Você está na página 1de 2

Disciplina: Biologia e geologia Cláudia Andrade Nº7 10º5

Floresta Laurissilva

A Floresta Laurissilva é o nome que é conhecida a floresta indígena da Madeira,


constituída predominantemente por árvores e arbustos de folhagem persistente, com folhas
verde-escuras e planas. Já existia aquando da chegada dos navegadores portugueses e é
considerada uma relíquia. Ocupa uma área, de cerca de 15000 hectares, o equivalente a 20%
do território da ilha.

A Laurissilva está incluída na área do Parque Natural da Madeira e encontra-se


protegida por legislação regional, nacional e internacional. É um habitat prioritário, designado
de Laurissilvas Macaronésias, ao abrigo da Diretiva Habitats da União Europeia e as espécies
mais características encontram-se também diretamente protegidas por diretivas comunitárias.
Está integrada na lista dos Patrimónios Mundiais Naturais pela Unesco, a riqueza e a
importância desta floresta, contendo espécies vegetais, animais únicos e habitats naturais
representativos e importantes para a conservação da diversidade biológica, atestam a justiça
deste reconhecimento.

É uma formação florestal que apresenta uma grande diversidade biológica, com uma
elevada percentagem de espécies exclusivas da Macaronésia e da Madeira. Neste complexo e
diversificado ecossistema, a vastidão da vegetação é o elemento que mais sobressai. As
árvores, muitas delas centenárias, são os grandiosos monumentos naturais. As plantas de
menores dimensões e os fetos ganham destaque nesta imensa floresta. Os líquenes existem
por toda a parte, nos taludes, nos troncos e nas rochas, as plantas desempenham funções
importantes no ecossistema, nomeadamente no equilíbrio hídrico através da elevada
eficiência na retenção da água dos nevoeiros e da chuva, no ciclo dos minerais e na produção
de biomassa. A fauna assume um particular relevo de insetos, moluscos terrestres e aves. É
uma floresta produtora de água, precipitação oculta, visível na quantidade de levadas da ilha
da madeira.

1/02/2023
Disciplina: Biologia e geologia Cláudia Andrade
Nº7 10º5

A Lagartixa da Madeira

A lagartixa-da-Madeira (Lacerta dugesii) mede entre 10 e 15 cm, podendo atingir os 20


cm. É uma espécie não ameaçada. Em Portugal, encontra-se principalmente na Madeira,
apesar de existirem algumas populações nas ilhas dos Açores, estas populações são
descendentes de animais introduzidos acidentalmente durante o século XIX por navios que
faziam a rota entre os dois arquipélagos. Existe ainda uma pequena população na zona de
Lisboa, transportada acidentalmente nos navios de transporte de banana. Em 2001 foi feito
um estudo que verificou que a população tem se mantido estável em tamanho desde a sua
descoberta. A sua cor pode variar entre o castanho-claro ao cinzento-escuro.

Os machos podem facilmente ser distinguidos das fêmeas devido à presença de uma
prega nupcial amarela na parte inferior das suas patas traseiras. A lagartixa possui a
capacidade de se separar da sua cauda se se sentir em perigo, servindo o rabo solto, que se
meche energicamente, para distrair os seus predadores, permitindo a fuga do animal. A cauda
volta a crescer novamente, ocorrendo por vezes o fenómeno de um destes animais acabar por
possuir duas caudas, quando a cauda antiga não é completamente retirada.

A lagartixa da Madeira está presente em todos os tipos de habitats terrestres do


arquipélago, desde a costa até às montanhas mais altas, passando por áreas urbanas, áreas
rurais, jardins, floresta temperada, floresta mediterrânica, praias, etc.

Apesar de ser uma espécie essencialmente insectívora, frutos maduros e bagas (em
especial amoras-silvestres) também fazem parte da sua dieta. Com a descoberta do
arquipélago e a sua colonização, as lagartixas aproveitaram a oportunidade e passaram a
incluir na sua dieta restos de alimentos e frutos de cultivo, sendo considerada, por vezes, uma
praga de várias culturas, como as uvas e as frutícolas.

1/02/2023

Você também pode gostar