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Manual Inspecaopredial
Manual Inspecaopredial
DIAGNÓSTICO
EXPEDIENTE
Realização:
Presidente
Eng. Marcelo Suarez Saldanha
ch
Salv
1º Vice-presidente
Eng. Civil Daniel Weindorfer Engenheiro Civil
Luiz Alcides Capoani
2º Vice-presidente Gestão 2009/2011 e 2012/2014
Arq. Geraldo da Rocha Ozio
2 www.ibape-rs.org.br maio/jun’14
prefácio
Inspeção Predial –
eck-up das edificações =
a-vidas da população
A Manutenção e a Inspeção Predial é uma das fer- mos que cabem a nós, profissionais do CREA-RS, a
ramentas também da Prevenção contra Incêndio e se conscientização e o auxílio na elaboração de projetos
estivesse em prática usual em todo o Estado poderí- de lei sobre a obrigatoriedade de laudo técnico de cer-
amos quem sabe ter evitado tragédias como esta. tificação predial, de acordo com a idade construtiva
É triste confirmar por meio de uma tragédia que do imóvel para verificação das condições de estabili-
se tem razão na luta de tantos anos por legislações dade, segurança e salubridade, obedecendo às normas
fortes que determinem a obrigatoriedade de Manu- técnicas da ABNT, a ser elaborado e fornecido por
tenção e Inspeção Predial nas nossas edificações pa- engenheiros e Empresas habilitadas e com registro
ra minimizar riscos e prevenir acidentes. junto ao CREA-RS, devidamente acompanhada da
Nós, do CREA-RS, em conjunto com as diversas ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.
entidades representativas do setor tecnológico, ela- As edificações permanentemente seguras, a ma-
boramos um anteprojeto de legislação que prevê a nutenção dos nossos patrimônios e, o mais impor-
obrigatoriedade de inspeções e manutenções nas edi- tante de tudo, a proteção de nossas vidas são os va-
ficações nos municípios do RS e é uma das ferra- lores primordiais do nosso Conselho.
mentas de fiscalização. O documento está à dispo- A transformação é possível e temos de criar con-
sição de todos e consta em nosso site www.crea-rs. dições e modelos, ousar e inovar. É com pequenas
org.br, mas é preciso que todos nós tenhamos a cons- medidas que chegaremos aos grandes resultados pa-
ciência da necessidade da implementação da Lei em ra uma vida melhor da nossa sociedade, com atitu-
nosso Estado. des proativas que fazem a verdadeira cidadania.
Recentemente Porto Alegre adotou legislação nes- É com esse propósito que o CREA-RS, juntamen-
te sentido, Capão da Canoa, após o trágico acidente te com o IBAPE-RS, resolveu contribuir com esta
ocorrido em 2009, e alguns outros municípios dis- publicação técnica, dedicada aos profissionais, sín-
cutem a implantação de legislação. dicos, legisladores e sociedade. Para nós, profissio-
O poder público mostra-se ineficiente na fisca- nais do CREA-RS, a vida não tem preço.
lização com uma legislação adequada, muito mais Um abraço a todos e que todos façam bom uso des-
por desconhecimento do que por desinteresse, e cre- ta importante ferramenta de informação e de trabalho.
3
editorial
A sociedade desperta quando ocorrem tragédias Eng. Civil Marcelo Suarez Saldanha é
especialista e consultor em Engenharia
como no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a comu- Diagnóstica, Conselheiro da CEEC do CREA-RS
e Presidente do IBAPE-RS – Gestão 2013/2014.
nidade profissional, representada pelo Conselho Re-
gional de Engenharia e Agronomia (CREA), Conse- um ônus ao cidadão, mas promover o conhecimen-
lho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Sindicato to sobre a necessidade de inspeção predial por meio
dos Engenheiros (SENGE), Sociedade de Engenha- de profissionais devidamente preparados.
ria do RS (SERGS), Sociedade de Agronomia do RS Aos leigos, inspeção é uma vistoria de constata-
(SARGS), IBAPE, dentre outras, juntamente com o ção com análise de risco denominada de “check-up
Poder Executivo Municipal, PMPA e SMOV, tam- predial”, visando à qualidade, ao conforto e à segu-
bém se mobiliza. rança construtiva e de seus usuários, através de prog-
A movimentação da sociedade em geral, agitada nósticos e prescrições técnicas para a boa gestão de
por tais ocorrências, que clama aos Poderes aplica- manutenção das edificações.
ção de medidas preventivas para manutenção e con- As conclusões expostas em laudos de inspeção e
servação das edificações e seus equipamentos, já po- manutenção predial, executados por profissionais
de ser sentida por meio de regulamentação do novo habilitados e com conhecimento técnico específico,
decreto de nº 18.574 de 24 de fevereiro de 2014, re- irão apontar as anomalias, falhas e patologias cons-
gulamentando o art. 10 da Lei Complementar nº trutivas, bem como as intervenções de correções, al-
284/1992, ora revisado e revoga o decreto anterior mejando minimizar riscos, salvar vidas, e, consequen-
de nº 17.720/2012. temente, proteger a sociedade. De forma direta, é
A referida legislação procura carrear benefícios uma maneira de valorizar a profissão, divulgando
aos contribuintes, aos gestores do município, a pre- cultura profissional e ocupando espaços pertinentes
venção e o planejamento, sem, no entanto, trazer às profissões de engenheiros civis, eletricistas, me-
qualquer tipo de ônus aos diretamente interessados, cânicos, arquitetos e agrônomos, para melhor servir
a destacada importância da inspeção para conserva- e atender à sociedade.
ção e manutenção predial é um investimento no pa- Aos profissionais do sistema, no qual me incluo,
trimônio e na qualidade de vida de seus usuários. pretendemos oferecer o bônus da prestação de ser-
As pretensões da nova legislação vêm revestidas viços por meio do bom desempenho das construções
das palavras na segurança, habitabilidade e utiliza- e seus equipamentos, posto que somos representan-
ção consciente das construções; é, portanto, investi- tes também da sociedade civil organizada deste país.
mento em seu grau mais elevado, pois o custo da Da mesma forma que uma mãe diligente leva o
inspeção é infinitamente menor que o custo de uma filho ao médico, também o gestor deve procurar o
tragédia, como a da queda da marquise das lojas Ara- profissional especialista em inspeção predial para
puã, em 1988 em Porto Alegre. identificar a patologia, diagnosticar o problema e in-
Nesse sentido, a intenção da lei não é criar mais dicar a devida terapia do paciente. É preciso avançar!
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sumário
6 Introdução
Diretoria Executiva
Biênio 2013/2014
15 Normas Técnicas
15
Presidente: Eng. Marcelo Suarez Saldanha
1º Vice-Presidente: Eng. Daniel Weindorfer Bibliografia
2º Vice-Presidente: Arq. Geraldo da Rocha Ozio
Diretor Adm-Financeiro: Eng. Luiz Alberto Alves Ribeiro
Diretor Técnico-Cultural: Arq. Tania Goulart Ribeiro
Diretor Relação com Associados: Eng. Pietro Seminoti Marcon
Diretor de Relações Institucionais: Arq. Ednezer Rodrigues Flores
Diretor Extraordinário: Eng. Carlos Augusto Arantes
Gestora Operacional: Andreza Lopes da Silva
Assessor de Imprensa: Éverton Bohn Kirst
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manual de inspeção predial | prática do diagnóstico
1 Introdução
A inspeção predial é a atividade que possui nor-
ma e metodologia própria, classifica as deficiências
constatadas na edificação, aponta o grau de risco
observado para cada uma delas e gera lista de prio-
ridades técnicas com orientações ou recomendações
para sua correção, isto é, atesta a segurança e valo-
riza a aplicação de recursos financeiros com a boa
manutenção predial.
A ciência que estuda as doenças, no campo da
engenharia, chama-se patologia das construções, on-
de o tratamento das doenças, o estudo dos vícios e
defeitos construtivos e as falhas de manutenção são
feitos através da aplicação das ferramentas da enge-
nharia diagnóstica, vistoria, inspeção, auditoria, pe-
rícias e consultoria, e que envolve conhecimentos
multidisciplinares, à semelhança do que ocorre no
campo médico. Erros de projeto e de execução, e o
uso inadequado das edificações, somado com falta
de manutenção preventiva, ação do tempo e do meio
ambiente são os principais motivos das inspeções
prediais, cujas intervenções são as reações internas
e os mecanismos de formação das manifestações
desses danos, sendo recomendado antes de qualquer
procedimento de manutenção, o diagnóstico deta-
lhado das anomalias existentes.
Assim como o ser humano tem esqueleto, os edi-
fícios têm estrutura; o ser humano tem a pele, os
edifícios têm revestimentos, os edifícios tem insta-
lações; o ser humano tem o sistema circulatório, ou
seja, a edificação, assim como o corpo humano, apre-
senta sinais ou sintomas, um profissional habilitado
engenheiro ou arquiteto, assim como um médico, é
quem pode identificá-los corretamente.
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2C
onceitos e Ferramentas
da Engenharia Diagnóstica
SINTOMATOLOGIA –
Constatações e análises dos
sintomas e condições físicas das
anomalias construtivas e falhas de
manutenção.
Consultoria
Perícia
Auditoria
Inspeção
Vistoria
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manual de inspeção predial | prática do diagnóstico
Nível 3 E
laborada por profissionais habilitados
e de mais de uma especialidade, cujo
trabalho poderá ser intitulado como de
Auditoria Técnica. Edificações com alta
complexidade técnica, de manutenção e
operação de seus elementos e sistemas
construtivos.
Principais Etapas
1ª Etapa – Levantamento de dados e documentos
2ª Etapa – Entrevista com síndico –
histórico de intervenções
3ª Etapa – Vistoria dos sistemas -
nível de inspeção
4ª Etapa – Verificação das deficiências –
anomalias e falhas
5ª Etapa – Classificação do grau de risco
anomalias e falhas
6ª Etapa – Ordem de prioridades técnicas
7ª Etapa – Recomendações ou orientações
técnicas
8ª Etapa – Avaliação de qualidade da manutenção
9ª Etapa – Avaliação do uso da atividade da
edificação
10ª Etapa – Avaliação da segurança e pânico
11ª Etapa – Elaboração do laudo de inspeção
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4 Inspeção Predial – Para que serve?
Determinar as irregularidades prediais. Verificar o estado de conservação e as
Estabelecer providências e responsabilidades. condições gerais da edificação.
Analisar os sistemas construtivos da edificação Informar subsídios e orientar os síndicos na
(estrutura, alvenaria, esquadrias, revestimentos, ordem de prioridades dos serviços de
fachadas, impermeabilização, etc.), as instalações manutenção.
(elétricas, hidráulicas, gás, etc.) e os equipamentos Auxiliar, atestar e verificar a evolução do estado
(elevadores, bombas, ar-condicionado, etc.) prediais. de conservação e da boa manutenção.
Auxiliar na revisão dos manuais do síndico e Auxiliar nas transações imobiliárias de compra
proprietários quando contratada na época da e venda e de locação, alertando para eventuais
assistência técnica da construtora. necessidades de reparos importantes.
Preservar a garantia da construção e orientar o Reduzir o prêmio de seguro, pois atesta o
condomínio na boa prática das atividades de estado de conservação e manutenção da
manutenção. edificação.
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manual de inspeção predial | prática do diagnóstico
Sistemas Construtivos
Fundações – estacas, sapatas, blocos, muros de arrimo.
Estrutura – pilares, vigas, lajes, consoles, marquises.
Fechamento – alvenarias, placas de concreto, dry-wall,
painéis divisórios.
Esquadrias – portas, janelas, portões, grades.
Revestimentos – pisos, forros, reboco, pedras, texturas.
Fachadas – textura, pastilhas, pele de vidro, placas metálicas.
Impermeabilizações – mantas e proteção mecânica, etc.
Prevenção de Incêndio – alarmes, extintores, mangueiras,
iluminação, etc.
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Instalações e Equipamentos
Elétricas – entrada, medidores, quadros, fiação,
aterramento, pontos de luz, tomadas, etc.
SPDA – cabos, fixadores, ponteiras,
aterramentos, etc.
Hidráulicas – boias, bombas de recalques,
registros, tubulações, válvulas, ralos, louças, etc.
Telefonia – quadro de entrada, central
telefônica, fiações, DG, etc.
Segurança – porteiro eletrônico, vídeo e
câmeras, cerca elétrica, etc.
Elevadores – cabos, guias, máquinas, cabina,
portas, etc.
Geradores – motor, tanque, descarga, etc.
Ar-condicionado – dutos, difusores, torre de
resfriamento, etc.
Automação – equipamentos, fiação, quadros, etc.
Proteção e Combate de Incêndio – alarme,
hidrantes, iluminação, sprinklers, etc.
6 PROCEDIMENTOS dE
Inspeção Predial
Ferramenta do ”Check Up” Predial;
Atestamento da Segurança Predial;
Consultoria em Gestão Patrimonial;
Auditoria Técnica em Manutenção;
Análise de Recomendação de Laudos Específicos;
Análise de Gerenciamento de Risco;
Ferramenta de Avaliação de Imóveis;
Levantamento de Dados para Perícia de Engenharia;
Avaliação da Qualidade da Assistência Técnica;
Avaliação do Uso das Edificações;
Análise do Desempenho e Vida Útil das Edificações;
Ferramenta de Vistoria e Entrega de Obra;
Instrumento de Fiscalização da Legislação.
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manual de inspeção predial | prática do diagnóstico
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9 Prevenção de Incêndio
O sistema de prevenção contra fogo e combate
a incêndio é o conjunto de procedimentos e insta-
lações hidráulicas, elétricas, acessórios e demais
componentes que, quando acionados ou em uso,
possibilitam a ação desejada. A segurança contra
incêndio, ainda, não se limita ao sistema de prote-
ção e combate a incêndio. Propriedades dos mate-
riais empregados e dos elementos da edificação tam-
bém contribuem para isso.
Para atender às necessidades de segurança con-
tra incêndio, devem ser atendidos nas edificações
em uso os requisitos estabelecidos em legislações
e na ABNT NBR 14.432.
10 Responsabilidades e Legislação
A responsabilidade do profissional é limitada Art 1331 – parágrafo 2º - refere-se as partes de
ao escopo do trabalho contratado, diante dos sis- uso comum das edificações, o solo, a estrutura do
temas analisados nos níveis de inspeção contrata- prédio, o telhado, as redes gerais de distribuição
dos, bem como àquelas da própria atividade pro- (gás, elétrica, hidráulica, esgoto, telefone, etc.) e as
fissional do engenheiro ou arquiteto. demais partes comuns, incluindo o acesso ao lo-
Atuação Profissional, independentemente da gradouro público, tudo o que são utilizados em
obrigatoriedade de especialização: é recomendável comum por todos os condomínios.
que o profissional que atuará como perito conheça
Art 1348 – inciso V - Código Civil, compete
a doutrina da engenharia diagnóstica, bem como
ao síndico diligenciar a conservação e manu-
as normas e diretrizes da inspeção predial.
tenção das partes comuns zelando pela presta-
A manutenção e gestão predial são responsabi-
ção de serviço que lhe interessar.
lidade do síndico da edificação. A ABNT 5674 item
8. observa o seguinte: A emissão da ART evita o exercício ilegal das profis-
sões das áreas técnicas, além de servir como um instru-
8.1 O proprietário de uma edificação, síndico
mento de defesa, pois formaliza um compromisso do
ou empresa terceirizada responsável pela ges-
profissional com a qualidade dos serviços prestados. Tra-
tão da manutenção devem atender a esta Nor-
ta-se de um importante instrumento de registro dos di-
ma, às normas técnicas aplicáveis e ao manual
reitos e deveres do profissional e do contratante, poden-
de operação, uso e manutenção da edificação.
do ser adotada como prova de contratação do serviço.
8.2 O proprietário de uma edificação ou o Porto Alegre decreta inspeção periódica obrigatória
condomínio deve fazer cumprir e prover os para edifícios, com o novo decreto de nº 18.574 de 24 de
recursos para o programa de manutenção fevereiro de 2014, que regulamenta o art. 10 da Lei Com-
preventiva das áreas comuns. plementar nº 284/1992, e dispõe sobre o uso, a manuten-
8.5 No caso de propriedade condominial, ção e a inspeção predial periódica dos imóveis de Porto
os condôminos respondem pela manuten- Alegre, e revoga o Decreto nº 17.720, de 2 de abril de 2012,
ção das partes autônomas individualizadas definindo a obrigatoriedade de apresentação de laudo de
e solidariamente, pelo conjunto da edifica- inspeção de edificações, cuja periodicidade da inspeção
ção de forma a atender ao manual de ope- será de cinco anos para todas as edificações, ressaltando
ração, uso e manutenção de sua edificação. que apresentação do LTIP não isenta os proprietários ou
usuários a qualquer título da apresentação dos laudos ou
8.6 O proprietário ou o síndico pode dele- licenças dos assuntos que possuam legislação especifica
gar a gestão da manutenção da edificação à (laudo de proteção contra incêndio, laudo de marquise,
empresa ou profissional contratado. laudo de sacada, licença para cerca elétrica, ficha de ins-
De acordo com os artigos do Código Civil, no peção de elevadores, dentre outros. O laudo deve ser as-
que se refere às partes comuns e à competência do sinado por profissional habilitado junto ao Crea-RS ou
síndico, temos: Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU-RS.
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11 Normas Técnicas
A Associação Brasileira de Normas Técni-
cas (ABNT) abriu a discussão do projeto de
norma de Inspeção Predial e instalou a Co-
missão de Estudo de Inspeção (CE-02:140.02),
para discussão do texto-base do projeto de
norma de Inspeção Predial - PN 02:140.02-
001 que pretende normatizar procedimentos
e terminologias para a realização das inspe-
ções de edificações, atestando a segurança em
complementação as normas existentes, tais
como, a NBR 5.674 - Manutenção de edifica-
ções - Requisitos para o sistema de gestão de
manutenção, Norma NBR 16280 - Reforma
12 Bibliografia
em edificações — Sistema de gestão de refor- GOMIDE,T.L.; PUJADAS, F Z. A. E FAGUNDES
mas - Requisitos e a NBR 15.575 - Edificações NETO, J. C. P. Técnicas de Inspeção e Manutenção
habitacionais – Desempenho, estabelecendo Predial. São Paulo: Pini, 1ª Edição, 2006.
os graus de risco e prevenindo a perda de de-
GOMIDE, T. L.; FAGUNDES NETO, J. C. P E
sempenho e funcionalidade decorrente da de-
GULLO M. A. Normas Técnicas para Engenharia
gradação dos seus sistemas, elementos ou com-
Diagnóstica em Edificações. São Paulo: Pini, 1ª
ponentes construtivos, gerando assim uma
Edição, 2009.
ordem de prioridades necessárias para elabo-
ração do cronograma de intervenções dos ser- IBAPE-Nacional. Instituto Brasileiro de
viços e aspectos gerenciais da manutenção. O Avaliações e Perícias de Engenharia, Norma de
CREA-RS e o IBAPE-RS, encontram-se re- Inspeção Predial, 2012.
presentados pelo conselheiro da Câmara Civil IBAPE-SP. Inspeção Predial – Check-up predial:
Engenheiro Marcelo Suarez Saldanha e o Ar- Guia da Boa Manutenção. São Paulo: LEUD-SP,
quiteto Geraldo da Rocha Ozio, conselheiro 2005.
do CAU-RS.
IBAPE-SP. Publicação da Câmara Técnica de
Inspeção Predial. Cartilha da Inspeção Predial –
A saúde dos Edifícios, Ed. 2012.
SALDANHA, M. S., Apostilha do Curso de
Inspeção Predial – Prática do Diagnóstico,
convênio IBAPE-RS/CREA-RS.
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manual de inspeção predial | prática do diagnóstico
padrão SMUrb de LTIP Inicial com Recomen- sável técnico, devendo ser garantida a seguran-
dações ou LTIP Inicial e Conclusivo. ça e estabilidade estrutural da edificação no pe-
ríodo estipulado para a realização da manuten-
Art. 5o Ficam excluídas da obrigatorie- ção ou se for o caso, seja determinada a sua
dade da apresentação do LTIP as seguintes interdição.
edificações:
§ 1o Executadas as recomendações constan-
I – Unifamiliares (A-1), as quais atendam tes no LTIP Inicial com Recomendações, de-
os recuos de jardim, mínimo de 4 (quatro) me- verá ser apresentado o LTIP Conclusivo através
tros, incluindo as unidades integrantes dos con- de formulário padrão da SMUrb, em 2 (duas)
domínios por unidades autônomas; e vias, com assinaturas do responsável técnico e
proprietário ou usuário, a qualquer título, acom-
II – Multifamiliares (A-2), com até 2 (dois) panhados de ART ou RRT, com o comprovan-
pavimentos acima do nível do passeio, as quais te da respectiva taxa de pagamento.
atendam os recuos de jardim mínimos de 4
(quatro) metros, e que não possuam qualquer § 2o As informações (área, ocupação, etc.)
tipo de muro de contenção (em alinhamentos constantes no LTIP são de exclusiva responsa-
ou divisas e/ou interior do lote) superior a 2,00m bilidade do Responsável Técnico do LTIP.
(dois metros).
Art. 7o Os LTIP serão analisados e recebi-
Art. 6o As recomendações de manutenção dos por Servidor de Nível Superior, com cargo
de Arquiteto ou Engenheiro, lotados na SMUrb.
e conservação das edificações, quando neces-
sárias, e os prazos para sua execução, farão par-
Parágrafo único. Constatada a conformi-
te do LTIP Inicial com Recomendações, sendo
dade do LTIP com o presente Decreto, será efe-
o prazo máximo para execução das medidas
tuado o registro de seu recebimento.
saneadoras de 180 (cento e oitenta) dias a con-
tar da data de elaboração do laudo, constante Art. 8o As vistorias decorrentes deste De-
no formulário padrão SMUrb de LTIP Inicial creto, quando necessárias, a critério do órgão
com Recomendações, facultada a sua redução fiscalizador do Município, poderão ser efetua-
ou prorrogação, conforme avaliação do respon- das a qualquer tempo, por Servidor de Nível
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Superior, com cargo de Arquiteto ou Engenhei- Art. 11. O presente Decreto não ilide as de-
ro, lotados na SMUrb. mais exigências legais em vigor, não interrompe
as ações legais em andamento, bem como não
Art. 9o Constatado o risco iminente na edi- tem caráter de regularização a qualquer título
ficação, pelo Responsável Técnico do LTIP, de- das áreas construídas e/ou demolidas, devendo
verão ser adotadas as seguintes providências:
estas atender a legislação correspondente.