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PROCEDIMENTO OPERACIONAL POP AGT - 026

PADRÃO

TÍTULO: TRANSFUSÃO DE NEONATOS E PACIENTES PEDIÁTRICOS

I - CONTROLE HISTÓRICO

HISTÓRICO
REVISÃO DATA Nº PÁGINAS ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
ALTERAÇÃO
Dr. Cleder
Emissão Dr. Enderson Dr. Cleder Aparecido
00 16/02/2018 07 Aparecido da
Inicial Corrêa Bahia da Silva Araujo
Silva Araujo
Dr. Cleder
Dr. Enderson
01 16/02/02020 07 Revisão Aparecido da Dr Anderson Bruno
Corrêa Bahia
Silva Araujo
Dr. Antonio
Dr. Cleder Mristela Avelina
Carlos
02 07/07/2022 04 Revisão Aparecido da Soares/Dr. Alexandre
Prudente de
Silva Araujo Barbosa Andrade
Pinho Jr

1. Introdução
O fornecimento de hemocomponentes a pacientes pediátricos / neonatais tem algumas
particularidades que devem ser respeitas.

2. Objetivo
Estabelecer rotina para atendimentos pediátricos / neonatais atendimentos nas diversas clínicas
do HGIP.

3. Campos de aplicação
Agência Transfusional

4. Referências normativas
Portaria de Consolidação nº 5 do Ministério da Saúde de 28/09/2017.

5. Responsabilidade/ competência
Compete ao Técnico em Patologia Clínica a preparação correta do hemocomponente a ser
transfundido. Ao médico da AGT fica a responsabilidade de supervisionar a indicação do ato
transfusional.

6. Definições
Considera neonato toda criança até o seu 28º dia de vida.

ASSINATURA E CARIMBO 1
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PADRÃO

TÍTULO: TRANSFUSÃO DE NEONATOS E PACIENTES PEDIÁTRICOS

I - CONTROLE HISTÓRICO

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Dr. Cleder
Emissão Dr. Enderson Dr. Cleder Aparecido
00 16/02/2018 07 Aparecido da
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Silva Araujo
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Dr. Antonio
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7. Conteúdo do padrão
7.1 Recursos necessários
 Prescrição médica do paciente a ser hemotransfundido, formulário de Solicitação de
Hemocomponentes e Hemoderivados, livro de Registro de Hemotransfusão e check-in,
equipo pediátrico.
 ID-Cartão LISS/Coombs; diluente II ( LISS ); pipetas de 5 l, 25 l, 50 l e ponteiras;
incubador 37ºC, centrífuga de tubo e de cartela;

7.2 Principais passos


1. Conferir os dados dos rótulos de identificação do tubo de amostra do paciente com os
dados contidos na solicitação médica;
 Proceder classificação do sistema ABO Rh(D) sem realização de tipagem reversa nos
pacientes com menos de 4 meses;
 Na amostra pré-transfusional inicial para transfusão em neonatos e crianças de até 4
(quatro) meses de vida será realizada apenas a tipagem ABO direta;
 O antígeno Rh(D) será determinado colocando-se as hemácias com antissoro anti-
Rh(D) e será efetuado o controle da tipagem Rh(D) através de soro controle compatível
com o antissoro utilizado e do mesmo fabricante do anti-D;
 Realizar a pesquisa de anticorpos irregulares ( PAI ) em amostra do paciente. Deve-se
realizar a pesquisa de anticorpos irregulares ( PAI ) na amostra do soro da mãe nos
pacientes com menos de 4 meses;

ASSINATURA E CARIMBO 2
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 Nos pacientes com menos de 4 meses a prova cruzada deve ser realizada a partir de
amostras de soro do paciente e de sua mãe;
2. Em todo recém nascido, filho de mãe Rh(D) negativo, deve ser realizada a classificação do
sistema ABO Rh(D), a pesquisa de D fraco e a pesquisa de anticorpo direto ( TAD ou
Coombs direto ). Em caso de positividade da TAD encaminhar a amostra para o Setor de
Imuno-Hematologia da Hemocentro Fornecedor para realização de testes complementares;
3. Registrar todos os hemocomponentes preparados e os resultados dos testes Livro de
Registro de Transfusão de Hemocomponentes - Hemoderivados e assinar primeiro nome
legível;
4. Preencher o Cartão Transfusional do Receptor com os dados do paciente e do
hemocomponente preparado e afixá-lo na bolsa, especificando no verso do cartão a
quantidade solicitada;

7.3 Cuidados especiais


1- Procedimentos essenciais:
 É obrigatório o uso de EPI's para realização dos testes no laboratório de prova cruzada;
 Observar a validade dos reagentes, das hemácias A1 e B e das cartelas antes da
utilização;
 A bula deve ser consultada na abertura de cada novo reagente e conferido se houve
alterações nas técnicas e registrar a abertura nos cadernos de controle de qualidade e
de estoque;

ASSINATURA E CARIMBO 3
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 Todos os reagentes devem ser retirados da geladeira 5 minutos antes da realização dos
testes para atingirem a temperatura ambiente e guardados, imediatamente, após o uso;
 Deve ser realizada inspeção visual em todos reagentes, com análise do aspecto, cor,
turvação, grau de hemólise e data de validade diariamente;
 Deve ser realizada dupla conferência em todos os testes antes da liberação dos
resultados.

2- Em caso de não-conformidade:
 Os neonatos não deverão ser transfundidos com sangue total, plasma ou outros
componentes sanguíneos que contenham anticorpos irregulares clinicamente
significativos, devendo-se usar hemoderivados deleucotizados e irradiados;
 É obrigatório o uso de plasma compatível com as hemácias do paciente;
 Se a reação com o soro-controle Rh(D) for positiva, decorrente da presença de alo-
anticorpos maternos aderidos às hemácias do neonatal, a tipagem Rh(D) é considerada
inválida e pode ser definida empregando-se anti-soro anti-D monoclonal IgM;
 Transfundir preferencialmente Concentrado de Hemácias Deleucotizadas e Irradiadas
grupo sanguíneo O Rh(D) negativo nos recém nascidos de peso inferior a 1200g e / ou
prematuridade < 28 semanas de gestação;
 Se as hemácias selecionadas para transfusão não forem do grupo O, deve ser investigada,
no soro ou plasma do neonato e das crianças até 4 meses de vida, a presença de anti-A ou
anti-B, com métodos que incluam uma fase de antiglobulina. Este teste não precisa ser
realizado nos receptores que também fizeram prova cruzada de amostra de soro materno;
ASSINATURA E CARIMBO 4
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 Se a Pesquisa de Anticorpos Irregulares demonstrar a presença de anticorpos clinicamente


significativos, a transfusão deve ser feita com unidades que não contenham os antígenos
correspondentes ( deve-se compatibilizar o soro do neonato ou com o soro da mãe );
 Em caso de amostra do receptor insuficiente ( pouco volume e coagulada ), solicitar nova
amostra. Na impossibilidade de coleta de nova amostra no período neonatal, poderá ser
utilizada uma amostra da mãe para a realização dos testes e a seleção dos
hemocomponentes deverá ser feita conforme descrito nos itens acima;
 Caso, não haja disponibilidade de concentrado de hemácias recente, poderá ser utilizado
sangue colhido há mais de 5 dias, sendo, para isto, necessária uma autorização escrita
do médico assistente e do responsável técnico da AGT;
 Em caso de exsanguíneo transfusão seguir as orientações do PRS 007: INDICAÇÃO DE
TRANSFUSÃO INTRAUTERINA E EXSANGUINEOTRANSFUSÃO;
 Para a transfusão de hemocomponentes com grande volume de plasma ( plasma fresco
congelado e concentrado de plaquetas ) em recém-nascidos e crianças até 4 meses de
vida, deverão ser utilizados apenas hemocomponentes isogrupo. Em situações de
urgência, na indisponibilidade de hemocomponente plasmático isogrupo, ou caso do
grupo sanguíneo do recém-nascido ser desconhecido, o médico de plantão da AGT
deverá ser comunicado e será necessária uma autorização escrita do médico assistente
e do médico do serviço de hemoterapia para a utilização de hemocomponente de outro
grupo sanguíneo. Nestas situações, deverá ser utilizado preferencialmente
hemocomponentes plasmáticos do grupo sanguíneo AB;

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 Os antígenos ABO estão presentes nas plaquetas, e a transfusão de concentrado de


plaquetas incompatíveis ( incompatibilidade maior ) implica em prejuízo de seu
rendimento. Na incompatibilidade ABO menor, os títulos de iso-hemaglutininas presentes
no sobrenadante das concentrado de plaquetas podem provocar hemólise. A
compatibilidade do sistema Rh(D) pode ser ignorada para a transfusão plaquetária até os
4 meses de idade. Apesar da intenção de transfundir plaquetas ABO idênticas em
detrimento do sistema Rh(D), pode não haver disponibilidade em estoque. Nesses
casos, recomendamos a seleção do concentrado de plaquetas plasma-incompatível,
com o título de isohemaglutininas mais baixo ( < 100 );
 É obrigatório o uso de plasma fresco congelado compatível com as hemácias do
paciente ou do grupo sanguíneo AB.

8. Siglas
 AGT: Agência Transfusional;
 DOU: Diário Oficial da União;
 EPI: Equipamento de Proteção Individual;
 HGIP: Hospital Governador Israel Pinheiro;
 PAI: Pesquisa de Anticorpo Irregular;
 PFC: Plasma Fresco Congelado;
 TAD: Teste de Aglutinação Direta.

9. Indicadores

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 Não se Aplica

10. Gerenciamento de riscos


Falhas
Categoria de potenciais Ações de Ações frente ao
Evento
risco geradoras de prevenção evento
riscos

Realizar o Refazer o teste


Reagente vencido
controle de transfusional
e / ou Classificação
qualidade diário certificando a
Assistencial inadequado. ABO Rh(D)
dos reagentes e qualidade do
Ponteira inadequada
utilizar ponteiras reagente e das
contaminada
limpas ponteiras

Dispensar
hemocomponente
Dados incorretos Desconsiderar o
s e / ou
e / ou Realização de processo
Assistencial hemoderivados
informações dupla conferência realizado e fazê-lo
incorretos e / ou a
errôneas novamente
pacientes
incorretos

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11. Referências
 Guia para o uso de Hemocomponentes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.140 p.
 Capacitação de Profissionais de Agência Transfusionais e Assistência Hemoterápicas /
Organizadores: CIOFFI, J.G.M.; RIBEIRO, D.Q.. Belo Horizonte: Fundação Hemominas,
2010. 42p.
 Hemominas: Conduta para a Prática Clínica / Hemoterapia. Belo Horizonte: Rede Editora
Gráfica Ltda, 2013. 71p.
 Hemovigilância: Manual Técnico para Investigação das Reações Transfusionais Imediatas e
Tardias não Infecciosas / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2007.
122p
 Manual de Vigilância Sanitária sobre o Transporte de Material Biológico Humano para fins
de Diagnóstico Clínico / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2015.
46p.

12. Anexos

ASSINATURA E CARIMBO 8

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