CURSO: GEOGRAFIA BACHARELADO DISCIPLINA: CLIMATOLOGIA
PROFESSOR: PAULO ROBERTO SILVA PESSOA
Joana E. Franco Lima
Texto sobre a importância das oscilações / mudanças climáticas nos processos
associados à dinâmica biogeográfica nos ambientes semiáridos do NE Brasileiro.
Muito se tem discutido atualmente sobre as oscilações climáticas, segundo a OMS a
maior ameaça à saúde humana são as constantes mudanças no clima global, tais mudanças estão referidas direta ou indiretamente as atividades antrópicas alterando na composição da atmosfera e com isso causando inúmeros danos ao nosso planeta. No que diz respeito aos males causados ao planeta temos de ter uma visão geral do que isso engloba, desde a subida do nível dos oceanos até a possível extinção de uma espécie e ou precarização de sua vida em seu habitat natural.
A emissão de gases efeito estufa por queima de combustíveis fósseis é um dos
principais resultados que se tem com o aumento das atividades humanas, a queima desses combustíveis se dá por conta da demanda crescente das indústrias, dos automóveis, usinas termoelétricas, etc. O “boom” da tecnologia dos anos 90 até os dias atuais é um fator determinante para a situação tensa em que o clima do planeta se encontra, e com isso questiono, até que ponto estamos falando de desenvolvimento se esses mesmos “avanços” estão cada vez mais diminuindo nossa qualidade de vida, sobretudo a vida dos mais pobres? Enquanto grandes empresários ajudam a manter a ideia que diminuir o tempo no banho é a solução para um planeta mais sustentável sendo que são os mesmo que descartam de maneira incorreta toneladas e mais toneladas de resíduos nos mares todos os anos.
Tratando das implicações de tais mudanças no semiárido do nordeste brasileiro,
como bem aponta o texto “Implicações das oscilações climáticas do Quaternário tardio na evolução da fisionomia da vegetação do semiárido do Nordeste Setentrional” devido à intensa alteração da cobertura vegetal, não há fragmentos ou formações vegetais remanescentes pré- colonização, dificultando a iniciativa de inferências acerca de uma fisionomia vegetal da Caatinga antes da chegada dos colonos, mesmo que a cobertura vegetal de Caatinga na porção semiárida do Nordeste setentrional do Brasil tenha sua fisionomia com características arbustivas. Nesse aspecto, portanto as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas com a oscilação da caatinga entre savanas com condições de manter uma megafauna pleistocênica e fisionomias florestais. Para melhor compreensão espacial do semiárido do Brasil, exponho a imagem 1.
Imagem 1 - Delimitação do semiárido brasileiro
Fonte: Sudene/IBGE
As mudanças climáticas portanto não só influenciam no cotidiano humano e na
vegetação de determinada região como por exemplo o nordeste brasileiro como exposto acima e na imagem 1, mas também na distribuição das espécies e no seu cotidiano e todas essas mudanças estão direta ou indiretamente ligadas, por exemplo, a desertificação e ou degradação de certo espaço que porventura seja habitat de alguma espécie com condições de sobrevivência específica pode levar a sua extinção, sua extinção portanto pode levar a um desequilíbrio ambiental, como o aumento da população de algum outro animal que a mesma se alimentava. Com o aumento da temperatura por exemplo, pode ocasionar a germinação e a distribuição de espécies e plantas que tenderão a migrar em busca de habitats com condições favoráveis para o crescimento. Portanto podemos concluir que as ações humanas, ações que ocorrem mais rápido do que a capacidade da natureza se recuperar vem sendo o principal fator não só para as implicações causadas no nordeste do Brasil mas também de forma global. Tais ações comprometem tudo, a economia, a produção de alimentos, as relações de poder, o sistema capitalista, porque e quais pessoas e lugares são mais afetadas por esse desequilíbrio global e que políticas podemos pensar não para reverter o estrago que já foi feito mas como reduzir danos e garantir uma mais estabilidade de vida para os animais, para a vegetação e também para para as pessoas.