
seja, a edificação, assim como o corpo humano, apre-
senta sinais ou sintomas, um profissional habilitado
engenheiro ou arquiteto, assim como um médico, é
quem pode identificá-los corretamente.

6 www.ibape-rs.org.br maio/jun’14
2C
 onceitos e Ferramentas
da Engenharia Diagnóstica
 SINTOMATOLOGIA –
Constatações e análises dos
sintomas e condições físicas das
anomalias construtivas e falhas de
manutenção.

 ETIOLOGIA – Determinação dos


efeitos, origens, causas, mecanismos
de ação, agentes e fatores de
agravamento das anomalias
construtivas e falhas de
manutenção.

 TERAPÊUTICA – Estudos das


reparações das anomalias
construtivas e falhas de
manutenção.

 PATOLOGIA – Estudo das


condições físicas ou funcionais
produzidas pelas anomalias
construtivas ou falhas.

ENGENHARIA DIAGNÓSTICA EM EDIFICAÇÕES

SINTOMATOLOGIA ETIOLOGIA TERAPÊUTICA

Consultoria
Perícia
Auditoria
Inspeção
Vistoria

7
manual de inspeção predial | prática do diagnóstico

3 Inspeção Predial – o que é?


A inspeção predial é a atividade que possui norma Níveis de Inspeção
e metodologia próprias, denominada de “Check-Up”,
Nível 1 E
 laborada por profissionais habilitados
a qual classifica as deficiências constatadas na edifi- em uma especialidade. Edificações com
cação, aponta o grau de risco observado para cada baixa complexidade técnica, de manu-
uma delas e gera a ordem de prioridades técnicas com tenção e de operação de seus elementos
e sistemas construtivos.
orientações ou recomendações para sua correção.
Nível 2 E
 laborada por profissionais habilitados
em uma ou mais especialidades. Edifi-
cações com média complexidade técni-
ca, de manutenção e de operação de seus
elementos e sistemas construtivos.

Nível 3 E
 laborada por profissionais habilitados
e de mais de uma especialidade, cujo
trabalho poderá ser intitulado como de
Auditoria Técnica. Edificações com alta
complexidade técnica, de manutenção e
operação de seus elementos e sistemas
construtivos.

Principais Etapas
1ª Etapa – Levantamento de dados e documentos
2ª Etapa – Entrevista com síndico –
histórico de intervenções
3ª Etapa – Vistoria dos sistemas -
nível de inspeção
4ª Etapa – Verificação das deficiências –
anomalias e falhas
5ª Etapa – Classificação do grau de risco
anomalias e falhas
6ª Etapa – Ordem de prioridades técnicas
7ª Etapa – Recomendações ou orientações
técnicas
8ª Etapa – Avaliação de qualidade da manutenção
9ª Etapa – Avaliação do uso da atividade da
edificação
10ª Etapa – Avaliação da segurança e pânico
11ª Etapa – Elaboração do laudo de inspeção

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4 Inspeção Predial – Para que serve?
 Determinar as irregularidades prediais.  Verificar o estado de conservação e as
 Estabelecer providências e responsabilidades. condições gerais da edificação.
 Analisar os sistemas construtivos da edificação  Informar subsídios e orientar os síndicos na
(estrutura, alvenaria, esquadrias, revestimentos, ordem de prioridades dos serviços de
fachadas, impermeabilização, etc.), as instalações manutenção.
(elétricas, hidráulicas, gás, etc.) e os equipamentos  Auxiliar, atestar e verificar a evolução do estado
(elevadores, bombas, ar-condicionado, etc.) prediais. de conservação e da boa manutenção.
 Auxiliar na revisão dos manuais do síndico e  Auxiliar nas transações imobiliárias de compra
proprietários quando contratada na época da e venda e de locação, alertando para eventuais
assistência técnica da construtora. necessidades de reparos importantes.
 Preservar a garantia da construção e orientar o  Reduzir o prêmio de seguro, pois atesta o
condomínio na boa prática das atividades de estado de conservação e manutenção da
manutenção. edificação.

9
manual de inspeção predial | prática do diagnóstico

5 O que deve ser inspecionado?


As áreas comuns das edificações, inclusive as pri-
vativas, pois existem áreas comuns, como as estrutu-
ras de laje, vigas, pilares e as colunas prediais de abas-
tecimento de água, de esgotos e de energia elétrica.
 Térreo – guarita, jardins, estacionamento, áreas
de lazer, halls, vestiários, lixeira, sala dos
medidores.
 Subsolo – estacionamento, geradores,
reservatórios, casa de bombas..
 Escadarias – corrimãos, portas corta-fogo,
iluminação de emergência.
 Cobertura – casa de máquinas, reservatórios,
barrilhete, terraço e telhado.

Sistemas Construtivos
 Fundações – estacas, sapatas, blocos, muros de arrimo.
 Estrutura – pilares, vigas, lajes, consoles, marquises.
 Fechamento – alvenarias, placas de concreto, dry-wall,
painéis divisórios.
 Esquadrias – portas, janelas, portões, grades.
 Revestimentos – pisos, forros, reboco, pedras, texturas.
 Fachadas – textura, pastilhas, pele de vidro, placas metálicas.
 Impermeabilizações – mantas e proteção mecânica, etc.
 Prevenção de Incêndio – alarmes, extintores, mangueiras,
iluminação, etc.

10 www.ibape-rs.org.br maio/jun’14
Instalações e Equipamentos
 Elétricas – entrada, medidores, quadros, fiação,
aterramento, pontos de luz, tomadas, etc.
 SPDA – cabos, fixadores, ponteiras,
aterramentos, etc.
 Hidráulicas – boias, bombas de recalques,
registros, tubulações, válvulas, ralos, louças, etc.
 Telefonia – quadro de entrada, central
telefônica, fiações, DG, etc.
 Segurança – porteiro eletrônico, vídeo e
câmeras, cerca elétrica, etc.
 Elevadores – cabos, guias, máquinas, cabina,
portas, etc.
 Geradores – motor, tanque, descarga, etc.
 Ar-condicionado – dutos, difusores, torre de
resfriamento, etc.
 Automação – equipamentos, fiação, quadros, etc.
 Proteção e Combate de Incêndio – alarme,
hidrantes, iluminação, sprinklers, etc.

6 PROCEDIMENTOS dE
Inspeção Predial
Ferramenta do ”Check Up” Predial;
Atestamento da Segurança Predial;
Consultoria em Gestão Patrimonial;
Auditoria Técnica em Manutenção;
Análise de Recomendação de Laudos Específicos;
Análise de Gerenciamento de Risco;
Ferramenta de Avaliação de Imóveis;
Levantamento de Dados para Perícia de Engenharia;
Avaliação da Qualidade da Assistência Técnica;
Avaliação do Uso das Edificações;
Análise do Desempenho e Vida Útil das Edificações;
Ferramenta de Vistoria e Entrega de Obra;
Instrumento de Fiscalização da Legislação.

11
manual de inspeção predial | prática do diagnóstico

7 Laudo de Inspeção Predial


Para emitir o laudo de inspeção, é preciso preparo C
 ritério e metodologia adotados.
e conhecimento. O documento não garante que um L
 ista de verificação dos sistemas construtivos e
acidente não possa ocorrer, mas oferece segurança pa- equipamentos vistoriados com a descrição e
ra resguardar a edificação e vidas que ali habitam. localização das respectivas anomalias e falhas.
O laudo de inspeção predial não é apenas um C
 lassificação e análise das anomalias e falhas
check-list com fotografias, é um documento com- quanto ao grau de risco.
pleto, que permite uma visão sistêmica (técnica, uso O
 bservações sobre a documentação analisada.
e manutenção) detalhada das condições físicas da Conclusões
edificação contendo todas as etapas descritas para a A  nálise das não conformidades observadas e
realização do trabalho. recomendações gerais quanto à criticidade e
O laudo de inspeção predial apresenta priorida- outros aspectos.
des proporcionando subsídios ao sindico ou gestor  I ndicação das orientações técnicas e/ou lista das
medidas preventivas e corretivas necessárias à
para a tomada de decisão, a fim de garantir uma ma-
correção de falhas e anomalias.
nutenção mais eficiente e menos onerosa.
 I ndicação da ordem de prioridade das falhas e
Tópicos – Estrutura do Laudo anomalias
Os tópicos mínimos para a elaboração de laudo  I ndicação de aspectos restritivos quanto ao uso
de engenharia, o Laudo de Inspeção Predial – LIP –, em função das anomalias e falhas constatadas.
são os seguintes:  I ndicação de medidas complementares à análise
conclusiva das falhas e anomalias, e eventual
Preliminares necessidade de contratação de ensaios e outras
 Identificação do solicitante. avaliações especializadas.
 Identificação do objeto da vistoria com D  ata e assinatura do(s) responsável(eis)
informações da tipologia construtiva, e outros técnico(s) com registro no CREA.
dados relevantes à caracterização da edificação,
Anexos
com base na documentação disponibilizada
R  egistro fotográfico (fotos numeradas e suas
para o inspetor.
legendas).
 Localização, endereço do imóvel.
C  ópia da Anotação de Responsabilidade
 Data e hora da vistoria.
Técnica (ART).
Desenvolvimento e Metodologia P  lantas ou outros documentos necessários à
 Descrição técnica do objeto, tipologia, padrão fundamentação das conclusões e elucidações de
de acabamento, sistemas e elementos fatos descritos no corpo do Laudo.
construtivos, dependências e suas instalações;  Ficha de vistoria é parte integrante do laudo e
utilização e ocupação; idade da edificação. contempla itens básicos, que expressem as
 Nível de inspeção utilizado. conclusões e os fatos descritos no corpo do laudo.

12 www.ibape-rs.org.br maio/jun’14
9 Prevenção de Incêndio
O sistema de prevenção contra fogo e combate
a incêndio é o conjunto de procedimentos e insta-
lações hidráulicas, elétricas, acessórios e demais
componentes que, quando acionados ou em uso,
possibilitam a ação desejada. A segurança contra
incêndio, ainda, não se limita ao sistema de prote-
ção e combate a incêndio. Propriedades dos mate-
riais empregados e dos elementos da edificação tam-
bém contribuem para isso.
Para atender às necessidades de segurança con-
tra incêndio, devem ser atendidos nas edificações
em uso os requisitos estabelecidos em legislações
e na ABNT NBR 14.432.

8 Manutenção Predial Ações de Prevenção e Emergência:


 Conhecer o plano de emergência;
A manutenção predial deve iniciar-se na fase de  Aplicar procedimentos básicos estabelecidos
implantação do projeto arquitetônico. Manutenção no plano de emergência;
preventiva e manutenção corretiva (pós-constru-  Avaliar e identificar possíveis riscos;
ção) guardam estreita vinculação com a manuten-  Combate ao princípio de incêndio;
ção preditiva (pré-construção).  Fazer a inspeção dos equipamentos e rotas de fuga;
A manutenção preditiva origina-se, como as de-  Aplicar a rotina de evacuação da edificação;
mais, na prancheta e destina-se a incorporar à edi-  Participar de exercícios simuladores;
ficação requisitos arquitetônicos, construtivos, de  Atendimento inicial às vítimas;
instalação e de funcionamento capazes de facilitar  Orientar os ocupantes da edificação;
e tornar econômica a futura manutenção.  Acionar o Corpo de Bombeiros (193);
 Fazer a inspeção predial.
 Manutenção Preventiva – antecipa-se ao surgi-
mento de defeitos, assegurando a operação do
edifício.
 Manutenção Corretiva – atividades realizadas
para recuperar o desempenho perdido.
 Manutenção Não Planejada – realizada para re-
cuperar o desempenho perdido por causas não
previstas ou externas ao sistema de manutenção.
13
manual de inspeção predial | prática do diagnóstico

10 Responsabilidades e Legislação
A responsabilidade do profissional é limitada Art 1331 – parágrafo 2º - refere-se as partes de
ao escopo do trabalho contratado, diante dos sis- uso comum das edificações, o solo, a estrutura do
temas analisados nos níveis de inspeção contrata- prédio, o telhado, as redes gerais de distribuição
dos, bem como àquelas da própria atividade pro- (gás, elétrica, hidráulica, esgoto, telefone, etc.) e as
fissional do engenheiro ou arquiteto. demais partes comuns, incluindo o acesso ao lo-
Atuação Profissional, independentemente da gradouro público, tudo o que são utilizados em
obrigatoriedade de especialização: é recomendável comum por todos os condomínios.
que o profissional que atuará como perito conheça
Art 1348 – inciso V - Código Civil, compete
a doutrina da engenharia diagnóstica, bem como
ao síndico diligenciar a conservação e manu-
as normas e diretrizes da inspeção predial.
tenção das partes comuns zelando pela presta-
A manutenção e gestão predial são responsabi-
ção de serviço que lhe interessar.
lidade do síndico da edificação. A ABNT 5674 item
8. observa o seguinte: A emissão da ART evita o exercício ilegal das profis-
sões das áreas técnicas, além de servir como um instru-
8.1 O proprietário de uma edificação, síndico
mento de defesa, pois formaliza um compromisso do
ou empresa terceirizada responsável pela ges-
profissional com a qualidade dos serviços prestados. Tra-
tão da manutenção devem atender a esta Nor-
ta-se de um importante instrumento de registro dos di-
ma, às normas técnicas aplicáveis e ao manual
reitos e deveres do profissional e do contratante, poden-
de operação, uso e manutenção da edificação.
do ser adotada como prova de contratação do serviço.
8.2 O proprietário de uma edificação ou o Porto Alegre decreta inspeção periódica obrigatória
condomínio deve fazer cumprir e prover os para edifícios, com o novo decreto de nº 18.574 de 24 de
recursos para o programa de manutenção fevereiro de 2014, que regulamenta o art. 10 da Lei Com-
preventiva das áreas comuns. plementar nº 284/1992, e dispõe sobre o uso, a manuten-
8.5 No caso de propriedade condominial, ção e a inspeção predial periódica dos imóveis de Porto
os condôminos respondem pela manuten- Alegre, e revoga o Decreto nº 17.720, de 2 de abril de 2012,
ção das partes autônomas individualizadas definindo a obrigatoriedade de apresentação de laudo de
e solidariamente, pelo conjunto da edifica- inspeção de edificações, cuja periodicidade da inspeção
ção de forma a atender ao manual de ope- será de cinco anos para todas as edificações, ressaltando
ração, uso e manutenção de sua edificação. que apresentação do LTIP não isenta os proprietários ou
usuários a qualquer título da apresentação dos laudos ou
8.6 O proprietário ou o síndico pode dele- licenças dos assuntos que possuam legislação especifica
gar a gestão da manutenção da edificação à (laudo de proteção contra incêndio, laudo de marquise,
empresa ou profissional contratado. laudo de sacada, licença para cerca elétrica, ficha de ins-
De acordo com os artigos do Código Civil, no peção de elevadores, dentre outros. O laudo deve ser as-
que se refere às partes comuns e à competência do sinado por profissional habilitado junto ao Crea-RS ou
síndico, temos: Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU-RS.

14 www.ibape-rs.org.br maio/jun’14
11 Normas Técnicas
A Associação Brasileira de Normas Técni-
cas (ABNT) abriu a discussão do projeto de
norma de Inspeção Predial e instalou a Co-
missão de Estudo de Inspeção (CE-02:140.02),
para discussão do texto-base do projeto de
norma de Inspeção Predial - PN 02:140.02-
001 que pretende normatizar procedimentos
e terminologias para a realização das inspe-
ções de edificações, atestando a segurança em
complementação as normas existentes, tais
como, a NBR 5.674 - Manutenção de edifica-
ções - Requisitos para o sistema de gestão de
manutenção, Norma NBR 16280 - Reforma
12 Bibliografia
em edificações — Sistema de gestão de refor- GOMIDE,T.L.; PUJADAS, F Z. A. E FAGUNDES
mas - Requisitos e a NBR 15.575 - Edificações NETO, J. C. P. Técnicas de Inspeção e Manutenção
habitacionais – Desempenho, estabelecendo Predial. São Paulo: Pini, 1ª Edição, 2006.
os graus de risco e prevenindo a perda de de-
GOMIDE, T. L.; FAGUNDES NETO, J. C. P E
sempenho e funcionalidade decorrente da de-
GULLO M. A. Normas Técnicas para Engenharia
gradação dos seus sistemas, elementos ou com-
Diagnóstica em Edificações. São Paulo: Pini, 1ª
ponentes construtivos, gerando assim uma
Edição, 2009.
ordem de prioridades necessárias para elabo-
ração do cronograma de intervenções dos ser- IBAPE-Nacional. Instituto Brasileiro de
viços e aspectos gerenciais da manutenção. O Avaliações e Perícias de Engenharia, Norma de
CREA-RS e o IBAPE-RS, encontram-se re- Inspeção Predial, 2012.
presentados pelo conselheiro da Câmara Civil IBAPE-SP. Inspeção Predial – Check-up predial:
Engenheiro Marcelo Suarez Saldanha e o Ar- Guia da Boa Manutenção. São Paulo: LEUD-SP,
quiteto Geraldo da Rocha Ozio, conselheiro 2005.
do CAU-RS.
IBAPE-SP. Publicação da Câmara Técnica de
Inspeção Predial. Cartilha da Inspeção Predial –
A saúde dos Edifícios, Ed. 2012.
SALDANHA, M. S., Apostilha do Curso de
Inspeção Predial – Prática do Diagnóstico,
convênio IBAPE-RS/CREA-RS.

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manual de inspeção predial | prática do diagnóstico

DECRETO N o 18.574, DE 24 DE rança dos sistemas construtivos, tais como:


FEVEREIRO DE 2014. estrutura, alvenarias, revestimentos, cobertu-
ra, instalações, equipamentos e demais ele-
 egulamenta o art. 10 da Lei
R mentos que as compõem.
Complementar no 284, de 27
de outubro de 1992, que dis- Art. 2o O proprietário ou usuário, a qual-
põe sobre as regras gerais e es- quer título, deverá protocolizar, através de re-
pecíficas a serem obedecidas querimento padrão de expediente único do
na manutenção e conservação imóvel, junto ao Escritório Geral de Licencia-
das edificações, e revoga o De- mento e Regularização Fundiária (EGLRF), da
creto no 17.720, de 2 de abril Secretaria Municipal de Gestão (SMGes), o Lau-
de 2012. do Técnico de Inspeção Predial (LTIP), elabo-
rado por profissional habilitado junto ao Con-
O PREFEITO MUNCIPAL DE PORTO
selho Regional de Engenharia, Agronomia
ALEGRE, no uso de suas atribuições legais que
(CREA-RS) ou Conselho de Arquitetura e Ur-
lhe conferem os artigos 9o, inciso II, e 94, inci-
so II, da Lei Orgânica do Município, banismo (CAU), indicando patologias, reco-
mendações e serviços a serem executados, com
D E C R E TA : o respectivo prazo, bem como risco de aciden-
tes, atestando as condições de segurança e es-
Art. 1 Este Decreto regulamenta o art. 10
o
tabilidade estrutural de toda edificação.
da Lei Complementar no 284, de 27 de outubro
de 1992, no que concerne ao controle da ma- § 1o O LTIP poderá ser:
nutenção preventiva, conservação das edifica-
ções, seus elementos estruturais, instalações e I – LTIP Inicial e Conclusivo: informa que
equipamentos. não há recomendações e serviços a serem exe-
cutados, atestando que a edificação apresenta
Parágrafo único. A inspeção predial da segurança e estabilidade estrutural;
edificação compreende a vistoria e análise das
edificações por profissional habilitado, classi- II – LTIP Inicial com Recomendações: ates-
ficando o grau de risco com relação à segu- ta os reparos ou serviços a serem executados
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para a manutenção e recuperação da edifica- de proteção contra incêndio, laudo de marqui-
ção, assim como providencias a serem adota- se, laudo de sacada, licença para cerca elétrica,
das, se necessárias, relativas a lindeiros e logra- ficha de inspeção de elevadores, dentre outros)
douro público; ou devendo ser apresentados em etapa protocola-
da separadamente, respeitando os prazos e re-
III – LTIP Conclusivo: informa que as obras quisitos legais de suas legislações vigentes.
para a manutenção e recuperação da edifica-
ção, indicadas no Laudo Inicial com Reco- § 5o Os campos do formulário padrão refe-
mendações, foram executadas, atestando que rentes às informações de marquises, elevado-
a edificação apresenta segurança e estabilida- res, laudo de proteção contra incêndio, comu-
de estrutural. nicação de obras de laudo de proteção contra
incêndio são de preenchimento obrigatório e
§ 2o O LTIP deverá ser apresentado em for- meramente informativos, não impedindo, a in-
mulários padrão da Secretaria Municipal de formação fornecida, o recebimento do LTIP
Urbanismo (SMUrb), em 2 (duas) vias, com pela SMUrb.
assinaturas do responsável técnico e proprie-
Art. 3o O prazo para apresentação do LTIP
tários ou usuários, a qualquer título, acompa-
das edificações é de no máximo 360 (trezen-
nhados de Anotação de Responsabilidade Téc-
tos e sessenta) dias a contar da vigência do
nica (ART) ou Registro de Responsabilidade
presente Decreto.
Técnica (RRT), com o respectivo comprovante
de pagamento. Art. 4o A periodicidade futura para a apre-
sentação do LTIP será a cada 5 (cinco) anos
§ 3o Deverá ser anexado, na protocolização
para todas as edificações listadas no Anexo
do LTIP, Documento de Arrecadação Munici-
pal (DAM) de laudo pago. 1.1 da Lei Complementar no 284, de 1992,
excetuado o disposto no art. 5o deste Decreto.
§ 4 A apresentação do LTIP não isenta os
o

proprietários ou usuários a qualquer título da Parágrafo único. A periodicidade de apre-


apresentação dos laudos ou licenças dos assun- sentação do LTIP é contada a partir da data de
tos que possuam legislação especifica (laudo elaboração do laudo, constante no formulário
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manual de inspeção predial | prática do diagnóstico

padrão SMUrb de LTIP Inicial com Recomen- sável técnico, devendo ser garantida a seguran-
dações ou LTIP Inicial e Conclusivo. ça e estabilidade estrutural da edificação no pe-
ríodo estipulado para a realização da manuten-
Art. 5o Ficam excluídas da obrigatorie- ção ou se for o caso, seja determinada a sua
dade da apresentação do LTIP as seguintes interdição.
edificações:
§ 1o Executadas as recomendações constan-
I – Unifamiliares (A-1), as quais atendam tes no LTIP Inicial com Recomendações, de-
os recuos de jardim, mínimo de 4 (quatro) me- verá ser apresentado o LTIP Conclusivo através
tros, incluindo as unidades integrantes dos con- de formulário padrão da SMUrb, em 2 (duas)
domínios por unidades autônomas; e vias, com assinaturas do responsável técnico e
proprietário ou usuário, a qualquer título, acom-
II – Multifamiliares (A-2), com até 2 (dois) panhados de ART ou RRT, com o comprovan-
pavimentos acima do nível do passeio, as quais te da respectiva taxa de pagamento.
atendam os recuos de jardim mínimos de 4
(quatro) metros, e que não possuam qualquer § 2o As informações (área, ocupação, etc.)
tipo de muro de contenção (em alinhamentos constantes no LTIP são de exclusiva responsa-
ou divisas e/ou interior do lote) superior a 2,00m bilidade do Responsável Técnico do LTIP.
(dois metros).
Art. 7o Os LTIP serão analisados e recebi-
Art. 6o As recomendações de manutenção dos por Servidor de Nível Superior, com cargo
de Arquiteto ou Engenheiro, lotados na SMUrb.
e conservação das edificações, quando neces-
sárias, e os prazos para sua execução, farão par-
Parágrafo único. Constatada a conformi-
te do LTIP Inicial com Recomendações, sendo
dade do LTIP com o presente Decreto, será efe-
o prazo máximo para execução das medidas
tuado o registro de seu recebimento.
saneadoras de 180 (cento e oitenta) dias a con-
tar da data de elaboração do laudo, constante Art. 8o As vistorias decorrentes deste De-
no formulário padrão SMUrb de LTIP Inicial creto, quando necessárias, a critério do órgão
com Recomendações, facultada a sua redução fiscalizador do Município, poderão ser efetua-
ou prorrogação, conforme avaliação do respon- das a qualquer tempo, por Servidor de Nível
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Superior, com cargo de Arquiteto ou Engenhei- Art. 11. O presente Decreto não ilide as de-
ro, lotados na SMUrb. mais exigências legais em vigor, não interrompe
as ações legais em andamento, bem como não
Art. 9o Constatado o risco iminente na edi- tem caráter de regularização a qualquer título
ficação, pelo Responsável Técnico do LTIP, de- das áreas construídas e/ou demolidas, devendo
verão ser adotadas as seguintes providências:
estas atender a legislação correspondente.

I – Isolamento parcial ou em sua totalidade,


Art. 12. Os processos protocolizados na vigên-
conforme recomendação constante no LTIP, o
cia Decreto no 17.720, de 2 de abril de 2012, serão
qual deverá incluir orientações relacionadas aos
analisados conforme o presente Decreto sem a
lindeiros e ao logradouro público; e
emissão de Certificado de Inspeção Predial (CIP).
II – Isolamento da área citada no inc. I des-
Art. 13. Este Decreto entra em vigor na da-
te artigo, sob a orientação de responsável téc-
ta de sua publicação.
nico, às expensas do proprietário ou usuário
a qualquer título do imóvel, permanecendo
Art. 14. Fica revogado o Decreto no 17.720,
estes com a responsabilidade pela manuten-
de 2012.
ção dos equipamentos até a eliminação dos
riscos de acidente. Registre-se e publique-se.

Parágrafo único. Para a remoção do isola- PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO


mento deverá ser apresentado ao órgão com- ALEGRE, 24 de fevereiro de 2014.
petente Laudo Técnico declarando a elimina-
ção dos riscos de acidente, acompanhado de José Fortunati,
ART ou RRT, com comprovante de pagamen- Prefeito.
to da taxa.
Cristiano Tatsch,
Art. 10. O descumprimento do disposto nes- Secretário Municipal de Urbanismo.
te Decreto sujeita o infrator às penalidades pre-
vistas no Código de Edificações de Porto Alegre Urbano Schmitt,
– Lei Complementar no 284, de 1992. Secretário Municipal de Gestão.
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