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FILIPENSES

O privilégio de servir

FILIPENSES 1
Este estudo bíblico pertence a
Este estudo da primeira carta de Paulo aos Filipenses foi escrito pelo Pastor
e Professor Ronald Silva Lima, ele carinhosamente escreveu esse material
exclusivamente para a ADAI.

Todos os direitos deste documento são reservados. Nenhuma parte deste livro
pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmi-
tida de qualquer forma ou por qualquer meio (eletrônico, mecânico, fotocópia,
gravação, digitalização ou outro), exceto para breves citações em análises
críticas ou artigos, sem a permissão prévia por escrito do editor.

Redação
Ronald Silva Lima

Narrativa Final Revisão Final


Rodrigo Soeiro Tayná Farias

Secretária Editorial Capa e Ilustração


Vanessa Júlio Guilherme Rodrigues

Preparação e Revisão Projeto Gráfico


Beliza Minozzi e Diagramação
Tatiane Sato

IGREJA ADAI
Rua Auriverde, 1652 - São Paulo - Brasil
Usado com permissão. Todos os direitos reservados no mundo inteiro.
FILIPENSES
O privilégio de servir
Estudo de 4 semanas da carta de Paulo aos Filipenses
ÍNDICE

Nota pastoral 10
Como usar este livro 11
Sobre a carta de filipenses 12
Filipenses: Um olhar minucioso 14
Mapa: As viagens missionárias de Paulo 15
Cronologia do Novo Testamento 16

SEMANA 1 18
Devocional da semana: Servindo intencionalmente 20
Notas sobre o vídeo 23
Perguntas para reflexão e discussão 24
Conheça seu grupo 25

SEMANA 2 26
Devocional da semana: Servindo por algo maior 28
Notas sobre o vídeo 31
Perguntas para reflexão e discussão 32
Versículo para memorizar 33

SEMANA 3 34
Devocional da semana: Servindo tridimensionalmente 36
Notas sobre o vídeo 40
Perguntas para reflexão e discussão 41
Versículo para memorizar 42

SEMANA 4 43
Devocional da semana: Servindo em todas as estações 45
Notas sobre o vídeo 50
Perguntas para reflexão e discussão 51
Versículo para memorizar 52
Reflexão pessoal 53

Esta é a minha oração: que o amor de
vocês aumente cada vez mais em conhe-
cimento e em toda a percepção, para dis-
cernirem o que é melhor, a fim de serem
puros e irrepreensíveis até o dia de Cris-
to, cheios do fruto da justiça, fruto que
vem por meio de Jesus Cristo, para gló-
ria e louvor de Deus. Quero que saibam,
irmãos, que aquilo que me aconteceu
tem antes servido para o progresso do
evangelho. Como resultado, tornou-se
evidente a toda a guarda do palácio e a
todos os demais que estou na prisão por
causa de Cristo. E a maioria dos irmãos,
motivados no Senhor pela minha prisão,
estão anunciando a palavra com maior
determinação e destemor.

Filipenses 1:9-14
NOTA PASTORAL

O que mais encontramos na sociedade pós-moderna é a busca pelo


conforto. Quem não deseja uma casa confortável? Um carro do ano?
Uma viagem dos sonhos? Apesar desses objetivos serem plausíveis, não
podemos nos esquecer que a riqueza da vida nunca estará associada
ao quão confortáveis estamos, mas o quanto estamos fazendo o que
realmente Deus deseja que façamos.
De tantas cartas que Paulo escreveu, sem dúvida alguma, a carta aos
Filipenses é uma das mais especiais; uma carta reveladora do serviço de
Cristo ao mundo em obediência ao Pai. Um texto que nos confronta a
vivermos de maneira resiliente e altruísta.
Neste estudo de 4 semanas, através dos nossos grupos de conexão,
aprenderemos passos práticos que farão de nós pessoas mais respon-
sáveis no cumprimento da missão de Deus nesse mundo.
O nosso desejo é que vocês absorvam o máximo possível desse con-
teúdo, e que juntos, possamos quebrar todos os desafios que nos atra-
palham de amar a Deus acima de todas as coisas e o nosso próximo
como a nós mesmos.

No amor de Cristo Jesus,


Rodrigo e Tati Soeiro
FILIPENSES

10
COMO USAR ESTE LIVRO

Filipenses: o privilégio de servir é um livreto de estudo inspirado


na carta de Paulo aos Filipenses que você pode usar tanto individual-
mente quanto junto a um grupo. Ele foi projetado para um programa
de quatro semanas.
Antes de iniciar o estudo, passe alguns minutos lendo as notas in-
trodutórias. Essas pequenas leituras fornecem uma visão útil sobre a
carta aos Filipenses - incluindo temas, esboços, cronograma e mapas.
As semanas deste estudo são numeradas de acordo com a reu-
nião do seu grupo. Além desse material em mãos, nos encon-
tros online, serão colocados vídeos para embasar ainda mais os
conceitos apresentados.
Ao longo do estudo, disponibilizamos leituras adicionais destina-
das a fornecer contexto e uma compreensão mais profunda do tema.
Estes materiais são muito úteis para compreender as passagens da
carta aos Filipenses. Incluídas em cada leitura estão três perguntas,
tire o máximo proveito de cada uma para refletir sobre o que leu.

Para obter mais informações, envie um e-mail para


contato@adai.com.br
FILIPENSES

11
S O B R E A C A R TA D E
PAULO AOS FILIPENSES

Essa é a carta mais alegre de Paulo e sua alegria é contagiante.


Antes de chegar à décima linha, já começamos a sentir a alegria — a
dança das palavras e as exclamações de contentamento nos en-
volvem completamente. mas a felicidade não é uma palavra que se
possa entender com uma consulta ao dicionário. De fato, nenhuma
das qualidades da vida cristã podem ser aprendidas em livros.
Algo mais que disposição para aprender é necessário: estar per-
to de alguém que após anos de disciplina, nos mostra por seu pro-
cedimento em todas as áreas, o que é a vida cristã. Sem dúvida,
haverá alguma instrução verbal, mas o aprendiz adquire habilidade
principalmente por estar associado, íntima e diariamente com um
“mestre”, aprendendo aspectos sutis, mas absolutamente essen-
ciais, como noções de tempo, ritmo e “toque”.
Quando lemos o que Paulo escreveu aos cristãos na cidade de
Filipos, percebemos que estamos na companhia de um mestre. Pau-
lo não diz que podemos ser felizes ou como ser felizes. Ele simples-
mente é feliz. Nenhuma das suas circunstâncias contribui para essa
alegria: ele escreveu de uma cela na prisão, sua obra estava sob
ataque de rivais e, depois de vinte anos viajando a serviço de Jesus,
ele estava cansado e esperava em breve poder descansar.
Mas as circunstâncias são incidentais comparadas com a vida de
Jesus, o Messias, que Paulo experimenta em seu íntimo, pois não
se trata de uma vida que aconteceu apenas em um determinado
momento da história, mas que continua a acontecer, transbordando
sobre a vida daqueles que o recebem e por todo lugar. Cristo é a
FILIPENSES

revelação de que Deus não pode ser contido ou armazenado. É


essa “extravagante” qualidade da vida de Cristo que conta para a
felicidade dos cristãos, pois alegria é vida em excesso, o fluir do que
não pode ser contido dentro de alguém.

12
DE:
Paulo estava em prisão domiciliar em Roma, acusado de perturbar
a paz. A prisão domiciliar era aplicada apenas aos que aguarda-
vam julgamento. Fazia anos que Paulo aguardava esse julgamen-
to. Sob o sistema romano, o acusado pagava o próprio aluguel,
além de comida, cobertor, caneta, tinta — enfim, todas as despe-
sas pessoais, assim, Paulo dependia da ajuda financeira dos ami-
gos. Era arriscado sustentar alguém acusado de um crime contra
o império, mas os crentes da distante cidade de Filipos enviavam
dinheiro mesmo assim. Acorrentado a um soldado romano, Paulo
passava o tempo ditando cartas a seus colegas. Eles mesmos as
entregavam aos destinatários, pois não havia serviço postal.

PA R A :
Filipos era uma colônia romana nas montanhas do norte da Gré-
cia. Residiam ali muitos italianos veteranos de guerra, e seu for-
te senso patriótico os fazia rejeitar os judeus, como Paulo. Não
havia sinagoga, apenas um lugar perto do rio em que algumas
mulheres se reuniam para orar. Uma dessas mulheres era Lídia,
comerciante de tecidos de luxo e matriarca de uma grande fa-
mília. Paulo conheceu Lídia durante uma breve permanência na
cidade (antes dos italianos o expulsarem). Ela e alguns de seus
parentes (clientes e escravos), aceitaram Jesus e, desde então,
não apenas resistiam bravamente na fé, como também enviavam
auxílio financeiro a Paulo.

CONTEXTO:
Início dos anos de 60 d.C. O patriotismo nas cidades romanas en-
volvia festivais em honra de César, da Deusa de Roma e de outros
Deuses. A cidade inteira saía às ruas para participar de procissões
com estandartes e imagens, rituais de sacrifício, discursos, comida
e, às vezes, prostituição ritual e automutilação. Judeus e cristãos
que se recusavam a participar eram considerados antipatriotas,
FILIPENSES

antissociais e ateus. Havia rumores de que os cristãos comiam


carne e sangue em seus “banquetes do amor”, nos quais, dizia-se
que ocorriam também casos de incesto e outros vícios.

Fonte: "Bíblia - A Mensagem" de Eugene H. Peterson


13
FILIPENSES
UM OLHAR MINUCIOSO

Introdução (1.1-11)
1 • Salvação (1.1-2)
• Ação de graças (1.3-8)
• Oração (1.9-11)

Circunstância da prisão de Paulo (1.12-26)


2 • Avançaram o evangelho (1.12-18)
• Garantiram a bênçãos (1.19-21)
• Criaram um dilema para Paulo (1.22-26)

Exortações (1.27-2.18)
3 • Vida digna do evangelho (1.27-2.4)
• Reproduzir a mente de Cristo (2.5-11)
• Cultivar a vida espiritual (2.12-13)
• Cessar com murmúrios e questionamentos (2.14-18)

Recomendações e planos pra os


4 companheiros de Paulo (2.19-30)
• Timóteo (2.19-24)
• Epafrodito (2.25-30)

Advertências contra o erro (3.1-21)


5 • Contra os judaizantes (3.1-6)
• Contra o sensualismo (3.17-21)

Conclusão (4.1-23)
6 • Apelos finais (4.1-9)
• Reconhecimento das dádivas dos filipenses (4.10-20)
FILIPENSES

• Saudações (4.21-22)
• Bênção (4.23)

Fonte: Bíblia Plenitude

14
FILIPENSES

15
A VIDA DE JESUS
1 d.C

IMPERADORES Augusto - 29 a.C. a 14 d.C.


ROMANOS Tibério - 14 a 37 d.C.

Herodes, o Grande - 37 a 4 a.C.


GOVERNADORES Arquelau - 4 a.C. a 6 d.C.
CRONOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO

E REIS DA JUDÉIA Pôncio Pilatos - 26 a 36 d.C.


Nascimento de Jesus - 6 a.C.
EVENTOS DO NOVO Batismo de Jesus - 26 d.C.
TESTAMENTO 1ª Páscoa no ministério de Jesus - 28 d.C.
Morte e ressurreição de Jesus - 30 d.C.

O PERÍODO DOS APÓSTOLOS


30 d.C

IMPERADORES
Calígula (Gaio) - 37 a 41 d.C.
ROMANOS

EVENTOS DO NOVO Dia de Pentecostes - 30 d.C.


TESTAMENTO Conversão de Paulo - 37 d.C.

40 d.C

IMPERADORES
Cláudio 41 a 54 d.C.
ROMANOS

GOVERNADORES
Herodes Agripa I – 41 a 44 d.C.
E REIS DA JUDÉIA

Início do ministério de Paulo - 41 d.C.


Morte de Tiago, filho de Zebedeu - 44 d.C.
FILIPENSES

EVENTOS DO NOVO Morte de Herodes Agripa I - 44 d.C.


TESTAMENTO Fome no tempo de Cláudio - 46 d.C.
1ª viagem missionária de Paulo – 48 a 49 d.C.
Edito de Cláudio – 49 ou 50 d.C.

16
O PERÍODO DOS APÓSTOLOS
50 d.C
IMPERADORES
Nero – 54 a 68 d.C.
ROMANOS

GOVERNADORES Sérgio Paulo, procônsul – 50 d.C.


E REIS DA JUDÉIA Félix – 52 a 60 d.C.

Conferência de Jerusalém – 50 d.C.


Segunda viagem missionária de Paulo – 50 a 53 d.C.
Paulo em Corinto – 50 a 52 d.C.
EVENTOS DO NOVO
Terceira viagem missionária de Paulo – 54 a 58 d.C.
TESTAMENTO
Paulo em Éfeso – 54 a 57 d.C.
Paulo preso em Jerusalém – 58 d.C.
Paulo na prisão em Cesaréia – 58 a 60 d.C.

60 d.C
Galba – 68 a 69 d.C.
IMPERADORES
Oto – 69 d.C.
ROMANOS
Vitélio – 69 d.C.

GOVERNADORES Pórcio Festo – 60 a 62 d.C.


E REIS DA JUDÉIA

Paulo na prisão em Roma – 61 a 63 d.C.


Libertação e atividades de Paulo – 63 a 65 d.C.
EVENTOS DO NOVO Morte de Pedro em Roma – 65 d.C.?
TESTAMENTO Segunda prisão de Paulo em Roma – 66 d.C.
Morte de Paulo em Roma – 67 d.C.
70 d.C
Vespasiano – 69 a 79 d.C.
Tito – 79 a 81 d.C.
IMPERADORES
41 d.C. Domiciano – 81 a 96 d.C.
ROMANOS
deu - 44 d.C. Nerva – 96 a 98 d.C.
FILIPENSES

4 d.C. Trajano – 98 a 117 d.C.


46 d.C.
EVENTOS DO NOVO Destruição de Jerusalém – 70 d.C.
o – 48 a 49 d.C.
TESTAMENTO Morte de João – 98 ou 100 d.C.?
d.C.

17
SEMANA 1:
Servindo Intencionalmente
FILIPENSES

18

Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.
Caso continue vivendo no corpo, terei fruto do meu
trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressiona-
do dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o
que é muito melhor; contudo, é mais necessário, por
causa de vocês, que eu permaneça no corpo. Conven-
cido disso, sei que vou permanecer e continuar com
todos vocês, para o seu progresso e alegria na fé, a
fim de que, pela minha presença, outra vez a exultação
de vocês em Cristo Jesus transborde por minha causa.

Filipenses 1:21-26
FILIPENSES

19
DEVOCIONAL DA SEMANA
SERVINDO INTENCIONALMENTE

Leia Filipenses 1:21-26

No capítulo 1 dessa carta, o apóstolo Paulo fala como reagia aos so-
frimentos (v.12 - 13), como reagia a oposição (v.14 - 18) e como reagia ao
futuro incerto (v.19 - 20). Em cada uma dessas circunstâncias, Paulo se
comporta de maneira exemplar e digna de ser imitada.
Neste estudo, abordaremos sobre as atitudes de Paulo. Sabemos
que o cristão não é diferenciado do não cristão pelo que deixa de fazer,
como se o cristianismo fosse uma religião negativa, ao contrário, o cris-
tão é diferenciado pelo que ele faz quando os outros não sabem o que
fazer, especialmente em três instâncias: pelo que viver, pelo que morrer
e o que fazer.

1 . P E L O Q U E V I V E R ( V V. 2 1 - 2 2 )

“O viver é...” – que significa?


Há muitos conceitos sobre o que é viver. O homem comum existe;
alguns vivem pelo prazer; outros se conformam a tudo com uma indife-
rença estoica; os místicos vivem em busca de experiências espirituais;
outros pelas suas famílias; os humanistas para fazer o bem; o religioso
pela atividade na igreja ou religião. A vida consiste no que eu penso e na
esfera dos meus interesses. Paulo diz que Cristo é sua razão de existir:

Tem Tem Tem Tem


FILIPENSES

a Cristo a ment e e sua força C rist o com o


c omo seu sentimento em anad a sua fon te
únic o val or de Cristo de C rist o de al eg ria
(3.4-10) (2.5-11; 1 Co.2:16) (4.13) (3.1)

20
2 . O Q U E F A Z E R ( V. 2 4 - 2 6 )
Paulo está convencido de que será liberto de sua prisão à luz do
fato de que as igrejas, especialmente a de Filipos ainda precisa dele.
Não é uma intuição, mas certeza – “estou convicto” (25) – ele sabe o
que tem que fazer:

Ele usará cada oportunidade para frutificar (22);

Sua estada entre os crentes visava o seu progresso


e alegria (25);

Sua permanência com vida implicaria em seu próprio progres-


so espiritual (3.12-16). Paulo sabia que sua vida era essencial-
mente uma vida de serviço, afinal ele se considera “escravo”.

Porventura sabemos o que fazer com o precioso tempo que o Se-


nhor nos concede?

3 . P E L O Q U E M O R R E R ( V. 2 3 )

“Partir e estar com Cristo…” – que significa?


A cada ano milhares de pessoas põem fim às suas vidas porque
não sabem lidar com as dificuldades. No passado, o Japão tinha os
guerreiros kamikazes que se suicidavam pela sua pátria, entre os
muçulmanos o suicídio de jovens é incentivado em troca de um pa-
raíso sensual; muitos morreram em revoluções para implantar ideo-
logias ao redor do mundo. Podemos dizer que todas essas mortes
foram vãs por uma única razão: eles morreram por uma ideologia,
nada além de uma ideia fixa em suas mentes. Essa ideologia não
FILIPENSES

poderá ressuscitá-los ou trazê-los da tumba. Não é só preciso saber


pelo que viver, é preciso saber pelo que morrer. Paulo estava dis-
posto a enfrentar o martírio por Cristo, viu a sua morte como “algo
muito melhor” (v.23):
21
a morte
1 perdeu seu t error quand o
c onquista da por Cristo
a morte
2 o colocaria diretam en te com C rist o
(“estar com Cristo”, v.23)

3 há a certeza d a re ssurreição
(3. 11)

sua morte se ria um sacrifício,


4 nisto ele poderia alegrar-se
(2. 17)

Pelo que estamos dando as nossas vidas?

C O N C LU SÃO

Por fim, ao terminar a introdução desta carta, o apóstolo diz:


Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de ma-
neira digna do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu
vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha au-
sência, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num
só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica, sem de for-
ma alguma deixar-se intimidar por aqueles que se opõem a
vocês. Para eles isso é sinal de destruição, mas para vocês de
salvação, e isso da parte de Deus; pois a vocês foi dado o pri-
vilégio de, não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer
por ele, já que estão passando pelo mesmo combate que me
viram enfrentar e agora ouvem que ainda enfrento.
Filipenses 1:27-30
FILIPENSES

Minha oração pra todos nós é que possamos estar prontos a viver,
fazer e morrer pela causa do evangelho de Jesus Cristo.

22
NOTAS SOBRE
O VÍDEO

FILIPENSES

23
PERGUNTAS PARA
REFLEXÃO E DISCUSSÃO

Use alguns minutos para responder essas perguntas antes de


discuti-las com o seu grupo.

1) Qual é o sentido da vida?

2) Como você procura usar sua profissão e habilidades em favor do


Reino de Deus?

3) Qual a sua definição de mártir?


FILIPENSES

24
CONHEÇA O
SEU GRUPO

Nome Contato

FILIPENSES

25
SEMANA 2
Servindo por algo maior
FILIPENSES

26

Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma moti-
vação, alguma exortação de amor, alguma comunhão
no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão,
completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de
pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitu-
de. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade,
mas humildemente considerem os outros superiores
a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus
interesses, mas também dos interesses dos outros.
Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que,
embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a
Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se
a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante
aos homens. E, sendo encontrado em forma humana,
humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e
morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta po-
sição e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no
céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse
que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Filipenses 2:1-11
FILIPENSES

27
DEVOCIONAL DA SEMANA
S E RV I N D O P O R A LG O M A I O R

Leia Filipenses 2:1-11

O apóstolo Paulo exorta sobre a necessidade da unidade espiritual


entre os cristãos. Mais ainda, lembra-nos que devemos ser mais como
Cristo, ter o mesmo ânimo e o mesmo amor incondicional. Jesus era di-
vino, mas também humano. Humilhou-se a si mesmo, converteu-se em
servo. Foi criado como um ser humano comum, provavelmente traba-
lhando como carpinteiro com seu pai terreno. Foi obediente até a cruz,
sofreu morte vergonhosa e dolorosa, a morte de um escravo.
Dentro dessa perspectiva Paulina, aprendemos dois princípios vitais
para o desenvolvimento da vida cristã:

1 . D E V E M O S I M I TA R O A M O R H U M I L D E
E INCONDICIONAL DE CRISTO JESUS
A ambição egoísta pode arruinar a Igreja e o mundo, mas o amor ge-
nuíno pode redimi-los. Ter amor genuíno e humildade significa olharmos
sob a perspectiva da verdade. Ser humildes não significa que tenha-
mos que depreciarmos a nós mesmos. Por isso, deixemos de lado nos-
so egoísmo e tratemo-nos com respeito e com cortesia. Olhemos para
Cristo, que foi o verdadeiro exemplo de servo humilde e que se doou
com amor incondicional.
Filipos era uma cidade cosmopolita, e assim são cidades como São
Paulo e muitas outras pelo mundo. A Igreja é um reflexo da comunidade,
FILIPENSES

de pessoas com uma variedade de histórias pessoais. Nas igrejas da ci-


dade de São Paulo encontramos uma diversidade de culturas e também
de outras nacionalidades que vêm do Rio Grande do Sul, Amazonas,
Nordeste, da angola, Itália, Japão e diversos outros lugares. Além dis-

28
so, há homens e mulheres de negócios, ricos, outros não tão ricos
e outros que vivem em pobreza total. Com tanta variedade entre os
membros, a unidade não é sempre fácil de ser mantida, embora não
haja sinais evidentes de divisão na Igreja.
Como seguidores de Cristo, devemos lutar pela unidade no corpo
de Cristo.

O apóstolo
Paulo adverte-
-nos contra o egoísmo discrim in ação e os ci úm es

que podem levar-nos à separação. Mostrar nosso interesse autêntico


pelos outros é um passo positivo para manter a unidade entre os
crentes e alcançar a comunidade de fora.

2. DEVEMOS DEMOSTRAR O
N O S S O A M O R P E LO S E RV I Ç O

Embora Cristo seja Deus, fez-se humano para levar a cabo o plano
de salvação de Deus Pai para toda a humanidade. Cristo não somen-
te tinha a aparência de um ser humano, mas fez-se humano para
identificar-se com nossos pecados. Ele morreu na cruz por nossos
pecados, para que não tivéssemos que morrer eternamente. Assim,
como podemos fazer menos que louvar a Cristo como nosso Senhor
e nos dedicarmos ao Seu serviço?
Muitas vezes em nossa sociedade, as pessoas se desculpam do
próprio egoísmo, da injustiça ou da maldade, reclamando seus privilé-
gios. Por exemplo, alguém pode pensar: “Nesta prova posso colar; pois
mereço terminar o meu curso” ou; “posso gastar todo este dinheiro em
coisas para mim, porque trabalhei muito duro para ganhá-lo.”
FILIPENSES

Nós deveríamos ter uma atitude diferente para sermos capazes


de servir o próximo. Se nós somos verdadeiros seguidores de Cristo,
é preciso viver como ele viveu. Devemos desenvolver sua atitude de

29
amor incondicional para servir o outro, sem pensar no reconhecimento
de nosso esforço. Seria uma obrigação nos perguntar frequentemente:
“Eu me apego aos meus privilégios ou estou disposto a servir?”

Todos nós somos


líderes de alguma
1 C uid ar d o re ban ho de De us
(o seu rebanho pode ser sua família, seu
grupo de amigos, os/as colegas de trabalho)
maneira; qualquer
que seja nosso papel,
nossa liderança deve 2 S er ge ne roso pe lo de sej o
d e servir, não por obrigação
seguir o exemplo de
Cristo, e os sinais do
amor incondicional em 3 P reocupar pe lo qu e eu p ossa d ar
e não pelo que eu possa receber
nossa liderança são:
4 Guiar pelo exe mp lo
e não pela força

C O N C LU SÃO

Jesus era Deus e humano ao mesmo tempo. Mostrou uma atitude


de humildade e serviço. Nós, como seus seguidores devemos adotar
a mentalidade de dEle; precisamos aproveitar todas as oportunidades
para seguir seu exemplo.
Tomem parte de seu tempo para realizar pequenos atos de amor,
mostrando apreço pelas pessoas, sem distinção. Animem alguém a
cada dia. Busquem o lado bom das pessoas. Deus lhes usará em seus
sorrisos, abraços e ações de serviço para levantar o ânimo de alguém
que está chorando por dentro. Pratiquem o amor incondicional. Sejam
amáveis, amorosos, humildes, sejam autênticos e justos. Estes simples
FILIPENSES

atos podem trazer cura e paz, e vocês receberão a surpresa da graça


eterna de Deus.

30
NOTAS SOBRE
O VÍDEO

FILIPENSES

31
PERGUNTAS PARA
REFLEXÃO E DISCUSSÃO

Use alguns minutos para responder essas perguntas antes de


discuti-las com o seu grupo.

1) Qual foi a ajuda mais importante que você recebeu de alguém?

2) Qual foi a ajuda mais importante que você prestou a alguém?

3) Quem não serve, não serve. Você concorda com essa afirmação?
FILIPENSES

32
VERSÍCULO PARA
MEMORIZAR

FILIPENSES

Escreva o versículo da semana


( Filipen se s 1 :2 1) de memória.

33
SEMANA 3
Servindo tridimensionalmente
FILIPENSES

34

Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcança-
do, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas
que ficaram para trás e avançando para as que estão
adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prê-
mio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.
Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver
as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês
pensam de modo diferente, isso também Deus lhes
esclarecerá. Tão-somente vivamos de acordo com o
que já alcançamos. Irmãos, sigam unidos o meu exem-
plo e observem os que vivem de acordo com o padrão
que lhes apresentamos. Pois, como já lhes disse re-
petidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos
que vivem como inimigos da cruz de Cristo. Quanto
a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o
estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles
só pensam nas coisas terrenas. A nossa cidadania, po-
rém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente
um Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o
capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu do-
mínio, ele transformará os nossos corpos humilhados,
para serem semelhantes ao seu corpo glorioso.

Filipenses 3:13-21
FILIPENSES

35
DEVOCIONAL DA SEMANA
SERVINDO TRIDIMENSIONALMENTE

Leia Filipenses 3:13-21

Vivemos em um mundo cada vez mais frágil na manutenção dos va-


lores. Cada um vive a sua verdade, e este individualismo tem promovido
maneiras de pensar e comportamentos que manifestam o que há de
mais desprezível no ser humano. Em contrapartida, ressurge, entre os
cristãos, a busca desenfreada por normas para conter a devassa que o
furacão mundano está operando no coração do ser humano. E quando
a tentativa de cumprimento da Lei passa a ser o objetivo, surge a ilu-
são da perfeição. Quando buscamos a correta medida em nós, e não
em Cristo, a hipocrisia toma conta e tudo o que Ele realizou por nós
torna-se secundário.
Paulo tem em mente todas estas coisas quando escreve aos filipen-
ses. Deus tem isso em mente quando hoje fala a você através das pala-
vras do capítulo 3 da carta aos Filipenses. Então, o que nos é dito? Como
fugir do furacão do mundo moderno? Ao mesmo tempo, como não viver
na tentação ou ilusão de estar acima dos comuns mortais em termos
morais e espirituais, considerando-se perfeito aos olhos de Deus? Aqui
temos algumas direções:

E S Q U E C E R O PA S S A D O

Esquecer o nosso passado? Como? Não tem sido ele preenchido por
uma longa lista de realizações, de benfeitorias de atitudes altruístas? Não
tem sido o nosso passado um verdadeiro passaporte para a eternidade?
Paulo também pensava assim. Durante muito tempo, ele considerou-se
FILIPENSES

um exemplo de perfeição em matéria de vida cristã. Ele se via como perfeito


em obediência dos mandamentos, ninguém o podia acusar. Paulo deposi-
tava inteira confiança nas cerimônias externas que cumpria religiosamente.

36
Paulo pensava assim até o momento em que conheceu a Jesus
Cristo. Conheceu aquele que cumpriu toda a lei no seu lugar, que
derramou o próprio sangue na cruz no lugar daquele que já se julga-
va perfeito, mas que, na verdade, era o maior dos imperfeitos.
Agora era preciso esquecer o passado que o envergonhava, e
quer deixar de lado a sua justiça própria. Paulo quer deixar para trás
tudo aquilo que não tinha valor eterno, como as perseguições que
empreendeu sobre os cristãos por causa de uma suposta perfeição
que julgava ter. A partir desse ponto, Paulo considera tudo lixo por
amor a Jesus.
É verdade que há muitas boas lembranças a serem guardadas do
nosso passado e que fazem parte da história de nossas vidas, mas há
outras coisas que precisam ser destruídas. Somos chamados a fazer
uma faxina diária do nosso interior, com seus ódios, invejas, ciúmes,
calúnias, mentiras, negligências e uma tentativa teimosa de obter jus-
tiça própria. É necessário também esquecer todas as ofensas, injusti-
ças e difamações que sofremos.
Por causa de Jesus Cristo, que tanto nos amou, passamos a viver
uma nova vida. Como Paulo, podemos dizer: “Considero tudo como
perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as conside-
ro como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo
justiça própria, que procede da lei, senão a que é mediante a fé em
Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé” (v.8,9).

VIVER O PRESENTE
FILIPENSES

Não podemos parar. É preciso avançar, o que implica em superar


obstáculos porque o presente não é de perfeição. A salvação está
completa, mas o pecado ainda habita em nós. A fé é imperfeita.

37
Como já disse um pensador no passado “somos, ao mesmo tempo,
justos e pecadores.” Por isso Paulo incita aos adultos na fé para que te-
nham o mesmo sentimento, isto é, o de luta, para prosseguir e chegar a
uma altura ainda não atingida. Essa batalha é descrita em outras cartas
de Paulo, que representa o combate do novo homem contra o velho
homem. Na primeira carta aos Coríntios, Paulo afirma: “Esmurro o meu
corpo e o reduzo à escravidão” (1 Coríntios 9.27).
Martinho Lutero, dizia que o significado do batismo em nossas vidas
sugere que “o velho em nós, por contrição e arrependimento diários,
deve ser afogado e morrer com todos os pecados e maus desejos e, por
sua vez, sair e ressurgir diariamente novo homem, que viva em justiça e
pureza diante de Deus eternamente.”
Com o poder do Espírito Santo, alicerçados e fortalecidos na Palavra
de Deus e no Sacramento da Santa Ceia, podemos ser vitoriosos nesta
luta diária e avançar para o que está à nossa frente.

FOCAR NO FUTURO

O mundo está sem rumo e o que vale é o aqui e o agora. Por exemplo,
falta o alvo que também faltava aos dois filhos na areia da praia. Eles
sempre gostaram de ir até lá para jogar bola, e quando ainda pequenos
ao tentarem fazer a marcação do retângulo na areia, as linhas saiam
sem direção. O pai, então, ensinou-lhes a por chinelos nos quatro cantos
do retângulo. Assim aprenderam a fazer a linha de marcação do campo
olhando para o chinelo à frente e não para os próprios pés.
A palavra de Deus nos incita a prosseguirmos para o alvo. Qual é este
alvo? Paulo fala do “Prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Je-
sus” (v.12). Antes, no versículo 11, ele diz: “Para, de algum modo, alcançar
FILIPENSES

a ressurreição dos mortos.” E, no versículo 20, Paulo aponta para o alvo


final: “A nossa pátria está nos céus.” Na mesma carta, em 1.23, Paulo já
dizia: “Estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo,
o que é incomparavelmente melhor.” Também lemos em Hebreus 12.1,2:

38
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhan-
do firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus.”
Aquele que é o ponto de partida, e que nos dá razão para esque-
cermos o passado, vivermos o presente e para avançarmos para o que
está diante de nós, é também o ponto de chegada, o alvo que tanto al-
mejamos alcançar: a comunhão plena e eterna com Jesus Cristo, nosso
Senhor e Salvador.

C O N C LU SÃO
Paulo ao falar da pátria celeste toca na questão da cidadania, que
não é uma ideia passiva, mas implica em ação e responsabilidade.
Um bom cidadão se empenha a favor da sua Pátria, se orgulha dela,
defende-a, e morre por ela. O cristão não vive mais para si mesmo,
mas para aquele que por ele morreu e ressuscitou. Ele não confia
nos seus méritos e realizações, mas agarra-se à graça de Jesus para
avançar e prosseguir para o alvo.

FILIPENSES

39
NOTAS SOBRE
O VÍDEO
FILIPENSES

40
PERGUNTAS PARA
REFLEXÃO E DISCUSSÃO

Use alguns minutos para responder essas perguntas antes de


discuti-las com o seu grupo.

1) Existe algo que você tenha feito no passado que ainda hoje
te atormenta?

2) Qual hábito importante você está deixando de realizar


no momento?

3) O que é o céu pra você?


FILIPENSES

41
VERSÍCULO PARA
MEMORIZAR
FILIPENSES

Escreva o versículo da semana


(Filipen se s 3:7 ) de memória.

42
SEMANA 4
Servindo em todas as estações
FILIPENSES

43

Alegro-me grandemente no Senhor, porque finalmen-
te vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato,
vocês já se interessavam, mas não tinham oportunida-
de para demonstrá-lo. Não estou dizendo isso porque
esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda
e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessi-
dade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de
viver contente em toda e qualquer situação, seja bem
alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando
necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece.
Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de mi-
nhas tribulações. Como vocês sabem, filipenses, nos
seus primeiros dias no evangelho, quando parti da Ma-
cedônia, nenhuma igreja partilhou comigo no que se
refere a dar e receber, exceto vocês; pois, estando eu
em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não ape-
nas uma vez, mas duas, quando tive necessidade. Não
que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser
creditado na conta de vocês. Recebi tudo, e o que te-
nho é mais que suficiente. Estou amplamente suprido,
agora que recebi de Epafrodito os donativos que vo-
cês enviaram. Elas são uma oferta de aroma suave, um
sacrifício aceitável e agradável a Deus. O meu Deus
suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo
com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. A nos-
so Deus e Pai seja a glória para todo o sempre. Amém.
FILIPENSES

Filipenses 4:10-20

44
DEVOCIONAL DA SEMANA
S E R V I N D O E M T O D A S A S E S TA Ç Õ E S

Leia Filipenses 4:10-20

Sempre haverá o desafio silencioso entre a teologia cristã (conjunto


de crenças acerca do modo como Deus age) e a vida cristã (um conjunto
de ações que Deus nos inspira a tomar). Muitos de nós podemos ficar no
primeiro nível que é insatisfatório. No entanto, Deus espera que alcance-
mos também o segundo nível, e quando isto acontece nossas ações se
tornam segundo o apóstolo Paulo, em cheiros suaves para Deus. Suas
recomendações finais aos filipenses nos ajudam neste itinerário.

A P R E N D A M O S A I R D A I N T E N Ç Ã O À A Ç Ã O ( V. 1 0 )

“A L E G R E I - M E ”
A alegria deve ser o estilo de vida do cristão, tendo em
vista que a falta de regozijo é um sintoma de um estilo
perigoso de vida, pois indica um conceito errôneo do
significado da vitória de Cristo. Nós já triunfamos porque
Cristo triunfou. Por isto nos alegramos;

“PROVOU”
Nossa existência é a prova do cuidado de Deus para
com os outros. Por isto quando tivermos oportunidade
de fazer o bem, façamo-lo. Essas provas podemos po-
dem ser dadas por meio da igreja ou diretamente, atra-
vés do trabalho, da contribuição financeira ou do afeto;

“COMO É BOM OUVIR”


FILIPENSES

Quem serve é porque descobriu o sentido da vida cris-


tã; não vegeta mais. Como é triste ver pessoas que são
capazes de cantar e até mesmo de evangelizar, mas
são incapazes de colocar a mão no bolso e disponibi-
45
lizar de seus recursos para promover o bem de todos. Essas
pessoas vivem um evangelho incompleto e, portanto, um evan-
gelho para si mesmo e diante disso, nunca poderão alcançar
pessoas distantes por meio de uma oferta missionária ou de um
trabalho cooperativo.

“ FA LT O U O P O R T U N I D A D E ”
Paulo mesmo, não deu oportunidade que os filipen-
ses lhe fizessem bem, temendo que o dinheiro pudes-
se servir de empecilho. Através dessa situação, Paulo
mostra que não devemos imaginar que vivemos para
ser acariciados como se fôssemos crianças, e nos en-
sina que só devemos pedir quando realmente precisa-
mos. Há pessoas, no entanto, tão carentes que chegam
a criar necessidades para serem acariciados.

N ÃO D E V E M O S E S P E R A R C H E G A R À N E C E S S I DA D E
PA R A M U D A R N O S S A S P E R S P E C T I VA S ( V V. 1 1 - 1 2 )

“ P O R N E C E S S I DA D E ”
Quando nós precisamos, mudamos nossa maneira de
ver as coisas. Quando um dos nossos parentes fica do-
ente, analisamos se os irmãos ligam para nós ou não
e passamos até a dar mais importância à oração inter-
cessória. Quando enfrentamos uma situação de desem-
prego, notamos se os irmãos se mobilizam ou não para
nos ajudar. Quando ficamos deprimidos, sentimos falta
do companheirismo e da amizade. Que não precisemos
FILIPENSES

sofrer para desenvolver uma teologia correta acerca do


modo de agir de Deus. Antes, como Paulo, aprendemos
a nos contentar com a nossa vida, no sentido positivo do

46
contentamento. Não fazemos mais porque não nos conten-
tamos com o que temos, e porque somos ambiciosos demais
para compartilhar aquilo que temos. No entanto, lembremo-
-nos que não é o que temos que nos torna felizes, mas a
dependência de Deus (Fp 4.6).

“ESTOU INSTRUÍDO”
A vida é uma aprendizagem. Paulo tomou as experi-
ências da vida e se aperfeiçoou na arte de viver, en-
tendendo que a escassez não é para sempre, assim
como a abundância não o é.

“POSSO”
Este estilo de vida paulino derivava de sua confiança
em Deus, certo de que Ele lhe fortaleceria. Sua for-
ça era sua dependência de Deus (2Co 12.10b). Sócra-
tes disse que a verdadeira riqueza de uma pessoa é
a sua alegria. Nós sabemos que a alegria do Senhor
é a nossa força (Ne 8.10b)

A P R E N D A M O S A C O M PA R T I L H A R D A
A F L I Ç Ã O D O P R Ó X I M O ( V V. 1 4 - 1 5 )

“FIZESTE BEM”

Compartilhar da aflição do outro é ajudar. Comparti-


lhar da aflição do outro é também ser ajudado. Como
é bom ajudar.

“ N E N H U M A I G R E J A”
FILIPENSES

A maioria das pessoas ainda se comporta como a


maioria das igrejas contemporâneas do apóstolo:
não descobriu como é bom ajudar.

47
“ DA R E R E C E B E R”
A vida pode ser pensada como um livro de débito/cré-
dito. Nossa vida oscila entre estas duas colunas. Muitas
pessoas querem apenas o crédito. Dar e receber são
duas faces de uma mesma moeda. Quem dá recebe.

A P R E N D A M O S A S E R G E N E R O S O S ( V V. 1 6 - 1 7 )

“ N ÃO A P E N AS U M A V E Z ”

Generosidade é suprir a necessidade do outro, não im-


porta a dimensão e a extensão dela. O generoso não
controla o alvo de sua generosidade.

“FRUTO”
O fruto a que o apóstolo Paulo se refere é o interesse, a
intenção de fazer o bem. Em certo sentido, para ele isto
era o mais importante porque haveria uma consequência
natural (desta intenção), que seria a sua concretização.

S E J A M O S C H E I R O S S U AV E S PA R A D E U S ( V V. 1 8 - 2 0 )

“TENHO TUDO”

Só pode entender que tem em abundância aquele


que conta o que tem. Como nos ensina o clássico hino:
“Conta as bênçãos”, se formos capazes.

“ C H E I R O S U AV E ”
O bem que fazemos para o outro é cheiro suave para
Deus, tanto quanto quaisquer outras expressões de
FILIPENSES

louvor. Como no tempo do Antigo Testamento, nossas


boas ações em direção ao próximo são cheiros suaves
a Deus (Gn. 8.21)

48
“ S A C R I F Í C I O A C E I TÁV E L A E A G R A D ÁV E L”
Este é o culto que agrada a Deus (Am 5.21).

“MEU DEUS X NOSSO DEUS”


O apóstolo Paulo chama a Deus de "meu". Mais adiante,
no entanto, ele o chama de "nosso Deus". A indicação
é clara: quando as pessoas estão na igreja, elas se im-
portam umas com as outras, e tornam-se cheiros sua-
ves para Deus, Deus se tornou o Deus dessas pessoas.
A igreja pode chamar, então, a Deus de "nosso" Deus.
É possível que a experiência de muitos se esgote num
Deus individual, que é fundamental para a fé e para a
vida. No entanto, esta experiência deve ser cada vez
de um número maior, e isto só acontece quando aquele
que descobriu individualmente seu Deus se torna cheiro
suave por meio de suas ações.

C O N C LU SÃO
Oro pra que esse estudo tenha despertado em você o desejo
de servir a Deus e as pessoas em qualquer circunstância. Até por-
que, alegria para o cristão não é um sentimento, mas uma pessoa:
Jesus Cristo. Tenho essa convicção, teremos o prazer de servir
em todo tempo.
FILIPENSES

49
NOTAS SOBRE
O VÍDEO
FILIPENSES

50
PERGUNTAS PARA
REFLEXÃO E DISCUSSÃO

Use alguns minutos para responder essas perguntas antes de


discuti-las com o seu grupo.

1) Qual a diferença entre sermos bondosos e benignos?

2) Para Paulo, saber viver está ligado a nossa capacidade de apren-


der um segredo. Que segredo seria esse?

3) Qual foi a importância de Epafrodito para o apóstolo Paulo?


FILIPENSES

51
VERSÍCULO PARA
MEMORIZAR
FILIPENSES

Escreva o versículo da semana


( Filipen s es 4:4) de memória.

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REFLEXÃO PESSOAL

Fiz esse estudo de ___/___/___ a ___/___/___

O que estava acontecendo em minha vida durante esse período?

Minha parte favorita da carta de Filipenses foi:

Algo que Deus me revelou durante esse estudo da Bíblia e que eu


nunca quero esquecer é:

Pedidos de oração do meu grupo que quero continuar apresentando


ao Senhor em oração:
FILIPENSES

53
Estou convencido de que aquele que
começou boa obra em vocês vai completá-la
até o dia de Cristo Jesus.
FILIPENSES 1:6

Finalmente, irmãos, tudo o que for


verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que
for correto, tudo o que for puro, tudo o que
for amável, tudo o que for de boa fama, se
houver algo de excelente ou digno de louvor,
pensem nessas coisas.
FILIPENSES 1:6
FILIPENSES

54
56 FILIPENSES

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