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23/04/2023

Nomenclatura
Nomenclatura Botânica Refere-se às normas de aplicação de NOMES
aos táxons

As normas são estabelecidas por códigos


internacionais

1 2
Universidade Estadual do Piauí
Profa. Maura Rejane

1 2

Nomenclatura de plantas O que é um nome científico?


 É um nome publicado em latim de acordo com o CINB
 O que é nomenclatura?
• Nomeação de plantas utilizando um sistema • Ex. Myrtales, Melastomataceae, Rhynchanthera
formal.
• Código Internacional de Nomenclatura Botânica
(CINB).

 Quais organismos estão cobertos pelo CINB?


•Angiospermas, Gimnospermas, Pteridófitas,
Briófitas, Algas, Fungos, Cianobactérias, Protistas
fotossintéticos, Fósseis e Híbridos 3 4
Fonte: própria Rhynchanthera grandiflora

3 4

O nome do autor é importante e em algumas situação deve Por que não usar nomes comuns?
ser citado
 Erva cidreira

Fonte: própria

Caryocar coriaceum Wittm.


Fonte: própria

Copernicia prunifera
5 6
(Mill.) H.E.Moore Lamiaceae Verbenaceae
O nome do autor pode
ser abreviado.

5 6

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Por que não usar nomes comuns? Por que não usar nomes comuns?
Somente nomes científicos são universais, têm o mesmo
• Um nome comum pode se referir a mais de um taxon.
significado em qualquer lugar do mundo.
Pau Pombo [(Tachigali rubiginosa)
(= Sclerolobium paniculatum var rubiginosum)] e Tapirira
 Nomes comuns não são consistentes: guianensis
• Um taxon pode ter mais de um nome comum;
 Muitas plantas não têm um nome comum.
Pau D’Álho do Campo e Pau Marfim (Agonandra brasiliensis)
• Nomes comuns não dizem nada sobre rank.
• Diferenças nos idiomas.

7 8

Fonte: própria Fonte: própria

7 8

Nomenclatura de plantas Nomenclatura de plantas


 Idade Média - “Herbalistas” - Fase do “para que servem as
•Theophrastus foi o primeiro a tentar organizar plantas”. Até aqui não foram estruturados Sistemas de
e classificar as plantas no século 4 a.c. Classificação.

• Classificou cerca de 500 plantas com base em  Os nomes das plantas era polimonial: descrições, com 6 a 12
características de folhas palavras em latim. Ex. Tulipa minor lutea italica folio latiore
(pequena tulipa amarela da Itália com folhas largas)

• De um autor para outro os nomes podiam se diferenciar, pois os


autores podiam escolher diferentes palavras.

• Com o descobrimento de novas espécies, principalmente no


Novo Mundo, o número de polinômios se tornou impraticável.
9 10

9 10

Nomenclatura de plantas Nomenclatura de plantas


• Jean BAUHIN (1541-1631) e Gaspar BAUHIN (1566-1624)
• J. Ray (1627-1705)
 Agrupamento por semelhanças
História Plantarum Universalis morfológicas, classificação baseada
(3 Volumes) PINAX
4.000 plantas Nomes e em caracteres florais
Sinônimos de  Separou mono e dicotiledôneas.
6.000 plantas
• Definiu 6 regras.

Reconhecerem Gênero e Espécie. Já


utilizavam Binômios (nomes duplos)
para as espécies vegetais – 100 anos
antes de Lineu!
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11 12

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J. Ray (1627-1705) J. Ray (1627-1705)

1. Nomes não devem ser mudados para se evitar 4. Grupos que são aceitos pela maioria dos botânicos
confusão e erros. devem ser mantidos.
2. Características têm que ser exatamente e 5. Deve-se tomar cuidado que plantas relacionadas não
distintivamente definidas, o que significa que aquelas sejam separadas, grupos não naturais não devem ser
baseadas em relações relativas como altura não juntados.
devem ser usadas. Ex. “a planta é alta”.
6. Características que definem o táxon não devem ser
3. Características devem ser facilmente encontradas aumentadas em número desnecessariamente, mas
por qualquer um. apenas o suficiente para fazer uma classificação
13 confiável. 14

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Sistema Binomial de Nomes de Plantas Sistema Binomial de Nomes de Plantas

 Criado por Carl Von Linné  Utilizando uma metodologia


(Carolus Linnaeus) (1707-1778) bem amarrada, fundamentou as
– escreveu Species Plantarum bases da nomenclatura biológica.
(1753). Inventou a classificação em
 Dois nomes para cada Reino, classe, ordem, gênero e
planta: espécie.
Gênero e epíteto específico Carolus Linnaeus
Carolus Linnaeus
1707-1778
1707-1778

Mangifera indica L. = Manga


15 16

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Código Internacional de Nomenclatura Botânica


114 anos depois...
Após décadas de discussão, a partir de 1905 (Viena) o Código
1º Congresso Internacional de Botânica – International de Nomenclatura Botânica (CINB) passou a ser
Paris 1867 discutido nos Congressos Internacionais de Botânica.

Aprovação do LOIS DE NOMENCLATURE Últimos:


BOTANIQUE (Alphonse de Candolle)
 Melbourne (Austrália, 2011).

1º. Código Internacional de  Em Shenzengh, China, em julho de 2017


Nomenclatura Botânica
(Código de Paris)
O Brasil (Rio de Janeiro) será a sede o XX Congresso
Internacional de Botânica, em 2023
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https://www.botanica.org.br/noticias/iabms-cancela-a-realizacao-do-xx-ibc-no-brasil/

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Nomenclatura de plantas Código Internacional de Nomenclatura Botânica

As premissas básicas do CINB estão listadas  Existem duas razões para o nome científico de
no preâmbulo: uma planta mudar:
1. Deve haver meios simples exatos, pelos
quais são dados nomes científicos as 1. O nome pode ser contrário às regras.
plantas, que podem ser usados e aceitos
em todo o mundo.
2. Existe um grupo de princípios que devem A nomenclatura é governada pelo código.
ser seguidos.
3. Haverá regras que governam a 2. Novos estudos que trazem um melhor
nomeação das plantas.
4. Nomes que são contrários as regras não entendimento do grupo.
podem ser mantidos. a. Divisão
21
b. União 22
c. Mudança de rank
d. Mudança de posição

21 22

Código Internacional de Nomenclatura Botânica O que é um rank?

 Divisão Classificação hierárquica em que um rank superior é inclusivo


Rhus (Anacardiaceae) separado em Malosma, Rhus, e para todos os ranks inferiores.
Toxicodendron
 União
O que é um posição?
Diplacus e Mimulus (Phrymaceae) foram reunidos em
Mimulus
Colocação como um membro de um taxon do próximo rank
 Mudança de posição suerior.
Sedum variegata transferido para o gênero Dudleya, a nova Ex., Aster & Rosa mesmo rank (gênero) mas diferentes
espécie Dudleya variegata posições (Asteraceae & Rosaceae)
 Mudança de rank
Larrea divaricata ssp. tridentata mudou para o rank de 23 24
espécie: Larrea tridentata

23 24

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Reino - bionta Nomenclatura


Hierarquia das categorias taxonômicas aceitas pelo CINB Filo (ou Divisão) - phyta das categorias
Subfilo (ou Subdivisão) - phytina taxonômicas
Reino Classe - opsida

Filo (ou Divisão) Subclasse - idae


Subfilo Superordem - anae
Classe Ordem - ales
Subclasse
Subordem - ineae
Superordem
Superfamília - ariae
Ordem
Subordem Família - aceae

Superfamília Subfamília - oideae


Família Tribo - eae
Subfamília Subtribo - inae
Tribo Não possui terminação;
Gênero
Subtribo 25
itálico; inicial maiúscula
26
Gênero Espécie Não possui terminação;
Espécie gênero + epíteto específico;
itálico

25 26

Principais ranks
Exceções – oito famílias possuem nomes alternativos

Order - ales Asterales


Family -aceae Asteraceae Compositae Asteraceae
Subfamily -oideae Asteroideae Cruciferae Brassicaceae
Tribe -eae Heliantheae
Subtribe Gramineae Poaceae
-inae Helianthinae
Genus (various) Helianthus Guttiferae Clusiaceae
Subgenus (various) Helianthus Labiatae Lamiaceae
Section (various) Helianthus
Species Leguminosae Fabaceae
(various) Helianthus annuus
Subspecies (various) Helianthus annuus ssp. annuus Palmae Arecaceae
Variety (various) Helianthus annuus var. annuus Umbelliferae Apiaceae

27 28

27 28

Nomes de famílias Nomenclatura binária: Gênero

Nome genérico: Emprega-se, para designá-lo, um


Os nomes das famílias são formados pelo radical de um de
substantivo ou palavra substantivada, no singular, no caso
seus gêneros (geralmente o mais antigo), acrescidos da
nominativo e escrito com a inicial maiúscula.
terminação –ACEAE.

GÊNERO FAMILIA
Rubia Rubiaceae
Loasa Loasaceae
Malpighia Malpighiaceae
Fonte: própria

Fonte: própria
Urochloa
Rhynchospora
29 30
Glyceria

29 30

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Nomenclatura binária: Gênero Nomenclatura binária: Gênero

Nome dos gêneros pode ter origens variadas: 2. Em homenagem a uma pessoa.
1. aparência ou qualquer caráter presente ou predominante nas Ex.: Michelia, dedicado a P. A. Micheli)
suas espécies

Ex.: Bastardiopsis (opsis, Aylthonia, em homenagem a


parecido), pela semelhança Aylthon B. Joly
com o gênero Bastardia

Phyllanthus (phyllon, folha


e anthos, flor)
31 32

31 32

Nomenclatura binária: Gênero


Nomenclatura binária: Gênero
3. Referido a uma localidade ou a um acidente geográfico. 4. Nomes aborígenas
Ex.: Mucuna, Butia, derivados respectivamente, de
Cratylia, de Crato Mucunã, Butiá

Ex. Tamarix, do rio Tamaris; Inga


Lacunaria, de lagoa 33 34

33 34

Nomenclatura de plantas
Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
Terminação para nomes genéricos:

 Masculina: -us, -er, is Epíteto específico: Pode ser um adjetivo ou um


 Feminina: -a, -ra,-is, -ris substantivo. Sempre escrito com letra minúscula,
 Neutra: -um, -rum, -e, -re mesmo nos casos de homenagem a pessoas, quer se
trate de adjetivo, quer se trate de substantivo.
Abreviações:
 Planta com determinação até o nível de gênero: sp. (plural spp.)
 Subespécie: ssp. ou subsp.
 variedade: var.
 Cultivar: cv.
 conferir: cf. Bromelia cf. laciniosa
 Afim: aff. Bromelia aff. laciniosa
35 36
 espécie nova: sp. nov. Mesosetum sp. nov.
 nova combinação: comb. nov.

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Nomenclatura Binária - Epíteto Específico Nomenclatura Binária - Epíteto Específico


 Outras vezes é referido o nome de pessoa – adjetivo
Adjetivo: concorda gramaticalmente com o nome genérico personativo
e usualmente indica um caráter diferencial da espécie ou,
pelo menos, presente nos indivíduos que a constituem.
Ex.: Rosa alba (Rosa branca), Centrosema sagittatum
(Trepadeira)

Graziela Maciel Barroso Tillandsia grazielae D.Sucre & R.Braga

37 cerca de 30 espécies 38
descritas em alusão ao seu
nome.

37 38

Nomenclatura Binária - Epíteto Específico

Carl Friedrich Philipp von Martius, Phaseolus martii


renomado naturalista do século XIX.
Veio ao Brasil como um dos
integrantes da Missão Austríaca, que
acompanhou a imperatriz Leopoldina https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46995817
39 40
na ocasião de seu casamento com D. Mais de 22 mil espécies de plantas foram coletadas;
Pedro I. Martius permaneceu no país Divisão natural do território brasileiro em cinco biomas como
entre 1817 e 1820. conhecemos até hoje.

39 40

Nomenclatura Binária - Epíteto Específico

Uvariopsis dicaprio
41 Em fevereiro de 2020 o ator lançou uma campanha para que o Governo 42
de Camarões recuasse num projeto de exploração de madeira da
“Floresta Ebo” e obteve êxito!

41 42

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Nomenclatura Binária - Epíteto Específico


Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
Os nomes específicos dados em homenagem a uma Substantivo: ocorre, normalmente, quando se trata de
pessoa, sofrem no seu radical um acréscimo de ii nome em aposto ou caso genitivo. Um substantivo em
(masculino) ou iae (feminino), se termina em consoante. aposto vem sempre no caso nominativo e não concorda
Se a terminação for er, o acréscimo é somente de i ou ae. necessariamente em gênero gramatical com o nome do
Se termina em vogal, acrescenta-se i (masculino) ou ae qual é aposto.
Ex.: Allium cepa (Cebola),
(feminino). Quando termina com a, acrescenta-se apenas
Daucus carota (Cenoura)
e.

 Ou a localidade – adjetivo patrimônico: Centrosema


brasilianum, Dalbergia cearensis.

43 44

43 44

Princípios da Nomenclatura Botânica Princípios da Nomenclatura Botânica


1- A nomenclatura botânica é independente da zoológica e
bacterológica.

Ficus

Morus
45 46

45 46

Princípios da Nomenclatura Botânica


Quantos códigos em operação?

 Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (2022)

 Código Internacional de Nomenclatura Botânica (2017)


Angiospermas, Gimnospermas, Pteridófitas, Briófitas, Algas,
Fungos, Cianobactérias, Protistas fotossintéticos, Fósseis e
Híbridos

 Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas


(2004)
Pieris oleracea
 Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias (1992)
Pieris japonica
47  Código Internacional de Classificação e Nomenclatura de Vírus 48
(2002)

47 48

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Sobre o que versam os códigos? Princípios da Nomenclatura Botânica


 No geral, os códigos tratam de
2- A aplicação de nomes aos grupos taxonômicos é realizada
 Nome de espécie
através de tipos nomenclaturais.
 Critérios de validade Designação de tipos:

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 Prioridade - O tipo deve ser claramente indicado usando a palavra
 Nome de táxons superiores “typus” ou “holotypus”. Depois de Jan. 2001 a desiginação
 Tipificação pode ser feita incluindo a frase “aqui designado”.
 Os códigos tem muitos aspectos em comum - O trabalho deve ser efetivamente publicado.
- A designação se aplica somente ao taxon que está sendo
 Existem particularidades próprias para cada tipo de
publicado.
organismo
49 50

49 50

Tipo nomenclatural Princípios da Nomenclatura Botânica


Tipo: Ilustração ou Exsicata ao qual um nome está
Em biologia, o tipo ou typus é permanentemente ligado
aquilo que define o nome de um
taxon. Dependendo do código de Holótipo: espécime único, designado pelo autor na
nomenclatura aplicado ao publicação original
organismo em questão, o tipo
pode ser uma espécie, cultura, Isótipos: Duplicata do Holótipo
ilustração, descrição ou taxon
Parátipos: qualquer exemplar citado ao lado do holótipo na
descrição original, mas não da mesma série

Síntipos: Qualquer exemplar citado originalmente pelo autor,


51 na hipótese de não ser designado o holótipo 52
Archivea kewensis

51 52

Princípios da Nomenclatura Botânica


Princípios da Nomenclatura Botânica
3- A nomenclatura de um grupo taxonômico é baseada na
Lectótipo: Selecionado entre os Síntipos por um botânico prioridade de publicação.
atual como referência do nome. Vale o nome que tiver sido publicado primeiro.
Neótipo: Selecionado para substituir o Holótipo na falta de
Holótipo, Isótipos, Síntipos e Parátipos. Resultado de uma 4- Cada taxon de uma circunscrição em particular, posição, e
nova coleta botânica de um material pertencente ao mesmo rank possui apenas um nome correto, o primeiro de acordo
táxon com as regras.

Epitipo: Criado para permitir aplicação do nome quando o


holótipo é ambiguo ou não- informativo.
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53 54

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Princípios da Nomenclatura Botânica Princípios da Nomenclatura Botânica

5. Nomes de grupos taxonômicos são considerados em latim, 6- As regras e recomendações do CINB têm efeito retroativo.
independente de sua etimologia. • Assim como a prioridade é retroativa a primeiro de Maio
• O nome do gênero é um substantivo latinizado, maiúsculo, de 1753, várias outras regras são retroativas a outras datas.
e pode ser de qualquer origem As novas regras muitas vezes têm uma data inicial moderna
• O epíteto específico pode ser derivado de qualquer fonte,
frequentemente uma adjetivo, sempre Latinizado Exemplo:
“Article 35.1. Um novo nome ou uma combinação publicada
Exemplos: em ou depois de primeiro de Janeiro de 1953 sem uma
Pouteria, nome popular da espécie nas Guianas “Pouteri” indicação clara da hierarquia do rank do taxon não será
Casearia, homenagem a Casearius validamente publicado”.
Eriotheca, do grego erion = lã + theke = estojo.
55 56

55 56

Regras para o uso da nomenclatura


Princípios da Nomenclatura Botânica

• Publicação de novos taxa (passado)


Antes de 1 jan 1908: era aceitável apenas ilustração
analítica
Antes de 1 jan 1935: era aceitável diagnose em outras
línguas
Antes de 1 jan 1958 algas não-fósseis não precisavam ser
ilustradas

Fonte: própria
Rhynchanthera grandiflora

 Os nomes científicos são sempre em latim ou em vernáculo


57 58
latinizado. POR ISSO DEVEM SER SEMPRE GRAFADOS EM
ITÁLICO OU SUBLINHADOS.

57 58

Regras para o uso da nomenclatura


Categorias infra-específicas
 Uma vez citado por extenso no texto, o nome do gênero
pode ser abreviado, apenas colocando a primeira letra. O
epíteto específico NUNCA é abreviado!!!!

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Colocasia esculenta var. aquatilis
Fonte: própria R. grandiflora

59 60

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O nome do autor é importante e em algumas


Categorias infra-específicas situação deve ser citado

Copernicia prunifera
(Mill.) H.E.Moore
Brassica oleracea var. acephala (couve)

O nome do autor pode ser


abreviado.

Fonte: própria

61 62
Brassica oleracea var. capitata (repolho)

61 62

Nomes com mudança de gênero


Como ocorre mudança de gênero?

Philodendron striatipes Kunth & CD Bouché (1848)


Acontias striatipes (Kunth & CD Bouché ) Schott
(1850)
Caladium heterotypicum S.Moore (1895)
Caladium angustifolium Engl. (1920)

Em 1981, Madison definiu que esta espécie deveria


pertencer ao gênero Xanthosoma. Qual seria o
nome então?
Baccharis trimera (Less.) DC.

 Originalmente descrita como Molina trimera


Less. (por Christian Lessing) depois Xanthosoma striatipes (Kunth & CD Bouché) Madison
transferida para o gênero Baccharis por 63 64
Augustin De Candolle (ou DC.)

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Outras regras IMPORTANTE

 O segundo autor publicou um nome que tinha sido proposto


 Cada espécie deve ter somente um nome científico correto.
(mas nunca publicado) pelo primeiro autor

Capparis lasiantha R.Br. ex DC


E se ocorrer?

 o autor publicou validamente o nome de uma espécie em um


 Homonímia
trabalho ou publicação de outro autor
Quando se atribui o mesmo nome a duas espécies diferentes
Viburnum ternatum Rehder in Sargent
 Sinonímia
Quando se atribui dois ou mais nomes a uma mesma espécie
 De acordo com ICBN os autores antes de ex ou depois de in não
precisam ser citados
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Regra da prioridade: Novas espécies

Vale o nome que tiver sido publicado


 Esse material foi coletado em
primeiro! Tabatinga (AM), e não se parecia com
nenhuma espécie conhecida.

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Novas espécies Como publicar uma nova espécie?

Em 2002, esta espécie foi descrita  Diagnose e/ou descrição em latim
como Philodendron nullinervium
E.G.Gonç. Designação dos tipos (espécimens em museu)

Em qualquer publicação seriada, em papel, com múltiplas cópias

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Como publicar uma nova espécie?

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 Nova espécie de árvore da Caatinga foi publicada


recentemente na revista Phytotaxa, com o título "Pseudobombax  Nomes das plantas de origem hortícola - As plantas cultivadas a
furadense (Bombacoideae, Malvaceae), a new species from the partir das plantas silvestres e que não difiram fundamentalmente
Caatingas Domain, Brazil" das plantas originais têm os mesmos nomes aplicados às mesmas
espécies e subdivisões das espécies espontâneas - As plantas
obtidas em culturas por hibridação, mutação, ou por outros
processos, tendentes a estabelecer diferenças notórias em
relação aos progenitores, recebem epítetos, de preferência, em
linguagem vulgar (epítetos diversos), muito diferentes dos
epítetos latinos das espécies ou das variedades - Aparecerão, em
um apêndice à parte das regras, regulamentações
pormenorizadas acerca da nomenclatura das plantas cultivadas

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Fonte: https://ciencia.ufla.br/

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Nomes de híbridos
Novas propostas
Os híbridos entre duas espécies do gêneros deve ser designados
pela listagem alfabética dos nomes das espécies:  Tentativas de se ter um código para todos os organismos

Verbascum lychnitis x V. nigrum


 BioCode
Os híbridos pode ser descritos: primeira proposta (Draft BioCode) publicada em 1996;
versão eletrônica em 1997
Verbascum x schiedeanum (Verbascum lychnitis x V. nigrum)
 Phylocode
Os híbridos entre espécies de gêneros diferentes:
nomenclatura baseada no método filogenético,
elaborada em workshop na Universidade de Harvard
X Dialaeliocattleya (um híbrido intergenérico entre Diacrium, (1998) e detalhada na Systematic Biology (1999)
Laelia e Cattleya)
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