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SEGURANÇA DO TRABALHO
Prof. Felipe Menezes
Potencial
Probabilidade de
Gravidade
Frequência Risco
Riscos Ocupacionais
Exemplo:
Se em uma estrada ocorrem 100 acidentes por ano, dos quais, em média, 1 morte a cada 10
acidentes, tem-se:
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 100
Frequência 𝐹= =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑎𝑛𝑜
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠 1
Consequência 𝐶= =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 10
Riscos Ocupacionais
Exemplo: Como estamos
avaliado
O Risco Coletivo: apenas 1 risco:
100 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 1 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 10 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
Risco Coletivo 𝑅𝐶 = 𝐹𝑖 × 𝐶𝑖 = 𝐹 × 𝐶 = × =
𝑎𝑛𝑜 10 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑎𝑛𝑜
Risco Individual:
- Se transitarem 100.000 pessoas por essa estrada em 1 ano, qual o risco de ocorrer ao menos 1
acidentes?
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 10
Risco Individual 𝑅𝐼 = = = 0,0001
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 100.000
Riscos Ocupacionais
Exemplo de Riscos Individuais, voluntários e Involuntários, de morte:
Riscos Ocupacionais
Exemplo de Riscos Individuais, voluntários e Involuntários, de morte:
Riscos Ocupacionais
Riscos ocupacionais – Agentes:
Físicos Químico Biológico Ergonômicos Mecânicos Maquinas
• Consideram-se • Consideram-se • Consideram-se • incluem aspectos • São aqueles • Perigos Mecânicos
agentes físicos as agentes químicos as agentes biológicos as relacionados ao provocados por • Perigos Elétricos
diversas formas de substâncias, bactérias, fungos, levantamento, agentes que • Perigos Térmicos
energia a que compostos ou bacilos, parasitas, transporte e demandam contato
• Perigos por Ruído
possam estar produtos que protozoários, vírus, descarga de físico direto com a
expostos os possam penetrar no entre outros. materiais, ao vítima para • Perigos por Vibração
trabalhadores, tais organismo pela via mobiliário, aos manifestar sua • Perigos por Radiação
como ruído, respiratória nas equipamentos e às nocividade. • Perigos por
vibrações, pressões formas de poeiras, condições Exemplos são Materiais e
anormais, fumos, névoas, ambientais do posto eletricidade, Substâncias
temperaturas neblinas, gases ou de trabalho e à incêndio e explosão, • Perigos Ergonômicos
extremas, radiações vapores, ou que, própria organização corte e perfurações.
ionizantes, radiações pela natureza da do trabalho.
não ionizantes, bem atividade de
como o infra-som e exposição, possam
o ultra-som. ter contato ou ser
absorvidos pelo
organismo através
da pele ou por
ingestão.
Riscos Ocupacionais
Riscos ocupacionais – Agentes:
O ciclo circadiano, também
*Risco Social – são os ocasionados pela forma de organização do conhecido como ritmo
trabalho adotado na empresa, que pode provocar comportamentos circadiano, é o período de 24
sociais, dentro e fora do ambiente de trabalho, incompatíveis com a horas em que o relógio
preservação da saúde; como exemplo, o emprego de turno de biológico interno mantém as
trabalho alternados entre equipes (na primeira semana trabalha-se atividades e os processos
de 22h as 6h; na segunda, de 6h as 14h; na terceira de 14h as 22h) biológicos do corpo como
afetará seu ciclo circadiano, mas também trará alterações metabolismo, sono e vigília, e é
psicossociais, já que suas relações sociais (família, amigos, etc.) serão influenciado pela exposição à
afetadas; outro exemplo é excesso de trabalho, ou o contrário. diferentes tipos de
luminosidade ao longo do dia.
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
Definição:
• Som: “O som se caracteriza por flutuações de pressão em um meio compressível. (...) O som é um tipo
de energia que é transmitida pela colisão das partículas do meio, umas contra as outras,
sucessivamente. (...) pode ser representado por uma série de compressores e rarefações do meio em
que se propaga, a partir da fonte sonora.” (GERGES, 2000)
• Ruído: “Na sociedade moderna muitos sons são desagradáveis e indesejosos, e esses são definidos
como ruídos.”
Exmeplo, 105 = 100.000 ∴ 𝐿𝑜𝑔10 100.000 = 5, que também pode ser escrito 𝐿𝑜𝑔 100.000 = 5
Propriedades do Logaritmo:
a) 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑏 × 𝑐 = 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑏 + 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑐; exemplo, 𝐿𝑜𝑔2 32 = 𝐿𝑜𝑔2 8 × 4 = 𝐿𝑜𝑔2 8 + 𝐿𝑜𝑔2 4 = 3 + 2 = 5
𝑏 81
b) 𝐿𝑜𝑔𝑎 = 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑏 − 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑐; exemplo, 𝐿𝑜𝑔3 = 𝐿𝑜𝑔3 81 − 𝐿𝑜𝑔3 27 = 4 − 3 = 1
𝑐 27
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
Decibel e a grandeza física das medidas do som
Propriedades do Logaritmo:
c) 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑏𝑐 = 𝑐 × 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑏; exemplo, 𝐿𝑜𝑔104 = 4 ∙ 𝐿𝑜𝑔10 = 4.1 = 4
𝑁𝑃𝑆 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 + 94
Exemplo: ”Um medidor de NPS mediu 100dB. Quanto de Pressão Sonora foi verificado?”
6
𝑁𝑃𝑆 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 + 94 ∴ 100 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 + 94 ∴ 100 − 94 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 ∴ 6 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 ∴ = 𝐿𝑜𝑔𝑃
20
𝑁𝑃𝑆 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 + 94
Exemplo: ”Um medidor de NPS mediu 100dB. Quanto de Pressão Sonora foi verificado?”
6
𝑁𝑃𝑆 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 + 94 ∴ 100 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 + 94 ∴ 100 − 94 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 ∴ 6 = 20𝐿𝑜𝑔𝑃 ∴ = 𝐿𝑜𝑔𝑃
20
• Para 0𝐵 convencionou-se adotar quando 𝑃 = 𝑃0 , ou seja, quando a Pressão Sonora foi o Liminar auditivo (2 ∙ 10−5 𝑃𝑎);
• Para 1𝐵, corresponde-se com 𝑃 = 10𝑃0 , ou seja, 𝑃 = 10 ∙ 2 ∙ 10−5 = 2 ∙ 10−4 𝑃𝑎.
• Na mesma década, criou-se a unidade decibel (símbolo “𝑑𝐵”) que corresponde a 1 décimo de Bel, ou seja, 1𝑑𝐵 =
0,1𝐵. Portanto:
𝑃 𝑃 𝑃
1𝑑𝐵 = 0,1𝐵 = 𝐿𝑜𝑔 ∴ = 100,1 ≅ 1,26 ∴ = 1,26 ∴ 𝑃 = 1,26𝑃0
𝑃0 𝑃0 𝑃0
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
Decibel (dB) e a grandeza física das medidas do som
• Nível de Pressão Sonora (cont.)
• Considerando o Limiar de Dor como limite referencial
superior da escala sonora audível, teremos, o NPS em 𝑑𝐵:
𝑃 200
𝑁𝑃𝑆 = 20 ∙ 𝐿𝑜𝑔 = 20 ∙ 𝐿𝑜𝑔 =
𝑃0 2 ∙ 10−5
= 20 ∙ 𝐿𝑜𝑔107 = 20 ∙ 7 ∙ 𝐿𝑜𝑔10 = 20 ∙ 7 ∙ 1
= 140𝑑𝐵
• Considerando que a área em relação a fonte sonora é considerada esférica, considerando ainda que 𝑑 é a distância
entre o centro da fonte sonora e o ponto de aferição da grandeza física:
𝑆 = 4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 2 ∴ 𝑁𝑊𝑆 = 𝑁𝐼𝑆 + 10𝐿𝑜𝑔4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 2 = 𝑁𝐼𝑆 + 10𝐿𝑜𝑔4 ∙ 𝜋 + 10𝐿𝑜𝑔𝑑 2 ≅ 𝑁𝐼𝑆 + 20𝐿𝑜𝑔𝑑 + 11
𝑁𝑊𝑆 ≅ 𝑁𝐼𝑆 + 20𝐿𝑜𝑔𝑑 + 11
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
Decibel (dB) e a grandeza física das medidas do som
• Relação entre NPS, NWS e NIS
2. NIS e NPS:
• A relação entre a Intensidade sonora e a Pressão sonora é:
𝐼 𝑃2 𝐼 𝑃2 𝑃
= 2 ∴ 10𝐿𝑜𝑔 = 10𝐿𝑜𝑔 2 ∴ 𝑁𝐼𝑆 = 20𝐿𝑜𝑔 ∴ 𝑁𝐼𝑆 = 𝑁𝑃𝑆
𝐼0 𝑃0 𝐼0 𝑃0 𝑃0
𝑁𝐼𝑆 = 𝑁𝑃𝑆
3. NPS e NWS:
• A relação entre a Potência sonora e a Pressão sonora é:
𝑁𝑊𝑆 ≅ 𝑁𝑃𝑆 + 20𝐿𝑜𝑔𝑑 + 11
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
Decibel (dB) e a grandeza física das medidas do som
• Relação entre NPS, NWS e NIS
4. Se a área da fonte sonora for considerada semiesférica
(𝑆 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑2 ):
𝑁𝑊𝑆 ≅ 𝑁𝑃𝑆 + 20𝐿𝑜𝑔𝑑 + 8
1. Orelha Externa:
Formada pela Aurícula (ou Pina) e
Conduto Externo;
A Aurícula funciona como uma
“antena” de captação de som, que
direciona o som para o Conduto
Externo;
O Conduto Externo tem a função
de direcionar o som para o
Tímpano.
Conduto Auditivo Membrana do Nervo
Labirinto Cóclea
Externo Tímpano Auditivo
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
O Som e o Corpo Humano
• Sistema Auditivo
2. Orelha Média:
Formada pelo Tímpano e por três ossículos: Martelo,
Bigorna e Estribo; estão na cavidade timpânica, que se
conecta com a faringe, para garantir que a pressão no
interior do tímpano seja igual a exterior da cabeça.
O tímpano funciona como uma superfície vibratória, que
vibra em acordo ao com captado pela orelha externa;
porém, para apenas 0,8% de todo o som transmitido pela
fonte sonora é captado pelo pela orelha e por isso, se faz
necessária sua amplificação; essa amplificação ocorre
através do acionamento dos ossículos Martelo, Estribo e
Bigorna;
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
O Som e o Corpo Humano
• Sistema Auditivo
2. Orelha Média (Cont.):
Os ossículos vibram, batendo uns nos outros,
amplificando o som que vem do tímpano. Só como
referência, para sons de 1kHz, a 27dB – para outras
frequências, essa amplificação é menor.
Os músculos tensores do tímpano, por sua vez, têm a
função de proteger sistema auditivo contra sons intensos:
quanto a intensidade do som é superior a 220dB
(frequências de até 2kHz), os músculos se contraem,
reduzindo em até 15dB a intensidade do som recebido na
orelha média; obviamente, há um intervalo de tempo
mínimo entre a chegada do som e a contração dos
músculos (10ms), por isso, essa contração é ineficaz
contra sons de impacto, como explosões ou tiros.
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
O Som e o Corpo Humano
• Sistema Auditivo
3. Orelha Interna:
É constituía por um labirinto ósseo e um labirinto de
membranas no interior do labirinto ósseo. O labirinto de
membrana é constituído de 6 dutos: três semicirculares, o
utrículo e o sáculo (responsáveis pelo equilíbrio) e a
cóclea (responsável pela detecção e codificação do som).
O nervo vestibular transmiti ao cérebro sinais de
equilíbrio; o nervo auditivo, sinais de som.
O movimento vibratório do tímpano é transmitido para
cóclea pela vibração dos ossículos: o Estribo vibra a janela
oval, que pressiona a perilinfa, propagando a vibração
para as escalas vestibular (canal inferior) e timpânica
(canal superior), chegando até o helicotrema, no ápice da
cóclea.
Riscos Ocupacionais 1- Duto Coclear
2- Escala Vestibular
1. RUÍDO 3 – Escala
Timpânica
O Som e o Corpo Humano 4 – Gânglio Espiral
• Sistema Auditivo 5 – Nervo Coclear
3. Orelha Interna (Cont.):
Existe um canal entre as escalas vestibular e timpânica,
chamado escala média ou duto coclear, que contém o
órgão de Corti sobre a membrana basilar, sendo esse
órgão responsável por codificar o som em pulsos elétricos
interpretáveis pelo cérebro.
O movimento vibratório da cóclea excita a membrana
basilar, e por consequência, o órgão de Corti, que possui
células ciliares; essas células transformam vibração em
sinais elétricos.
Helicotrema
Lâmina Espiral Óssea
Escala Vestibular
Riscos Ocupacionais Membrana Basilar
1. RUÍDO
Duto Coclear
O Som e o Corpo Humano Janela Oval
• Sistema Auditivo Escala Timpânica
Janela Redonda
3. Orelha Interna (Cont.):
A membrana basilar tem o mesmo formato
espiralado da cóclea; tem por característica Distribuição de
ser mais estreita e flexível na região basal e Alta frequência Baixa frequência
mais rígida e larga na região apical; essa frequência
característica permite a divisão da
Memb.
frequência dos sons captados pela
Basilar
membrana em regiões específicas
O som viaja ao longo da membrana, sendo
cada frequência captada e decodificada
pelo órgão de Corti em regiões específicas;
a disso é encaminhada para o cérebro.
As altas frequências são capitadas na
extreminada basal; as baixas, na apical
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
O Som e o Corpo Humano
• Perda de Audição
o Lesão Condutiva
o Perda Neurossensorial
1. Lesão Condutiva
É uma lesão fora da cóclea, podendo ocorrer no ouvido médio ou externo;
As pessoas com esse tipo de lesão falam baixo, pois ouvem bem a própria voz (condução óssea), mas não os demais
sons (escutam baixo); geralmente, o uso de prótese auditiva oferece bons resultados
O que provoca?
Obstrução – excesso de cera, infecção, corpo estranho;
Lesão no Tímpano
Osteoclerose (o Estribo adere a Janela Oval); Aerotite Média (bloqueio da Tuba Auditiva)
Riscos Ocupacionais
1. RUÍDO
O Som e o Corpo Humano
• Perda de Audição
2. Perda Neurossensorial
Causada por lesão na cóclea ou no nervo auditivo
As pessoas com esse tipo de lesão falam alto, na tentativa de escurarem bem sua própria voz; nesse caso, o uso de
prótese não é eficaz;
O que provoca?
Doenças – meningite, infecções, esclerose múltipla, caxumba, doenças neurais, etc.;
Lesão craniana;
Envelhecimento (presbiacusia)
Uso de drogas que afetam o sistema nervoso central
Trauma acústico – explosões, tiros – ou exposição prolongada a ruído - PAIR
Riscos Ocupacionais Preservadas
1. RUÍDO
O Som e o Corpo Humano
• Perda de Audição