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Trends in Psychology / Temas em Psicologia DOI: 10.9788/TP2018.3-06Es

ISSN 2358-1883 (edição online)

Artigo

Acuidade Visual Dinâmica

Luísa Quevedo1
Orcid.org/0000-0002-0976-9372
J. Antonio Aznar-Casanova*, 2
Orcid.org/0000-0002-3084-3135
José Aparecido da Silva3
Orcid.org/0000-0002-1852-369X
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1
Universidade Politécnica da Catalunha, Barcelona, Espanha
2
Universidade de Barcelona, Barcelona, Espanha
3 Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil

Resumo

Apresentamos uma revisão do tópico relacionado à capacidade visual de discriminar detalhes sutis em objetos em
movimento (DVA: Dynamic Visual Acuity), mostrando as diferenças mais relevantes, que têm sido atribuídas a essa
capacidade visual em relação ao AVE (AV estático). Atualmente, sabe-se que a correlação entre AVE e AVD é baixa.
Além disso, ao medir as AVD, avaliamos não apenas a separação espacial mínima que o sistema visual pode
resolver, mas também a funcionalidade do sistema oculomotor. Assim, avaliar as AVD implica em medir a capacidade
do olho como um buscador ativo de informações. Hoje sabemos que a AVD é um dos melhores indicadores de
sucesso em determinadas especialidades esportivas (tênis de mesa, beisebol, etc.) e que se correlaciona
negativamente com a taxa de sinistralidade em acidentes de trânsito. Dentre os fatores investigados que produzem
uma redução significativa na resolução espacial dinâmica, destacam-se: (a) a velocidade do estímulo, afetando tanto
as trajetórias vertical quanto horizontal; (b) o tempo de exposição ao estímulo; (c) iluminação ambiente; (d) a
diminuição do contraste ee) a idade do sujeito. Por outro lado, verificou-se que essa capacidade visual tende a
melhorar com o treinamento.

Palavras-chave: Acuidade visual estática, acuidade visual dinâmica, habilidades visuais, percepção do movimento,
psicofísica visual.

Acuidade Visual Dinâmica

Resumo

Apresentamos uma revisão do tema referente a habilidade visual para discriminar sutís detalhes diante de objetos em
movimento (AVD: Acuidade Visual Dinâmica), mostrando as diferenças mais relevantes,

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

* Endereço para correspondência: Universidade de Barcelona, Faculdade de Psicologia, Passeig de la Vall d'Hebron, 171,
Barcelona, 08035, Espanha. Telefone: +34 933 125 145; Fax: +34 934 021 363. E-mail: jaznar2@ub.edu
Agradecimentos: Este trabalho foi realizado graças a uma bolsa do Ministério da Economia espanhol (MECOM; Ref.
PSI-2012-35194).

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1268 Quevedo, L., Aznar-Casanova, JA, Silva, JA

que foram atribuídas a esta capacidade visual em comparação com a AVE (AV estática). Atualmente sabemos que
a correlação entre AVE e AVD é baixa. Sendo assim, ao medir a AVD não somente ava liamos a mínima separação
espacial que o sistema visual pode resolver, também avaliamos a funcio nalidade do sistema oculomotor. Desse
modo, para avaliar a AVD requer medir a capacidade do olho como buscador ativo de informação. Hoje sabemos
que a AVD é um dos melhores indicadores de êxito
em certas especialidades desportivas (tênis de mesa, baseball, etc.) e que se correlaciona negativamente com
sinistralidade nos acidentes de trânsito. Entre os fatores investigados que produzem una redução signifi cativa da
resolução espacial dinâmica destacam: (a) a velocidade do estímulo, que afeta tanto as trajetórias verticais como
horizontais; (b) o tempo de exposição do estímulo; (c) a iluminação ambiental; (d) a diminuição do contraste e (e) a
idade do sujeito. Por outro lado, verifi cou-se que esta capacidade visual é suscetível a melhorar com treinamento.

Palavras-chaves: Acuidade visual estática, acuidade visual dinámica, habilidades visuais, percepção do movimiento,
Psicofísica visual.

Acuidade Visual Dinâmica

Abstrato
Apresentamos uma revisão sobre a capacidade visual de discriminar detalhes finos de objetos em movimento (DVA:
Dynamic Visual Acuity), mostrando as diferenças mais relevantes, que têm sido atribuídas a essa capacidade visual
em comparação com SVA (acuidade visual estática). Sabe-se que a correlação entre SVA e DVA é baixa. Além
disso, quando o DVA é medido, avalia-se não apenas a separação espacial mínima que o sistema visual pode
resolver, mas também a funcionalidade do sistema oculomotor. Portanto, avaliar a DVA também envolve medir a
capacidade do olho de buscar informações ativamente. Atualmente, sabe-se que o DVA é um dos melhores
indicadores de sucesso em determinadas especialidades esportivas (tênis de mesa, beisebol, etc...) e que se
correlaciona negativamente com as taxas de acidentes em cenários de trânsito. Os fatores investigados que
produzem uma redução significativa na resolução espacial dinâmica são: (a) a velocidade do estímulo, afetando
tanto as trajetórias verticais quanto as horizontais; (b) o tempo de exposição ao estímulo; (c) iluminação ambiente;
(d) redução do contraste e (e) idade do sujeito. Além disso, verificou-se que essa capacidade visual tende a melhorar
com o treinamento.

Palavras-chave: Acuidade visual estática, acuidade visual dinâmica, habilidades visuais, percepção do movimento,
psicofísica visual.

A visão fornece informações muito úteis para
orientar as ações motoras e comportamentos dos
seres vivos em seu ambiente. especial
Infelizmente, no caso humano, a visão dinâmica,
referente a estímulos em movimento, cumpre uma
função muito útil para a realização de uma ampla
variedade de atividades laborais, bem como dirigir
veículos, praticar esportes ou videogames e ler em
displays onde a lente se move (rolagem), etc. Levando
em consideração a importância de avaliar com
precisão essa capacidade visual, a fim de otimizar o
desempenho profissional e a qualidade de vida das
pessoas, neste estudo
demos que revisamos a literatura científica sobre o
acuidade visual dinâmica (AVD).
A acuidade visual foveal é uma medida da
capacidade do sistema visual de detectar, reconhecer
e resolver detalhes espaciais, em um teste de alto
contraste e com um bom nível de iluminação (Artigas,
Capilla, Felipe, & Pujol, 1995; Bailey & Lovie- Cozinha,
2013).
Pesquisas pioneiras da abordagem neurofisiológica
realizadas com macacos (Hubel & Wiesel, 1959,
1962), permitiram diferenciar dois tipos principais de
acuidade visual, estática (foveal ou central), cujo
suporte neural básico era o sistema parvocelular, e
acuidade visual.

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Acuidade Visual Dinâmica.
dinâmico, cujo suporte neural básico é o sistema
magnocelular1 . A partir dos trabalhos de
Enroth-Cugell e Robson (1966) estabeleceu-se
uma divisão clara entre dois tipos de células: as do
tipo X (com soma espacial linear) e as do tipo Y
(com soma espacial não linear). A partir do Núcleo
Geniculado Lateral, as vias visuais projetam-se na
área V1, de modo que as células magnocelulares
se projetam no substrato 4C, enquanto as células
da via parvocelular projetam-se no 4B (Livingstone
& Hubel, 1988). A partir daqui, originam-se duas
vias de processamento fundamentais: a ventral
(que sistema) e a dorso-parietal (onde sistema).
Para maiores detalhes sobre as bases neurológicas
do AVC e AVD a partir da abordagem da
Neurociência, ver Farah (2000).
O estudo das funções específicas de cada via
neural visual em primatas foi realizado através da
lesão seletiva de uma ou outra via. Dentro
Em geral, as investigações refletiram certo
consenso ao relacionar as tarefas de reconhecimento
de formas, acuidade e percepção de cores com a
via parvocelular, enquanto a percepção de
movimento seria a função preferencial da via
magnocelular (Lennie, 1980; Schiller, Logothetis, &
Charles, 1990).
Acuidade Visual Estática
A acuidade visual estática (doravante EVA) é
definida como a capacidade de distinguir os
detalhes de objetos estáticos cuja imagem é
formada na retina quando o sujeito avaliado
também está em repouso. Ao avaliar essa habilidade
visual, quatro limiares básicos podem ser
considerados: (1) Limiar mínimo detectável:
capacidade de perceber o menor objeto no campo
visual; (2) Limiar mínimo de resolução: capacidade
de perceber dois objetos muito próximos como
separados; (3) Limite
1
Entretanto, como nas AVD também é necessário
detectar detalhes de grão fino, o estímulo móvel
deve ser fovealizado por meio de movimentos
sacádicos e fixações oculares. Portanto, o
sistema parvocelular deve estar envolvido.
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alinhamento mínimo perceptível: refere-se à
capacidade de detectar o alinhamento entre dois
segmentos descontínuos, cujas extremidades estão
muito próximas uma da outra (Nitidez Vernier) e
(4) Limiar mínimo reconhecível: capacidade de
identificar adequadamente a forma ou orientá-la
ção de um objeto (como uma carta), identificação
diminuindo esse limiar com o que é comumente
chamado de acuidade visual (Chan & Courtney,
1996). O método usado para determinar a acuidade
visual estática é ilustrado na Figura 1.
A acuidade visual é calculada pelo valor do
inverso do ângulo visual, expresso em minutos,
que subentende o mínimo detalhe do teste que
deve ser reconhecido (ver Figura 2). A acuidade
visual normal ou padrão é considerada unitária
(Helmholtz, 1850, citado por Le Grand, 1991), o
que significa que o detalhe mínimo do teste
subtende um ângulo de 1 minuto. Em termos mais
coloquiais, este conceito implica poder ler
claramente a carta da Figura 2, assumindo que
mede 7,25 mm a uma distância de 5 metros.
Vários fatores podem afetar o AVE.
Alguns dependem do estímulo e outros do assunto.
Entre os primeiros, alguns dos mais importantes
são o contraste e a iluminação. Assim, se o
contraste entre figura e fundo for baixo, o objeto
deve ser maior para ser discriminado.
Por outro lado, iluminação entre 0,01 e 200 cd/
cm2, tende a produzir um aumento progressivo da
acuidade visual, mas esse efeito tem um limite,
pois muita luz pode produzir ofuscamento e interferir
na visão (Bennet & Rabbets 1992).
Dentre os fatores do sujeito que podem
influenciar no AVC, um dos mais determinantes é
o estado refrativo do indivíduo, que, na maioria das
vezes, exigirá a prescrição óptica adequada para
atingir a acuidade visual normal (Eames, 1953). ).
Outro elemento muito importante é a idade do
sujeito que, como se sabe, geralmente leva a
alterações anatômicas e fisiológicas que afetam
negativamente a percepção visual (Pitts, 1982;
Weale, 1978).
A acuidade visual estática é a habilidade
visual mais frequentemente avaliada e analisada
em nível clínico. Os optotipos mais utilizados para
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1270 Quevedo, L., Aznar-Casanova, JA, Silva, JA

Figura 1. Optotipo semelhante ao de Snellen em que os participantes devem discriminar letras a uma
certa distância. O método para determinar a Acuidade Visual Estática consiste em apresentar ao
sujeito pontos, linhas ou anéis com alguma separação entre eles, que se torna cada vez menor.
Estes são exibidos em um gráfico óptico, até que o limite de sua Acuidade Visual seja encontrado
(método psicofísico Limites de GT Fechner). O limite de resolução espacial (o menor tamanho) que o
sujeito pode resolver visualmente é atingido quando ele não consegue identificar as letras em
sequência (ou perceber a separação entre os dois pontos, ou as linhas, ou a abertura de uma
anel). O limiar absoluto da Acuidade de Resolução (AV) costuma ser próximo a 0,5 minutos de arco de
ângulo visual. Para se ter uma ideia de referência, pode servir de exemplo que uma letra de 1 cm de
altura subtende um ângulo visual de 1 grau quando observada a uma distância de 57 cm. Enquanto a
Nitidez (Vernier) para humanos é de aproximadamente 5-10 seg. arco de ângulo visual.

Figura 2. Cálculo da Acuidade Visual Estática (VAA) em um optotipo do tipo Snellen. Assumindo
que o observador olha para a letra a uma distância de 5 m (d= 5m) e que, portanto, a altura da letra é
7,25 mm, sendo a espessura do traço horizontal s = 1,45 mm (s= tamanho).

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Acuidade Visual Dinâmica. 1271

C de Landolt Disco de Anel Universal Remendo de Gabor

Palomar

Figura 3. Três optotipos usados para medir a acuidade visual (AV): (1) o anel de Landolt clássico, (2) o
anel de disco de Palomar e (3) o patch de Gabor. O anel de Landolt é um optotipo circular com um caminho
que apresenta uma descontinuidade, um buraco. Para avaliar a VA com este optotipo, o observador olha para
cada linha do gráfico óptico e tem que responder em qual orientação está a descontinuidade. O optotipo de
anel de disco universal (Palomar, 1991) tem a vantagem de subtende o mesmo ângulo em todos os meridianos
da retina. Observe que o disco branco periférico e o círculo preto no centro correspondem em cada tamanho
ao mínimo separável correspondente e entre todas as suas linhas há sempre essa mesma separação, de modo
que com este optotipo podemos calcular a acuidade visual com alta precisão. A figura (optotipo localizado no
centro) mostra o anel-disco inscrito em um quadrado dividido em cinco partes horizontais e cinco verticais,
onde podemos ver que todos os seus elementos subtendem o mesmo ângulo. No lado direito da figura, vemos
uma ilustração de um patch de Gabor que pode ser usado como estímulo com orientação de 135 graus. A
luminância de fundo é igual à média da função Gabor. Logicamente, as manchas de Gabor podem variar em
frequência espacial e velocidade ou frequência temporal da deriva da franja. Os sujeitos devem indicar a
orientação das listras.

medem a acuidade visual estática são as letras de
Snellen e o anel C ou Landolt (ver Figura 3), testes
de mais de 100 anos (ver Artigas et al., 1995) e
outros mais recentes (Ginsburg, 1984; Pelli, Robson,
& Wilkins, 1988).
Existem duas limitações que mostram a
inadequação de medir apenas a AVE para avaliar
o funcionamento do sistema visual (Long & Zavod,
2002). Primeiro, muitos estímulos visuais aos quais
devemos responder na vida real estão frequentemente
em movimento. Em segundo lugar, os testes AVE
referem-se a letras ou símbolos que normalmente
são apresentados em condições de contraste
máximo (preto sobre branco), apesar de muitas
vezes não ser observado um nível de contraste tão
alto nas várias situações.
do nosso dia-a-dia.
Acuidade Visual Dinâmica:
Fatores de Modulação
O termo acuidade visual dinâmica (DVA) foi
cunhado em 1949 por Ludvigh e Miller para
descrever a capacidade de resolver visualmente
detalhes espaciais sutis de um objeto quando o
objeto, o observador ou ambos estão em movimento
(Miller & Ludvigh, 1962). O Dicionário de Ciências
Visuais define ADL como
a capacidade de discriminar detalhes de um objeto
quando há movimento relativo entre esse objeto
objeto e o observador (Cline, Hofstetter, & Griffi n,
1980).
A pesquisa revelou que a ADL é modulada pelo
contraste entre o estímulo e o fundo sobre o qual se
move (Aznar Casanova, Quevedo, & Sinnet, 2005;
Brown, 1972; Long & Garvey, 1988; Mayyasi, Beals,
Templeton, & Hale, 1971; Zhan, Yager, Lee e
Bichao 1994). Além disso, a correlação entre AVD
e AVE costuma ser baixa e aumenta inversamente
proporcional à velocidade do estímulo. De fato, é
comum encontrar diferenças individuais importantes
nas AVD em sujeitos com EVA semelhante (Long &
Penn, 1987; Ludvigh & Miller, 1958). Por outro lado,
o movimento do estímulo geralmente dificulta a
discriminação precisa dos detalhes do estímulo
visual.
Consequentemente, a acuidade visual de um sujeito

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é reduzido com o aumento da velocidade
colocação do móvel (Aznar-Casanova et al., 2005;
Morrison 1980; Prestrude 1987). Diferentes
pesquisadores diferem marcadamente em relação à
velocidade com que as AVD começam a ser
marcadamente prejudicadas, refletindo as diferenças
obtidas na medida das AVD
dependendo dos procedimentos experimentais e das
condições utilizadas. Assim, Weissman e Freeburne
(1965) estabeleceram 120°/s. (uma correlação
praticamente nula seria obtida entre AVE e ADL),
enquanto Brown (1972), sugeriu o 25-
30°/seg (com altas correlações entre AVE e AVD),
enquanto Prestrude (1987) aponta que em torno de 50°/
s. seria o limite de velocidade a partir do qual começa
essa deterioração do desempenho visual. Essa
diminuição da acuidade visual foi confirmada tanto para
estímulos que se movem horizontalmente quanto
verticalmente (Hulbert, Burg, Knoll. & Mathewson, 1958;
Miller, 1958). Uma explicação para esse efeito pode ser
encontrada no fato de que o AVE está relacionado
principalmente ao poder de resolução ocular, enquanto
o ADL também está intimamente ligado à funcionalidade
do sistema oculomotor. Consequentemente, a acuidade
visual dinâmica diminuiria em relação ao AVE porque
os olhos não podem rastrear o objeto adequadamente
em altas velocidades de estímulo. Segundo Gresty e
Leech (1977), a velocidade máxima na qual um objeto
em movimento pode ser adequadamente rastreado
pelos olhos é de aproximadamente 30º/s. Em
velocidades mais altas, os movimentos oculares de
rastreamento se misturam com as sacadas em uma
tentativa de corrigir erros de posicionamento da imagem
retiniana, resultando em perda de acuidade visual.
Portanto, deve-se verificar experimentalmente até que
ponto o limite dos movimentos oculares de rastreamento
de uma pessoa se correlaciona com suas AVD. A esse
respeito, Sanderson (1981) relata alguma suscetibilidade
individual à velocidade, sugerindo que enquanto
algumas pessoas podem se qualificar como "resistentes"
à velocidade, outras podem se qualificar como
"sensíveis", pois mostrariam uma rápida deterioração
da velocidade. a velocidade do celular.
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Quevedo, L., Aznar-Casanova, JA, Silva, JA
Em relação ao tempo de exposição, ou duração
da visualização móvel, também é comumente aceito
que a AVD diminui quando é curta (Elkin 1962; Miller
1958).
Assim, Fergenson e Suzansky (1973), com base em
suas pesquisas, concluíram que o efeito do tempo de
exposição teve uma influência ainda maior nas AVD do
que as mudanças na velocidade móvel. Nesse sentido,
Adrian (2003) propõe uma fórmula para compensar a
diminuição das AVD causada por um menor tempo de
exposição, aumentando o contraste do estímulo, ou se
for máximo, aumentar o tamanho das letras. Este
pesquisador concluiu que todos esses fatores estavam
fortemente inter-relacionados.
nados.
Semelhante ao AVE, o ADL melhora com o
aumento da luminância, mas é afetado mais rapidamente
quando a luminância diminui (Miller 1958). Este autor
mostrou as vantagens de aumentar a iluminação em
paralelo com a velocidade do movimento, ou seja,
estabelecendo que enquanto 5-10 cd/ft2 eram
suficiente para discriminar um objeto estático,
até 125 cd/ft2 foram necessários para discriminar o
mesmo objeto em movimento.
Aznar-Casanova et al. (2005) mediram as AVD a
partir de dois tipos de movimentos, até então
considerados equivalentes. Um é conhecido como
movimento de deriva e o outro é movimento de
deslocamento. Este último pode ser descrito como o
deslocamento horizontal de um estímulo, que implica
em movimento ocular persecutório (ou rastreamento),
e consiste em deslocar o estímulo do ponto de fixação
do olhar para a periferia. O movimento de 'deriva' de
um tapa-olho Gabor, por exemplo, evita movimentos
oculares de perseguição, pois o olhar se fixa em um
ponto do tapa-olho. Os dados mostraram que em ambos
os tipos de movimento, a acuidade visual (AV), expressa
em termos de frequência espacial, diminuiu à medida
que a velocidade do 'alvo' aumentou (ver Figura 4). No
entanto, a inclinação da equação de regressão revelou
que essa deterioração foi duas vezes maior no caso do
movimento de deriva, em comparação
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Acuidade Visual Dinâmica. 1273

Figura 4. Função que mostra a maior frequência espacial que um sujeito humano pode discriminar
em uma determinada faixa de velocidades para diferentes contrastes (Extraído de Aznar-Casanova et al., 2005).

com movimento de rolagem. A maior deterioração
ocorreu quando não houve movimentos.
perseguição de tosse ocular. Esses dados
sugeriram que esses dois tipos de movimentos
corrigem o deslizamento da retina de maneira diferente. AVD menores do que os emetrópicos.
n / D. Este deslizamento retiniano foi menos
eficientemente compensado no caso do movimento
movimento de deriva, tendo consequências
adversas nas AVD, enquanto o deslizamento
retiniano teve maior tolerância no caso de
movimento de deslocamento.
Parece bastante aceito que os homens têm
melhor acuidade visual dinâmica do que as
mulheres (Burg & Hulbert 1961; Ishigaki & Mi yao
1994). Esses estudos sugerem que, como não há
diferenças ligadas ao sexo no EVA ou na
sensibilidade ao contraste, o maior desempenho
dos homens nas AVD pode ser devido a fatores
educacionais e comportamentais, e não de causa
inata. De fato, Quevedo, Aznar-Casanova,
Merindano, Solé e Cardona (2011) não encontram
diferenças nesse sentido quando são comparados
jovens atletas de ambos os sexos que realizam a
mesma atividade.
Por sua vez, Cratty, Apitzsch e Bergel (1973),
em estudo realizado com 475 crianças de
diferentes raças e idades entre 5 e 12 anos,
concluíram que não houve diferenças raciais em
relação às AVD, embora os olhos claros tenham
AVD maiores e os amétropes corrigidos tenham
Do ponto de vista evolutivo, verificou-se que
as AVD é uma das habilidades que mais se
deteriora com a idade. Mesmo essa diminuição
ocorre de forma mais acentuada que o AVE, e
também começa mais cedo. Ishigaki e Miyao (1994)
mostraram que a AVD se desenvolve rapidamente
entre os 5 e 15 anos, e que começa a declinar
após os 20 anos. Burg (1966) mostrou que em
comparação com os resultados médios obtidos
para um grupo populacional de 20 anos, a AVD foi
aproximadamente 60% menor na década de 70.
Segundo Long e Crambert (1990), a perda da
sensibilidade retiniana típica dessa população é a
grande responsável pela diminuição das AVDs
entre os idosos. No entanto, outros autores apontam
a deterioração fisiológica da perseguição e
movimentos oculares sacádicos como a causa mais
importante, não apenas em velocidade e eficiência,
mas também

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também em latência (Eby, Trombley, Molnar, &
Shope, 1998).
Do ponto de vista aplicado, a percepção
visual do movimento, com a qual as AVD estão
intimamente relacionadas, é essencial para a
adaptação ao ambiente dinâmico e em constante
mudança que nos cerca. Devido à habilidade em
visão dinâmica, é possível não apenas realizar
tarefas cotidianas como
prática desportiva ou condução, mas também a
previsão da localização futura de um estímulo em
movimento. Essa capacidade de antecipação é
crucial para interceptar um objeto em movimento
(por exemplo, uma bola) e prever a localização
espacial dos itens de interesse. Talvez esta seja a
principal razão pela qual inúmeros estudos
científicos relatam as AVD mais elevadas de atletas
de elite em comparação com a população
sedentária. Esta superioridade foi confirmada a
nível geral (Ishigaki & Miyao 1993), no basquetebol
(Beals, Mayyasi, Templeton, & Johnson, 1971), no
voleibol (Melcher & Lund 1992), no ténis (Cash,
1996; Tidow, Brückner , & de Marées, 1987) e no
pólo aquático (Quevedo et al., 2011). Além disso,
também foram encontradas diferenças ao comparar
as AVD de atletas em contexto dinâmico (por
exemplo, basquete ou tênis) com outras modalidades
com menos exigências "visuais", como a natação,
com notável superioridade em favor dos atletas.
(Tidow, Wühst, & de Marées, 1984).
Quevedo et ai. (2011) analisaram as
diferenças na acuidade visual dinâmica entre
jogadores de polo aquático de elite e subelite e
estudantes sedentários. Para medir a acuidade
visual dinâmica binocular, eles pediram aos
participantes que indicassem a orientação da
abertura do optotipo Palomar Universal (Palomar,
1991) semelhante ao Landolt C, que aumenta de
tamanho à medida que é movido pela tela do
computador. (Quevedo, Aznar-Casanova , Merin
dano, & Solé, 2010). Duas velocidades diferentes
e três trajetórias possíveis foram avaliadas em dois
níveis de contraste (alto e baixo). Diferenças
estatisticamente significativas foram encontradas
entre jogadores de elite e sub-elite em relação à
população sedentária para cada combinação.
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Quevedo, L., Aznar-Casanova, JA, Silva, JA
velocidade, contraste e trajetória. Os jogadores
alcançaram os melhores registros de acuidade
visual dinâmica. A comparação entre os grupos de
elite e sub-elite, no entanto, não revelou diferença.
Com foco no domínio da segurança rodoviária
e condução automóvel, verificou-se também que
as AVD estão significativamente ligadas ao
desempenho em atividades mais ou menos
como a leitura de sinais indica
dirigir em rodovias (Long & Kearns, 1996), pilotar
carros (Burg 1967, 1968, citado pelo Committee on
Vision of the National Research
Council [NRC], 1985) e aviões (Kohl, Coffey,
Reichow, Thompson, & Willer, 1991). Nesse
sentido, Henderson e Burg (1973; citado pelo
Committee on Vision of the NRC, 1985) confirmaram
uma alta correlação negativa entre acidentes de
caminhão e ônibus e as AVD dos motoristas.
Parece que, nas várias investigações realizadas
em que se avaliou a relação entre diferentes
habilidades visuais
e direção adequada, a AVD foi a medida que
melhor predisse o sucesso na direção (avaliada em
termos de acidentes em acidentes de trânsito).
Adicionalmente, deve-se notar que outro grupo
de trabalhos (Holliday, 2013; Long & Riggs 1991;
Long & Rourke 1989) mostrou a possibilidade de
melhorar as AVD por meio do treinamento desta
habilidade, apontando também a necessidade de
desenvolver instrumentos adequados
para tal fi n.
Por fim, em um dos trabalhos mais recentes
(Muiños & Ballesteros, 2015), foram avaliadas
formas de promover o envelhecimento saudável e
a neuroplasticidade para combater a deterioração
perceptiva e cognitiva.
O objetivo do estudo foi investigar os benefícios
da prática de artes marciais como judô e karatê
intensivo e sustentado, em dois grupos, um de
atletas e outro de não atletas, divididos de acordo
com a idade em outros dois grupos (jovens e
idosos), comparando-os em AVD. Esses autores
utilizaram o teste de AVD elaborado por Quevedo
Junyent em 2007 (Quevedo, Aznar-casanova,
Merindano, Cardona, & Solé, 2012). Os resultados
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Acuidade Visual Dinâmica.
Os testes mostraram que (1) atletas obtiveram
melhores AVDs do que não atletas; (2) os grupos
de idosos apresentaram maior efeito oblíquo do
que o grupo mais jovem, independentemente de
praticarem ou não uma arte marcial; e (3) a idade
modulava o efeito do esporte, mas apenas na
condição de alta velocidade dos estímulos
dinâmicos. Assim, a AVD dos jovens karatecas foi
maior que a dos não atletas, enquanto os lutadores
mais avançados em anos de judô e karatê
apresentaram melhores AVD do que os sedentários
(não atletas). Os autores concluem que a prática
sistemática de uma arte marcial como o judô ou o
karatê influencia a neuroplasticidade no cérebro
humano envelhecido, atenuando o declínio
neurocognitivo avaliado pelas AVD.
Instrumentos usados para
Avaliação de acuidade
Visual Dinámica
Infelizmente, apesar da importância das AVD,
existem poucos ou inadequados instrumentos
específicos disponíveis, de comprovada
confiabilidade e validade que permitem avançar no
estudo desta habilidade (Banks, Moore, Liu, & Wu,
2004; Zimmerman, Lust, & Bulli mais , 2011). Deve-
se notar que os testes tradicionalmente utilizados
para avaliar a acuidade visual dinâmica são
geralmente discos quebrados.
ção (semelhante aos antigos toca-discos) que
giram um optótipo de letras pretas em um fundo
branco. Entre as críticas apontadas por vários
autores (por exemplo, Coffey & Reichow, 1990)
destaca-se a sua falta de especificidade (é difícil
encontrar trajectórias circulares, que provocam
ciclotorção ocular excessiva e condições de
contraste máximo na vida real) e o facto que não
há estudos que comprovem sua confiabilidade e
validade. Essa escassez de instrumentos de
medida de AVD provoca certa desordem nos
resultados obtidos e, consequentemente, uma clara
dificuldade em estabelecer comparações entre eles.
Um dos dispositivos projetados para avaliar
ADL e obter dados normalizados
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1275
é o chamado Kirshner Rotator (1967).
Ao utilizar este instrumento, o avaliado deve
identificar a orientação de um C de Lan
dolt (correspondente a uma demanda de acuidade
visual de 20/40) que descreve círculos (trajetória
do movimento) e que é projetada em uma tela a
três metros do avaliado. A abertura do C de Landolt
pode ser orientada para cima, para baixo, para a
direita e para a esquerda. O diâmetro do círculo
que descreve o estímulo é de 55 cm e gira no
sentido horário. O estímulo começa a se mover a
uma velocidade de 100 rpm e diminui gradativamente
até que o sujeito consiga identificar corretamente a
orientação do animal.
llo de Landolt três vezes consecutivas (método de
limites). Este teste deve ser realizado em condições
de baixa luminosidade, para facilitar a capacidade
do sujeito de discriminar o estímulo projetado.
Outros instrumentos comumente usados
no contexto clínico, no âmbito da optometria
desportiva, são eles o Pegboard Motorized Rotator
(JW Engineering, 24 Phyllis Dr, Pamona, NY 10970)
e o Bernell Rotator Disc (422 E Monroe St, South
Bend, IN 46601), que pode ser visto na Figura 5.
Ambos são inspirados na mecânica dos clássicos
"toca-discos" e utilizam optótipos com letras de
tamanhos diferentes (correspondendo à acuidade
visual de 20/30 e 20/60 o primeiro, e 20/20, 20 /30
e 20/40 o último) que pode girar no sentido horário
ou anti-horário. Observe que os valores de acuidade
visual dinâmica são registrados aqui como uma
combinação de acuidade visual e velocidade em
rpm (por exemplo, 20/40 a 45 rpm).
Vários autores como Coffey e Reychow (1990)
apontam a necessidade de continuar pesquisando
nesta área a fim de desenvolver instrumentos de
medição mais específicos para as necessidades
visuais de pilotos e atletas que permitam não só
uma avaliação objetiva, válida e confiável da
acuidade visual dinâmica com um estímulo que
descreve caminhos circulares, mas também laterais,
verticais e oblíquos através do campo visual.
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1276
Quevedo et ai. (2012), propuseram o teste
DinVA 3.0, implementado em um programa de
computador, que é frequentemente utilizado na
avaliação das AVD de atletas (ver Figura 6). Mais
recentemente, Quevedo, Aznar-Casanova, Solè
Forto e García-Giménez (2014) atualizaram este
teste computadorizado na linguagem de
programação C#.
Observe que o equipamento de computador para
apresentar e gravar AVD requer um sistema gráfico
poderoso que inclui: (a) um monitor (tela) com uma
taxa de atualização de tela (taxa de quadros) de
120 Hz ou superior, e (b) uma placa gráfica
aceleradora (Exemplo , Nvidia Geo force ou AMD
Radeon).
O novo software (teste DynVA) permite utilizar
vários estímulos e selecionar a sua cor e intensidade,
bem como as cores ou fotografias (relativas ao
ambiente habitual de cada tarefa) que compõem o
fundo. Além disso, em seu movimento pela tela, o
estímulo pode descrever trajetórias lineares laterais,
verticais e oblíquas. Para estabelecer a máxima
semelhança possível com o ambiente real, o teste
pode ser realizado a uma distância maior do que os
50 cm em que se costuma ficar ao trabalhar com
um computador (ver Figura 7).
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Quevedo, L., Aznar-Casanova, JA, Silva, JA
Figura 5. Rotador de Bernell
frequentemente utilizado
para avaliação clínica das
AVD, principalmente no
contexto da Optometria Esportiva.
Comentários finais
A ADL avalia a resolução espacial do sistema
visual em resposta a estímulos em movimento. Está
A habilidade visual é particularmente útil quando a
velocidade do estímulo é maior que 30-
60°/seg A AVD é provavelmente uma das
capacidades visuais com maior validade ecológica
e, sem dúvida, é um bom preditor de desempenho
na execução de inúmeras tarefas e atividades da
vida diária, incluindo esportes e direção. No entanto,
este valor preditivo tem sido pouco explorado, nem
nas áreas mencionadas, nem na de desempenho
no trabalho. Assim, parece evidente a necessidade
de se ter algum instrumento de medida de AVD que
envolva o fator de contraste na luminância de fundo
e na figura. De fato, há mais de trinta anos, o
Comitê de Visão do NRC (1985) dos Estados
Unidos da América declarou em seu livro Emergent
Techiniques for Assessment of Visual Performance,
que a combinação de medidas de AVD, juntamente
com as do FSC , sem dúvida ofereceria avaliações
mais válidas e poderosas da funcionalidade do
sistema visual do que o AVE, recomendando a
inclusão da avaliação do primeiro
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Acuidade Visual Dinâmica. 1277

Figura 6. DynVA é um
software de computador
para avaliar VAD. Neste teste o
o investigador pode selecionar
o optótipo a ser apresentado e
escolher entre dois tipos de
testes: (a) Série de Tamanhos;
(b) Série de Velocidade. Na
Size Series, o tamanho do
optotipo permanece
constante, enquanto sua
velocidade diminui à medida
que se move pela tela.
Ao contrário, na Série Speed
a velocidade do
o optotipo permanece
constante, enquanto seu
tamanho aumenta
progressivamente à medida
que se move pela tela. Em
ambas as séries, o teste
termina quando o sujeito
pressiona a seta que coincide
com a posição do 'gap' do optotipo.

Figura 7. Como o teste DynVA calcula

a velocidade do estímulo na retina?
Primeiramente, o software
determina a velocidade do estímulo
na tela, de acordo com a seguinte
fórmula: Speed (em m/s) = Frame
rate (em Hz; frames/s) * Dot_pixel (em
m) * Step (em pixels). Onde a taxa de
quadros é a taxa de atualização temporária da tela.
Dot pixel é o tamanho do pixel. Passo
refere-se ao tamanho do deslocamento
(espaço percorrido) que o móvel
avança em cada quadro. Segundo,
para calcular a velocidade com que o
estímulo se moveu pela retina (para
obter a velocidade em graus de ângulo
visual), dois fatores devem ser levados
em consideração: (1) a velocidade do
celular na tela, expressa em metros
por segundo, e (2) a distância de
visualização (geralmente m):
Velocidade na retina = arco tan
(Velocidade na tela / distância de
visualização). Por exemplo, dada uma
velocidade móvel na tela de 0,420 m/s e
uma distância de visualização de 2 m,
a velocidade seria de 11,86 °/s de
ângulo visual. O AVD é então expresso
como o menor detalhe que o observador
é capaz de perceber naquela velocidade.

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1278
em baterias de exames visuais para motoristas,
pilotos de aviação e atletas.
Nas revisões bibliográficas realizadas desde então,
os diversos autores destacam a escassez de
trabalhos publicados, provavelmente pela falta de
um instrumento de fácil utilização.
para medir essa capacidade visual. Isso significa
que há um conhecimento limitado de AVD e suas
aplicações (Banks et al., 2004; Hoffman, Rouse, &
Ryan, 1981). A maioria desses estudos sobre AVDs
tem focado
principalmente na determinação dos fatores do
estímulo móvel que influenciam as AVD, como
tamanho, contraste, velocidade de deslocamento
angular e tempo de exposição. Assim, verificou-se
que a AVD de um sujeito é reduzida pelo aumento
da velocidade de deslocamento do estímulo
(Ludvigh, 1949; Morrison, 1980; Prestrude, 1987).
Os diferentes investigadores, no entanto, refletindo
as diferenças nos métodos e condições
experimentais utilizados, diferem sensivelmente no
que diz respeito à velocidade com que a acuidade
visual dinâmica começa a ser marcadamente
prejudicada.
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1ª avaliação: 19/02/2016

Aceitação: 20/02/2016

Apêndices

Destacados
1. Acuidade Visual Dinâmica (DVA) mede a discriminação em objetos em movimento.
2. A correlação entre AV estático e AVD é de 0,40, iniciando em velocidades de 30°/seg.
3. ADL mede a resolução espacial do olho e a função do sistema oculomotor.
4. A ADL assume que o sistema visual é um buscador ativo de informações.
5. A ADL é um dos melhores preditores de sucesso esportivo (tênis de mesa, beisebol).
6. Uma baixa AVD se correlaciona com uma alta taxa de acidentes de trânsito.
7. As AVD são influenciadas: (a) pela velocidade do estímulo; (b) tempo de exposição; (c)
iluminação ambiente; (d) contraste na luminância do estímulo; (e) a idade do sujeito.

Glossário
Acuidade Visual Dinâmica (DVA): descreve a capacidade de resolver visualmente detalhes sutis
de um objeto quando o objeto, o observador, ou ambos, estão em movimento.
Acuidade Visual Estática (SVA) é a capacidade de distinguir detalhes espaciais em objetos.
tiques quando o assunto também está em condições estacionárias.
Contraste de luminância: Relação entre a luminância de um objeto (estímulo) e a luminância de
seu entorno imediato (ou fundo contra o qual a figura é mostrada).
Graus de ângulo visual por segundo (°/ seg.): unidade que expressa a velocidade com que um
estímulo em movimento viaja através da retina

Poder de Resolução Espacial: capacidade de perceber dois objetos muito próximos no espaço como
separados.
Movimentos persecutórios: também chamados de movimentos de busca de um estímulo móvel.
Eles permitem fovealizar a projeção retiniana do estímulo.
Movimentos sacádicos: movimentos oculares breves e rápidos que permitem ao observador detectar
um objeto em determinado local do campo visual e trazê-lo para a fóvea, para melhor discriminação.

Sistema oculomotor: Refere-se aos músculos extrínsecos do olho que controlam os movimentos
oculares. No caso das AVD, os movimentos persecutórios ou de acompanhamento e as sacadas de refixação
são de particular interesse.

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