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CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

SEGURANÇA DO TRABALHO
Prof. Felipe Menezes

Aulas 65, 66 e 67: Risco Ocupacionais


Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32):
 32.2.1 - Para fins de aplicação desta NR, considera-se Risco
Biológico a probabilidade da exposição ocupacional a
agentes biológicos.
 32.2.1.1 - Consideram-se Agentes Biológicos os
microrganismos, geneticamente modificados ou não; as
culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons.
Microrganismos: é o nome dado a todos os organismos compostos por uma única célula e que não
podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com o auxílio de um microscópio. Sob o nome de
"microrganismo" estão reunidos organismos pertencentes aos mais diversos grupos, como, por exemplo,
vírus, bactérias, fungos unicelulares e protistas.
• Bactérias: surgiram na Terra há mais de 4 bilhões de anos. São organismos procariontes, ou seja, que não possuem
um núcleo organizado, e que pertencem ao reino Monera. São unicelulares, medindo, em média, entre 0,3 e 2
micrômetros. Sua nutrição pode ser tanto autótrofa (produção de seu próprio alimento) quanto heterótrofa.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Bactérias (cont.):
Quanto à reprodução, pode ser sexuada (com outra bactéria) ou
assexuada (divisão celular). As bactérias habitam os mais
diversos ambientes, podendo ser encontradas em locais tão
diferentes quanto o trato intestinal de animais, as profundezas
marinhas e as raízes das plantas.
O corpo da bactéria é revestido, externamente, pela parede celular, uma estrutura rígida, composta por peptídeos e
açúcares, que se situa logo acima de membrana plasmática e que envolve e protege a célula. Algumas bactérias possuem
flagelos na superfície da parede celular, cuja função é auxiliar na sua movimentação. No citoplasma da célula bacteriana
encontram-se os ribossomos e o seu material genético. Este é composto por uma molécula de DNA circular e, em
algumas espécies, também por pequenos filamentos de DNA chamados de plasmídios.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Virus:
Vírus são seres microscópicos constituídos de DNA ou RNA e protegidos por uma capa formada de proteínas. São
considerados parasitas intracelulares e, por isso, suas funções só podem ser desempenhadas quando entram em uma
célula viva para utilizar todos os seus recursos. Os vírus são classificados de acordo com o tipo de ácido nucleico, de
acordo com a forma do capsídeo e também pelos organismos que eles são capazes de infectar. Exemplos: Adenovírus são
formados por DNA, por exemplo o vírus da pneumonia; Retrovírus são formados por RNA, por exemplo o vírus HIV;
Arbovírus são transmitidos por insetos, por exemplo o vírus da dengue; Bacteriófagos são vírus que infectam bactérias;
Micófagos são vírus que infectam fungos.
Têm por característica: serem acelulares (ou seja, não possuem células); dimensões que variam de 17 nm até 300 nm; são
seres diversificados e, portanto, não possuem um padrão; são capazes de sofrer mutações; fora de um organismo
hospedeiro cristalizam-se como os minerais; não possuem metabolismo próprio e, por isso, a reprodução ocorre em uma
célula viva.
Fungo Pluricelular Fungo Unicelular

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Virus (cont.): Orelhas-de-Pau Levedura
Os vírus são formados por ácidos nucleicos, RNA (ácido ribonucleico) ou DNA (ácido desoxirribonucleico), envolvidos por
uma capa proteica chamada de capsídeo. Além desses componentes, alguns vírus ainda podem ser revestidos por uma
película de gordura e proteína.

• Fungos:
São seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares. Fazem parte do Reino Fungi, dividido em cinco
Filos: quitridiomicetos, ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetos e os deuteromicetos. Especialistas afirmam que cerca
de 1,5 milhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra, como os cogumelos, as leveduras, os bolores, os mofos,
sendo utilizados para diversos fins: culinária, medicina, produtos domésticos. Por outro lado, muitos fungos são
considerados parasitas e transmitem doenças aos animais e as plantas.
Fungo Pluricelular Fungo Unicelular

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Fungos (cont.): Orelhas-de-Pau Levedura
Os fungos podem ser constituídos por uma única célula. As leveduras são exemplos de fungos unicelulares. Há outras
espécies que são multicelulares, com células que se unem em fileiras se assemelhando a galhos de árvores. Cada
estrutura ramificada individual é chamada de hifa. Várias hifas se unem para formar o micélio, que constitui o corpo do
fungo.
Todos os fungos são eucariotas, assim como plantas e animais, ou seja, eles possuem células bem organizadas. O DNA é
encapsulado em uma estrutura central chamada núcleo. E eles também possuem organelas que executam várias funções
dedicadas, como produzir energia e transportar proteínas.
Os fungos possuem diversos tipos de habitat visto que são encontrados no solo, na água, nos vegetais, nos animais, no
homem e nos detritos em geral.
Fungo Pluricelular Fungo Unicelular

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Fungos (cont.): Orelhas-de-Pau Levedura
Os fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada, sendo o vento considerado um importante condutor
que espalha os propágulos e fragmentos de hifa, favorecendo, assim, a reprodução e a proliferação dos fungos.
Os fungos são heterótrofos, ou seja, não possuem clorofila, nem celulose e, com isso, não sintetizam seu próprio
alimento. Eles liberam uma enzima chamada de exoenzima, que os auxiliam na digestão dos alimentos. De acordo com o
tipo de alimentação, os fungos são classificados em: Fungos Saprófagos - obtêm alimentos decompondo organismos
mortos; Fungos Parasitas - alimentam-se de substâncias de organismos vivos; Fungos Predadores - alimentam-se de
pequenos animais que capturam.
Giardia lamblia - protozoário com flagelos para locomoção

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Protista:
Caracterizado por organismos eucariontes, autótrofos ou heterótrofos e unicelulares ou pluricelulares. Os protistas
compreendem os protozoários, as algas e os mixomicetos, organismos semelhantes aos fungos, mas classificados como
protistas.
Os protozoários são seres unicelulares e eucariontes, com estrutura que garante seu funcionamento, realizando as mesmas
tarefas básicas de um animal, como respiração, digestão, circulação, excreção, em alguns até uma primitiva coordenação.
Apresentam grande variedade de formas e ocupam ambientes úmidos (os que têm vida livre) ou o interior de outros
organismos. Alguns são parasitas, causadores de doenças. São divididos em quatro grupos, de acordo com as estruturas
locomotoras que apresentam: Sarcodinos - são as amebas que se locomovem por meio de pseudópodes, como por exemplo
Entamoeba coli (morador habitual do intestino grosso humano, onde obtém abrigo e alimento sem acarretar prejuízo ou
benefício para seu hospedeiro) e a Entamoeba histolytica ( parasita do intestino grosso do ser humano); Mastigóforos – (...)
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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Protista (cont.):
(...) locomovem-se por meio de flagelos, sendo alguns parasitas, ou seja, obtêm alimento a partir da
associação com outros seres vivos, como a Giardia (que parasita o intestino delgado do ser humano) e o
Trypanosoma cruzi (que se instala em tecidos humanos e de outros animais, como na musculatura do
coração ou na parede do tubo digestivo); Esporozoários - não possuem estrutura locomotora, como o
Plasmodium, o agente transmissor da malária; Ciliados - locomovem-se por meio de cílios, tais como
Vorticella, Balantidium coli, e o Paramécio.
Já as algas são organismos autótrofos, pois têm clorofila, além de outros pigmentos, logo, realizam
fotossíntese. As mais abundantes são unicelulares, embora existam algas marinhas com mais de 30
metros de comprimento. São divididas em cinco grupos, de acordo com os pigmentos intracelulares:
Algas verdes ou Clorofíceas - algas verdes se caracterizam pela presença de clorofilas A e B e
carotenoides, reservas de amido, parede celular de celulose, podendo ser uni ou pluricelulares, havendo
espécies comestíveis; Algas vermelhas ou Rodofíceas - apresentam clorofila A e ficobilina, uni ou
pluricelulares, filamentosas e fixadas a substratos, existindo espécies comestíveis; Algas Pardas ou (...)
Diatomáceas – algas Crisofíceas

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Protista (cont.):
Algas Vermelhas
(...) Feofíceas - se caracterizam pela presença de clorofilas A e C,
carotenoides e fucoxantina, parede celular com um polissacarídio, a algina,
sendo pluricelulares e existem espécies comestíveis; Algas Douradas ou
Crisofíceas - possuem formas unicelulares isoladas ou coloniais, sendo
importantes componentes do plâncton; Pirrofíceas - são algas unicelulares
isoladas ou coloniais, fazem parte do fitoplâncton e incluem também os
dinoflagelados, responsáveis pelo fenômeno da maré vermelha. Elas são
fundamentais na biosfera, pois constituem a base da cadeia alimentar
aquática e realizam a maior parte da fotossíntese do planeta. Muitas são
também utilizadas como alimento pelo ser humano, pois apresentam alto
teor de proteínas, vitaminas e sais minerais.
Mixomicetos

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 Microrganismos (cont.):
• Protista (cont.):
(...) Os mixomicetos são organismos que têm aspecto de fungo, e crescem nos solos ricos em nutrientes orgânicos, sendo
comuns em bosques e florestas. Eles não são parasitas, não produzem toxinas, nem são prejudiciais às plantas ou
animais, mas quando surgem na água é um forte indício de algum desequilíbrio no ambiente, como excesso de matéria
orgânica. Os organismos são comuns em madeira em processo de decomposição. Na natureza, se apresenta como uma
massa de protoplasma multinucleada, consistência gelatinosa e repleta de esporos. Apresenta espécies que se alimentam
de vegetais em decomposição e de outros organismos, ou seja, também são seres microbívoros, se alimentando de
bactérias e de microrganismos diversos - é bastante parecido com um fungo. As estruturas são capazes de se deslocar de
maneira bem lenta sobre a camada de substrato. Além disso, os mixomicetos conseguem englobar partículas sólidas.
Placas de Petri contendo culturas celulares

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.)
 Cultura Celular: compreende um conjunto de técnicas que envolve a
distribuição e isolamento de células em um ambiente artificial (in vitro)
com o objetivo de estudar a sua fisiologia e bioquímica. O termo cultura
significa manter vivo e crescer em um meio apropriado que simula as
condições naturais. Dessa forma, um grupo particular de células pode ser Tênia vista no interior de um intestino
cultivado em grandes quantidades para estudar suas atividades,
diferenciações e proliferações.
 Parasitas: Parasitas são seres que vivem “em função” de outros. Eles
podem ser internos ou externos. Além disso, há parasitas que não
interferem no ciclo de vida de seu hospedeiro, enquanto outros causam
doenças e são extremamente prejudiciais para esses organismos.
Algumas das principais características dos parasitas incluem:
adaptabilidade ao seu ambiente; corpo adaptado às suas necessidades;
presença de estruturas para fixação ou penetração no hospedeiro;
reprodução, muitas vezes, feita de forma assexuada. Podem ser (...)
Sinalização de substância que provoca
intoxicação e envenenamento

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.)
 Parasitas (cont.):
(...) classificados em endoparasita - aquele vive dentro do organismo do hospedeiro
(vermes, como a tênia, e protozoários, como o causador da esquistossomose) - e
ectoparasita - que vive fora do organismo do hospedeiro (como pulgas, piolhos,
carrapatos e alguns tipos de planta). Parasitas também podem pertencer a diversos
grupos, como vírus, bactérias, vermes e até mesmo plantas.

 Toxinas: "Toxina" um produto químico venenoso produzido por qualquer organismo (embora algumas toxinas também possam
ser produzidas sinteticamente atualmente). São conhecidas centenas de toxinas, contudo, é difícil produzir grandes
quantidades da maioria das toxinas e difícil distribuir toxinas de forma suficientemente ampla para afetar muitas pessoas.
Assim, a maioria das toxinas são mais adequadas para assassínio do que para criar baixas em massa. Somente quatro toxinas
são consideradas como agentes de grande ameaça pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA: Toxina
botulínica, Toxina epsilon de Clostridium perfringens, Toxina de ricina e Enterotoxina estafilocócica B. Destes, somente a toxina
botulínica é classificada entre os agentes de maior prioridade. A toxina epsilon de C. perfringens é principalmente de interesse
histórico como um agente teria desenvolvido no Iraque nos anos de 1980.
Clostridium botulinum

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.)
 Toxinas (cont.):
• Toxina botulínica - botulínica (ou neurotoxina botulínica) refere-se a qualquer um
dos sete tipos de neurotoxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Ela
bloqueia um dos tipos de produtos químicos que as células nervosas usam para
enviar sinais a outras células nervosas e aos músculos (neurotransmissores). Como o
produto químico de sinalização particular, acetilcolina, não funciona corretamente,
as pessoas ficam fracas ou paralisadas. Tipicamente, a paralisia começa na parte
superior do corpo aproximadamente 12 a 36 horas (intervalo de 2 horas a 8 dias)
após a exposição à neurotoxina botulínica e estende-se para baixo. A toxina não Mamona
entra no cérebro, pelo que a capacidade de pensar não é afetada.
• Ricina e Abrin - a ricina vem das bagas da mamona, e o abrin, da ervilha do rosário
ou jiquiriti. Os sintomas do envenenamento por ricina e abrin variam por via de
exposição. No período de 4 a 8 horas após a exposição por inalação, as pessoas
desenvolvem tosse, angústia respiratória e febre. Muitos órgãos são
progressivamente afetados nas próximas 12 a 24 horas, culminando em insuficiência
respiratória e, muitas vezes, morte. Não está disponível nenhum antídoto ou
antitoxina específico e o tratamento foca-se em ajudar a pessoa a respirar.
Ervilha-do-Rosário

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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.)
 Toxinas (cont.):
• Enterotoxina estafilocócica B - é uma das sete enterotoxinas (toxinas atuando no
intestino) produzidas pela bactéria Staphylococcus aureus. A enterotoxina
estafilocócica B é responsável pela intoxicação alimentar estafilocócica quando Staphylococcus aureus
ingerida. Os sintomas normalmente ocorrem 1 a 12 horas após a ingestão e 2 a 12
horas (com um intervalo de 1,5 a 24 horas) após inalação. Após os sintomas inicias
semelhantes aos da gripe, febre, dor de cabeça e dores musculares, os sintomas
frequentes dependem da via de exposição. A ingestão causa enjoo, vômito e diarreia
por 1 ou 2 dias. A inalação causa tosse, dor no peito e, muitas vezes, irritação nasal e
congestão. A inflamação dos olhos (conjuntivite) pode resultar do contato do
aerossol com os olhos. A inalação raramente causa morte. Nos sobreviventes, a
febre pode persistir até 5 dias e a tosse por 4 semanas. As análises laboratoriais
especiais realizadas ajudam a confirmar o diagnóstico. Os esforços de tratamento
estão direcionados a aliviar os sintomas da pessoa.
Riscos Ocupacionais Imagem nanoscópica de príons

RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.)
 Príons: são moléculas proteicas que possuem propriedades infectantes. O
nome príon vem do inglês proteinaceous infectious particles, que quer dizer
partículas proteicas infecciosas. Tais partículas se distinguem de vírus e
bactérias comuns por serem desprovidos de carga genética. Existe um gene,
denominado prinp, que é responsável pela síntese da proteína príon celular
(PrPc).
Na sua forma normal e saudável, essa proteína, além de participar do
processo de diferenciação neural, ela defende os neurônios de condições que
podem levar à sua destruição. Uma mutação do gene prinp provoca a
formação defeituosa da PrPc, que se transforma em príon. Essa molécula
proteica infectante é capaz, ainda, de alterar a forma de outras proteínas
saudáveis, que, a partir daí, também adquirem um comportamento priônico.
Os príons podem até mesmo produzir réplicas de si mesmos (por
mecanismos ainda desconhecidos).
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.)
 Príons (cont.):
Possuem estruturas bastante estáveis e são resistentes a enzimas digestivas, calor, algumas substâncias químicas e até à
radiação ultravioleta, condições que normalmente degradam proteínas e ácidos nucleicos. Também não existe nenhum
mecanismo de defesa imunológica capaz de neutralizar essa partícula infectante, o que torna ainda mais rápida a sua
disseminação.
Por ser oriundo de uma proteína do sistema nervoso, afetam exatamente os neurônios: a infecção por tais moléculas pode
ocorrer por herança genética, consumo da carne de animais infectados, aplicação de hormônios, utilização de instrumentos
cirúrgicos contaminados ou por uma mutação casual. E seja qual for o mecanismo de infecção, não há procedimento de rotina
que possa identifica-los. As doenças provocadas não têm cura e são frequentemente classificadas como encefalopatias
espongiformes, devido ao aspecto esponjoso que o cérebro adquire com a infecção. A mais conhecida dessas doenças é a
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como mal da vaca louca. Essa doença é evolutiva e
provoca a degeneração dos neurônios de bovinos, que passam a apresentar comportamentos anormais e morrem dentro de
pouco tempo. Outras doenças provocadas por príons são:
• Kuru – doença de evolução rápida, que, entre outros danos, provoca perda da coordenação muscular (ataxia) e tremores.
Os indivíduios infectatados podem morrer em até 1 ano após o surgimento da doença.
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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.)
 Príons (cont.):
• Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker – síndrome hereditária rara, de evolução lenta e progressiva, cujos sintomas
são ataxia, perda da coordenação motora, degeneração do cerebelo e dificuldade de locomoção. Os portadores da doença
começam a desenvolver os sintomas entre os 35 e 60 anos de idade; estima-se que a sobrevida desses indivíduos seja de 5
anos, contados após o aparecimento dos sintomas.
• Insônia Familiar Fatal – trata-se de um distúrbio do sono hereditário, caracterizado principalmente pela incapacidade de
dormir. Os sintomas aparecem, em geral, a partir dos 40 anos de idade, sendo eles, falta de atenção, perda da coordenação
motora, taquicardia, sudorese, entre outros. Tais sintomas evoluem rapidamente para turvação da consciência, demência e
morte.
• Síndrome de Alpers – doença congênita progressiva, cujos sintomas podem surgir ainda no primeiro dia de vida da criança.
O desenvolvimento lento, ataques apopléticos frequentes, perda das capacidades muscular e intelectual e dureza dos
membros são alguns dos sintomas da doença.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 32.2.1.2 - A classificação dos agentes biológicos encontra-se no anexo I desta NR.
 ANEXO I - Os agentes biológicos são classificados em:
• Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar
doença ao ser humano.
• Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a
coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
• Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade.
Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de
profilaxia ou tratamento.
• Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a
coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao
ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 32.2.1.2 - A classificação dos agentes biológicos encontra-se no anexo I desta NR (cont.).
ANEXO I - Tabela de classificação dos Agentes Biológicos
1. Apresenta uma tabela de agentes biológicos, classificados nas classes de risco 2, 3 e 4, de acordo com os critérios
citados no Anexo I. Para algumas informações adicionais, utilizamos os seguintes símbolos:
• A: possíveis efeitos alérgicos
• E: agente emergente e oportunista
• O: agente oncogênico de baixo risco
• O+: agente oncogênico de risco moderado
• T: produção de toxinas
• V: vacina eficaz disponível
• (*): normalmente não é transmitido através do ar
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 32.2.1.2 - A classificação dos agentes biológicos encontra-se no anexo I desta NR (cont.).
ANEXO I - Tabela de classificação dos Agentes Biológicos
Apresenta uma tabela de agentes biológicos, classificados nas classes de risco 2, 3 e 4, de acordo com os critérios citados
no Anexo I. Para algumas informações adicionais, utilizamos os seguintes símbolos:
• “spp”: outras espécies do gênero, além das explicitamente indicadas, podendo constituir um risco para a saúde.

Na classificação por gênero e espécie podem ocorrer as seguintes situações:


• no caso de mais de uma espécie de um determinado gênero ser patogênica, serão assinaladas as mais importantes, e as
demais serão seguidas da denominação “spp“, indicando que outras espécies do gênero podem ser também
patogênicas. Por exemplo: Campylobacter fetus, Campylobacter jejuni, Campylobacter spp.
• quando uma única espécie aparece na tabela, por exemplo, Rochalimaea quintana, indica que especificamente este
agente é patógeno.
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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 32.2.1.2 - A classificação dos agentes biológicos encontra-se no anexo I desta NR (cont.).
ANEXO I - Tabela de classificação dos Agentes Biológicos
2. Na classificação dos agentes considerou-se os possíveis efeitos para os trabalhadores sadios. Não foram considerados os
efeitos particulares para os trabalhadores cuja suscetibilidade possa estar afetada, como nos casos de patologia prévia,
medicação, transtornos imunológicos, gravidez ou lactação.
• no caso de mais de uma espécie de um determinado gênero ser patogênica, serão assinaladas as mais importantes, e as
demais serão seguidas da denominação “spp“, indicando que outras espécies do gênero podem ser também
patogênicas. Por exemplo: Campylobacter fetus, Campylobacter jejuni, Campylobacter spp.
• quando uma única espécie aparece na tabela, por exemplo, Rochalimaea quintana, indica que especificamente este
agente é patógeno.

3. Para a classificação correta dos agentes utilizando-se esta tabela, deve-se considerar que:
• a não identificação de um determinado agente na tabela não implica em sua inclusão automática na classe de (...)
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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 32.2.1.2 - A classificação dos agentes biológicos encontra-se no anexo I desta NR (cont.).
ANEXO I - Tabela de classificação dos Agentes Biológicos
3. Para a classificação correta dos agentes utilizando-se esta tabela, deve-se considerar que (...):
• (...) de risco 1, devendo-se conduzir, para isso, uma avaliação de risco, baseada nas propriedades conhecidas ou
potenciais desses agentes e de outros representantes do mesmo gênero ou família.
• os organismos geneticamente modificados não estão incluídos na tabela
• no caso dos agentes em que estão indicados apenas o gênero, devem-se considerar excluídas as espécies e cepas não
patogênicas para o homem.
• todos os vírus isolados em seres humanos, porém não incluídos na tabela, devem ser classificados na classe de risco 2,
até que estudos para sua classificação estejam concluídos.
o OBS:
a) Encefalites transmitidas por carrapatos.
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RISCOS BIOLÓGICOS
Definição (NR-32) (cont.):
 32.2.1.2 - A classificação dos agentes biológicos encontra-se no anexo I desta NR (cont.).
ANEXO I - Tabela de classificação dos Agentes Biológicos
o OBS (cont.):
b) O vírus da hepatite D é patogênico apenas na presença de infecção simultânea ou secundária causada pelo vírus
da hepatite B. Assim, a vacinação de pessoas que não sejam portadoras do vírus da hepatite B também imuniza
contra a hepatite D (Delta).
c) Apenas para os tipos A e B.
d) Dois vírus estão identificados: um é o buffalopox tipo e o outro é uma variante do vírus Vaccinia.
e) Até o momento não há evidência de doença em seres humanos causada por retrovírus de origem símia. Como
precaução, recomenda-se nível de contenção 3 para o trabalho com este agente.
f) Até o momento não há evidência de infecções em seres humanos causadas pelos agentes responsáveis pela
encefalite espongiforme bovina. No entanto, recomenda-se o nível de contenção 2, no mínimo, para o trabalho
com este agente em laboratório.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde:
No Brasil, o Ministério da Saúde, em 2002, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,
Departamento de Ciência e Tecnologia, instituiu a Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), cujo objetivo
principal é a implementação de ações relacionadas à biossegurança, procurando sempre o melhor entendimento
entre o Ministério da Saúde e as instituições que lidam com o tema. Dentro deste contexto, a CBS se empenhou e
publicou a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos (Brasil, 2010) visando à padronização e categorização dos
agentes biológicos que são manipulados por diferentes instituições de ensino e pesquisa e estabelecimentos de
saúde. Atualmente, a CBS está revisando a classificação incorporando novos agentes à lista, tornando-a mais
completa e abrangente.
Os agentes biológicos são divididos em quatro classes de risco, com base nos seguintes critérios: a patogenicidade
para o homem e animal; a virulência; o modo de trasmissão, a endemicidade e a existência ou não de profilaxia e
de terapêutica eficazes.
• Classe de Risco 1 - Inclui os agentes que nunca foram descritos como causadores de doenças para o homem ou animais e que
não constituem risco para o meio ambiente. Possuem baixo risco individual e coletivo.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde (cont.):
• Classe de Risco 2 - inclui os agentes que podem provocar doenças no homem ou nos animais, com pouca probabilidade de
alto risco para os profissionais do laboratório, cujo potencial de propagação e de disseminação no meio ambiente é limitado,
além de existirem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Possuem risco individual moderado e risco coletivo limitado.
• Classe de Risco 3 - inclui os agentes com capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou
animais, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam
risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Possuem risco individual
elevado e risco coletivo baixo.
• Classe de Risco 4 - Inclui os agentes que causam doenças graves para o homem ou para os animais e que representam um
sério risco para os profissionais de laboratório e para a coletividade. São agentes patogênicos altamente infecciosos, que se
propagam facilmente, podendo causar a morte. Possuem alto risco individual assim como para a coletividade.
• Classe de Risco 5 - o risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente é alto. Aplica-se a agentes, de
doença animal, não existentes no País e que, embora não sejam patogênicos de importância para o homem, podem gerar
graves perdas econômicas e na produção de alimentos. Os agentes dessa classe devem ter sua importação proibida e, caso
sejam identificados ou suspeitada sua presença no país, devem ser manipulados em laboratórios de contenção máxima, ou
seja, NB-4.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde (cont.):
O conhecimento da classe de risco de um agente biológico é determinante na definição do nível de contenção
laboratorial (nível de biossegurança) necessário para se trabalhar em segurança. Os níveis de biossegurança são
denominados NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4:
• NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1 (NB-1) - é o nível de Biossegurança necessário ao trabalho que envolva material biológico que
contenha agentes biológicos da classe de risco 1. Representa um nível básico de contenção que se fundamenta na aplicação
das BPLs, na utilização de equipamentos de proteção e adequação das instalações com ênfase em indicadores de
Biossegurança.
• NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 2 (NB-2) - É o nível de Biossegurança exigido para o trabalho com agentes biológicos da classe de
risco 2, considerando todos os critérios estabelecidos na análise de risco.
• NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 (NB-3) - é aplicável aos locais onde forem desenvolvidos trabalhos com materiais biológicos da
classe de risco 3.
o OBS: Algumas instalações existentes para o trabalho em contenção com agentes biológicos com características de
transmissão por aerossol, podem temporariamente não possuir todas as características recomendadas para um NB-3.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde (cont.):
O conhecimento da classe de risco de um agente biológico é determinante na definição do nível de contenção
laboratorial (nível de biossegurança) necessário para se trabalhar em segurança. Os níveis de biossegurança são
denominados NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4:
• NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 (NB-3) (cont.):
Nessas circunstâncias, um nível aceitável de segurança para condução dos procedimentos de rotina poderá ser conseguido
por meio de instalações recomendadas para o NB-2 garantindo-se que:
₋ O ar de exaustão, filtrado, com filtros de alta eficiência, seja lançado acima da edificação e das edificações vizinhas, longe
de prédios habitados e de tomadas de ar do sistema de climatização;
₋ A ventilação seja equilibrada de modo a proporcionar um fluxo de ar direcionado para dentro do ambiente,
estabelecendo pressões diferenciadas entre as áreas de menor e maior risco;
₋ O acesso ao local seja rigorosamente restrito aos técnicos autorizados, e proibido quando o trabalho estiver sendo
realizado;
₋ Todos os resíduos e materiais sejam esterilizados;
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde (cont.):
O conhecimento da classe de risco de um agente biológico é determinante na definição do nível de contenção
laboratorial (nível de biossegurança) necessário para se trabalhar em segurança. Os níveis de biossegurança são
denominados NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4:
• NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 (NB-3) (cont.):
o OBS (cont.):
₋ Os procedimentos-padrão, as práticas especiais e os equipamentos de contenção para o NB-3, sejam rigorosamente
seguidos.
A decisão de implementar as modificações relacionadas anteriormente deve ser tomada somente pelo Responsável Legal e
pelo Profissional Responsável, que deverão comunicá-las aos demais profissionais que trabalham no laboratório.

• NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 4 (NB-4): este nível de contenção deve ser usado sempre que o trabalho envolver materiais
biológicos da classe de risco 4 ou com potencial patogênico desconhecido, que representam um alto risco, não só para o
pessoal de trabalho, mas também para a comunidade e para o ambiente, podendo provocar doenças fatais, além de
apresentarem um elevado potencial de transmissão por aerossóis. Para estes agentes não há nenhuma vacina ou terapia
disponível.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde (cont.):
• NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 4 (NB-4):
Os agentes que possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos agentes da classe de risco 4, também devem
ser manuseados neste nível de Biossegurança até que se consigam dados suficientes para confirmação do trabalho neste
nível de contenção ou para o trabalho em um nível inferior.
O Profissional Responsável é responsável pela aplicação de todos os procedimentos necessários para a operação segura do
local de trabalho por toda a equipe, incluindo o pessoal de apoio e de manutenção.
A equipe de profissionais, supervisionada pelo Profissional Responsável, deve possuir treinamento específico, direcionado
para a manipulação de agentes infecciosos extremamente perigosos e deve ser capaz de compreender, executar e operar as
funções da contenção primária e secundária, de executar as práticas padrões específicas e gerais de segurança, os
equipamentos de contenção e das características das instalações do laboratório.
O isolamento desses trabalhadores em relação aos materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em CSB
da classe III ou em CSB da classe II, B 2, associadas à utilização de roupas de proteção com pressão positiva, ventiladas por
sistema de suporte à vida. Locais NB-4 devem ser uma edificação construída separadamente de outras edificações ou estar
localizada em uma zona completamente isolada, possuindo características específicas quanto ao projeto e aos sistemas de
engenharia para prevenção da disseminação de microrganismos no meio ambiente. Os laboratórios de contenção máxima
só devem funcionar com autorização e fiscalização das respectivas autoridades sanitárias.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde (cont.):
o OBS: FORMAÇÃO DE AEROSSÓIS:
Podemos definir os aerossóis como micropartículas sólidas ou líquidas com dimensões aproximadas de 0,1 a 50 que podem
permanecer em suspensão, em condições viáveis, por várias horas. Os aerossóis, por exemplo, se formam naturalmente
durante alguns procedimentos laboratoriais de análises clinicas e geralmente escapam para o meio ambiente pelo uso
incorreto de alguns equipamentos, como centrífugas, homogeneizadores, misturadores e agitadores. As centrífugas, em
particular, são grandes geradoras de aerossóis infecciosos quando não possuem dispositivos de segurança.
Além do uso incorreto destes equipamentos, alguns procedimentos técnicos também podem gerar riscos potenciais, tais
como: a agitação em alta velocidade de materiais biológicos infecciosos; a remoção de meio de cultura líquido com seringa
e agulha de um frasco contendo material infeccioso; a flambagem de alças de platina nas técnicas bacteriológicas; o
descarte da última gota de fluidos contaminados de uma pipeta (mesmo com o pipetador automático); o ato de destampar
um frasco de cultivo ou de suspensão de líquidos imediatamente após agitá-lo; e o rompimento de células com ultrassom.
As vias de penetração dos microrganismos são:
₋ Via aérea - os laboratórios de pesquisa, em sua grande maioria, produzem aerossóis por meio de pipetagem,
centrifugação (com a abertura da centrífuga, com o rotor em funcionamento), maceração de tecidos, sonicação, agitação,
flambagem de alça de platina, abertura de ampolas liofilizadas, manipulação de fluidos orgânicos e abertura de (...)
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz o Ministério da Saúde (cont.):
o OBS: FORMAÇÃO DE AEROSSÓIS:
₋ Via aérea (cont.)
(...) de células infectadas, entre outras práticas. O aerossol pode ficar em suspensão, propagar-se à distância e
contaminar, através da inalação de partículas, um grupo grande de profissionais, dependendo da concentração do agente
infeccioso, da capacidade de patogenicidade e de sua virulência.
₋ Via cutânea - uma das formas mais frequentes de transmissão por esta via é, sem dúvida, a injúria por agulhas
contaminadas, sobretudo durante a prática incorreta de recapeá-las. O corte ou a perfuração por vidraria quebrada,
trincada ou ainda por instrumentos perfuro-cortantes contaminados também constituem modos de contaminação
relevantes.
₋ Via ocular - a contaminação da mucosa conjuntival ocorre, invariavelmente, por projeções de gotículas ou aerossóis de
material infectante nos olhos.
₋ Via oral - o ato de pipetar com a boca representa uma das mais frequentes formas de infecção nos laboratórios. Porém, a
contaminação oral não ocorre, necessariamente, por esta prática, sendo o hábito de fumar, fazer refeições no laboratório
e a falta de procedimentos higiênicos (não lavar as mãos após manusear materiais contaminados) importantes formas de
transmissão por esta via.
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz a NR-09?
9.4.2 A avaliação quantitativa das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, quando
necessária, deverá ser realizada para:
a) comprovar o controle da exposição ocupacional aos agentes identificados;
b) dimensionar a exposição ocupacional dos grupos de trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção.

O que diz a NR-15?


 ANEXO N.º 14 - AGENTES BIOLÓGICOS
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação
qualitativa.
 Insalubridade de grau máximo - Trabalho ou operações, em contato permanente com:
• pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados;
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz a NR-15?
 ANEXO N.º 14 - AGENTES BIOLÓGICOS (cont.)
 Insalubridade de grau máximo - Trabalho ou operações, em contato permanente com (cont.):
• carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de animais portadores de doenças infecto-
contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
• esgotos (galerias e tanques); e
• lixo urbano (coleta e industrialização)

 Insalubridade de grau médio - Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material
infecto-contagiante, em:
• hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos
destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes,
bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
Riscos Ocupacionais
RISCOS BIOLÓGICOS
O que diz a NR-15?
 ANEXO N.º 14 - AGENTES BIOLÓGICOS (cont.)
 Insalubridade de grau médio - Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material
infecto-contagiante, em (cont.):
• hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de
animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);
• contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;
• laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);
• gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);
• cemitérios (exumação de corpos);
• estábulos e cavalariças; e
• resíduos de animais deteriorados.
Riscos Ocupacionais
RISCOS QUÍMICOS
Atividade Complementar:
I. Resenha falando dos três textos.
 TEIXEIRA et al. (2005). Síndrome dos Edifícios Doentes em Recintos com Ventilação e Climatização Artificiais -
Revisão de Literatura
 MACHI JÚNIOR et al. (2014). Desfechos de acidentes de trabalho com exposição a agente biológico.
 Ministério da Economia - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho - Nota Técnica SEI nº 56376.2020

Entrega: até 25/10/2021.

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