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Engenharia de Negócios, Gestão e Economia


ISSN: 2669-2481 / eISSN: 2669-249X
2022 Volume 20 Edição 2: 358–388

https://doi.org/10.3846/bmee.2022.17526

RUMO À CRIAÇÃO DE VALOR NAS AUTORIDADES LOCAIS: O PAPEL


DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Nouha AMRANI 1*, Mohammed SADIK2, Yousra CHNIGRI3, Mohamed HEMMI,


Hamid SLIMANI 5, Ilona SKAČKAUSKIENĖ 6

1,2,3,4,5Departamento de Gestão, Faculdade de Ciências Económicas e de Gestão,


Universidade Sidi Mohamed Ben Abdellah (USMBA), Fez, Marrocos
6Departamento de Administração, Faculdade de Administração de Empresas,
Vilnius Gediminas Technical University, Vilnius, Lituânia

Recebido em 02 de setembro de 2022; aceito em 27 de novembro de 2022

Abstrato.Propósito -O objetivo deste artigo é centrar-se na utilização das Tecnologias de


Informação e Comunicação (TIC) pelas autarquias locais (ALs) de forma a perceber em que medida
impactam a cadeia de valor dos serviços públicos locais. A criação de valor neste artigo diz respeito
não só à eficácia e eficiência económicas mas também à articulação e desenvolvimento das TIC na
estratégia da AL, bem como ao impacto na satisfação dos cidadãos.
Metodologia de Pesquisa–A metodologia aplicada é quantitativa, com base num questionário
dirigido a gestores e funcionários em diferentes AL marroquinas (regiões, províncias e prefeituras,
municípios). O SPSS 25 foi utilizado como material para análise do resultado da regressão linear.
Descobertas -Os resultados obtidos confirmam a importância das TIC na otimização de gastos, na
melhoria da qualidade do trabalho ao facilitar as comunicações entre os serviços. Além disso, as TIC
deixaram de estar centradas na vertente de gestão, mas contribuem para a consagração de
princípios de boa governação, nomeadamente a transparência e a participação cidadã.
Limitações da pesquisa -A presente pesquisa exclui líderes políticos durante a coleta de dados.
Metodologicamente falando, isso significa que o estudo também pode assumir o significado de um estudo
exploratório com método qualitativo (entrevistas, estudos de caso) para entender como essas TIC
contribuem para a criação de valor público local.

Implicações práticas -A pesquisa fornece pistas aos gerentes da AL sobre a importância das TIC e
sua contribuição para a criação de valor. Os resultados obtidos encorajam os decisores a aceitar
esta mudança e a adotar a abordagem TIC de forma a fornecer serviços de maior qualidade.
Originalidade/Valor –A originalidade deste artigo está nas variáveis e no contexto em que são estudadas. A
literatura existente interessada na introdução das TICs no setor público concentra-se no uso dessas
ferramentas para alcançar o desempenho econômico. Além disso, apenas alguns trabalhos de pesquisa
foram conduzidos sobre a criação de valor na LA, incluindo o impacto das TIC, o que justifica a originalidade
e novidade deste artigo.

Palavras-chave:criação de valor, tecnologias de informação e comunicação, autarquias, nova


gestão pública.

Classificação JEL:D73, O32, H83.

* Autor correspondente. E-mail:nouha.amrani@usmba.ac.ma

Copyright © 2022 O(s) autor(es). Publicado pela Universidade Técnica de Vilnius Gediminas

Este é um artigo de Acesso Aberto distribuído sob os termos da Licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.
org/licenses/by/4.0/), que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em qualquer meio, desde que o autor original e a
fonte sejam creditados.
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 359

Introdução

Nas últimas décadas, os trabalhos sobre gestão pública sofreram mudanças inéditas no sentido
de propor modelos de gestão mais adequados a um contexto específico. A lógica dos meios foi
substituída por uma lógica do desempenho e, alguns anos depois, houve uma ascensão do poder
e a utilização do conceito de “valor” na gestão das organizações públicas. Essa constatação se
justifica por uma mudança de paradigma que se manifesta na mudança da Nova Gestão Pública
(NPM) para o valor público. Essa mudança se materializa na adoção de novas ferramentas de
gestão abertas a técnicas inovadoras e ágeis como as tecnologias de informação e comunicação
(TIC). São ferramentas para repensar a gestão pública local e um meio para orientar os decisores
na sua reflexão sobre a criação de valor para um determinado serviço.

O questionamento das possíveis contribuições que as TICs podem oferecer às


ALs ainda é uma questão importante e atual. A introdução das TIC no setor público
é conhecida por trazer benefícios em termos de melhoria da eficiência dos serviços
públicos, aumento da eficiência e transparência e melhoria da coordenação de
procedimentos e gestão da administração pública. As TIC são vistas como uma
entrega de valor potencialmente mais eficaz e eficiente ao longo da cadeia de valor
da prestação de serviços públicos (Porter, 1985). Como resultado,

Uma revisão da literatura e escritos existentes interessados na questão da introdução das


TICs no setor público mostra uma tendência a examinar essas ferramentas de um ponto de vista
instrumental, com foco nas variáveis de eficácia e eficiência e, consequentemente, no
desempenho da ação pública em seu dimensão econômica. No entanto, observou-se uma
marginalização dos efeitos e impactos esperados das TICs nas organizações do setor público e nos
serviços que prestam. É com base nesta lacuna teórica que pretendemos lançar uma investigação
que visa encontrar elementos de resposta à seguinte questão: em que medida podem as TIC
contribuir para a criação de valor para os serviços públicos locais?
O objetivo deste artigo é ir além da ideia reducionista que tende a considerar as TIC como um meio
para acelerar as reformas da NGP e obter melhores resultados financeiros, focando em seu papel como
fonte de produção de valor para os serviços públicos. Além disso, também queremos focar no uso das
TICs pelos governos locais e nas contribuições esperadas e percebidas dessas ferramentas em termos de
otimização da cadeia de valor dos serviços públicos locais.
Para responder à questão colocada, julgou-se oportuno do ponto de vista teórico tocar
em primeiro lugar nas variáveis motoras desta investigação, nomeadamente a criação de
valor e as TIC no contexto público, e apresentar a sua posição face à modernização da
gestão pública. Do ponto de vista empírico, um questionário foi elaborado para executivos
territoriais e gerentes de serviços nas diferentes ALs marroquinas (regiões, províncias e
prefeituras, municípios). As questões colocadas visavam, de uma forma geral, mostrar o
nível de articulação e desenvolvimento das TIC na estratégia da AL, bem como realçar o grau
de envolvimento das AL estudadas na implementação das TIC e
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sua capacidade de acompanhar o ritmo das reformas relacionadas à digitalização. Por fim, todas estas
questões pretendem responder à nossa questão inicial e mostrar o papel que as TIC desempenham no
redesenho dos serviços públicos e na criação de valor nas AL.

1. TIC e criação de valor público: revisão da literatura

1.1. Valor público: uma renovação da gestão pública

Desde a década de 1990, a pesquisa de valor público representa uma nova forma
de pensar “pós-competitiva” que sinaliza uma mudança da lógica de resultados e
eficiência para o objetivo governamental mais amplo de criar valor público
(Hughes, 2006; Carmeli & Kemmet, 2006). . Essa abordagem agora permeia muitos
trabalhos e inspira um fluxo vigoroso de pesquisa e teorização. Baseando-se no
trabalho de Moore e Braga (2004) e Moore (1995), Stoker (2006) procurou articular
um modelo de gestão de valor público, um “paradigma alternativo” ou “estrutura
holística” para formas de rede pós-competitivas e colaborativas de governança.

Embora o debate sobre valor público tenha se tornado cada vez mais comum, uma definição
universal ou absoluta ainda permanece indefinida (Alford & Hughes, 2008). Alguns autores apontam
mesmo para o caráter ainda ambíguo da noção de valor público (Rutgers, 2015; Cordella & Bonina,
2012). Para esses autores, isso ocorre porque a noção de valor público incorpora conceitos ambíguos e
abertos que dependem tanto de políticas quanto de contextos. No Reino Unido, por exemplo, Benington
(2007) aponta que o conceito de valor público tem sido usado livremente como um termo amplo que
expressa ideais e aspirações para o serviço público que são capazes de significar muitas coisas
diferentes para diferentes partes interessadas.
A revisão da literatura revela que a mudança do paradigma da NPM para o do valor público tem três
implicações. Em primeiro lugar, amplia a noção de desempenho público para incluir novas dimensões de
medição em termos de confiança, equidade e legitimidade (1). Em segundo lugar, a ideia de preferências
individuais está sendo questionada e as preferências coletivas da comunidade estão ganhando terreno
(2). E, finalmente, afirma-se a necessidade de redefinir novas formas de conduzir a ação pública que
sejam susceptíveis de criar valor público (3).

1.1.1. Valor público, expandindo os limites da atuação pública

Para Benington (2007), os fundamentos teóricos e os pressupostos subjacentes à noção de


valor público têm sido desenvolvidos com menos rigor e o conceito menos testado sob o
prisma de diferentes disciplinas e culturas.
O conceito de valor público faz parte de uma lógica que incorpora noções mais amplas de
legitimidade, confiança e utilidade da ação pública. Nessa perspectiva, Bracci et al. (2014) identificam três
esferas para analisar o valor público. Primeiro, a esfera de sua criação que informa como o valor é
produzido pela organização pública. Em segundo lugar, a esfera de sua mensuração, que se refere à
forma como os usuários avaliam e avaliam a utilidade dos serviços públicos. E, terceiro, a esfera de sua
autorização, que se refere à forma pela qual a comunidade legitima os efeitos da ação pública (Figura 1).
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Figura 1. A dimensão tríptica do valor público


(fonte: concepção dos autores com base na obra de Horner & Hutton, 2010)

Kelly e cols. (2002) identificam três componentes principais do valor público. O primeiro
componente, eles argumentam, fornece os meios pelos quais o valor público é entregue por
meio de serviços reais para usuários ou clientes. O segundo componente abrange
aspirações muito mais amplas e refere-se aos resultados ou efeitos da política pública. O
terceiro componente diz respeito à legitimidade e confiança no governo que os autores
argumentam serem essenciais para a criação de valor público (Kelly et al., 2002). Para esses
autores, esses três “blocos de construção” da criação de valor público formam a base de
uma nova maneira de pensar sobre a atividade governamental e um meio de orientar os
tomadores de decisão em seu pensamento sobre o valor que criam. Stoker (2006) destaca as
diferenças fundamentais entre os setores público e privado, afirmando que o setor público
governa de forma diferente do setor privado. Ele identifica quatro proposições-chave dentro
do paradigma de valor público. (1) A primeira afirma que a política pública é definida pela
busca do valor público, o que rompe com as justificativas para falhas de mercado
tipicamente apresentadas pelos economistas. (2) A segunda, de que uma ampla gama de
stakeholders tem legitimidade e deve ser incluída e envolvida na atividade governamental,
contrasta fortemente com o modelo tradicional e converge para uma abordagem mais
colaborativa e consultiva. (3) A terceira, a adoção de uma abordagem relacional aberta para
aquisição, se encaixa bem com o apelo de Hughes (2006) para um novo pragmatismo na
gestão do setor público, rejeitando uma abordagem de tamanho único para contratação e
aquisição. (4) A quarta proposição é que uma adaptação,
Na mesma lógica, Bouckaert (2005) considera que resultados e consequências não são
objetivos em si no setor público, pois a ambição última é garantir um nível funcional de confiança
e legitimidade da ação pública. Benington (2007) e Spano (2014) sustentam esta ideia e defendem
que a noção de valor público se expressa ao nível da interação de dois aspetos que muitas vezes
podem assumir uma relação de tensão e por vezes de conflito: primeiro, o que a comunidade
aprecia ou valores (avaliação externa pelos cidadãos/usuários) e, em seguida, o que agrega valor à
esfera pública (a utilidade do serviço público). A articulação dessas duas dimensões permite uma
mudança de uma abordagem procedimental para um modo de governo mais voltado para o
consumidor.
Alford e Hughes (2008) argumentam que o valor público não é necessariamente definido por quem o
produz, mas sim pelos cidadãos que o consomem coletivamente. Para Hefetz e Warner (2004) enquanto
nas transações com fornecedores, as firmas do setor privado focam na eficiência, qualidade, segurança e
confiabilidade; no setor público, os gerentes combinam essas preocupações com a responsabilidade
pública e as preferências de natureza coletiva. Essas distinções tornam a política central para o
paradigma de valor público, muitas vezes negligenciada pelo paradigma NPM (Dereli,
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2007). De fato, o governo é mais do que apenas um negócio e deve incorporar as


expectativas dos cidadãos e não simplesmente conduzir um processo de mercado
(Denhardt & Denhardt, 2003). Este debate teórico sobre os limites de ver os
cidadãos como clientes destacou a necessidade de os gestores considerarem tanto
as questões de eficiência técnica quanto o processo de engajamento político (Box
et al., 2001; Feldman & Khademian, 2001; Nalbandian, 2005). Esta é uma diferença
significativa do status de “input” da política na administração tradicional e NPM
(Stoker, 2006). Para Moore (1995), a criação de valor público resulta de um
alinhamento do ambiente propício, das capacidades operacionais e
administrativas, bem como dos valores, objetivos e missão das organizações
públicas. Nessa perspectiva,
1.1.2. Em direção a uma dimensão coletiva em vez de individual das preferências

Um elemento importante do paradigma do valor público é o conceito de preferências coletivas que o distingue da abordagem individualista do NPM. Para Stoker (2006) o

valor público não é apenas definido como a agregação de preferências individuais de usuários ou produtores de serviços públicos, mas é construído coletivamente por meio

de deliberações envolvendo funcionários governamentais eleitos e nomeados e principais interessados. Nesse sentido, Cordella e Bonina (2012) argumentam que a criação de

valor público está relacionada com a sustentabilidade de políticas públicas que visam perseguir o mandato político que os cidadãos conferem ao governo por meio do

processo democrático de eleições. Como tal, assenta na expressão politicamente mediada de preferências coletivamente determinadas, ou seja, aquilo que os cidadãos

consideram valioso ou útil (Alford, 2002; Kelly et al., 2002). Isso põe em questão a ideia de que as preferências individuais podem ser agregadas para refletir o que o “público”

espera do governo, como é a tendência do paradigma NPM. Isso é muito diferente das relações de troca econômica direta que ocorrem no setor privado, portanto, é possível

argumentar que o valor público é algo fornecido por organizações governamentais a seus cidadãos e não a indivíduos (Alford, 2002). Incluir esses pontos em uma nova forma

de pensar constitui a base para uma grande mudança e, para Stoker (2006), a adoção do modelo de gestão do valor público representaria uma mudança de paradigma na

forma como os serviços públicos são geridos. Isso é muito diferente das relações de troca econômica direta que ocorrem no setor privado, portanto, é possível argumentar

que o valor público é algo fornecido por organizações governamentais a seus cidadãos e não a indivíduos (Alford, 2002). Incluir esses pontos em uma nova forma de pensar

constitui a base para uma grande mudança e, para Stoker (2006), a adoção do modelo de gestão do valor público representaria uma mudança de paradigma na forma como

os serviços públicos são geridos. Isso é muito diferente das relações de troca econômica direta que ocorrem no setor privado, portanto, é possível argumentar que o valor

público é algo fornecido por organizações governamentais a seus cidadãos e não a indivíduos (Alford, 2002). Incluir esses pontos em uma nova forma de pensar constitui a

base para uma grande mudança e, para Stoker (2006), a adoção do modelo de gestão do valor público representaria uma mudança de paradigma na forma como os serviços

públicos são geridos.

1.1.3. Valor público: rumo a um novo modo de gestão das organizações públicas

A integração da noção de criação de valor implica que os modelos tradicionais de gestão do


desempenho, muitas vezes baseados em pressupostos de uniformização e estabilidade das
necessidades sociais, sejam questionados (Lorino, 1999). As organizações públicas devem limitar a sua
abordagem à oferta de serviços públicos numa lógica de abertura à personalização e, portanto, à escuta
do utilizador que se posiciona agora como cliente (Millard, 2008).
O desenvolvimento da noção de “gestão do valor público” implica a redefinição das formas como as
organizações públicas produzem serviços públicos numa lógica de criação de valor. Nessa perspectiva, a
questão “o que o público valoriza” pode ser vista como um contrapeso às antigas tradições de
administração pública em que os “produtores” definiam e determinavam o valor dos serviços públicos
(Benington, 2007). Essa dimensão de valor público se concentra não apenas nos interesses individuais
dos usuários atuais, mas também no interesse público de longo prazo, incluindo as necessidades das
gerações futuras.
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 363

A natureza complexa do conceito de valor público ressalta a importância de focar nos


resultados e processos que agregam valor à esfera pública, não apenas em entradas e saídas ou
taxas de entrada/saída e desempenho econômico. Nesse sentido, Moore sugere que o valor
público pode ser medido em relação aos diferentes estágios da cadeia de valor, ou seja, insumos,
procedimentos, atividades, produtos e resultados.
Esta forma de gestão coloca a criação de valor no centro das preocupações das organizações
públicas e exige a modelação da organização ao evidenciar processos transversais que criem valor
para os diferentes stakeholders, tanto internos como externos, através de atividades e processos,
outputs e resultados, com o ajuda ativa de coprodutores e organizações parceiras (Figura 2).

Figura 2. A cadeia de valor público como forma de gestão e criação de valor para o público
organizações (fonte: concepção dos autores)

De acordo com a revisão da literatura, esta natureza geral e ambígua da noção de valor público
levanta questões sobre o papel que as tecnologias de informação e comunicação (TICs) podem
desempenhar na produção de valor público, não apenas como meio de otimizar o desempenho medido
em termos de eficácia e eficiência, como no caso das reformas que se enquadram no NPM. As
abordagens dominantes para estimar o impacto das políticas de TIC do setor público concentram-se
apenas em medidas de desempenho orientadas para a eficiência, como redução de custos e retorno
sobre o investimento, bem como na conquista de objetivos de gestão, transparência e responsabilidade
que estão intimamente relacionados ao setor privado. padrões econômicos (Moore, 1995). As reformas
baseadas em TIC integradas ao domínio da NPM ainda permanecem focadas em valores gerenciais
(medidas de desempenho orientadas para a eficiência), enquanto negligenciam as implicações políticas e
sociais mais amplas (Bonina & Cordella, 2009). No entanto, os efeitos das TIC em outros aspectos do
paradigma do valor público, como justiça, equidade, democracia e igualdade, ainda são negligenciados.

2. TIC, questionamento da criação de valor público

Desde os anos 70 e 80, nos países desenvolvidos, as TICs cresceram gradualmente para se tornarem
onipresentes no funcionamento de empresas e organizações, tanto públicas quanto privadas
(Benabderrahmane-Bouriche, 2012). As mudanças ambientais, a globalização e a revolução tecnológica
são os principais fatores que fizeram da sua introdução um grande objetivo para as organizações, de
forma a alcançar uma maior eficiência e capacidade de resposta na execução das tarefas. A emergência
das TIC é o resultado do desenvolvimento e forte entrelaçamento de três áreas técnicas:
telecomunicações, audiovisual e informática (Nwamen, 2006). No entanto,
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a revisão da literatura não revela um consenso sobre a definição de TIC, mas é possível
distinguir entre as classificações de acordo com dois aspectos. A primeira enfoca a
dimensão técnica (Tlich, 2013) e a segunda enfoca a dimensão gerencial e
organizacional. Tendo em consideração a questão de investigação e o objetivo da
presente investigação, daremos mais atenção ao último aspeto (dimensão gerencial e
organizacional).

2.1. TIC na organização

De acordo com uma abordagem gerencial, as TIC são consideradas um conjunto de


ferramentas inovadoras e informativas (Favoreu et al., 2019; Damanpour & Aravind,
2012; Walker et al., 2011) que permitem melhorar o sistema de gestão de uma
organização e para melhorar os mecanismos de eficiência (Golubeva et al., 2019).
Embora desempenhem quase as mesmas funções, as TIC não possuem as mesmas
características no que diz respeito aos determinantes organizacionais e seu impacto
nos mecanismos de coordenação. Por outro lado, como qualquer escolha estratégica, a
integração das TIC requer uma mudança organizacional como confirmado por vários
autores (Benabderrahmane-Bouriche, 2012; Deffayet, 2002; Tlich, 2013). Tal mudança
afeta tanto a estratégia quanto a estrutura e os recursos humanos. De forma geral,

Certamente, no setor público, o uso das TICs pode apoiar a redistribuição efetiva e eficiente de
recursos e capacidades, tornando as organizações públicas mais dinâmicas e muito mais resilientes
(Bekkers & Homburg, 2007; Gupta et al., 2008). No entanto, as mudanças que as TIC provocam afetam a
natureza ou os meios pelos quais os serviços são prestados e, portanto, têm consequências políticas e
administrativas significativas (Cordella & Iannacci, 2010). Com efeito, para vários autores (Barca &
Cordella, 2006; Cordella, 2007; Currie & Guah, 2007; Homburg, 2004), as TIC têm sido frequentemente
vistas como ferramentas para implementar as reformas da administração pública previstas pelas
tendências da NGP, com vista a racionalizando as informações e otimizando o desempenho. Segundo
Cordella e Bonina, 2012), os trabalhos anteriores sobre os impactos das TICs mais frequentemente
identificados no setor público limitaram-se a examinar sua capacidade de melhorar a eficiência e a
produtividade do desempenho do governo, o que significa que seu uso é considerado principalmente
instrumental como afirmam Aberbach e Christensen (2005), Cordella , (2007) e Orlikowski e Iacono
(2001). De fato, a literatura sobre a introdução das TICs no setor público tem se limitado em grande
parte a examinar os efeitos esperados dessas ferramentas em termos de eficiência, eficácia e economia
da ação pública. Essa abordagem tem se concentrado principalmente na busca de melhores práticas e
estratégias universais para a implementação bem-sucedida desses programas e marginaliza os impactos
mais amplos dessas reformas (Bannister, 2007). No entanto, vários autores lamentam que esta pesquisa
muitas vezes tenha negligenciado a discussão dos efeitos e impactos que as TICs podem ter nas
organizações do setor público e nos serviços que elas fornecem (Danziger & Andersen, 2002; Andersen
et al., 2010; Cordella, 2007; Dawes, 2009) . As TIC alteraram profundamente a natureza do serviço
prestado aos cidadãos, bem como os meios utilizados para a prestação dos serviços públicos.
Consequentemente, o valor público criado pelas TIC não pode ser entendido apenas em termos da
eficácia
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das ações do governo, mas também deve incorporar dimensões mais amplas relacionadas à eficácia das realizações dos programas de governo em relação a certos resultados democráticos. Para

O'Flynn (2007), a introdução das TICs no setor público deve levar em consideração a particularidade e a complexidade que estão associadas à sua implementação e atender melhor aos resultados

sociais e políticos de sua adoção. No mesmo sentido, autores como Cordella e Iannacci (2010), e Cordella e Willcocks (2010), destacam a importância do papel mediador das TICs na administração

pública no que diz respeito à sua capacidade de mudar a forma como as administrações públicas organizam e entregam seus Serviços. Nesse contexto, O'Flynn (2007) sugere que a análise dos

efeitos das reformas do setor público relacionadas às TIC, sejam elas positivas ou negativas, não se deve limitar à análise do seu impacto numa lógica de eficácia e eficiência da gestão pública. Para

ele, é preciso ir além das preferências individuais e focar na dimensão coletiva das necessidades dos cidadãos, conforme indicado pelo paradigma do valor público. Na mesma perspetiva, Mergel

(2020) conclui no seu trabalho que a introdução das TIC no setor público evidencia quatro dimensões do valor público: económica, administrativa, democrática e cidadã. Nessa perspectiva, o foco

deve estar em como as TIC podem ser uma fonte de produção de valor público de serviços públicos e não apenas como um meio para alcançar melhores resultados financeiros, como no caso em

que as TIC são adotadas para facilitar as reformas da NGP. é necessário ir além das preferências individuais e focar na dimensão coletiva das necessidades dos cidadãos, conforme indicado pelo

paradigma do valor público. Na mesma perspetiva, Mergel (2020) conclui no seu trabalho que a introdução das TIC no setor público evidencia quatro dimensões do valor público: económica,

administrativa, democrática e cidadã. Nessa perspectiva, o foco deve estar em como as TIC podem ser uma fonte de produção de valor público de serviços públicos e não apenas como um meio

para alcançar melhores resultados financeiros, como no caso em que as TIC são adotadas para facilitar as reformas da NGP. é necessário ir além das preferências individuais e focar na dimensão

coletiva das necessidades dos cidadãos, conforme indicado pelo paradigma do valor público. Na mesma perspetiva, Mergel (2020) conclui no seu trabalho que a introdução das TIC no setor público

evidencia quatro dimensões do valor público: económica, administrativa, democrática e cidadã. Nessa perspectiva, o foco deve estar em como as TIC podem ser uma fonte de produção de valor

público de serviços públicos e não apenas como um meio para alcançar melhores resultados financeiros, como no caso em que as TIC são adotadas para facilitar as reformas da NGP. Mergel (2020)

conclui em seu trabalho que a introdução das TIC no setor público destaca quatro dimensões do valor público: econômica, administrativa, democrática e cidadã. Nessa perspectiva, o foco deve

estar em como as TIC podem ser uma fonte de produção de valor público de serviços públicos e não apenas como um meio para alcançar melhores resultados financeiros, como no caso em que as

TIC são adotadas para facilitar as reformas da NGP. Mergel (2020) conclui em seu trabalho que a introdução das TIC no setor público destaca quatro dimensões do valor público: econômica, administrativa, democrática e cida

2.2. modelo conceitual

Neste artigo, vamos nos referir ao trabalho de Bonina e Cordella (2009) a fim de propor um
quadro holístico para estudar a criação de valor associada ao uso das TIC no setor público. Com
base nessa interseção, nosso modelo conceitual pode fornecer uma estrutura de valor público
relevante para medir os efeitos dessas ferramentas no desempenho do setor público (Figura 3).
Portanto, na gestão pública, os recursos não são fins, mas sim meios para a criação de valor
público, que é a finalidade natural da organização. O objetivo de projetar este scorecard do setor
público é produzir um sistema de medição de desempenho para gestores do setor público que
precisam de uma medida não financeira para indicar se estão efetivamente investindo recursos
financeiros para criar valor público (Moore, 1995).

Figura 3. Uma nova estrutura para avaliar os efeitos das TIC na criação de valor público (fonte: autores'
concepção adaptada de Mergel, 2020; Bonina & Cordella, 2009)
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2.2.1. O modelo gerencial

Este domínio de valor faz parte da lógica de desempenho prescrita pela NPM (Jørgensen & Bozeman, 2007), que é avaliada em termos de eficácia e eficiência na prestação de serviços públicos. Para

Mergel (2020), as TIC são caracterizadas por sua capacidade de simplificar e automatizar tarefas. Eles provavelmente reduzirão o número de interações entre os vários stakeholders e a

administração devido à redução do número de agentes necessários para executar tarefas básicas. Com efeito, a utilização das TIC e o seu impacto na eficiência prendem-se sobretudo com a

melhoria dos sistemas operacionais internos. Estes incluem o uso de ferramentas de gestão, como sistemas de gestão financeira e orçamentária, coleta e transmissão de dados, processos de

pagamento, comunicação interna e gestão de recursos humanos para gerar economia e caixas eletrônicos (Bonina & Cordella, 2009). Além disso, a disponibilização de informação e a prestação de

serviços online são os elementos mais destacados na promoção de políticas de governo eletrónico destinadas a agilizar a divulgação de informação e as interações entre os cidadãos e a

administração. Para Mergel (2020), a criação de valor resulta da capacidade das TIC de aumentar a capacidade de resposta, responsabilidade e prestação de contas na prestação de serviços

públicos, diminuindo o volume de correções de dados transmitidos pelos usuários, diminuindo o número de dados ausentes e a interação com outras organizações públicas devido à

heterogeneidade dos sistemas de informação. Deste ponto de vista, o valor público reflete a renovação dos processos administrativos internos que estão diretamente ligados aos serviços externos.

a disponibilização de informação e a prestação de serviços online são os elementos mais enfatizados na promoção de políticas de governo eletrónico que visam agilizar a difusão de informação e

as interações entre os cidadãos e a administração. Para Mergel (2020), a criação de valor resulta da capacidade das TIC de aumentar a capacidade de resposta, responsabilidade e prestação de

contas na prestação de serviços públicos, diminuindo o volume de correções de dados transmitidos pelos usuários, diminuindo o número de dados ausentes e a interação com outras organizações

públicas devido à heterogeneidade dos sistemas de informação. Deste ponto de vista, o valor público reflete a renovação dos processos administrativos internos que estão diretamente ligados aos

serviços externos. a disponibilização de informação e a prestação de serviços online são os elementos mais enfatizados na promoção de políticas de governo eletrónico que visam agilizar a difusão

de informação e as interações entre os cidadãos e a administração. Para Mergel (2020), a criação de valor resulta da capacidade das TIC de aumentar a capacidade de resposta, responsabilidade e

prestação de contas na prestação de serviços públicos, diminuindo o volume de correções de dados transmitidos pelos usuários, diminuindo o número de dados ausentes e a interação com outras

organizações públicas devido à heterogeneidade dos sistemas de informação. Deste ponto de vista, o valor público reflete a renovação dos processos administrativos internos que estão

diretamente ligados aos serviços externos.

2.2.2. O modelo democrático e cidadão

Os valores públicos que se enquadram na bandeira desse grupo referem-se a valores relacionados à
prevenção de distorções, à busca de “correção”, legitimidade e direitos políticos (Hood, 1991). O uso das
TICs nessa lógica deve fazer da informação um meio para melhorar a governança e fortalecer os valores
democráticos e éticos (Brewer et al., 2006; Kernaghan, 2006). Além dos valores profissionais, Kernaghan
(2006), distingue duas outras categorias de valores públicos. Os da ética, que são avaliados em termos
de integridade, equidade, desinteresse e sentido de justiça, e os que se referem a valores democráticos,
nomeadamente imparcialidade, respeito pela lei, neutralidade, etc. Estes valores são complexos,
intangíveis e difíceis avaliar (Bonina & Cordella, 2009). Em outras palavras, a implementação das TIC no
setor público deve ser concebida como uma ferramenta para melhorar a confiança e promover uma
relação mais participativa entre o cidadão e o governo. Esta área capta a capacidade das TIC para
simplificar e facilitar o acesso aos serviços públicos, especialmente para os excluídos. Nessa perspectiva,
o valor público visa generalizar o acesso a serviços remotos para todos os cidadãos, independentemente
de seus conhecimentos, habilidades e necessidades específicas (Mergel, 2020).

A dimensão do cidadão enfoca como este último se beneficia da transformação digital, ou seja, como
as TIC devem garantir transparência, privacidade, proteção dos direitos civis, participação da
comunidade no desenho de políticas públicas, deliberação e diálogo, e o fornecimento de informações
importantes, relevantes e confiáveis para cidadãos (Eppler, 2007). Da mesma forma, as TICs têm sido
usadas para fortalecer a participação e a democracia, abrindo novos e inovadores canais de participação
(Jaeger, 2007), como e-mail, deliberação pública baseada na Internet e sistemas de votação eletrônica.
A revisão da literatura sobre a introdução das TIC nas administrações públicas apela à reflexão sobre
a existência de uma representação holística dos seus contributos para a criação de valor.
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 367

Trabalhos anteriores destacam dois modelos que traduzem a preocupação pela melhoria do
desempenho mas também a consideração da dimensão democrática e cidadã. No entanto, os modelos
gerencial e democrático de valor público foram concebidos a partir de lógicas distintas. A partir disso, o
modelo conceitual é apresentado a seguir (Figura 4).

Figura 4. Modelo conceitual (fonte: concepção do autor)

O primeiro modelo coloca a otimização do desempenho e a melhoria da capacidade de resposta dos


processos internos no centro das preocupações da organização através da utilização das TIC. Nesta fase,
nossas duas primeiras hipóteses são as seguintes:
H1: é provável que o uso de TIC melhore o desempenho da autoridade local.
H2: é provável que a integração das TIC na estratégia da autarquia melhore o seu
desempenho.
Pelo contrário, a segunda hipótese torna as tecnologias de informação e comunicação
ferramentas cujo uso provavelmente melhorará a governança e fortalecerá os valores
democráticos e éticos (Bonina & Cordilla, 2009; Brewer et al., 2006; Kernaghan, 2006; Gilman &
Lewis, 1996). . Neste ponto, nossa segunda hipótese é a seguinte:
H3: o uso de TIC melhora a criação de valor democrático no governo local.
H4: a integração das TIC na estratégia da AL melhora a criação de valor democrático
e cidadão.

3. Metodologia

3.1. Operacionalização de variáveis

Cada uma das variáveis em nosso estudo foi medida por meio de indicadores compostos por vários
itens da pesquisa. Uma vez que a literatura não dá informação sobre a existência consensual de uma
escala de medição, nomeadamente para ambas as variáveis independentes, foi necessário desenvolver
esses itens e enviá-los a especialistas em TIC para serem revistos. Da mesma forma, os especialistas
também receberam os objetivos do estudo, bem como uma descrição detalhada apontando as
construções de interesse em itens específicos. O levantamento definitivo foi formalizado respeitando as
etapas propostas por Dillman (2000).
368 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

3.1.1. Variáveis independentes

No modelo conceitual, definimos duas variáveis independentes. O primeiro é


“infraestrutura tecnológica”, mediu o nível de acesso à infraestrutura tecnológica dentro da
AL. Devido à falta de uma escala de medição na literatura, tivemos que construir um índice
baseado na agregação de quatro subvariáveis que determinassem o grau de uso de TIC na
AL (Tabela 1).
Os itens relativos à primeira subvariável “plataformas eletrónicas” incidiram sobre o nível de
disponibilização das plataformas eletrónicas estabelecidas pelo Estado central no âmbito do
projeto de administração eletrónica ao nível da AL. Para operacionalizar esta variável, foi solicitado
aos inquiridos que indicassem a existência ou nenhuma destas plataformas ao nível da sua AL. Já
a segunda subvariável “porta de entrada oficial” foi representada como uma variável dicotômica
em que os respondentes eram questionados sobre a existência ou não de um

Tabela 1. Operacionalização das variáveis independentes (fonte: concepção do autor)

Independente
Unid escala de medição
Variáveis

Eletrônico Disponibilidade de eletrônicos Variável dicotômica:


A infraestrutura plataformas 1: Existência de utilização regular das plataformas instaladas pela
AL;
0: Não uso
Uso da intranet Variável dicotômica:
1: Uso regular de intranet para serviços de LA; 0:
Não uso

Uso de administrativo Variável dicotômica:


programas de computador 1: Uso regular de programas e ferramentas
administrativas informatizadas;
0: Não uso
Existência de portal oficial Variável dicotômica:
eletrônico operacional 1: Acesso a portal oficial operacional regularmente
atualizado pela AL;
0: Não uso
TIC Modernização da LA Variável dicotômica:
Estratégia 1: Consideração da integração das TIC na
estratégia de desenvolvimento da AL;
0: Nenhum

Normalização de Variável dicotômica:


Informação 1: Existência de uma estratégia de informação normalizada na
AL;
0: Nenhum

Avaliação de riscos de TI Variável dicotômica:


1: consideração da avaliação de riscos
informatizada na AL;
0: nenhum

Auditoria de TI Variável dicotômica:


1: Auditorias baseadas em computador praticadas regularmente; 0:
Nenhum
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 369

gateway eletrônico operacional – uma página no Facebook, site online ou outros – em sua LA. A terceira
subvariável questionava sobre o uso de ferramentas de comunicação interna ou serviços de mensagens
eletrônicas pela AL enquanto a quarta subvariável tratava do uso regular de programas de computador
e ferramentas de administração burocrática, aplicativos e outras plataformas semelhantes, sistemas de
informação geográfica e o gosto. A tabela apresenta um resumo das diferentes subvariáveis e das
escalas de medição utilizadas.
A segunda variável independente referia-se à dimensão estratégica das TIC, que
denominou “TIC estratégica”. Esta variável avaliou o nível de articulação do TIC na estratégia
global da AL. Para operacionalizar esta variável tivemos de recorrer a um estudo
exploratório segundo especialistas em TIC bem como nos referimos aos trabalhos de
Beynon-Davies e Williams (2003). Para esses autores, a dimensão estratégica das TIC refere-
se às atividades essenciais do planejamento de TI e inclui a auditoria e a normalização da
informação, a montagem de uma cartografia e a concepção do processo de tratamento da
informação, a estratégia e o modernização da administração pública territorial, estratégia de
TI, avaliação de riscos e análise custo-benefício.
No quadro do nosso estudo, operacionalizámos estas variáveis definindo os itens que
tratavam do grau de articulação das TIC nas orientações estratégicas da AL. Foram definidas
quatro subvariáveis para determinar a presença dos eixos dedicados à integração da
dimensão TIC nas orientações dos programas estratégicos da AL, prática regular do controlo
informatizado e avaliação do risco. Em geral, a existência de uma política de normalização
da informação ao nível da administração territorial (Tabela 1).

3.1.2. Variáveis dependentes

A presente pesquisa procura encontrar a ligação entre a introdução das TIC e a


criação de valor pela AL. A partir da revisão da literatura, fazemos uma distinção
entre os dois modelos, o primeiro tratando da melhoria do desempenho
econômico ou administrativo (Bonina & Cordella, 2009), enquanto o segundo se
enquadra na lógica democrática e cidadã (Bonina & Cordella, 2009; Cordella &
Bonina, 2012; Kernaghan, 2006). De acordo com Gerbing e Anderson (1988), a
montagem de todos os quadros conceituais deve operar em duas etapas, primeiro
expor os resultados da fase de desenvolvimento e, em seguida, avaliar as escalas
de medição seguida da apresentação dos resultados relativos para testar a
hipótese. No entanto, no âmbito da nossa investigação,

Depois de determinar as escalas de medição na literatura, foi necessário realizar uma


contextualização e depuração. Tivemos que partir para uma análise das componentes
principais de forma a reduzir e sintetizar o volume de informação captado pelas medições
(Donada & Mbengue, 2014). Do mesmo modo, devem ser tidos em conta dois critérios de
fiabilidade e consistência interna das escalas de medição utilizadas, nomeadamente o de
Kaiser (os valores associados aos fatores superiores a 1) e o da coerência interna dos fatores
determinados pelo indicador de Cronbach.
Para o modelo gerencial, para operacionalizar as variáveis desse modelo, partimos de 22
itens encontrados na literatura que foram apresentados aos respondentes (Carassus, 2007;
Carassus et al., 2012, 2017) que foram solicitados a indicar na escala Likert de 1 a 5, o potencial
370 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

ganhos percebidos com o uso das TIC em sua gestão. Para testar a validade na mensuração das
variáveis desse modelo, analisamos os componentes principais por meio da rotação varimax. Os
resultados nos levaram a descartar três itens devido ao baixo percentual de representatividade.
Por fim, a análise de componentes principais (PCA), conforme previsto, apontou o aparecimento
de três fatores responsáveis por 67% da variância, um alto índice de confiabilidade interna (α =
0,929) e um índice KMO de 0,732, significativamente acima do limiar de 5% (ver Apêndice). O
primeiro fator foi denominado “recursos organizacionais” e tratou principalmente da redução dos
atrasos nos tempos de espera dos usuários. A terceira categoria, “Despesas”, trata do tempo
necessário para selecionar fornecedores e lançar licitações, bem como das despesas gerais da AL.

Para o modelo democrático, para construção das escalas de mensuração, utilizamos os trabalhos de
Grimmelikhuijsen e Knies (2017) e Sabadie (2003). Da mesma forma que no modelo anterior, realizamos
uma análise PCA com rotação varimax. Os resultados da análise fatorial revelaram uma estrutura
composta por 5 fatores que responderam por 77% da variância, um importante índice de confiabilidade
interna (α = 0,941) e um índice KMO de 0,745, significativamente acima do limite de 5% (ver Apêndice ). O
primeiro fator chama-se “Igualdade” e diz respeito à igualdade de tratamento de todos os usuários, à
proteção de suas informações pessoais e ao acesso remoto a serviços públicos para pessoas com
necessidades específicas. O segundo fator, “Participação” refere-se às possibilidades oferecidas aos
cidadãos para poderem participar na elaboração de serviços e políticas públicas. A terceira “Reatividade”
trata das informações quanto ao tratamento dos cadastros dos usuários, bem como ao recebimento de
suas consultas. O quarto fator, “Transparência” refere-se à divulgação pública de informações sobre as
obras realizadas pelas autoridades locais, enquanto o quinto fator, “Garantia” trata da possibilidade de
os usuários acompanharem e agirem sobre seus registros (ver Anexo).

3.2. Coleção de dados

O escopo do nosso estudo são as AL do Marrocos, que são consideradas órgãos de governo
democraticamente eleitos pela população com um sistema bicéfalo de gestão político-
administrativa. A constituição marroquina reconhece três níveis de AL: (1) o município, (2) as
províncias e as prefeituras e (3) as regiões (Figura 5). Essas organizações

As regiões (12)
Desenvolvimento Regional e Ordenamento do Território

As províncias e prefeituras (75)


Desenvolvimento social, fortalecimento da eficiência,
cooperação e mutualização

Municípios (1503)
Prestação de serviços locais aos cidadãos

Figura 5. Níveis de AL no Marrocos (fonte: concepção do autor)


Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 371

dispõem de ampla margem de manobra na gestão dos assuntos locais, graças ao


princípio da livre administração e da autonomia financeira e moral.
Através das políticas gerais do Estado, a AL marroquina é investida de um
grande poder de gestão para trabalhar. A repartição do poder entre os três níveis
da AL obedece ao princípio constitucional da subsidiariedade que reconhece cada
nível de jurisdição em seus domínios específicos. Nesse sentido, o nível mais baixo
da LA, composto pelos municípios considerados polivalentes de proximidade que
fornecem a mais ampla gama de serviços como iluminação pública, coleta e
disposição de lixo, manutenção de ruas etc., enquanto o segundo nível, o
conselhos provinciais e prefeituras fornecem ações de serviço social,
desenvolvimento rural, grandes infraestruturas e rodovias.

Os dados utilizados nesta pesquisa foram coletados por meio de um


questionário aplicado via internet à Associação Marroquina de Diretores e
Gerentes de AL durante os primeiros seis meses do ano de 2021. Como amostra
alvo de nosso estudo, escolhemos apenas 103 AL que envolveram no programa de
melhoria de performance na AL marroquina. Optamos por um método de
amostragem preciso conforme Royer e Zarlowski (2014), abordagem cuja escolha
se deu por diversos motivos. Em primeiro lugar, permitiu o acesso a uma ampla
amostra de AL de diferentes regiões e com vários tamanhos, representando cerca
de 55% da população total. Então, essa abordagem nos permitiu evitar o risco de
ser negada resposta devido ao caráter delicado e ainda pouco familiar da noção de
desempenho no setor público em Marrocos. Portanto,

O questionário está estruturado em duas partes. A primeira parte visa revelar o


depoimento do uso das TIC nas ALs. Os itens foram gerados com base em diferentes fontes:
a revisão da literatura e um estudo qualitativo exploratório realizado com gerentes e
funcionários da AL. Os itens questionam sobre o grau de integração das plataformas
eletrônicas implantadas pelo governo central como parte do projeto de governo eletrônico
no nível das ALs, bem como a disponibilidade de outras ferramentas adotadas
voluntariamente por essas organizações (comunicação interna e ferramentas de
mensagens, software, ferramentas de gestão de escritório, intranet, aplicações e
plataformas, sistema de informação geográfica, etc.). Outras questões incidiram sobre o
nível de articulação e desenvolvimento das TIC na estratégia AL. Então,

3.3. Processamento de dados

Os dados quantitativos coletados foram analisados por meio do software SPSS 25. No total, foram
recebidas 100 respostas aproveitáveis (Figura 6), um índice de resposta muito alto de 97%. No entanto,
um dos limites mais notáveis de nossa pesquisa foi a dificuldade inerente de poder fazer uma
generalização externa devido ao fato de nossa amostra representar apenas 7% do total de 1.503 AL
marroquinos. Estudos adicionais sobre uma base de amostra mais ampla seriam pertinentes. Para
garantir o sucesso do nosso questionário remoto, foi necessário realizar um pré-teste para saber se o
protocolo do estudo era realista ou se as escalas de medição eram válidas
372 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

Figura 6. Estatísticas das variáveis (fonte: concepção dos autores)

ou compreensível para os respondentes (Baumard et al., 2014). Este teste preliminar foi realizado em duas
etapas: primeiro, em entrevistas presenciais com cinco gerentes territoriais, após o que as pesquisas foram
enviadas por e-mail para outros quatro gerentes de nossa rede pessoal de relacionamentos.

4. Resultados

Os resultados obtidos serão apresentados de acordo com as variáveis que compõem o modelo
conceitual. Vamos, portanto, começar com o componente do modelo gerencial e, em seguida, o modelo
democrático fazendo uma leitura cruzada das variáveis independentes.

4.1. modelo gerencial

Globalmente, o modelo da variável dependente «despesas» é muito significativo ao nível de 1% o


que confirma a existência de uma elevada correlação entre as variáveis explicativas introduzidas
no modelo. Relativamente às variáveis relativas à dimensão estratégica das TIC, a sua capacidade
explicativa, medida pelo coeficiente de determinação, é aceitável (R2= 0,235). Este modelo de
regressão mostra, no entanto, que apenas uma variável parece ter influência estatisticamente
significativa sobre esta ocorrência: a normalização da informação enquanto outras variáveis
explicativas são insignificantes. É interessante ressaltar que a equação de regressão mostra a
influência negativa dessa variável por meio dos coeficientes de regressão (β = –0,485). Por outras
palavras, o estabelecimento de procedimentos de normalização na difusão e partilha de
informação ao nível de uma administração territorial tem um efeito indireto nas suas despesas.
Além disso, os resultados da regressão confirmam a existência de efeitos significativos de duas
variáveis explicativas em relação à dimensão infraestrutura tecnológica (Plataformas, Intranet).
Para essas duas variáveis independentes,2= 0,135). Nossos resultados mostram que o uso da
intranet atua indiretamente sobre os gastos da AL (β = –0,280) enquanto, por outro lado, estes
evoluem no mesmo grau que o uso de plataformas eletrônicas (β = 0,294).

No caso da segunda variável dependente do modelo gerencial “ações e atividades”, os resultados da


regressão linear revelam que apenas a variável “estratégia de modernização” tem influência significativa
(P < 0,001) segundo o modelo de regressão obtido com efeito positivo (β = 0,493). Para este modelo, a
capacidade sobe para 21,2%, o que é significativo (F = 19,862; R2= 0,212). Ao nível da utilização de
infraestrutura tecnológica, os nossos resultados revelam que o nosso modelo é significativo ao 1% com
uma capacidade explicativa de 24,3%. Nesse nível, duas variáveis parecem afetar significativamente o
acompanhamento das ações e atividades da AL. Primeiro,
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 373

a existência de um portal oficial operacional permite otimizar os processos internos através da


disponibilização de um conjunto de serviços on-line que aliviam a carga de trabalho da administração e
reduzem os tempos de espera e atrasos no tratamento dos registos dos utilizadores (β = 0,385). No
entanto, o uso da intranet não parece ter um efeito positivo sobre os processos internos, o que pode ser
visto no resultado surpreendentemente inesperado de nossa pesquisa (β = –0,238). A este nível podemos
colocar a hipótese segundo a qual a utilização da intranet continua ainda fraca devido ao carácter
burocrático e muitas vezes rotineiro da administração pública marroquina.
A variável “recursos organizacionais” do modelo é globalmente significativa o que
indica a ligação entre as variáveis introduzidas no modelo e a variável dependente
(coeficiente de correlação R = 0,461; F = 16,708; P < 0,001). O coeficiente de
determinação que mede a capacidade explicativa do modelo permanece aceitável (R2=
0,212). No caso das variáveis com efeito significativo, o modelo demonstra que o
efeito é sim significativo, mas negativo tanto na normalização da informação quanto na
otimização do uso dos recursos organizacionais (β = –0,461; P < 0,001). Adicionalmente,
ao nível das componentes da infraestrutura tecnológica como as plataformas e a
intranet, estas parecem ser as únicas variáveis com efeito significativo, com β = 0,502
e β= –0,219, respetivamente. No que se refere à relação entre as variáveis explicativas
do modelo e a variável dependente, o Teste de Fisher indica uma correlação importante
(F = 6,457; p < 0,01). A capacidade explicativa das variáveis introduzidas no modelo de
recursos organizacionais é relativamente alta em 5% (R2= 0,284).

4.2. modelo democrático

Os resultados da regressão linear relativa ao modelo de igualdade mostram uma


capacidade explicativa das variáveis introduzidas relativamente inferior, mas globalmente
aceitável e muito significativa a 1% (coeficiente de correlação R = 0,380; R2 = 0,415). Neste
modelo, apenas a variável que mede o estabelecimento de um processo de auditoria
informática parece ter um efeito positivo significativo sobre a igualdade de tratamento dos
utentes dos serviços públicos territoriais (β = 0,380; P < 0,001). No caso da dimensão
operacional das TIC, apenas a utilização de plataformas eletrónicas e a existência de portal
oficial parecem ter efeitos significativos (P < 0,005) sobre a variável dependente (igualdade).2
(0,196). No que diz respeito ao sentido desta relação, o coeficiente beta permite
compreender que para as duas variáveis introduzidas existe um efeito positivo significativo
(β =0,367 para as plataformas e β = 0,223). Por outras palavras, os nossos resultados
confirmam a existência de uma influência positiva significativa da utilização de plataformas
eletrónicas online e da criação de um portal eletrónico oficial sobre o reforço da igualdade
de tratamento dos utentes dos serviços públicos locais na amostra do estudo. A digitalização
do processo licitatório, por exemplo, tende a garantir igualdade de tratamento entre os
licitantes de serviços públicos.
No caso do modelo de reatividade, os resultados da regressão evidenciam que três estão
relacionados com a reatividade nos serviços públicos locais: estratégias de modernização da AL
através do uso de TIC (efeito positivo; β = 0,219; P < 0,1), o normalização da informação (efeito
negativo; β = –0,316; P < 0,05), e a avaliação dos riscos informatizados (positivo
374 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

efeito; β = 0,275; P < 0,05), enquanto outras variáveis explicativas não têm efeito. No geral, o
modelo de reatividade é significativo a 5% com uma capacidade explicativa de 0,258 e um teste de
Fisher relativamente fraco (F = 5,427). A leitura destes resultados permite concluir que a
instauração de processos normalizados de tratamento da informação põe em causa o modo
tradicional de funcionamento dos serviços internos dos coletivos que explica a relação negativa
entre as duas variáveis. Quanto às variáveis relativas à infraestrutura tecnológica, mais uma vez a
utilização de gateway oficial (β = 0,303) e intranet (β = – 0,227) parece ter um efeito significativo ao
1% sobre o nível de reatividade dos serviços do AL. Uma leitura desses resultados, podemos
colocar a hipótese segundo a qual a utilização de um portal oficial reforça a reactividade dos
serviços ao oferecer aos cidadãos a possibilidade de acesso a serviços online. A utilização da
intranet, por outro lado, continua estagnada devido aos pesados processos administrativos e à
manutenção manual de algumas tarefas por parte dos serviços internos.

Os resultados da regressão linear do modelo de transparência demonstram os efeitos


positivos significativos de duas variáveis: a integração das TIC na estratégia de modernização (β =
0,309; P < 0,05) e a existência de um procedimento formalizado de auditoria informatizada (β =
0,267; P < 0,05). A capacidade explicativa deste modelo é em geral moderada (R2= 0,145 e
significativo a 5%). Da mesma forma, o sinal do Teste de Fisher indica a existência de uma ligação
entre as variáveis introduzidas no modelo e a variável dependente. Além disso, numa lógica mais
operacional, como seria de esperar, apenas a utilização de plataformas eletrónicas online parece
ter um efeito positivo significativo sobre a “transparência” (β = 0,274; P < 0,05). Conforme referido
anteriormente, estas plataformas reduzem a intervenção humana no tratamento de documentos,
por exemplo, no processo de licitação e na concessão de autorizações, ao seguirem um
procedimento on-line totalmente digital, o que explica em grande medida a influência que estas
soluções eletrónicas têm no reforço da transparência na gestão das administrações territoriais.

O modelo de seguro é significativo a 5% conforme indicado pelo teste de Fischer (F = 4,844). Em


maior ou menor intensidade, os efeitos significativos demonstrados por este modelo são, em primeiro
lugar, a auditoria computadorizada, (β = 0,276; P < 0,05) seguida da avaliação de risco computadorizada
(β =0,327; P < 0,05). Estes resultados eram esperados dado o papel desempenhado pelas auditorias e
pela avaliação informática na redução dos riscos associados à utilização abusiva dos dados pessoais dos
utilizadores, o que é suscetível de aumentar a confiança dos utilizadores nos serviços online prestados
pelas AL. No caso das variáveis de infraestrutura tecnológica, a regressão linear aponta para a
existência de uma conexão entre as variáveis explicativas do modelo e a variável dependente (R2= 0,222
e uma significância de p < 0,05); a capacidade explicativa, no entanto, é menor (R2= 0,223). Os resultados
da regressão linear mostram duas variáveis com efeitos significativos: Plataformas e portal oficial com
coeficientes Beta de 0,372 para a primeira e 0,265 para a segunda.
O modelo de participação é globalmente significativo com uma capacidade explicativa de
0,193. Os resultados da regressão linear apontam duas variáveis com efeitos significativos, mas
opostos, sobre a participação cidadã na produção de serviços públicos territoriais. A normalização
da informação parece ter um efeito negativo significativo ao nível de 5% (β = –0,381) enquanto a
criação de uma avaliação de riscos informatizada tem um efeito igualmente significativo mas
positivo (β = 0,286).
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 375

Tabela 2. Resumo dos coeficientes Beta e limiares de significância (fonte: concepção do autor)

modelo gerencial modelo democrático

Organizacional

Transparência

Participação
Reatividade
recursos
Despesas

Ações e
Atividades

Seguro
Igualdade
plataformas – . 294*** ns . 502*** . 367*** ns . 274*** ns . 372***

intranet . 280*** – . 238** – . 219** ns – . 227** ns ns ns

Portal oficial ns ns . 223** . 303*** ns ns . 265**


. 385***

Programas ns ns ns ns ns ns ns ns
Modernização
ns . 493*** ns ns . 309** ns ns
estratégia de LA . 219*

Normalização de
– . 485*** – . 461*** ns – . 316*** – . 381*** ns
Informação ns ns

Auditoria de TI ns ns ns . 380*** ns . 267** ns . 276***

risco de TI
ns ns ns . 275** ns . 287***
avaliação ns . 287**

Zona 1 Zona 2

Observação:***Significativo a 1%; ** Significativo a 5%

A leitura dos resultados dos coeficientes beta e níveis de significância (Tabela 2) permite-nos tirar as
seguintes conclusões:
Primeiro, apenas a variável “Software” parece não ter efeito significativo sobre as variáveis
dependentes de ambos os modelos. No que diz respeito à dimensão democrática, o software continua
muito mais orientado para o uso interno e não tem efeito direto sobre os cidadãos e usuários.
Em segundo lugar, as variáveis da dimensão “infraestrutura tecnológica” parecem estar
muito mais relacionadas com a dimensão gerencial devido ao seu uso interno, com exceção das
plataformas eletrônicas e do portal oficial cujo uso é bastante externo (zona 1).
Em terceiro lugar, as variáveis da dimensão estratégica das TIC parecem ter efeitos mais
fortes sobre as variáveis do modelo democrático. Em terceiro lugar, as variáveis da dimensão
estratégica das TIC parecem ter efeitos mais importantes sobre as variáveis do modelo
democrático. Assim, variáveis como auditoria informática e padronização da informação visam
reduzir os riscos ligados à troca informatizada de informação, garantindo igualdade e
transparência na gestão da LA (zona 2).
376 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

Discussão

Esta análise centra-se na interpretação dos resultados obtidos sobre a influência das TIC na
criação de valor para as ALs marroquinas com base em duas dimensões: gerencial e democrática/
cidadã. Nomeamos como variáveis explicativas a infraestrutura tecnológica e a estratégia de TIC
adotadas pela AL estudada. Com isso, buscamos comparar nossos resultados com a literatura
existente e ver quais implicações eles podem gerar.
A literatura existente mostra que em organizações descentralizadas como as ALs, as TICs podem ser
instrumentos que podem fortalecer os vínculos cooperativos entre os atores e promover, por meio do
compartilhamento de conhecimentos e informações, a criação de sinergias com vistas à melhoria dos
processos internos dos serviços ( Grosjean & Bonneville, 2007)
Para diversos autores (Greenan, 2003; Lacoste & Grosjean, 1999), o uso das TICs facilita o
compartilhamento de informações pelos atores, permitindo que as organizações se tornem mais
responsivas e autônomas. Numerosos estudos empíricos têm enfatizado a ligação entre a
introdução das TIC nas organizações e a descentralização (Bouamama, 2015; Čudanov et al., 2009;
Dadashpoor & Yousefi, 2018; Marsal, 2006) que está ocorrendo gradualmente, promovendo assim
o desenvolvimento de não - redes hierárquicas de comunicação e emergência da autonomia de
gestão dos atores.
Ao analisar a ligação que pode existir entre as TIC e a criação de valor na AL,
consideramos a utilização das TIC não só ao nível da dimensão técnico-operacional, avaliada
ao nível da infraestrutura tecnológica, mas também ao nível da dimensão estratégica , que
se refere à introdução das TIC no desenvolvimento da organização. O objetivo foi analisar o
impacto dessas duas variáveis na criação de valor público em sua dupla dimensão,
gerencial e democrática (Alford & Hughes, 2008; Benington, 2011; Cordella & Bonina, 2012;
Cordella & Iannacci, 2010; Cordella & Willcocks, 2010; Meynhardt, 2009; O'Flynn, 2007).

A partir de uma lógica gerencial, os resultados de nosso estudo corroboram o vínculo positivo
entre a adoção de uma estratégia de modernização via TIC e o aprimoramento da gestão interna
das ALs. De fato, os resultados de nosso estudo confirmam a afirmação de Graziani (2014), que
mencionou os efeitos positivos da padronização na função administrativa. Para este autor, a
padronização se aplica a todos os componentes e níveis da organização, o que ajuda a melhorar a
eficiência de cada um deles em termos de redução de custos e atrasos. O nosso estudo não se
desviou destas afirmações porque confirma a existência de uma ligação positiva entre a adoção
de uma estratégia de uniformização da informação por parte da AL e a redução das despesas.

No entanto, nossos resultados não puderam confirmar a existência de uma relação positiva
entre a padronização da informação e a eficiência dos recursos organizacionais nas ALs
estudadas. De fato, um paradoxo foi levantado porque os recursos organizacionais têm uma
relação inversa com a padronização da informação. Esta observação pode por vezes ser explicada
pela rigidez dos procedimentos que surgem quando novas normas são adotadas ou pela sua
complexidade (Lambert & Ouédraogo, 2010). Dada a especificidade de seu sistema político-
administrativo híbrido ou dual, os governos locais estão entre as organizações complexas cujas
operações são regidas por leis e procedimentos bem definidos. O sistema organizacional da
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LAs revela atores com racionalidades por vezes divergentes. A padronização dos processos pode
ser prejudicada pela relutância dos atores em mudar ou pela falta de capacitação dos recursos
humanos. No mesmo sentido, os resultados obtidos comprovam que uma estratégia de
modernização parece ter contribuído para a melhoria do clima social, bem como da qualidade e
do processo de gestão que reduzimos a “actividades e acções”. Esse resultado corresponde ao que
Trosa (2010) concluiu em seu trabalho.
A implementação de uma estratégia de TIC também foi avaliada do ponto de vista da democracia cidadã. De
fato, nossos resultados mostram que a existência de um processo de auditoria de TI em uma AL favorece os
princípios de boa governança, notadamente igualdade, transparência e garantia. Com efeito, consideramos que
a implementação de uma abordagem de auditoria informática é suscetível de reforçar a confiança dos cidadãos/
utilizadores no que diz respeito à utilização das TIC e ao acesso remoto aos serviços prestados pela autarquia.

Dada a importância da capacidade de resposta, as ALs estão direcionando suas estratégias de TIC para
melhorar a capacidade de resposta por meio da padronização de informações e avaliação de riscos de TI. Além
da auditoria de TI, a transparência é aprimorada pela integração de TIC na estratégia de modernização da LA.

Outro determinante que não deve ser negligenciado para garantir a garantia e
participação do cidadão na administração da AL, é a avaliação dos riscos de TI. De fato, um
controle do risco cria uma espécie de motivação no cidadão e o estimula a participar da
produção de serviços públicos e da formulação de políticas públicas. No entanto, uma
padronização exagerada da informação pode ser um constrangimento que irá dificultar a
participação cidadã. Podemos dizer que nossos resultados estão de acordo com as diretrizes
das leis orgânicas relacionadas à AL e as estratégias de digitalização adotadas pelo governo
marroquino, que mostram até que ponto essas práticas contribuirão para a criação de valor
no setor público.
Seguindo o exemplo de vários estudos anteriores (Bonneville, 2005a, 2005b), nossos resultados
mostram que a lógica técnico-econômica (Grosjean & Bonneville, 2007) orienta as escolhas tecnológicas
feitas pelas organizações públicas. Com efeito, segundo esta lógica, a implementação das TIC justifica-se
pela necessidade de controlar o custo dos serviços.
No contexto do nosso estudo, a utilização de plataformas eletrónicas implementadas pela
autoridade de supervisão (Ministério do Interior) em Marrocos parece ter contribuído
significativamente para a redução das despesas ao nível das AL. De fato, o Ministério do Interior
colocou à disposição das ALs marroquinas o “GID” plataforma (gestão integrada de despesas) para
uma gestão eficaz e eficiente das suas despesas. No mesmo sentido, a implementação destas
plataformas tem permitido reduzir os atrasos no processo de aprovisionamento, colocação de
encomendas e concursos por parte das AL. O mesmo vale para o monitoramento das ações e
atividades, que são feitos por meio de portal oficial. Existe uma relação inversa entre o gateway e
a intranet, ainda que esta última se destine à troca de informações, coordenação entre serviços e
facilitação do trabalho em equipe. As ALs contam com o gateway para melhorar as condições
internas de trabalho, enquanto esta ferramenta só é eficaz externamente, ou seja, em termos de
postagem de informações e contato com o cidadão. A ausência de uso generalizado da intranet
nas ALs estudadas pode ser explicada pela ausência de cultura de mudança ou pelo problema de
domínio dos gestores. Esta relação é muito lógica na medida em que
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no que diz respeito aos recursos organizacionais, onde as plataformas são as mais procuradas pelas ALs
em detrimento das intranets. Além disso, as ALs marroquinas recentemente integraram plataformas
como “watika” e outros de forma a desmaterializar tarefas e reduzir atrasos e esperas em filas. Estes
resultados validam perfeitamente os postulados básicos da teoria dos recursos que estipula que as
organizações devem estar bem equipadas com recursos específicos em termos de conhecimento e
especialização, que lhes permitam ser mais eficientes.

Conclusões

A revisão da literatura mostra que no setor público a gestão já não se centra no modelo
clássico que implica uma uniformização de necessidades, mas sim numa lógica de
especialização e personalização no quadro do novo paradigma de criação de valor como
alguns têm preferido chamar (Alford et al., 2017; Benington, 2007; Moore, 2000). A medição
e avaliação do valor público é altamente valorizada desde a introdução das TIC na gestão de
organizações públicas nos últimos anos sob a égide do NPM para resolver problemas.

O objetivo do estudo empírico foi aprofundar a compreensão do uso das TIC nas ALs
marroquinas e mostrar como essas ferramentas podem contribuir para a criação de valor neste
contexto específico. Nossa análise partiu de duas lógicas: gerencial e democrática/cidadã, mas
com foco nas variáveis estratégicas e de infraestrutura tecnológica. Os nossos resultados
sublinham o papel determinante destas ferramentas tecnológicas ao nível da gestão interna,
nomeadamente ao nível da otimização de despesas, melhoria da qualidade do trabalho e das
ações realizadas nas ALs estudadas graças à comunicação e coordenação entre os serviços . E
finalmente, a avaliação dos recursos organizacionais implica uma racionalização dos tempos de
tramitação documental (reduzindo os atrasos) e do número de pessoas afectas aos serviços
(mantêm-se apenas os que têm valor acrescentado). Além disso, os resultados confirmam que as
TIC são ferramentas reais que contribuem para a consagração dos princípios da boa governação,
nomeadamente a transparência e a participação cidadã.
No entanto, nossa pesquisa tem uma série de limitações, que podem ser exploradas em pesquisas
futuras. Primeiramente, os dados foram coletados junto aos administradores (gerentes, diretores e
funcionários) o que exclui no estudo outra racionalidade dos líderes políticos desde que as ALs, como
organizações públicas, sejam especificadas pela existência desses dois atores. Seria interessante
entender com mais detalhes como as TIC influenciam as decisões dos presidentes e até que ponto eles
se adaptam a tais ferramentas. Além disso, do ponto de vista metodológico, o estudo também pode
assumir o significado de um estudo exploratório com método qualitativo (entrevistas, estudos de caso)
para entender como essas TIC contribuem para a criação de valor público local.

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APÊNDICE

Estatísticas descritivas de variáveis independentes

Tabela A1. Infraestrutura de tecnologia

Padrão
Unid Média
desvio
intranet . 47 . 502
Portal Oficial . 56 . 499
plataformas . 5819 . 22637
Programas . 3867 . 39910
N válido (lista) 72

Tabela A2. Estratégia de TIC

Padrão
Unid Média
desvio
Modernização da LA . 67 . 473
Normalização de informações . 78 . 417
Avaliação de risco de TI . 50 . 504
Auditoria de TI . 19 . 393
N válido (lista) 64
384 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

Estatísticas descritivas de variáveis dependentes

Padrão
Unid Média
desvio
Despesas

Redução de gastos com AL 3.38 1.159


Seleção de fornecedores de LA 2,60 1.497
Prazos de entrega de pedidos frs 2,99 1.227
Tempo de processamento de propostas 3.43 1.364
Recursos organizacionais
Eficiência na utilização dos serviços da LA pelos usuários 3.01 1.345
Tempo alocado para a entrega do serviço 3.22 1.390
Redução de filas de espera na AL 3.33 1.341
Redução de erros no processamento de dados 3.35 1.438
Reforço da articulação entre o sistema de informação do CT e 3,45 1.266
os das outras administrações públicas parceiras (DGCL, TGR,
IGAT...)
Redução dos níveis de pessoal para os serviços 3.11 1.270
Reduz o tempo de processamento de paráfrases 2.92 1.169
Redução da carga horária na LA 2,99 1.259
Atividades e ações
Melhoria da qualidade do trabalho interno 3.14 1.326
Processo aprimorado para desenvolver o plano de ação da LA 2,95 1.334
Melhor monitoramento dos projetos e ações realizadas pela AL 3.02 1.303
Reforço da comunicação e coordenação entre os serviços 3.07 1.183
internos do CT
Teletrabalho melhorado na sua LA 3.28 1.223
Facilitação do trabalho em equipe 2,90 1.193
Reatividade

Para ouvir as expectativas dos usuários 2.84 1.376


Fornecer aos cidadãos informações relevantes e confiáveis 2,70 1.403
Forneça informações claras e precisas sobre os benefícios oferecidos pela 2.71 1.250
LA
Forneça aos usuários respostas para quaisquer problemas ou mudanças em sua 2,70 1.330
situação

Transparência
Ter em conta a opinião dos utilizadores para estabelecer a sua oferta de 2,60 1.287
serviços

Promover a cobertura mediática dos trabalhos da autarquia 2.76 1.199


(divulgação online dos trabalhos da sessão, divulgação da ordem de
trabalhos... )
Promover reivindicações 3.02 1.326
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 385

Padrão
Unid Média
desvio
Seguro
Explique aos usuários sua natureza e consequências 2.51 1.202
Informar os usuários sobre as possibilidades de recurso de que dispõem 2.40 1.263
Fornecer as informações necessárias para que possam avaliar a 2,80 1.181
qualidade do serviço prestado
Participação
Coprodução de serviços prestados pela LA 2.28 1.111
Levar em consideração as sugestões dos usuários para melhorar seus serviços 3,00 1.428
Participação cidadã promovida no desenho das políticas da AL (estabelecimento de 2.56 1.131
metas, planejamento e tomada de decisões)

Promover a deliberação e o diálogo com os cidadãos 2.69 1.412


Igualdade

Promover o acesso à informação por parte dos cidadãos 2.76 1.240


Informar os usuários sobre o acompanhamento de seus arquivos 2.62 1.170
Promover o acesso remoto aos serviços de LA para pessoas com necessidades especiais 2,80 1.363
Garantir igualdade de tratamento aos usuários 2,80 1.385
Igualdade de tratamento dos arquivos dos candidatos durante os processos de recrutamento 3.03 1.439
organizados pela AL

Proteção de dados e privacidade dos usuários/cidadãos 2.84 1.354


N válido (lista) 88

Resultados da análise de componentes principais das variáveis dependentes

Rotação da matriz de componentes dos itens do modelo gerencial

Componentes

1 2 3
Redução de filas de espera na AL 0,879
Redução da carga horária na LA 0,694
Redução de erros no processamento de dados 0,676
Tempo alocado para a entrega do serviço 0,665
Eficiência na utilização dos serviços da LA pelos usuários 0,663
Redução dos níveis de pessoal para os serviços 0,645
Reforçar a articulação entre o sistema de informação da AL e os das 0,616
outras administrações públicas parceiras (DGCL, TGR, IGAT, etc.)
Reduz o tempo de processamento de paráfrases 0,527
Processo aprimorado para desenvolver o plano de ação TK 0,830
Melhor monitoramento dos projetos e ações realizadas pela AL 0,804
Reforço da comunicação e coordenação entre os serviços internos 0,782
do CT
Facilitação do trabalho em equipe 0,779
Teletrabalho melhorado na sua LA 0,764
Melhoria da qualidade do trabalho interno 0,520
Seleção de fornecedores de LA 0,855
386 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

Rotação da matriz de componentes dos itens do modelo gerencial

Componentes

1 2 3
Prazos de entrega de pedidos frs 0,837
Tempo de processamento de propostas 0,582
Redução de gastos com AL 0,487
Método de extração: Análise de componentes principais. Método de rotação: Varimax com normalização Kaiser.

Convergência da rotação em 6 iterações. α:


0,930
KMO: 0,732
Variância total explicada: 67%.

Rotação da matriz dos componentes dos itens do modelo democrático e cidadão

Componente

1 2 3 4 5
Proteção de dados e privacidade dos usuários/cidadãos 0,770
Garantir igualdade de tratamento aos usuários 0,769
Igualdade de tratamento dos arquivos dos candidatos durante os processos 0,755
de recrutamento organizados pela AL

Informar os usuários sobre o acompanhamento de seus arquivos 0,745


Promover o acesso remoto aos serviços de LA para pessoas com 0,588
necessidades especiais

Promover o acesso à informação para todos os cidadãos 0,570


Coprodução de serviços prestados pela LA 0,806
Participação cidadã promovida no desenho das políticas da AL 0,801
(estabelecimento de metas, planejamento e tomada de decisões)

Levar em consideração as sugestões dos usuários para melhorar seus serviços 0,727
Promover a deliberação e o diálogo com os cidadãos 0,654
Ouvir as expectativas dos usuários 0,887
Forneça informações claras e precisas sobre os benefícios 0,623
oferecidos pela LA
Forneça aos usuários respostas para quaisquer problemas ou 0,606
mudanças em sua situação

Fornecer aos cidadãos informações relevantes e confiáveis 0,486


Promover a mediatização dos trabalhos da Câmara (distribuição 0,807
online dos trabalhos da sessão, distribuição da ordem de
trabalhos... )
Ter em conta a opinião dos utilizadores para estabelecer a sua 0,741
oferta de serviços
Promover reivindicações 0,545
Fornecer as informações necessárias para que possam 0,802
avaliar a qualidade do serviço prestado
Explique aos usuários sua natureza e consequências 0,710
Informar os usuários sobre as possibilidades de recurso de que dispõem 0,610
Convergência da rotação em 7 iterações α:
0,941
KMO: 0,745
Variação total explicada: 77,14
Engenharia de Negócios, Gestão e Economia, 2022, 20(2): 358–388 387

Resumo dos modelos de regressão linear

Mudança nas estatísticas


Margem
R-2
Modelo R R-2 de Variação Variação
Assinar
ajustado
Erro ddl1 ddl2 Variação
R-2 F
desligado

Variável explicada: Despesas da AL


1 . 273a . 075 . 065 . 98631 . 075 7.921 1 98 . 006

2 . 391b . 153 . 136 . 94854 . 078 8.961 1 97 . 003


Valores gerenciais ou econômicos

a. Valores Previstos: (constante), Plataformas


b. Valores Previstos: (constante), Plataformas, Intranet
Variável explicada: recursos organizacionais
1 . 486a . 237 . 229 . 88619 . 237 30.360 1 98 . 000

2 . 533b . 284 . 269 . 86250 . 048 6.457 1 97 . 013

a. Valores Previstos: (constante), Plataformas


b. Valores Previstos: (constante), Plataformas, Intranet
Variável explicada: ações e atividades
1 . 365a . 133 . 124 . 96225 . 133 15.039 1 98 . 000

2 . 435b . 189 . 173 . 93527 . 056 6.736 1 97 . 011

a. Valores Previstos: (constante), Portal Oficial


b. Valores Previstos: (constante), Portal Oficial, Intranet
Variável explicada: igualdade
1 . 383a . 147 . 138 . 99134 . 147 16.834 1 98 . 000

2 . 443b . 196 . 180 . 96700 . 050 5.996 1 97 . 016

a. Valores Previstos: (constante), Plataformas


b. Valores Previstos: (constante), Plataformas, Portal Oficial
Valores Democráticos e Cidadãos

Variável explicada: Reatividade


1 . 285a . 081 . 072 1.05105 . 081 8.632 1 98 . 004

2 . 364b . 132 . 114 1.02661 . 051 5.722 1 97 . 019

a. Valores Previstos: (constante), Portal Oficial


b. Valores Previstos: (constante), Portal Oficial, Intranet
Variável explicada: Transparência
1 . 274a . 075 . 065 1.01056 . 075 7.924 1 98 . 006

a. Valores Previstos: (constante), Plataformas

Variável explicada: Seguro


1 . 391a . 153 . 145 . 95130 . 153 17.730 1 98 . 000

2 . 472b . 223 . 207 . 91601 . 070 8.696 1 97 . 004

a. Valores Previstos: (constante), Plataformas


b. Valores Previstos: (constante), Plataformas, Portal Oficial
388 N. Amrani et ai. Rumo à criação de valor nas autarquias locais: o papel da informação e...

Resumo dos modelos de regressão linear (continuação)

Mudança nas estatísticas


Margem
R-2
Modelo R R-2 de Variação Variação
Assinar
ajustado
Erro ddl1 ddl2 Variação
R-2 F
desligado

Variável dependente: Despesas


Valores gerenciais ou econômicos

1 . 485a . 235 . 223 . 89945 . 235 19.052 1 62 . 000

a. Valores previstos: (constante), Normalização da informação


b. Variável dependente: Despesas
Variável dependente: Recursos organizacionais
1 . 461a . 212 . 200 . 90279 . 212 16.708 1 62 . 000

a. Valores previstos: (constante), Normalização da informação


Variável explicada: ações e atividades
1 . 493a . 243 . 230 . 90201 . 243 19.862 1 62 . 000

a. Valores Previstos: (constante), Estratégia de Modernização

Variável dependente: igualdade

1 . 380a . 145 . 131 . 99539 . 145 10.483 1 62 . 002

a. Valores Previstos: (constante), Auditoria de TI


b. Valores previstos: (constante), Igualdade
Variável dependente: Participação
1 . 335a . 112 . 098 1.06799 . 112 7.841 1 62 . 007

2 . 439b . 193 . 166 1,02685 . 080 6.067 1 61 . 017

a. Valores previstos: (constante), Normalização da informação


b. Valores Previstos: Normalização de informações, Avaliação de Risco de TI
Valores Democráticos e Cidadãos

Variável explicada: Reatividade


1 . 361a . 130 . 116 1,02561 . 130 9.264 1 62 . 003

2 . 437b . 191 . 164 . 99733 . 061 4.567 1 61 . 037

3 . 508c . 258 . 221 . 96299 . 067 5.427 1 60 . 023

a. Valores Previstos: (constante), Estratégia de Modernização


b. Valores Previstos: (constante), Estratégia de Modernização, Normalização da informação
c. Valores Previstos: (constante), Estratégia de Modernização Normalização de informações, Avaliação
de Risco de TI
Variável explicada: Transparência
1 . 274a . 075 . 060 1.01346 . 075 5.022 1 62 . 029

2 . 381b . 145 . 117 . 98230 . 070 4.996 1 61 . 029

a. Valores Previstos: (constante), Estratégia de Modernização


b. Valores Previstos: (constante), Estratégia de Modernização, Auditoria de TI

Variável dependente: Garantia


1 . 461a . 212 . 200 . 92015 . 212 16.717 1 62 . 000

2 . 520b . 270 . 246 . 89289 . 058 4.844 1 61 . 032

a. Valores Previstos: (constante), Avaliação de Risco de TI


b. Valores Previstos: (constante), Avaliação de Risco de TI, Auditoria de TI

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