O documento discute o uso de resíduos para gerar combustível derivado de resíduos (CDR), que pode ser usado em fornos industriais para reduzir o uso de combustíveis fósseis. O Brasil gera grandes quantidades de resíduos anualmente, mas a reciclagem enfrenta desafios como a falta de acesso à coleta seletiva para parte da população. A recuperação energética de resíduos pode ajudar a lidar com os impactos ambientais causados pela geração excessiva de lixo.
O documento discute o uso de resíduos para gerar combustível derivado de resíduos (CDR), que pode ser usado em fornos industriais para reduzir o uso de combustíveis fósseis. O Brasil gera grandes quantidades de resíduos anualmente, mas a reciclagem enfrenta desafios como a falta de acesso à coleta seletiva para parte da população. A recuperação energética de resíduos pode ajudar a lidar com os impactos ambientais causados pela geração excessiva de lixo.
O documento discute o uso de resíduos para gerar combustível derivado de resíduos (CDR), que pode ser usado em fornos industriais para reduzir o uso de combustíveis fósseis. O Brasil gera grandes quantidades de resíduos anualmente, mas a reciclagem enfrenta desafios como a falta de acesso à coleta seletiva para parte da população. A recuperação energética de resíduos pode ajudar a lidar com os impactos ambientais causados pela geração excessiva de lixo.
Debates Energéticos: Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR)
O webnário tem como foco a reutilização de resíduos para geração de
combustível. Os rejeitos da coleta seletiva podem se transformar em CDR (Combustível Derivado de Resíduo), que vai ser utilizado em fornos industriais reduzindo o uso de combustíveis fósseis e, por consequência, a emissão de CO² (gás carbônico) e outros gases que causam o efeito estufa. Foi demostrado os locais onde esse processo acontece, bem como seu funcionamento e particularidades. Ficou evidente o funcionamento das máquinas e todos os cuidados que se devem ter. O Brasil tem uma enorme geração de resíduos anual. Segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, a geração saiu de 66,7 milhões de toneladas em 2010 para 79,1 milhões em 2019, uma diferença de 12,4 milhões de toneladas. O mesmo estudo diz ainda que cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano, o que corresponde a mais de 1 kg por dia. As informações foram coletadas e publicadas pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Sendo assim, é necessário achar meios de diminuir os impactos sociais e ambientais dessa exacerbada geração. Com isso, a recuperação energética se mostra vantajosa novamente. Contudo, esse cenário ainda não está perto de acontecer, pois a reciclagem tem dificuldades para avançar no Brasil porque ainda não resolveu questões primárias para a área. Exemplo disso é que apenas 41,4% da população tem acesso à coleta seletiva. Segundo a atualização do PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos) de 2020 (íntegra – 4 MB), essa situação deve se alterar até 2040. A ideia é que ao menos 72,6% da população tenha acesso à coleta seletiva e que 20% do material coletado seja reciclado. Mas metas ambiciosas, como o fim dos lixões até 2014, já foram descumpridas no país. Além disso, no Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo, índice muito abaixo de países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, que apresentam média de 16% de reciclagem, segundo dados da International Solid Waste Association (ISWA). Os materiais recicláveis secos representaram 33,6% do total de 82,5 milhões de toneladas anuais de resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidos durante o período da pandemia da covid-19, nos anos de 2020 e 2021. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos 2021, divulgado pela Abrelpe, o Brasil contabilizou 27,7 milhões de toneladas anuais de resíduos recicláveis. Embora os materiais recicláveis secos tenham ampliado sua participação no total de resíduos sólidos urbanos (saindo de 31,7% em 2012 para 33,6% na última pesquisa), a fração orgânica permanece predominando como principal componente, com 45,3%, o que representa pouco mais de 37 milhões toneladas/ano.