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CULTIVO E UTILIZAÇÃO DA ALFAFA NOS TRÓPICOS

Reinaldo de Paula Ferreira


ASSUNTOS ABORDADOS
 Origem da alfafa
 Formas de utilização
 Benefícios da alfafa
 Preparo do solo
 Plantio
 Manejo da forragem
 Calagem e adubação
 Plantas daninhas
 Irrigação
 Doenças
 Pragas
 Cultivares
 Produção de sementes
 Conservação da forragem
 Utilização da alfafa na alimentação de vacas leiteiras
 Utilização da alfafa na alimentação de equinos
 Publicações
 Atividades de transferência de tecnologia
Origem e distribuição geográfica da alfafa

Maiores produtores: EUA, Argentina, Rússia e Canadá


Área total: 32.000.000 ha
CARACTERÍSTICAS DA ALFAFA

 Produz forragem de alta qualidade (PB: 25%)


 Baixa estacionalidade da produção de forragem (águas: 58% seca: 42%)
 Espécie fixadora de N (400 kg N/ha/ano)
 Potencial de produção de forragem: 25 ton. MS/ha/ano
 Destino: gado de leite, gado de corte e equinos
 Indicação: deve ser fornecida para animais de alto valor zootécnico
FORMAS DE UTILIZAÇÃO

Pré-secado Feno Péletes Silagem

Pastejo Verde picado Salada Lanche


PROPRIEDADES MEDICINAIS
 Diminui os níveis de colesterol
 Controla a artrite e a gastrite
 Desintoxica o fígado
 Eficaz no tratamento de anemia
 Ajuda a eliminar o sódio em excesso no corpo, evitando a ocorrência de gota
 Formas de utilização: salada, lanche ou cápsula

Salada Lanche Cápsula

Alfafa é rica em vitaminas (A, E e K) e sais minerais (Ca, K e Fe)

Fonte: Journal of Nutrition, 1984


Potencial de expansão da alfafa

Alfafa não tolera encharcamento

Mapa dos biomas terrestres no Brasil

Ministério do Meio Ambiente, 2008


Formosa – GO
BENEFÍCIOS DA ALFAFA

 Reduz a estacionalidade da produção de forragem


 Reduz a sazonalidade da produção de leite
 Aumenta a produtividade do rebanho
 Reduz o custo de produção de leite
 Reduz a contaminação do lençol freático com nitrato
PREPARO DO SOLO

 Aplicação de calcário (50% do total)


 Subsolagem ou aração profunda
 Gradagem
 Aplicação de calcário (50% restante) e fosfatagem corretiva
 Uso de grade niveladora
 Aplicação de herbicida pré-plantio incorporado (trifluralina)
 Uso de enxada rotativa
 Plantio
PLANTIO

 Época de plantio: abril a junho


 Cultivar: Crioula
 Sementes inoculadas: Rhizobium melilotti
 Espaçamento: 20 cm entre linhas
 Densidade: 15 kg sementes/ha
 Profundidade de plantio: 2 cm
 Após plantio: passar rolo compactador (maior aderência da
semente ao solo)
 Germinação: 8 dias após o plantio
 Stand: 300 plantas/m2
Preparo do solo e plantio
Formas e cores das sementes de alfafa
SEMENTE

 Semente: hilo, testa, embrião, endosperma


Hilo: cicatriz da semente que se forma quando a semente se desprende do fruto
Testa: tegumento externo da semente
Embrião: originará a futura plântula
Endosperma: tecido de reserva da semente

 Embrião: radícula, hipocótilo, cotilédone


Radícula  raiz
Hipocótilo  parte aérea
Cotilédone  tecido de reserva da plântula
Semente
Hilo, testa, embrião, endosperma

Embrião
Radícula, hipocótilo, cotilédone

Partes da semente de alfafa


cotilédone

Esquema da emergência da radícula e desenvolvimento da plântula


Emergência da radícula (a) e desenvolvimento da plântula, com aparecimento dos cotilédones (b).

A radícula, que durante a germinação emerge através da micrópila, forma a raiz.


Aparecimento do cotilédone (a) e folha unifoliada (b).
Plântulas de alfafa com uma (a), duas (b), três (c) e quatro (d) folhas trifoliadas.
Forma de folíolos em folhas trifolioladas: obovado (a), oblongos (b), arredondados (c), cordiforme (d), espatulados (e) e lineares (f)
Fase inicial da formação da coroa - planta com 4 meses de idade

Coroa é uma estrutura armazenadora de substância de reserva e local de gemas, de onde surgirão novas brotações
Coroa com um (a) dois (b) e três (c) anos de cultivo
FOLHA

FOLÍOLO
HASTE

PECÍOLO

COROA
BROTAÇÃO DA COROA

RAIZ
LATERAL

RAIZ
PRINCIPAL
Talos de alfafa com nós de onde saem as folhas trifoliadas

Uma planta pode produzir até 20 talos


Sistema radicular pivotante, penetrando de 2 a 5 m de profundidade no solo.
Tipos de raízes: pivotante (a), ramificada (b), rizomatosa (c) e rasteira (d)

Raiz pivotante  cultivares sem repouso invernal (GRI 8-11)


Raiz ramificada  cultivares com repouso invernal intermediário (GRI 4-7)
Raiz rizomatosa e rasteira  cultivares com repouso invernal acentuado (GRI 1-3)

Raiz rizomatosa e rasteira  possuem gemas de onde originam novas brotações


Raiz pivotante  Medicago sativa
Raiz ramificada, rizomatosa e rasteira  Medicago falcata e Medicago varia
PORTE DA PLANTA

Cultivares sem repouso invernal (GRI 8-11)

Porte ereto

Cultivares com repouso invernal intermediário (GRI 4-7)

Porte semi-ereto

Cultivares com repouso invernal acentuado (GRI 1-3)

Porte prostrado

GRI: Grau de repouso invernal


MANEJO DA FORRAGEM
 Primeiro corte da forragem quando atingir 80% de florescimento (favorece a formação da
coroa e o acúmulo de carboidratos): 70 dias após o plantio
 Altura de corte: 8 cm
 Pastejo com 10% de florescimento (equilíbrio entre produção e qualidade da forragem)
 Na ausência de florescimento realiza-se o pastejo quando os rebrotes da coroa atingem 5 cm
 Pastejo diário
 Intervalo entre pastejo: primavera, verão e outono: 26 dias (10% de florescimento);
inverno: 34 dias (rebrotes da coroa)  13 ciclos de pastejo/ano
 Pastejo em faixas  tamanho do piquete depende da estação do ano  maior eficiência
do uso da forragem
 Piquete fixo (30 piquetes)  verão sobra forragem (PD 26 dias)  inverno falta forragem
(PD 34 dias)
Primeiro corte da alfafa, com 80% de florescimento, é feito com roçadeira
Pastejo é realizado com 10% de florescimento (equilíbrio entre produção e qualidade da forragem)
Na ausência de florescimento realiza-se o pastejo quando os rebrotes da coroa atingem 5 cm
Pastejo diário, em faixas
Produção de forragem

Produção de Colmos

Digestibilidade
da forragem

Produção de folhas

Vegetativo Botão floral Florescimento Florescimento Pós


Inicial Pleno Florescimento

Relação entre o estádio de desenvolvimento da planta e a qualidade da alfafa


Lacefield, 2004
tn/ha
1 Matéria seca

0,5 Novo ciclo de


produção

30
20
10

%
Carboidratos não estruturais (amido, açúcares) nas raízes da alfafa

Blaser, 1986
A rebrota inicia utilizando as reservas de carboidratos da raiz e da coroa.
Com 20 cm de altura, os produtos fotossintetizados são maiores, havendo translocação e acúmulo de carboidratos na raiz e na coroa.
Fotossíntese: CO2 + H2O + luz  CHO + O2
40 Plena Floração

(%)
carboidratos(%)
30 Maturação

DE CARBOIDRATOS
Em botão das sementes

Fase
20 inicial
TEOR de
Teor

20 cm de
10
altura

Estádio de desenvolvimento
ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO

Variação percentual de carboidratos não estruturais (amido, açúcares) nas raízes de alfafa

Smith, 1975
A rebrota inicia utilizando as reservas de carboidratos da raiz e da coroa.
Com 20 cm de altura, os produtos fotossintetizados são maiores, havendo translocação e acúmulo de carboidratos na raiz e na coroa.
Após a floração, os produtos fotossintetizados são destinados à formação das sementes.
Brasil
• Clima tropical
• 13 cortes/ano
• 20 ton. MS/ha/ano
• Cultivar sem repouso invernal
• GRI 8-11

Argentina
• Clima temperado
• 8 cortes/ano
• 10 ton. MS/ha/ano
• Cultivar com repouso invernal moderado
• GRI 4-7

Argentina
• Solos férteis
• Não irrigam alfafa

Fotossíntese: CO2 + H2O + luz  CHO + O2


Maior reserva de carboidratos nas raízes
Planta mais vigorosa

Menor tempo para corte/pastejo

Maior produção

Maior perenidade
CALAGEM E ADUBAÇÃO
CALAGEM

80% de saturação de bases

NC = CTC (V2 – V1) / PRNT

NC: necessidade de calagem (ton./ha)


CTC: capacidade de troca de cátions (mmol/dm³)
V2: saturação por bases do solo para a cultura (80%)
V1: valor atual da saturação por bases do solo
PRNT: poder relativo de neutralização total do calcário
25,0
Matéria seca (t/ha)
20,0

15,0

10,0

5,0 Y = -105,78 + 34,44x - 2,36x2


R2 = 0,82
0,0
4,5 5,5 pH 6,5 7,5

Efeito do pH do solo sobre a produção de matéria seca em alfafa


Fe, Cu, Mn e Zn

Mo e Cl
Disponibilidade P

N, S e B

K, Ca e Mg
Al

5,0 6,0 6,5 7,0 8,0 pH em H20

Relação entre pH e a disponibilidade de nutrientes no solo


BENEFÍCIOS DA CALAGEM

 Elimina ou diminui significativamente a acidez do solo


 Reduz a toxicidade de alumínio e manganês
 Aumenta a disponibilidade de nutrientes
 Favorece a mineralização da matéria orgânica (fonte de N, P, S, B)
 Aumenta a eficiência da fixação simbiótica do N
 Fornece Ca e Mg
 Melhora a eficiência de uso dos adubos potássicos e fosfatados
 Melhora a atividade microbiana do solo
Distribuição dos sistemas radiculares das plantas com e sem aplicação do gesso

Embrapa, Boletim Técnico 32


Com aplicação de gesso, ocorre absorção de água e de nutrientes com maior eficiência
ADUBAÇÃO DO SOLO

 P: 20 ppm no solo

 K: 5 % da CTC do solo

 Micronutriente: 50 kg FTE BR 12/ha/ano

FTE BR 12 (9% de Zn; 1,8% de B; 0,8% de Cu; 3% de Fe; 2% de Mn e 0,1% de Mo)


RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO

 P: para cada mg/dm³ é necessário aplicar 10 Kg P2O5/ha

 K: para cada mmol/dm³ é necessário aplicar 100 Kg K2O/ha

 Recomendação válida para Latossolo Vermelho Amarelo

15 mg/dm³ P  20 mg/dm³ P  50 Kg P2O5/ha


ESCALONAMENTO DAS APLICAÇÕES

 Calcário: aplicação anual

 P e micronutrientes: aplicações semestrais

 K: aplicações mensais ou bimensais

 Pulverização foliar com Co e Mo a cada 3 cortes

Adubação de plantio: feito no sulco ou à lanço


Adubação de manutenção: feito à lanço
Alfafa é uma cultura exigente na extração de K do solo
Extração de nutrientes
Forrageira N P K
Kg de nutriente/ton de MS

Colonião 14 1,9 17
Napier 14 2,0 20
Coast-cross 16 2,5 20
B.brizantha 13 1,0 18
Andropogon 13 1,1 20
B.decumbens 12 0,9 13
Alfafa 20 2,9 28
Alfafa (20 t/ha MS) = 400 kg N, 133 kg P2O5, 678 kg K2O
Werner et al., 1996
Elemento Adequado
g kg-1
N 26 a 35
Diagnose foliar P 2,5 a 3,5
K 20 a 22
Ca 14 a 20
Mg 2,0 a 6,0
S 1,2 a 1,4
mg kg-1
B 62 a 67
Cu 11 a 17
Fe 124 a 220
Mn 60 a 82
Mo 1a4
Zn 42 a 83
Werner et al., 1996
NITROGÊNIO
 Alfafa fixa 400 kg N/ha/ano
 Não se aplica N em alfafa
 Ocorre simbiose entre a planta e estirpes da bactéria Rhizobium melilotti
 Estirpe SEMIA 16 tem se mostrado eficiente no processo
 Inoculante deve ser conservado em geladeira
 Inoculação: consiste na transferência do rizóbio para a superfície da semente
 Processo da inoculação: 100 g de inoculante + solução de açúcar a 15% + 10 kg
de sementes
 Inocula as sementes um dia antes da semeadura
 Normalmente compra-se semente de alfafa peletizada (combinação de semente
inoculada, com fungicida, micronutrientes e recoberta com carbonato de cálcio)
 Semente peletizada trás maior proteção às células do rizóbio, garantindo maior
durabilidade
 Três anos consecutivos de cultivo de alfafa na mesma área, contribui com
100 kg/ha de nitrogênio residual para a cultura subsequente (clima temperado)
COMPONENTES DA PELETIZAÇÃO

 20 kg de sementes
 1 L de cola branca
 1 L de água
 1 kg de açúcar cristal
 1,2 kg de inoculante (Rhizobium melilotti)
 12 kg de calcário fino
 3 g de cobalto
 3 g de níquel
 25 g de molibdênio
PROCESSOS DA PELETIZAÇÃO

 Mistura a cola, a água, o açúcar e o inoculante

 Adiciona as sementes

 Adiciona Co, Ni e Mo

 Coloca o calcário aos poucos e agita até as sementes se soltarem

 Seca as sementes à sombra em camada fina


Deficiência de N
Deficiência de P
Deficiência de K
Deficiência de Ca
Deficiência de Mg
Deficiência de B
Deficiência de Cu
- Mo +Mo

Deficiência de Mo
PLANTAS DANINHAS
Interferência de espécies daninhas na produção
de forragem de alfafa
Interferência de plantas daninhas na produção de forragem de alfafa.

Época do ano Rendimento MS (t/ha) Diferença (%)

Com capina Sem capina

Inverno (J a S) 3,2 2,8 12,5

Primavera (S a D) 6,3 4,6 27,0

Verão (D a M) 4,1 1,8 56,1

Outono (M a J) 2,0 1,1 45,0

Rassini e Freitas, 1995 * 75% de perda (Silva et al., 2004)

Maior infestação de plantas daninhas em alfafa ocorre no verão e outono


PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS
Cabelo-de-anjo (Cuscuta spp.) Serralha (Sonchus oleraceus)
Nabiça (Raphanus raphanistrum) Guanxuma (Sida rhombifolia)
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe) Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Mentrasto (Ageratum conyzoides) Caruru (Amaranthus spp.)
Picão-preto (Bidens spp.) Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Marmelada (Brachiaria plantaginea) Capim-colchão (Digitaria spp.)
Tiririca (Cyperus spp.) Grama-bermuda (Cynodon dactylon)
Trapoeraba (Commelina benghalensis) Erva-de-Santa-Luiza (Chamaesyce hirta)
Capim-amargoso (Digitaria insularis) Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia) Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Botão-de-ouro (Galinsoga spp.) Corda-de-viola (Ipomoea purpurea)
Joá-de-capote (Nicandra physaloides) Mentruz (Lepidium virnicum)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis) Beldroega (Portulaca oleracea)
Pata-de-cavalo (Centella asiatica) Agriãozinho (Synedrellopsis grisebachii)

Multiplica-se por sementes e vegetativamente


Folhas são cerosas, dificultando a aderência do herbicida
Folhas se sobrepõe, dificultando contato do herbicida com as folhas inferiores
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus) Erva-de-touro (Tridax procumbens)
Roseta (Soliva pterosperma) Fedegoso (Senna obtusifolia)
Biologia da Cuscuta (cabelo-de-anjo)
 Mais de 170 espécies no mundo
 A cuscuta racemosa é a espécie mais comum no Brasilsil
 Provém de sementes (testa dura e impermeável)
 Germina em até 15 cm de profundidade
 Sementes ficam dormentes por até 10 anos
 Caule enrosca no hospedeiro no sentido anti-horário
 Já instalada, emite haustório e perde o sistema radicular
 Parasita coroa-de-Cristo, pingo-de-ouro, alfafa e café

Coroa-de-Cristo Pingo-de-ouro
Manejo da Cuscuta

 Prevenção (adquirir sementes de alfafa isentas de cuscuta)


 Rotação com culturas não hospedeiras
 Cortar em reboleiras antes do florescimento e queimar
 Herbicida pré-emergente (trifluralina)
 Herbicida pós-emergente (gramoxone)
 Alfafa RR (resistente ao glyphosate)
Cuscuta spp.
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

 Preparo, correção e adubação do solo

 Manejo populacional

 Rotação de culturas

 Controle mecânico

 Controle químico
CONTROLE QUÍMICO

 Maior eficácia no controle de plantas daninhas

 Rapidez na aplicação

 Economia de recursos humanos

 Exige pessoal capacitado e bem treinado

 Exige cuidados com a saúde do aplicador

Período crítico de competição: 10 a 50 dias após a emergência da alfafa


HERBICIDAS
 Trifluralina (pré-semeadura): 1,5 l/ha
 Pivot (folhas largas): 1,0 l/ha
 Zethapyr (folhas largas): 1,0 l/ha
 Imazetapir (folhas largas): 1,0 l/ha
 Fusilade (folhas estreitas): 1,5 l/ha
 Gramoxone (herbicida de contato): 1,0 l/ha
 Assist (espalhante adesivo): 1,0 l/ha

Cuidado: herbicida de folha larga  seletivo para alfafa


Registrar os herbicidas no Ministério da Agricultura
Diuron: único herbicida registrado para alfafa
Doses inadequadas: afeta rebrota da alfafa e sua persistência
Trifluralina: deve ser incorporada ao solo, aplicar com solo úmido
Aplicação de gramoxone
COROA DA ALFAFA EM DIFERENTES
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO
Alfafa RR (Roundup Ready)

 Resistente ao herbicida glyphosate


 Projeto conduzido pela Monsanto
 Permite controlar espécies daninhas em estádios mais
avançados de crescimento
 Ainda não está liberada para cultivo e comercialização no
Brasil
IRRIGAÇÃO
CONSUMO DE ÁGUA
 Evaporação do solo
 Transpiração da planta
 Quantidade de água incorporada à massa vegetal

Consumo médio de água anual da alfafa: 800 a 1600 mm


O máximo requerimento de água da alfafa ocorre nos períodos pós-corte e de
produção de sementes.
Necessidade de água de uma cultura é praticamente igual à sua evapotranspiração.
Demanda hídrica: 500 kg H2O/Kg MS
Necessidade hídrica de 1 ha: 60 mm/t MS
ESTIMATIVA DO CONSUMO DE ÁGUA

 Evapotranspiração da cultura (Evaporímetro de Piché)


 Precipitação pluviométrica (Pluviômetros)
 Manter o solo com 70% da capacidade de campo

ETc
Kc 
ETo

Kc - coeficiente de cultura (alfafa: 0,72);


ETc - evapotranspiração da cultura (no caso, a alfafa), em mm/dia;
ETo - evapotranspiração de referência (grama Batatais), em mm/dia.

Necessidade de água de uma cultura é praticamente igual à sua evapotranspiração (ETc).


MANEJO DA IRRIGAÇÃO

 Lâmina de água fixo + turno de rega variável

 Turno de rega fixo + lâmina de água variável

Turno de rega: intervalo de tempo entre irrigações


Preferível: lâmina de água fixo  menor custo com
equipamento de irrigação
MÉTODO EPS
 Princípio: inicia a irrigação quando a diferença entre a
evapotranspiração de referência (ECA) e a precipitação
pluvial (PRP) atingir valores entre 20 mm e 30 mm

VANTAGENS
 Facilidade de uso
 Baixo custo
 Poucos dados climáticos (precipitação e evapotranspiração)
Manejo da irrigação: lâmina d´água fixa e turno de rega variável

Dia ECA PRP ECA - PRP Irrigação


(mm) Sim / Não (mm)
1 4,5 --- 4,5 N ---
2 4,8 --- 9,3 N ---
3 4,2 --- 13,5 N ---
4 4,7 --- 18,2 N ---
5 4,5 3,0 19,7 N ---
6 5,0 --- 24,7 S 24,7 x 0,72 = 17,8
7 5,5 --- 5,5 N ---
8 5,9 --- 11,4 N ---
9 6,1 --- 17,5 N ---
10 6,3 --- 23,8 S 23,8 x 0,72 = 17,1

ECA: evapotranspiração de referência  Evaporímetro de Piché


PRP: precipitação pluvial  Pluviômetros
Aspersor

Linhas Laterais
(Malhas)

Linha Principal

Motobomba

Sistema de irrigação por aspersão em malha


Dados técnicos do projeto de irrigação

Cultura alfafa

Área (ha) 5,0

Sistema aspersão

Lâmina aplicada (mm/dia) 5,00

Número de horas de irrigação por setor (h) 1,15

Número de aspersor/setor 11

Número de setores 11

Área irrigada por setor (ha) 0,45

Número de horas de irrigação por dia (h) 12,63

Turno de rega (dia) 1 dia

Vazão máxima necessária (m3/h) 19,75

Custo do sistema de irrigação (R$) 30.000,00


Irrigação por aspersão em malha automatizado

Custo: R$6.000,00/ha
Irrigação por gotejamento

Custo: R$7.000,00/ha
Irrigação sob pivot central

Custo: R$8.000,00/ha
Irrigação por sulco

Custo: R$5.000,00/ha
DOENÇAS
PRINCIPAIS FITOPATÓGENOS

 Fungos

 Bactérias

 Vírus

 Fitoplasmas

 Nematóides
PERDAS ECONÔMICAS

 Decréscimo na produtividade

 Redução na qualidade da forragem (manchas foliares e desfolha)

 Diminuição no valor nutricional da forragem (presença de micotoxinas)

 Aumento na susceptibilidade ao ataque de insetos

 Proliferação de plantas daninhas


Murcha fusariana
(Fusarium oxysporum)

Necrose dos tecidos vasculares


Podridão úmida das raízes
(Phytophthora megasperma)

Ocorre em solos de baixa drenagem


Folha com coloração marrom-avermelhada
Corchose
(Xilaris spp.)

Podridão seca da raiz, com aspecto de cortiça


Área branca corresponde ao micélio do patógeno
Cancro radicular
(Rizoctonia solani)

Podridão da coroa, com lesões escuras


Complexo de podridão da coroa e da raiz (CPCR)
(Rizoctonia solani, Fusarium oxysporum, Colletotrichum trifolii)

Agente casual são vários fungos


Coroa necrosada
Mancha foliar amarela
(Leptotrochila medicaginis)

Estrias amarelas que progridem do interior para a margem dos folíolos


Manchas amarelas em forma de V
Míldio
(Peronospora trifoliorum)

Tonalidade cinzenta na folha em razão da concentração de conidióforos


Mosaico da alfafa
(Alfalfa mosaic virus - AMV)

Pulgão verde (Acyrthosiphon pisum) é o vetor mais importante de disseminação do vírus


Amarelecimento internerval com encarquilhamento das folhas
Antracnose
(Colletotrichum trifolii)

Caule afetado adquire curvatura na forma de bengala


Caule conserva as folhas secas junto de si
Ferrugem
(Uromyces striatus)

Pústulas de cor marrom avermelhada (uresdosporos)


Mancha ocular
(Leptosphaerulina briosiana)

Lesões negras rodeadas por um halo amarelado, semelhante a um olho


Caule preto
(Cercospora medicaginis)

Mancha negra no caule


Pinta preta
(Pseudopeziza medicaginis)

Manchas pretas com margem dentada


Mofo branco
(Sclerotium rolfsii)

Fungo desenvolve micélio esbranquiçado


Queima da folha
(Sclerotinia trifoliorum)

Desenvolve micélio do fungo semelhante a algodão na base do talo da alfafa


Murcha do Verticillium
(Verticillium albo-atrum)

Xilema adquire coloração marrom-escura


Escova de bruxa
(Fitoplasma)

Talos curtos e finos, folhas reduzidas


Nematoide da raiz
(Pratylenchus spp.)

Destrói as raízes secundárias e causa lesões de cor escura na raiz principal


Murcha bacteriana
(Clavibacter michiganense ssp.)

Folhagem verde-amarelada, com folíolos enrugados curvado para cima


Vasos condutores com colação marrom-escura
LE N 4
Patógeno

Ambiente

Hospedeiro Vetor

Diferentes tipos de interação que afetam a resistência e a susceptibilidade das plantas.

Vetores (insetos, nematoides) têm participação determinante em doenças virais e bacterianas


Pulgão verde é o vetor mais importante de disseminação do vírus mosaico da alfafa
TIPOS DE RESISTÊNCIA

 Resistência vertical: resultado da interação gene a gene do hospedeiro e


das diferenças raças do patógeno. Esta resistência é superada pelo
desenvolvimento de novas raças do patógeno. A população resultante do
cruzamento de parentais tolerantes e sensíveis se agrupam em classes.

 Resistência horizontal: não existe especificidade na relação hospedeiro -


patógeno e vários genes controlam a expressão da resistência. Esta
resistência é mais duradoura, a proliferação do patógeno é limitada a níveis
que não comprometem economicamente o hospedeiro. A população
resultante do cruzamento de parentais tolerantes e sensíveis tem uma
variação contínua da resistência, resultando em uma distribuição do tipo
normal.
Dominância completa Herança recessiva
GE RR Rr rr RR Rr rr
SE 10 % 10% 70% 70 % 70% 10%
80

Área folhar lesionada (%)


70
Medicago truncatula
60
Espécie diploide GE: genótipos
Um gene controla a resistência 50
SE: severidade da doença (%)
Segregação mendeliana 40
30
20
10
0
Fenótipos Resistentes Susceptíveis Susceptíveis Resistentes

Aditividade Dominância incompleta Sobredominância


GE RR Rr rr RR Rr rr RR Rr rr
SE 10 % 40% 70% 10 % 30% 70% 10 % 5% 70%
80
Área folhar lesionada (%)

70
60
50
40
30
20
10
0
Fenótipos Resistentes Susceptíveis Resistentes Susceptíveis Resistentes Susceptíveis

Esquema de resistência vertical

A população resultante do cruzamento de parentais tolerantes e sensíveis se agrupam em classes


Planta resistente tem menor área foliar lesionada
Parental resistente Parental susceptível

AABBCC x aabbcc
Severidade da doença (%) 10 % 70 %

Híbrido: F1 AaBbCc
40 %
Autofecundação @
Medicago truncatula
Espécie diploide
Três genes controlam a resistência
Geração F2 Fenótipo Freqüência número de alelos Segregação mendeliana
10 % 1 6 (AABBCC)
20 % 5 5
30 % 15 4
40 % 20 3
50 % 15 2
60 % 5 1
70 % 1 0 (aabbcc)

80
Freqüência (%) das progênies

70
60
50
40
30
20
10
0
10 20 30 40 50 60 70
Fenótipos (% Severidade)

Esquema de resistência horizontal

A população resultante do cruzamento de parentais tolerantes e sensíveis tem uma distribuição


contínua da resistência, resultando em uma distribuição do tipo normal.
100% RVC
RVI
% Folhas livres de lesões

50 RHI

20 RHN

0
R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 raças do
patógeno

Gráfico comparativo da resistência vertical e da resistência horizontal

RVC: resistência vertical completa; RHI: resistência horizontal ideal


Na resistência horizontal observa-se ausência de interação do hospedeiro e dos genes de virulência
nas diferentes raças do patógeno.
MEDIDAS DE CONTROLE

 Cultivares resistentes

 Antecipação de cortes

 Rotação de culturas

 Controle de vetores

 Uso de fungicidas
Medidas de controle de acordo com as doenças que atacam alfafa.
Doença AC* AP CR CV LEC RC SL UF
Mosaico da alfafa X X
Caule preto X
Antracnose X X
Murcha fusariana X
Mancha ocular X X X
Mancha foliar amarela X
Míldio X X
Pinta preta X X X
Cancro radicular X X
Mofo branco X X X
Podridão úmida das raízes X X
Ferrugem X X
Queima da folha X
Escova de bruxa X
Corchose X
Complexo de podridão da coroa e da raiz X
* AC = antecipação dos cortes; AP = aração profunda; CR = cultivares resistentes; CV = controle de vetores; LEC = limpeza do equipamento
de colheita; RC = rotação de culturas; SL = sementes limpas; UF = uso de fungicidas.
PRAGAS
PRINCIPAIS PRAGAS

 Pulgões

 Lagartas

 Besouros

 Cigarrinhas

 Tripes

 Ácaros
Pulgão manchado Therioaphis trifolii f. maculata (A), pulgão azul Acyrthosiphon
kondoi (B), pulgão verde Acyrthosiphon pisum (C) e pulgão negro Aphis craccivora (D).
DANOS

 Sugam a seiva das folhas e das hastes


 Injetam saliva tóxica na planta, causando atrofiamento da
planta (encurtamento dos entrenós)
 Transmitem doenças (mosaico-da-alfafa)
 Excretam honeydew (exsudato com aspecto de mel), sobre
o qual cresce um fungo preto denominado fumagina, que
prejudica a fotossíntese
Dano causado por pulgão preto (Aphis craccivora)
Fase jovem (A) e adulta - fêmea e macho (B) da lagarta-da-alfafa Colias lesbia pyrrhothea.
Fase jovem (A) e adulta (B) da lagarta-da-soja Anticarsia gemmatalis.
.
Fase jovem (A) e adulta (B) da lagarta-do-cartucho-do-milho Spodoptera frugiperda.
DANO
 Consomes hastes e folhas
 Podem cortar a planta na região do colo
 Podem fazer galeria nas hastes, secando folhas e ramos
Besouros: Gorgulho-da-alfafa Naupactus leucoloma (A) e seus danos às raízes (B e C).
Besouros: Brasileirinho Diabrotica speciosa (A) e vaquinha Epicauta sp. (B).
DANO

 Destrói as folhas da planta, que ficam reduzidas à nervura

vaquinha
Cigarrinha-verde Empoasca sp. sugando as folhas de alfafa e deixando sinais da saliva tóxica nas folhas.

Injúria causada: sucção de seiva e injeção de toxinas


Dano: enrolamento, amarelecimento e posterior secamento das folhas
Tripes Caliothrips phaseoli: adultos (A); ninfas (B); sintomas verificados nas folhas de alfafa atacadas pela praga (A-B).

Injúria causada: sucção de seiva e injeção de toxinas


Dano: folha tem crescimento desigual em torno da lesão, que fica com aparência enrugada
Pode ser vetor de vírus nas plantas
Ácaros Tetranychus urticae (A) e os sintomas verificados nas plantas de alfafa atacadas pela praga (B).

Injúria causada: as colônias desse ácaro localizam-se na parte inferior das folhas, onde deixam
seus ovos, colocados em uma teia tecida com fios de seda, semelhantes aos de uma aranha.
Dano: plantas atrofiadas, com aparência amarelada, com dano grave causando queda das folhas.
A B

Formiga dos gêneros Acromyrnex (quenquén) (A) e Atta (saúva) (B).


MEDIDAS DE CONTROLE

 Cultivares resistentes
 Antecipação de corte
 Controle biológico (predadores e parasitóides ajudam a
reduzir a população de pragas)
 Inseticidas químicos e biológicos

Predador: inseto que mata e consome o outro


Parasitóide: inseto que vive em detrimento de outro, causando, eventualmente, a sua morte
Pragas Inimigos naturais
Pulgões Predadores: Adultos e jovens de Geocoridae, Nabidae,
Coccinellidae e Anthocoridae; larvas de Chrysopidae e Syrphidae.
Parasitóides: microvespas (Aphidiidae).

Lagartas Predadores: Adultos e jovens de Geocoridae, Nabidae e


Anthocoridae.
Parasitóides: de ovos (Trichogrammatidae).

Besouros Predadores: Adultos e jovens de Geocoridae, Nabidae e


Coccinellidae; larvas de Chrysopidae.
Parasitóides: microvespas (Aphidiidae).

Cigarrinha-verde Predadores: Adultos e jovens de Nabidae e Anthocoridae; larvas


de Chrysopidae.
Parasitóides: microvespas (Aphidiidae).

Bueno e Silva, 2008


Predador: joaninha (coccinelídeo) atacando o
Predador: inseto que mata e consome o outro
pulgão

Parasita: microvespas (afídeos) atacando pulgão Parasitóide: inseto que vive em detrimento de
e deixando-o com aspecto de múmia outro, causando, eventualmente, a sua morte

Predadores e parasitóides que podem ser encontrados na cultura da alfafa: Anthocoridae (A e B),
Nabidae (C), Geocoridae (D), Coccinellidae (E e F), Chrysopidae (G), Syrphidae (H), Aphidiidae (I),
Trichogrammatidae (K), Pulgões parasitados (múmias) (J).
Bueno e Silva, 2008
PREDADOR

Predador: joaninha (coccinelídeo) atacando o pulgão

Predador: inseto que mata e consome o outro


PARASITA

Parasita: microvespas (afídeos) atacando pulgão e deixando-o com aspecto de múmia

Emergência do parasitóide da múmia

Parasitóide: inseto que vive em detrimento de outro, causando, eventualmente, a sua morte
TOLERÂNCIA VARIETAL
TIPOS DE RESISTÊNCIA

 Não preferência: a cultivar é menos utilizada pelo inseto para alimentação.

 Antibiose: o inseto se alimenta da cultivar, mas esta exerce efeito adverso


sobre a biologia dele, causando, inclusive, a sua morte. Este tipo de
resistência pode ser causada por presença na planta de substâncias químicas
que provocam a intoxicação do inseto.

 Tolerância: a cultivar sofre menos danos quando comparada a outra


igualmente infestada pelo inseto.
CAUSAS DA RESISTÊNCIA

 Morfológicas: a cultivar tem epiderme mais espessa (maior concentração de


sílica e lignina), reduzindo a alimentação do inseto.

 Químicas: a cultivar produz metabólitos tóxicos que prejudicam a alimentação


do inseto, causando, inclusive, a sua morte.
Inseticidas registrados para controle de pragas na cultura da alfafa.

Marca comercial Ingrediente ativo Classe Classe


toxicológica1 ambiental2
Bac-Control PM Bacillus thuringiensis IV IV
Captan 750 TS Captana III -
Cention SC Diuron II -
Dipel PM Bacillus thuringiensis IV IV
Dipterex 500 Triclorfom II III
Diuron Nortox Diuron II II
Herburon 500 BR Diuron II -
Thuricide Bacillus thuringiensis IV IV
Triclorfon 500 Triclorfon II -
1 I- Extremamente tóxico; II- Altamente tóxico; III- Moderadamente tóxico; IV- Pouco tóxico
2 I- Altamente perigoso; II- Muito perigoso; III- Perigoso; IV- Pouco perigoso

Fonte: Anvisa (2008)


INSETICIDAS BIOLÓGICOS

 À base de bactéria Bacillus thuringiensis para controlar lagartas e


besouros

 À base dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae para


controlar vaquinhas e cigarrinhas
CUIDADOS

 Evitar controle químico  forragem de alfafa destina-se


à alimentação animal

 Alfafa necessita obrigatoriamente de polinização entomófila

 Cultivar resistente e controle biológico é o ideal


CULTIVARES
GENÉTICA

 Espécie: Medicago sativa L.


 Autotetraploide (2n = 4x = 32)
 Alógama (polinização cruzada)
 Polinização: abelhas
 Propagação: sementes
 Ciclo vegetativo: perene, com grande variabilidade genética
 Cultivar recomendada: Crioula
 Sistema de produção preconizado: alfafa/milho
Autotetraploide: indivíduo que tem 4 cromossomos homólogos
Diploide: indivíduo que tem 2 cromossomos homólogos
MECANISMOS QUE FAVORECEM A ALOGAMIA

 Autoincompatibilidade: impossibilidade do gameta masculino e


feminino serem fecundados após a polinização (tubos polínicos
originados do próprio pólen crescem mais lentamente do que os
originados do pólen de fecundação cruzada)

Quando o pólen alcança o estigma germina para dar formação ao tubo polínico (carrega dois núcleos gaméticos).
Núcleo gamético (n) + oosfera (n)  embrião (2n)
Núcleo gamético (n) + núcleos polares (2n)  endosperma (3n)

 Autoesterilidade: impossibilidade de formação de sementes depois da


autofecundação (alta percentagem de aborto de óvulos fecundados)
Ciclo de vida da planta
IMPLICAÇÕES DO MODELO AUTOTETRAPLOIDE

 Os genótipos extremos ocorrem em baixa frequência


 São necessários pelo menos três gerações de acasalamento ao acaso
para que todos os genótipos se manifestem
 Rápida perda de vigor por endogamia  formação de linhas puras é
impraticável para formação de híbridos
 Equilíbrio entre classes é obtido com quatro gerações de acasalamento
ao acaso

População diploide: equilíbrio entre classes é obtido com uma geração de


acasalamento ao acaso
Frequência e estrutura genética de uma população autotetraploide em
diferentes gerações.
Estrutura e suas frequências
Geração
Monoalélico Dialélico Trialélico Tetra-alélico

F1 0 0 0 1,000

F2 0 0,037 0,426 0,537

F3 0,001 0,074 0,474 0,450

F4 0,002 0,106 0,492 0,410

Busbice et al.,1972

. Monoalélico: A1A1A1A1; dialélico: A1A2A2A2; trialélico: A1A2A3A3; tetra-alélico: A1A2A3A4


. São necessários pelo menos três gerações de acasalamento ao acaso para que todos os genótipos se manifestem;
. Equilíbrio entre classes é obtido com quatro gerações de acasalamento ao acaso;
. A frequência da classe monoalélica é reduzida.
CONSEQUÊNCIAS PARA O MELHORAMENTO

 A autofecundação para formação de linhas puras e formação


de híbridos é impraticável

 Utilizar progenitores não aparentados e não endogâmicos nos


cruzamentos para formação das populações sintéticas
Heterose

 Heterose é a medida da superioridade do F1 em relação à


média de seu pais

h = F1 

Progenitores divergentes  maior heterose


CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

 Principais países produtores: EUA, Argentina e Rússia (32.000.000 ha)


 Variedades desenvolvidas em clima temperada  alto grau de repouso
invernal
 Origem: sudeste da Ásia (Irã, Iraque, Afeganistão)
 Brasil clima tropical  variedades com baixo grau de repouso invernal
 Crioula: única variedade com boa adaptabilidade e estabilidade no Brasil
 Situação atual: alto grau de vulnerabilidade genética
 Objetivo: gerar a alfafa tropical, com baixo grau de repouso invernal e
tolerante a estresses abióticos (seca, frio, salinidade, toxidez de Al, baixo P)
e bióticos (pragas, doenças) predominantes na região
ETAPAS DE UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO

 Avaliação e caracterização dos acessos


 Obtenção de população sintética
 Determinação do VCU
 Lançamento como nova cultivar
AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ACESSOS

 Caracterização agronômica
 Caracterização molecular
 Objetivo: estudar a diversidade genética dos acessos
 Progenitores: divergentes e complementares
 Resultado: obter as melhores combinações híbridas
(populações sintéticas)
Acessos introduzidos INTA - Argentina
2600
2520
2500
2458

2400
2328 2330
kg MS/ha/corte

2300 2268

2200
2136
2100

2000

1900
DK 192 Pintado Mecha Siriver 2 ProInta Patricia Crioula

Melhores acessos introduzidos


CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA

 Ciclo: número de dias da emergência ao início do florescimento


 Altura da planta na data dos cortes
 Número de cortes por ano
 Persistência
 Relação folha/caule
 Peso de mil sementes
 Capacidade de rebrota
 Reação a pragas e doenças
 Reação a adversidades (seca, frio, salinidade, toxidez de Al, baixo P)
 Tolerância ao timpanismo
 Caracterização bromatológica (PB, FDN, FDA, DIVMS)
 Produção de matéria seca/ha
 Produção de sementes/ha
 Utilização: corte, feno, pastejo
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR

 Objetivo: realizar a genotipagem dos acessos com


marcadores moleculares

 Caracterização: marcadores moleculares microssatélites


Genotipagem dos acessos em Gel
MP1P2
VARIÁVEIS CANÔNICAS

VC1 = 0,177ALT + 0,001PMS + 0,039MS + 0,266PB + 0,063FDN + 0,029DIV + 0,981CF


VC2 = 0,072ALT + 0,001PMS  0,522MS  0,855PB  0,247FDN + 0,072DIV + 4,267CF
As duas variáveis canônicas explicaram 82% da variação original
Cruz et al., 2011
OBTENÇÃO DE POPULAÇÃO SINTÉTICA

 Melhoramento intrapopulacional

 Melhoramento interpopulacional
MELHORAMENTO INTRAPOPULACIONAL

 Seleção das melhores plantas dentro da cultivar


 Intercruzamento das melhores plantas
 Método de seleção utilizado: seleção recorrente
 Objetivo: aumentar a frequência de alelo favorável na
população
Área experimental: reticulada em subunidades de seleção
Objetivo: estabelecer melhor controle da variação ambiental
Equilíbrio genético é obtido com quatro gerações de acasalamento ao acaso.
Abelha permanece 20 dias no telado
Pelo menos 200 plantas/telado
População sintética
MELHORAMENTO INTERPOPULACIONAL

 Seleção das melhores cultivares


 Seleção das melhores plantas dentro de cada cultivar
 Intercruzamento das melhores plantas
 Método de seleção utilizado: seleção recorrente
 Objetivo: aumentar a frequência de alelo favorável na população
MÉTODO DE MELHORAMENTO
 Seleção fenotípica recorrente: processo cíclico de seleção de indivíduos
desejáveis por seu fenótipo e seu posterior intercruzamento para produção da
geração seguinte  aumento da frequência de alelo favorável na população
Cn

C1
Co
Recombinação

Ensaios de
Seleção de plantas campo e
resistentes estufa

Inoculação com o
patógeno
Freqüência de indivíduos

Freqüência de indivíduos
Ciclo 0 Ciclo 3

Resistentes Susceptíveis Resistentes Susceptíveis


Severidade da doença Severidade da doença

Freqüência de indivíduos
Freqüência de indivíduos

Ciclo 1 Ciclo 4

Resistentes Susceptíveis Resistentes Susceptíveis


Severidade da doença Severidade da doença
Freqüência de indivíduos

Ciclo 2

Freqüência de indivíduos
Ciclo 5

Resistentes Susceptíveis
Resistentes Susceptíveis
Severidade da doença Severidade da doença

Uso de seleção fenotípica recorrente para aumentar indivíduos resistentes a doenças na população.
Gieco (2010)
DETERMINAÇÃO DO VCU

 Exigência do Ministério da Agricultura para registro de


novos lançamentos de cultivares
 Período mínimo do ensaio: três anos
 Locais: pelo menos 3 locais
 Delineamento estatístico: blocos casualizados, com cinco
repetições
 Tamanho da parcela: 8 linhas de 5 m de comprimento
 Tratamentos: Crioula e populações sintéticas promissoras
 Avaliações: caracterização varietal e agronômica dos acessos
 40 g de semente/ensaio de VCU ( 1 g/5 m de comprimento)
Locais dos ensaios de VCU

VCU: Valor de Cultivo e Uso


CARACTERIZAÇÃO VARIETAL
(DESCRITORES)
 Antocianina no hipocótilo: ausente, presente
 Cor do hipocótilo: verde, roxa
 Cor da flor: branca, violeta, roxa
 Padrão da cor da flor: uniforme, desuniforme
 Número de flores por inflorescência na floração plena
 Cor da flor no início do florescimento
 Comprimento das hastes na floração plena
 Pilosidade das hastes na floração plena
 Comprimento do folíolo central
 Largura do folíolo central
 Porte da planta no início da floração: ereto, semi-ereto ou prostrado
 Porta da planta na maturação fisiológica: ereto, semi-ereto ou prostrado
 Cor do tegumento da semente na colheita
 Cor predominante do hilo
 Forma da semente
 Brilho da semente
CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA

 Ciclo: número de dias da emergência ao início do florescimento


 Altura da planta na data dos cortes
 Número de cortes por ano
 Persistência
 Relação folha/caule
 Peso de mil sementes
 Capacidade de rebrota
 Reação a pragas e doenças
 Reação a adversidades (seca, frio, salinidade, toxidez de Al, baixo P)
 Tolerância ao timpanismo
 Caracterização bromatológica (PB, FDN, FDA, DIVMS)
 Produção de matéria seca/ha
 Produção de sementes/ha
 Utilização: corte, feno, pastejo
LANÇAMENTO

 Adaptabilidade: refere-se à capacidade dos genótipos


aproveitarem vantajosamente o estímulo do ambiente

 Estabilidade: refere-se à capacidade dos genótipos


mostrarem um comportamento previsível em função do
estímulo do ambiente
2.5
Produção média de matéria seca

2
Kg MS/ha/corte

1.5

LE N 4

1 Crioula CNPGL

Crioula
0.5

0
1. São Carlos-SP
2. Sete Lagoas-MG
3. Planaltina-DF
4. Petrolina-PE
5. Londrina-PR
1 2 3 4 5

Ambientes

Produção média de matéria seca (kg MS/ha/corte) de três acessos de alfafa, em diversos ambientes, em três anos de cultivo.
LE N 4: acesso promissor
IDEÓTIPO - ALFAFA TROPICAL

 Alta produção de forragem


 Baixo grau de repouso invernal
 Tolerante a pragas e doenças
 Tolerante a Roundup  permite controlar espécies daninhas em estádios
mais avançados de crescimento
 Tolerante ao timpanismo  selecionar plantas com parede celular mais
espessa ou com maior nível de tanino condensado
 Tolerante ao pisoteio
 Alta persistência
 Tolerante à toxidez de Al e baixo P
 Menor requerimento de K
 Hábito de crescimento ereto
 Baixa queda de folhas  maior acúmulo de reservas nas raízes e na coroa
PRODUÇÃO DE SEMENTES
CONDIÇÕES IDEAIS PARA PRODUÇÃO DE SEMENTES

 Temperatura diurna (25o C) e noturna (18o C)


 Baixa umidade relativa: 50%
 Dias longos, com um mínimo de 12 hs de luz
 Baixa precipitação pluviométrica durante o período de formação das sementes à
colheita
 Região promissora para produzir sementes: semi-árido brasileiro
 Potencial de produção: 1.000 kg/ha
APTIDÃO AGRÍCOLA

 0 -20 mm  excelente
 20-40 mm  muito boa
 40-60 mm  boa
 60-80 mm  regular
 80-100mm  problemática
 100-120 mm  muito difícil

Uma região com precipitação pluviométrica até 20 mm, da maturação à colheita, é considerada excelente para
produção de sementes.
Chuva em excesso, da maturação à colheita, causa queda de vagem, aumenta a proporção de sementes duras e
reduz o vigor.

Ochoa, 1980
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Irrigação por gotejamento

Sistema de irrigação ideal para produção de sementes é por gotejamento


Para produção de sementes trabalha-se com o conceito de grupo de plantas
4 a 5 plantas a cada 20 cm da linha de plantio
SISTEMA DE PRODUÇÃO

 Espaçamento: 1 m entre linhas


 Densidade: 1 kg de sementes/ha
 Uso eficiente de polinizadores: 5 abelhas/m2
 Espécies de abelhas polinizadoras: Apis mellifera, Megachile rotundata
 Estresse hídrico na floração  maior quantidade de açúcar no néctar 
beneficio à polinização
 Área isolada para evitar polinização cruzada
DISTÂNCIA ENTRE LOTES PARA PRODUÇÃO
DE SEMENTES

Distância entre lotes de Distância entre lotes


Categoria diferentes cultivares (m) da mesma cultivar (m)

Genética 200

Registrada 100 10

Certificada 50
COLHEITA
 Dessecante: Gramoxone (aplica-se quando 80% das vagens apresentarem
coloração marrom-escuro)
 Dosagem: 4 l/ha
 Característica do herbicida: contato (não afeta a coroa ou rebrota da
planta)
 Sistema preconizado: produzir sementes de alfafa no período da seca e
forragem no período das águas  forragem será um subproduto da
produção de sementes, reduzindo o custo de produção
POLINIZAÇÃO

Apis mellifera
Megachile rotundata
IMPORTÂNCIA DA POLINIZAÇÃO

 Alógama  polinização cruzada


 Abelha toca a alfafa  desenlace dos órgãos sexuais  estigma entra em
contato com o abdômen do inseto carregado de pólen  polinização
 Desenlace dos órgãos sexuais  liberação do estigma, que está no interior
do tubo estaminal (nove estames unidos)
 1 abelha  poliniza 400 flores/hora
 Recomendado  5 abelhas/m2
 Autofecundação  2 sementes/vagem
 Fecundação cruzada  9 sementes/vagem
 As abelhas operárias coletoras de pólen são mais eficientes na polinização
do que as abelhas operárias coletoras de néctar

O pólen é um pó que contém as células reprodutivas masculinas das plantas.


Néctar é um líquido adocicado encontrado na base da flor.
ESTRUTURA DA FLOR

Quilha

Tubo estaminal tem 9 estames unidos (antera e filete)


No interior do tubo estaminal está o gineceu (estigma, estilete e ovário)
DESENLACE DOS ÓRGÃOS SEXUAIS

Quando a abelha pousa na flor para coletar néctar e/ou pólen a pressão que ela exerce sobre a flor provoca o
desenlace floral
Desenlace floral é a liberação do estigma, que está no interior do tubo estaminal (9 estames unidos)
O movimento brusco ao libertar o tubo estaminal provoca a abertura das anteras e, consequentemente, a
disseminação do pólen que está no abdômen da abelha
Estigma entra em contato com o pólen e ocorre a polinização
Rácimo com botões florais (a) e rácimo com duas flores abertas (b)
Cores de flor de alfafa: azulada, violeta-claro, púrpura-claro e púrpura-escuro
ESTÁDIOS DE FORMAÇÃO DO FRUTO

Polinização à colheita: 50 dias


Produção de sementes da fase vegetativa à colheita
Colheita mecanizada
RESULTADOS

 Local: São Carlos-SP


 Produção média : 420 kg de sementes/ha
 Produção máxima: 706 kg de sementes/ha
 Alta população de abelha na área
 Baixa precipitação pluviométrica no período
Dados de Umidade Relativa (UR), Temperatura (T) e Precipitação (P) de São Carlos, SP.
1997-2008 2009
Mês UR(%) T(ºC) P(mm) UR (%) T(ºC) P(mm)
Jun 73 19 30 74 19 7
Jul. 70 18 16 72 18 147
Ago. 67 20 17 63 20 0
Set. 67 21 60 60 23 2
Out. 72 23 107 61 24 56
Nov. 78 23 23 73 22 149

Rassini et al., 2008


CONSERVAÇÃO DA FORRAGEM

Uso: gado confinado, época de seca e geadas


PRINCÍPIOS DA CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS

 Busca-se preservar características dos alimentos

 Deve-se evitar atividades de enzimas e de microrganismos

 Perdas são inevitáveis

 Eleva o custo da forragem


FORMAS DE CONSERVAÇÃO

Silagem Pré-secado Feno Péletes


70% 50% 20% 10%

Para silagem de alfafa a forragem é armazenada com 70% de umidade  30% de MS


ENSILAGEM

 Método de preservação de forragens em um meio ácido, livre de oxigênio.

 Forragem é armazenada com 70 a 60 % de umidade  30 a 40% de MS


 Ausência de O2

 Favorece bactéria láticas

Açúcares  Ácido lático  Abaixamento do pH

Estabiliza a fermentação do silo

 Inibe microrganismos aeróbios nocivos (fungos e bactérias)

 pH baixo (< 4,2)

 Inibe enzimas proteolíticas (enzimas que degradam as proteínas)

 Inibe bactéria anaeróbias nocivas (Clostridium e enterobactérias)


FASES DA ENSILAGEM

pH 6

pH Bactéria
N
Í Oxigênio
V
E
L

Fase aeróbica Fase anaeróbica Fase de


(respiração) (fermentação) estabilização
0 2 dias 14 dias
Ausência de oxigênio favorece bactérias láticas (açúcares  ácido lático  abaixamento do pH)  estabilização da fermentação
DIFICULDADES PARA ENSILAR ALFAFA

 Baixo teor de carboidratos solúveis (açúcares), precursores dos ácidos


orgânicos (ácido lático), que estabilizam a fermentação no silo

Açúcares  Ácido lático  Abaixamento do pH

 Alta concentração de proteína atua impedindo a redução do pH (alto poder


tampão)

 Alta umidade (80%) no momento adequado ao corte (10 % de floração)

 Caule tubular oco, impedindo a completa retirada do ar no momento da


ensilagem
OPERAÇÕES ENVOLVIDAS

Corte Desidratação Coleta


DESIDRATAÇÃO

 Radiação solar e temperatura


 Umidade relativa do ar
 Vento
 Chuvas
 Largura da leira
 Herbicidas dessecantes

Herbicidas dessecantes mantêm os estômatos abertos e aceleram a taxa de secagem das plantas.
UMIDADE
 30 a 40% de MS => bactérias lácticas => ácido láctico => ajuda a estabilizar
a fermentação do silo

 Menos de 30% de MS => Clostridium => fermentação butírica => chorumes


(forragem mais úmida)

 Mais de 40% de MS => dificuldade de compactação => leveduras e mofos


(forragem mais seca)

Chorumes Mofos
TIPOS DE SILO PARA SILAGEM DE ALFAFA

Trincheira Superfície Cisterna

Fardo de 500 kg: R$210,00


Pré-secado

Produto intermediário entre silagem e feno => 50 a 60% de MS


Forragem é armazenada com 50 a 40% de umidade

Enleiramento Enfardamento Armazenamento do fardo

Fardo de 500 kg: R$490,00


PÉLETES
 Forragem desidratada e compactada em pequenos cubos
 Forragem é armazenada com 10% de umidade

Saco de 25 kg: R$45,00


1 kg de péletes equivale a 3 kg de feno
FENAÇÃO

 Processo de conservação de volumoso que, mediante rápida


desidratação, paralisa o metabolismo da planta e a atividade
de microrganismos presentes na forragem e no ambiente.

 Forragem é armazenada com 15 a 20% de umidade  85 a


80% de MS
FENO

Corte Enleiramento Fardo

Fardo de 30 kg: R$25,00


PERDAS DURANTE A FENAÇÃO

– fisiológicas
• consumo de açúcares pela respiração (cessa quando a forragem
atinge 40% de MS) CHO + O2  CO2 + H2O

• proteólise (perda de N no caso de aquecimento)

– mecânicas
• no corte (altura do resíduo)
• no manuseio (revolvimento, colheita, enfardamento )

– lixiviação (perda de compostos solúveis : açúcares, N não proteico -


nitrato, vitaminas e sais minerais). Depende de:
• intensidade e duração das chuvas
• conteúdo de água da planta
ADITIVOS

 Podem ser usados para melhor conservação da silagem e do feno de


alfafa

 Exemplos: diacetato de sódio, ácido propiônico, propionato de


amônio, ureia, amônia anidra

 Reduz a disponibilidade de água e de oxigênio no meio

 Inibe microrganismos nocivos (fungos e bactérias)


QUALIDADE DO FENO

 Umidade correta
 Coloração esverdeada
 Maciez ao tato
 Ausência de fungo e poeira
 Odor característico
UTILIZAÇÃO DA ALFAFA NA ALIMENTAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS
Produtividade média de leite nos principais países produtores de leite

IBGE, 2013
Produtividade no Brasil: 1.200 l leite/vaca/ano
Investir em C, T & I

Forragens de boa qualidade


Animais de alto potencial genético
Fazenda Colorado: 63.000 litros/dia
Produtividade: 41 litros/vaca
Proprietário: Lair Antônio de Souza
Localização: Araras-SP

Fazenda modelo
Higiene de ordenha
1,79%
Administração Reprodução
3,22% 2,28%
Sanidade
2,64%
Alimentos
concentrados
31,17%

Salários
21,70%

Manut. Gerais
8,95%

Operações rotina
6,10% Volumosos
22,15%

Composição média dos custos de produção de leite

Bigma Consultoria, 2013


Concentrado e volumoso representam 53% do custo de produção
COMO MINIMIZAR O USO DO CONCENTRADO NA
COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DE LEITE

• Reduzir oferta de concentrados

• Reduzir o custo dos concentrados  alterar os ingredientes da dieta

• Maximizar uso de forragem de boa qualidade

Rainha das forrageiras

PB: 29% PB: 25%


Pastejo: estádio de botão floral
FDN: 40%
FDA: 30%
Um corte com florescimento NDT: 65%
completo/ano
DIVMS: 75%
MS: 20%
Armazenar carboidratos na raiz
e na coroa
Pastejo: 10% de florescimento
LINHAS DE PESQUISA

 Pastejo exclusivo em alfafa

 Alfafa como parte da dieta

Alfafa como substituto parcial de concentrado


Alfafa como indutor da melhoria da qualidade da forragem
consumida pelo animal
PASTEJO EXCLUSIVO EM ALFAFA

 Timpanismo

 Desiquilíbrio na relação energia-proteína

 Eficiência reprodutiva dos animais


CAUSAS DO TIMPANISMO

 Alta relação folha:talo

 Elevado teor de proteína bruta

 Parede celular pouco espessa

 Grande fragilidade das folhas

DIVMS: 75%
TIMPANISMO

 Sintoma: anormal dilatação do rumem causada por uma excessiva retenção


de gases
 Melhoramento: selecionar plantas com parede celular mais espessa ou com
maior nível de tanino condensado
 Pré-secagem da alfafa reduz o risco de timpanismo
Desiquilíbrio na relação energia-proteína
75 % da PB da alfafa é degradada no rúmen

Produção excessiva de amônia no rúmen

Bactérias fibrolíticas são incapazes de aproveitar

Amônia entra na circulação sanguínea

Fígado transforma amônia em ureia

Ureia é eliminada pelo rim (urina) ou pela glândula mamária (leite)


Este processo requer energia e, consequentemente, diminui a energia disponível para a produção de leite.
Nitrogênio ureico do leite (NUL)

NUL de 20 mg/dL

Redução na produção de 3,5 litros de leite/dia

Energia que foi desviada para a síntese da ureia

Arias, 1996
NUL limite: 19 mg/dL
EFICIÊNCIA REPRODUTIVA

 Subprodutos do metabolismos do nitrogênio no rúmen (amônia) e no fígado


(ureia) podem prejudicar o espermatozoide, o óvulo e a sobrevivência do
embrião.

 Subprodutos do metabolismos do nitrogênio no rúmen (amônia) e no fígado


(ureia) pode afetar a produção de progesterona. A progesterona é
essencial no desenvolvimento folicular, na migração do embrião até o útero
e na manutenção da prenhez.

Taxa de prenhez reduziu 20% quando a concentração de NUL ultrapassou 19 mg/dL (Butler, 2004)
PASTEJO EXCLUSIVO EM ALFAFA

 Lotação: 3 UA/ha
 Potencial de produção de leite: 20 litros/vaca/dia, em pastejo direto, sem
complementação energética e proteica, adicionando apenas sal mineral
 O sistema pastoril (alfafa e sal mineral) teve custo operacional aproximadamente
10% menor e margem bruta 16% superior em relação ao sistema confinado
(silagem de milho e concentrado)
 No pastejo exclusivo de alfafa, para evitar timpanismo, a cada dia acrescenta-se
duas horas de pastejo, até totalizar 24 horas/dia
 Medicamento: rumensin
 Na Argentina utiliza-se consórcio de alfafa com festuca para reduzir timpanismo

Vilela (1998)
Curvas de produção de leite com dietas à base de pastagem de alfafa e feno de alfafa, sem concentrado.

Gallardo et al.,1994

Maior produção de leite em pastejo  hábito seletivo de pastejo dos animais  consumo de forragem com melhor qualidade nutritiva
Alfafa em pastejo x alfafa cortada

Produção de leite de vacas alimentadas com alfafa cortada e fornecida no cocho comparada com
vacas em pastejo de alfafa, com o mesmo nível de oferta de forragem e de concentrado.
Resposta animal Pastejo Cortada
Produção diária de leite (l/vaca) 20,5 a 18,4 b
Consumo diário de alfafa (kg de MS/vaca 11,7 13,8
Consumo diário total (kg de MS/vaca) 16,75 18,80
Eficiência de conversão (l de leite/kg de MS) 1,22 0,98
a, b Produção de leite seguida de letras distintas difere estatisticamente (P < 0,05).

Comeron e Romero, 2007

Maior produção de leite em pastejo  hábito seletivo de pastejo dos animais  consumo de forragem com melhor qualidade nutritiva
RECOMENDAÇÃO

 Até 18 kg/dia de leite: alfafa e sal mineral

 De 18 a 24 kg/dia de leite: alfafa, sal mineral e concentrado energético

 Acima de 25 kg/dia de leite: alfafa, sal mineral e concentrado energético


enriquecido com proteína de baixa degradabilidade no rumem

Vilela, 1998
ALFAFA COMO PARTE DA DIETA

 Para animais com produção superior a 6.000 litros de leite/lactação


recomenda-se alfafa participando com 30 a 40% da matéria seca
consumida (6 a 8 kg de MS de alfafa)

 Alfafa + pastagem tropical + concentrado (época das águas)


Alfafa + forragem conservada + concentrado (época da seca)

 4 hs de pastejo em alfafa (2 hs após a primeira ordenha e 2 hs após


a segunda ordenha)
SISTEMA DE PRODUÇÃO PRECONIZADO

Seca: alfafa + silagem de milho + concentrado


Águas: alfafa + capim-tanzânia + concentrado
MANEJO ALIMENTAR

 Na época da seca, a silagem de milho e o concentrado serão


fornecidos duas vezes ao dia, 40% pela manhã e 60% à tarde,
sempre após o pastejo em alfafa.

 Na época das águas, o concentrado será também fornecido duas


vezes ao dia, 40% pela manhã e 60% à tarde, também após o
pastejo em alfafa.

 Pastejo em capim tanzânia ocorrerá, preponderantemente, à


noite.
BENEFÍCIOS DA SILAGEM DE MILHO E DA
FORRAGEM TROPICAL COMO PARTE DA DIETA

 Fornece a energia digestível ou metabolizável que está em déficit

 Equilibra a proteína de alta degradabilidade que está em excesso

 Reduz o potencial de timpanismo


ESTIMATIVAS DE CONSUMO

 Dióxido de titânio: estima o consumo total de cada animal

Alfafa + silagem de milho + concentrado (época da seca)

 Técnica de absorção do carbono: permite a identificação


do carbono derivadas de plantas C3 e C4

Alfafa + capim tanzânia + concentrado (época das águas)


RESULTADOS

 Cultivar: Crioula
 Produção de forragem: 1.500 kg MS/ha/corte
 Número de cortes: 13 cortes/ano
 Produção: 20 ton. MS/ha/ano
 Distribuição da forragem: 58% águas e 42% seca

Rassini et al., 2008


QUALIDADE DA FORRAGEM
 PB: 25%
 FDN: 40%
 FDA: 30%
 NDT: 65%
 DIVMS: 75%
 MS: 20%
Distingue alfafa: alto teor de proteína, baixo teor de fibra e alta digestibilidade
desta fibra
FDN: celulose, hemicelulose e lignina (parede celular)
FDA: celulose e lignina
< FDN > Digestibilidade > CMS

Netto et al., 2011


Forragem de boa
Forragem passada
qualidade

parede celular

conteúdo celular

Parede celular fina: Parede celular espessa:

FDN  = alto CMS FDN  = baixo CMS


Parede Celular

Secondary wall

Inner layer (S3)

Middle layer (S2)

Primary wall (P) Outer layer (S1)

Middle lamella

Parede celular é o esqueleto da planta


Componentes de uma célula

Conteúdo celular
Ácidos Orgânicos
Açúcares
Amido
Frutanas

Lamela média
Substâncias
pécticas
b-glucanas

Parede Celular
Hemicelulose
Celulose
Lignina
Carboidratos das plantas

Conteúdo celular Parede celular

Ácidos Açúcares Amido Frutanas Pectina Hemicelulose Celulose


orgânicos b-glucanas
CNE FDA
Galactanas
FDN
CNF

FDN = celulose + hemicelulose + lignina (fibra insolúvel em detergente neutro)


FDA = celulose + lignina (fibra insolúvel em detergente ácido)
Lignina não é carboidrato, é um composto fenólico.
CNE = açúcares + amido + frutanas (carboidrato não estrutural)
CE = pectina + hemicelulose + celulose (carboidrato estrutural)
CNF = açúcares+ amido + frutanas + pectina (carboidrato não fibroso)
CF = hemicelulose + celulose (carboidrato fibroso)
< FDN > Digestibilidade > CMS
Leaves: 12-16% ADF
22-30% CP
100%
Stems: 28-45% ADF
12-18% CP

Non-structural carbohydrates
(sugars, starch, frutanas)
Cell solubles (NSC)
100% digestible

Structural carbohydrates
(cellulose, hemicellulose, pectin)

Proteins (soluble and bound)

Cell wall (NDF) Oils (lipids)


0-60% digestible
Ash (minerals)

Whole plant Plant cell Whole plant analysis


Qualidade da alfafa segundo sua estrutura vertical

Estrato superior > Folhas < Talos > H2O < MS


< FDN > Digestibilidade < Lignina
> CMS

Estrato inferior
< Folhas > Talos < H2O > MS
FDN <Digestibilidade > Lignina
< CMS
Variação da digestibilidade da alfafa por estratos de pastejo

Cagiano, 2007
30

25

20
PB (%)

15

10

0
prebotão
pré botao botao
botão 10%de
10% de florescimento
reflorescimeto florescimento
Florescimento
completo
completo

Porcentagem de proteína bruta da alfafa em função de estádios de crescimento

Rodrigues et al., 2008

Pastejo no estádio de pré-botão: 29% de PB


Necessário deixar um ciclo de pastejo com florescimento completo por ano para armazenar carboidratos
na raiz e na coroa
Extratos
(cm)
60-70
% PB

50-60 % FDN

40-50

30-40

20-30

10-20

0-10

0 10 20 30 40 50 60 70
(%)

Qualidade da forragem expressa em porcentagem de proteína bruta (PB) e de fibra em


detergente neutro (FDN) por extrato de pastejo

Comeron e Romero, 2007


Caule Folha
Extratos
(cm)
60-70

50-60

40-50

30-40

20-30

10-20

0-10

400 300 200 0 100 200 300 400

Kg MS extrato-1 ha-1

Distribuição da biomassa de caule e folha por extratos da planta

Comerón e Romero, 2007


Momento de ingresso do animal no piquete
Manhã Tarde

% MS

CHO

Perda de umidade
0.75 800

0.65 0.85 900 700

Kg carne/ha
0.75 800
0.55 600
Kg PV/nov/dia

0.65 700
0.45 500
0.55 600
45 55 65 75 85 95
0.45 500
% de utilização
45 55 65 75 85 95
% de utilização
Ganho de peso ha-1 Ganho de peso individual dia-1

Ganho de peso individual por animal e por hectare


-1
em função da eficiência de utilização da pastagem
-1
de alfafa.
Ganho de peso ha Ganho de peso individual dia

De León e Ustarroz, 2007

Lotação animal elevada reduz o ganho de peso individual


Lotação animal
Número elevado de animais/ha pode reduzir o consumo

Vacas utilizam reservas corporais para produção de leite

Ocorre perda de peso do animal

Pode afetar a eficiência reprodutiva do animal

Produção de forragem de alfafa: 1500 MS ha/corte


Pastejo exclusivo em alfafa: 3 UA/ha
Alfafa como parte da dieta  7 kg MS alfafa/dia  4 hs de pastejo  6 UA/ha
Custo de produção de 1 ha de alfafa1.

Item Unidade Total


Custo de formação R$/ha/ano 2.656,00
Custo de manutenção R$/ha/ano 4.758,00
Investimento R$/ha/ano 8.308,00
Custo de produção da forragem R$/ha/ano 7.224,00
Produção de matéria seca Ton. 20
Vida útil da pastagem Anos 3
Custo do kg de matéria seca R$ 0,36

Custo da alfafa: R$0,36 kg de MS


Custo da silagem de milho: R$0,25 kg de MS Fardo de 30 kg: R$25,00
Custo do capim tanzânia: R$0,16 kg de MS
Custo do concentrado: R$1,30 kg de MS
Custo do farelo de soja: R$1.600,00/ton.
Custo do farelo de milho: R$500,00/ton. R$0,83 kg de MS

Tupy, 2015
METODOLOGIA

 Área: 5 ha de alfafa
 Tratamento: 0, 1, 2 e 4 hs de pastejo em alfafa
 Suplemento: silagem de milho e concentrado (época da seca)
e capim tanzânia e concentrado (época das águas)
 Delineamento: blocos ao acaso, com 3 repetições
 Pastejo rotacionado, com 30 dias de descanso (270 piquetes)
 3 vacas/repetição (36 animais)
Margem de lucro/controle nos diversos tratamentos de pastejo em alfafa na época da seca1.

Variável Controle 1 hora 2 horas 4 horas

Consumo de Alfafa (kgMS) - 2,75 5,08 6,17


Consumo de Silagem (kgMS) 10,08 9,05 6,43 5,72
Consumo de Concentrado (kgMS) 8,37 7,02 6,28 5,20
Consumo total (kgMS) 18,45 18,32 17,79 17,09

Produção de leite (l/vaca/dia) 26,28 26,18 25,69 26,09


Peso dos animais (kg) 561,75 573,69 548,23 571,19

Custo da dieta (R$/kg) 0,53 0,48 0,47 0,43


Custo do concentrado (R$/kg) 0,98 0,95 0,91 0,91
Custo/litro de leite (R$) 0,41 0,38 0,36 0,33
Custo da dieta/vaca/dia (R$) 10,81 9,99 9,17 8,62
Margem de lucro/controle (%) - 2,77 5,05 7,52

1Margem de lucro obtida em março/2014.


Margem de lucro/controle nos diversos tratamentos de pastejo em alfafa na época das águas1.
Variável Controle 1 hora 2 horas 4 horas

Consumo de Alfafa (kgMS) - 2,35 4,81 6,74


Consumo de Tanzânia (kgMS) 10,42 8,38 7,03 5,67
Consumo de Concentrado (kgMS) 9,82 9,32 9,03 8,73
Consumo total (kgMS) 20,24 20,05 20,87 21,14

Produção de leite (l/vaca/dia) 23,86 23,28 23,41 24,21


Peso dos animais (kg) 539,75 550,69 537,23 528,47

Custo da dieta (R$/kg) 0,62 0,59 0,54 0,49


Custo do concentrado (R$/kg) 1,09 1,05 0,98 0,88
Custo/litro de leite (R$) 0,47 0,44 0,39 0,36
Custo da dieta/vaca/dia (R$) 11,99 11,18 9,92 8,57
Margem de lucro/controle (%) - 2,58 4,42 6,13

1Margem de lucro obtida em março/2014.


ANÁLISE EX-ANTE
 Área: 35 ha

 Sistema de produção preconizado

alfafa + capim tanzânia + concentrado (época das águas)  novembro/março


alfafa + silagem de milho + concentrado (época da seca)  abril/outubro

 Uso da alfafa na dieta mantém a produção de leite em relação ao tratamento


controle (25 l vaca/dia)

 Alfafa: 7 kg MS da dieta
Análise bromatológica dos componentes das dietas experimentais1.

SILAGEM FARELO DE FARELO DE


PARÂMETRO TANZÂNIA ALFAFA
DE MILHO MILHO SOJA

PB (% da MS) 8,25 16,23 25,60 9,24 48,93

Proteína Solúvel (% PB) 41,40 42,00 30,00 11,00 35,9

FDN (% da MS) 44,25 65,00 44,08 16,71 14,88

FDA (% da MS) 22,53 38,91 29,01 5,93 9,49

N-FDN (% da MS) 0,13 1,17 0,97 0,21 0,32

Lignina (% da MS) 3,48 4,11 7,21 1,51 2,50

Extrato Etéreo (% da MS) 3,20 2,27 3,24 6,05 0,93

Cinzas (% da MS) 3,50 8,78 10,31 1,61 8,28


1Laboratório de Nutrição Animal, Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos, SP.
Quantidade dos ingredientes das dietas nos tratamentos controle e de pastejo em alfafa na época da seca 1.
INGREDIENTE2 CONTROLE ALFAFA
Silagem de milho 12,60 5,63
Alfafa - 7,00
Farelo de Milho 1,30 5,00
Farelo de Soja 3,56 0,54
Núcleo Mineral 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01
Matéria Seca Total 18,05 18,75
1Critério adotado: manter a oferta teórica de FDN da dieta, teores semelhantes de Proteína e Energia das dietas; 2 quantidade dos ingredientes (kg/animal/dia de MS)
Quantidade dos ingredientes das dietas nos tratamentos controle e de pastejo em alfafa na época das águas 1.
INGREDIENTE2 CONTROLE ALFAFA
Capim Tanzânia 10,40 5,65
Alfafa - 7,00
Farelo de Milho 6,25 6,00
Farelo de Soja 1,30 0,00
Núcleo Mineral 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01
Matéria Seca Total 18,54 19,24
1Critério adotado: manter a oferta teórica de FDN da dieta, teores semelhantes de Proteína e Energia das dietas; 2 quantidade dos ingredientes (kg/animal/dia de MS)
Informações da tecnologia para os tratamentos controle e de pastejo em alfafa usados no modelo.

TRATAMENTO CONTROLE1 SM CAT CONC

Consumo/vaca/dia verão (M.S.) - 10,40 8,14

Consumo/vaca/dia inverno (M.S.) 12,60 - 5,45

Área em hectares 24,19 10,81 -

Produção de M.S./ha 13.600 18.000 -

TRATAMENTO COM ALFAFA SM CAT ALF CONC

Consumo/vaca/dia verão (M.S.) - 5.65 7,00 6,59

Consumo/vaca/dia inverno (M.S.) 5,63 - 7,00 6,13

Área em hectares 12,51 6,80 15,69 -

Produção de M.S./ha 13.000 15.000 20.000 -


SM - silagem de milho; CAT - Capim-tanzânia; ALF - Alfafa; CONC - Concentrado.

Silagem de milho: 40 ton. MO/ha; Capim-tanzânia: 3.000 kg MS/corte (5 cortes); Alfafa: 1.500 kg MS/corte (13 cortes)
Custos de produção das vacas no sistema tradicional e no sistema com alfafa.

Itens de custo de produção (R$) Sistema tradicional Sistema com alfafa

Concentrado época das águas 53.565,54 38.734,54

Concentrado época da seca 83.889,94 59.570,09

Silagem de milho 81.474,95 52.264,52

Nº de vacas em lactação 77 81

Custo operacional/vaca/ano 5.359,55 4.843,34


Resultados econômicos produzidos pelo modelo para os tratamentos controle e de pastejo em alfafa 1.

INDICADORES DE RESULTADOS Controle Alfafa DIF %


Lucro líquido/hectare/ano (R$) 3.393,24 3.728,85 9,89
Custo/vaca/ano (R$) 5.359,55 4.843,34 -9,63
Produção diária (kg de leite) 1.915,68 2.021,68 5,53
Nº de vacas em lactação 77 81
1Custo de produção obtido em junho/2014.

Premissa: uso da alfafa na dieta mantém a produção de leite em relação ao tratamento controle
Produção diária de leite: adição da alfafa permitiu aumentar número de vacas em lactação
Custo/vaca/ano: reduziu e eliminou farelo de soja na época da seca e das águas, respectivamente
Lucro líquido/hectare/ano: aumentou número de vacas em lactação, reduziu farelo de soja na dieta e reduziu consumo de silagem
Composição da dieta nos diversos tratamentos de pastejo em alfafa na época da seca em diferentes
níveis de lactação.1
INGREDIENTE2 CONTROLE 3 kg de MS/dia 5 kg de MS/dia 7 kg de MS/dia 10 kg de MS/dia
Produção de 20 litros por animal dia
Silagem 15,00 12,01 10,02 8,03 5,04
Alfafa - 3,00 5,00 7,00 10,00
Farelo de Milho 0,10 0,50 2,00 2,50 2,50
Farelo de Soja 2,50 1,90 0,40 0,00 0,00
Núcleo Mineral 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Matéria Seca Total3 18,19 18,00 18,01 18,11 18,12
% de FDN4 1,19 1,19 1,19 1,19 1,19
Produção de 25 litros por animal dia
Silagem 12,60 9,61 7,62 5,63 2,64
Alfafa - 3,00 5,00 7,00 10,00
Farelo de Milho 1,30 3,20 3,75 5,00 5,50
Farelo de Soja 3,56 2,37 1,33 0,54 0,00
Núcleo Mineral 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Matéria Seca Total3 18,05 18,77 18,19 18,75 18,72
% de FDN4 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Produção de 30 litros por animal dia
Silagem 11,20 8,21 6,22 4,23 1,24
Alfafa - 3,00 5,00 7,00 10,00
Farelo de Milho 4,00 5,40 6,30 7,20 8,30
Farelo de Soja 4,23 2,86 1,95 1,04 0,00
Núcleo Mineral 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Matéria Seca Total3 20,20 20,06 20,06 20,05 20,12
% de FDN4 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89
1 Critério adotado: manter a oferta teórica de FDN da forragem, teores semelhantes de Proteína e Energia das dietas; dietas; 2 Quantidade dos
ingredientes (kg.animal.dia-1 de Matéria Seca); 3 Consumo Total de Matéria Seca Calculado; 4 % de FDN sobre o peso vivo animal.
Composição da dieta nos diversos tratamentos de pastejo em alfafa na época das águas em diferentes níveis
de lactação.1
INGREDIENTE2 CONTROLE 3 kg de MS/dia 5 kg de MS/dia 7 kg de MS/dia 10 kg de MS/dia
Produção de 20 litros por animal dia
Tobiatã 10,40 8,37 7,01 5,65 3,62
Alfafa - 3,00 5,00 7,00 10,00
Farelo de Milho 5,20 5,60 5,30 4,90 4,00
Farelo de Soja 0,83 0,00 0,00 0,00 0,00
Núcleo Mineral 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Matéria Seca Total (kg)3 17,02 17,55 17,90 18,14 18,10
% de FDN4 1,21 1,21 1,21 1,21 1,21
Produção de 25 litros por animal dia
Tobiatã 10,40 8,37 7,01 5,65 3,62
Alfafa - 3,00 5,00 7,00 10,00
Farelo de Milho 6,25 6,40 6,30 6,00 5,40
Farelo de Soja 1,30 0,37 0,00 0,00 0,00
Núcleo Mineral 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Matéria Seca Total (kg)3 18,54 18,72 18,90 19,24 19,60
% de FDN4 1,21 1,21 1,21 1,21 1,21
Produção de 30 litros por animal dia
Tobiatã 10,40 8,37 7,01 5,65 3,62
Alfafa - 3,00 5,00 7,00 10,00
Farelo de Milho 7,50 7,76 8,10 8,20 7,30
Farelo de Soja 1,85 0,98 0,46 0,10 0,00
Núcleo Mineral 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42
Bicarbonato de Sódio 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16
Monensina Sódica 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Matéria Seca Total (kg)3 20,34 20,69 21,16 21,54 21,50
% de FDN4 1,21 1,21 1,21 1,21 1,21
1 Critério adotado: manter a oferta teórica de FDN da forragem, teores semelhantes de Proteína e Energia das dietas; dietas; 2 Quantidade dos
ingredientes (kg.animal.dia-1 de Matéria Seca); 3 Consumo Total de Matéria Seca Calculado; 4 % de FDN sobre o peso vivo animal.
LUCRO LÍQUIDO/HECTARE/ANO
6.000,00

5.000,00

4.000,00

3.000,00

2.000,00

1.000,00

T20: vacas de 20 litros/dia controle  silagem de milho + concentrado (época da seca); capim tanzânia + concentrado (época das águas)
T20-3:: vacas de 20 l leite/dia consumindo 3 kg de MS de alfafa/dia
T30-10: vacas de 30 l leite/dia consumindo 10 kg de MS de alfafa/dia

Margem de lucro obtida em março/2014.


FORMA ALTERNATIVA DE PASTEJO
(cortar e enleirar a alfafa)

•Animal pasteja após 4 hs do corte da forragem


•Forragem é enleirada para facilitar o consumo
•Reduz o potencial de timpanismo
•Reduz perda de forragem
•Técnica para ser utilizada em áreas maiores, exige maquinário
•Pastejo em faixas  tamanho do piquete depende da estação do ano  maior eficiência no uso da forragem
•Piquete fixo (30 piquetes)  verão sobra forragem (PD 26 dias)  inverno falta forragem (PD 34 dias)
IMPACTO NO SISTEMA DE PRODUÇÃO PRECONIZADO

Seca: alfafa + silagem de milho + concentrado


Águas: alfafa + capim-tanzânia + concentrado

Impacto: redução de 10% no custo de produção


Motivo: redução ou eliminação do farelo de soja na dieta
redução no consumo de silagem de milho
aumento no número de vacas em lactação
Utilização da alfafa em pastejo, como parte da
dieta de novilhas em crescimento
Oferta e consumo de matéria seca (MS) de alfafa, de cana-de-açúcar e de
concentrado pelas novilhas, em dois tratamentos experimentais.
Variável Tratamento A Tratamento B
Oferta (kg de MS/novilha/dia)
Cana-de-açúcar 6,6 2,8
Alfafa --- 5,2
Concentrado 1,8 1,8
Total 8,4 9,6
Consumo (kg de MS/novilha/dia)
Cana-de-açúcar 6,2 2,8
Alfafa --- 2,4
Concentrado 1,8 1,8
Total (kg de MS/novilha/dia) 8,0 6,7
Total (% do peso vivo) 3,0 2,6
Tratamento A: suplementação apenas com cana-de-açúcar e concentrado.
Tratamento B: suplementação com cana-de-açúcar, concentrado e alfafa.
Peso vivo inicial, média de idade das novilhas, ganho de peso total e ganho de
peso diário das novilhas, em dois tratamentos experimentais.
Dieta CV
Variável (%)
Tratamento A Tratamento B
Peso vivo inicial (kg) 226,0 225,0
Idade inicial (meses) 11,6 11,7
Ganho de peso total (kg) 50,67 a 67,33 b 11,6
Ganho de peso diário (kg/dia) 0,69 a 0,92 b 11,6
Médias seguidas de letras iguais, na linha, não diferem (P > 0,05) pelo teste de Tukey. Tratamento A: dieta
apenas com cana-de-açúcar e concentrado. Tratamento B: dieta com cana-de-açúcar, concentrado e alfafa
em pastejo. CV = coeficiente de variação.

Rodrigues et al., 2009


VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA ALFAFA
COMO PARTE DA DIETA
 Reduz a utilização de concentrado (60% do custo da alimentação)
 Permite a utilização de concentrado com menor teor proteico
 Reduz o custo de produção de leite
 Reduz a utilização da silagem na época da seca
 Reduz o potencial de timpanismo
 Permite melhor equilíbrio na relação energia:proteína
 Aumenta o número de animais que pastejam alfafa
 Aumenta a produção de leite/ha
 Reduz a aplicação de fertilizante nitrogenado
 Reduz a estacionalidade da produção de forragem
 Reduz a sazonalidade da produção de leite
 Aumenta a lucratividade da atividade leiteira
 Eleva o ganho de peso em novilhas em crescimento
 Aumenta o teor de gordura no leite, por possuir fibras longas que as bactérias
ruminais transformam em ácidos graxos, precursores da gordura
CUIDADOS NO MANEJO

 Controle de plantas daninhas (Pivot e Fusilade)


 Irrigação (70% da capacidade de campo)
 Correção de solo (80% de saturação de base)
 Adubação de manutenção (P:20 ppm; K:5% CTC do solo)
 Corte (10% de florescimento)
 Pastejo em faixas
 Produtividade: 1.500 kg MS/corte
 13 cortes/ano
 Produção: 20 ton. MS/ano
UTILIZAÇÃO DA ALFAFA NA ALIMENTAÇÃO DE EQUINOS
ESQUEMA DE FORNECIMENTO

 Forma de utilização: feno

 Pastejo inviável: cavalo pasteja rente ao solo danificando a


coroa

 Esquema de fornecimento: volumosos em manjedouras e


concentrado no cocho
MODELOS DE MANJEDOURAS
HORÁRIO DE FORNECIMENTO

 Manhã: ½ do concentrado

 Meio dia: ½ do concentrado + ⅓ do volumoso

 Tarde/noite: ⅔ do volumoso

Alimentar os animais 1 hora antes do exercício.


APROXIMAÇÃO COM O SETOR PRODUTIVO
ASSUNTOS ABORDADOS
 Plantio
 Controle de plantas daninhas
 Correção do solo e adubação
 Manejo da irrigação
 Manejo da forragem
 Cultivares
 Produção de sementes
 Doenças
 Pragas
 Conservação da forragem
 Utilização da alfafa para alimentação de vacas leiteiras
 Utilização da alfafa para alimentação de equinos
ASSUNTOS ABORDADOS
 Origem, evolução e domesticação
 Morfologia
 Citogenética
 Genética quantitativa
 Melhoramento genético para resistência a doenças
 Melhoramento genético para resistência a pragas
 Melhoramento genético da alfafa
 Biotecnologia aplicada ao melhoramento genético da alfafa
 Cultivares de alfafa no Brasil
 Procedimentos biométricos aplicados ao melhoramento genético
da alfafa
Reinaldo de Paula Ferreira
Duarte Vilela
Eduardo Alberto Comeron
Alberto Carlos de Campos Bernardi
Décio Karam

Editores Técnicos
INSTITUIÇÕES

 Embrapa Pecuária Sudeste


 Embrapa Gado de Leite
 Embrapa Pecuária Sul
 ESALQ/Piracicaba
 INTA – Argentina
 UNESP/Jaboticabal e Botucatu
 Universidade Federal de Lavras
 Universidade Federal do Rio Grande do Sul
 Universidade Federal de Viçosa
 Embrapa Informação Tecnológica
AQUISIÇÃO DOS LIVROS

 Livraria Embrapa
 Pedido pelo site: www.embrapa.br/livraria
 Fone: (61) 3448-4236
 Fax: (61) 3448-2494
 E-mail: livraria@embrapa.br
 Redes sociais: facebook.com/livrariaembrapa
twitter.com/livrariaembrapa
PREÇO DOS LIVROS

 Cultivo e utilização da alfafa nos trópicos  R$80,00

 Melhoramento genético da alfafa  R$30,00

 Cultivo e utilização da alfafa em pastejo para alimentação


de vacas leiteiras  R$15,00
Lançamento
PONTOS PARA REFLEXÃO
Por que a alfafa ainda não expandiu no Brasil?

 Alto custo de produção da forragem


 Questões culturais: pecuarista não é agricultor
 Alfafa exige tratos culturais adequados (irrigação, calagem, adubação de
plantio e de manutenção, controle de plantas daninhas)
 Paradigmas: alfafa é alimento para cavalo, produz apenas no sul do país
 Alguns produtores se decepcionaram com alfafa por usar pacote tecnológico
importado
 Falta inserir alfafa na grade curricular das universidades
ATIVIDADES DE TRANSFERÊNCIA DE
TECNOLOGIA

 Curso: Cultivo e utilização da alfafa nos trópicos


 Dia de campo: Cultivo e utilização da alfafa na dieta de vacas leiteiras
 Dia de campo na TV: Uso da alfafa na dieta de vacas leiteiras
 Vídeos: Utilização da alfafa na dieta de vacas leiteiras
 Folder: Cultivo e utilização da alfafa em pastejo
 Divulgação na mídia: jornal, TV, rádio e internet
 Unidades demonstrativas: Impacto econômico da utilização da alfafa na
dieta de vacas leiteiras
 Sistema de produção: Cultivo e utilização da alfafa para alimentação de
vacas leiteiras e equinos
Acesso ao sistema de produção

 Entrar no site da Embrapa: https://www.embrapa.br/

 Rolar a barra de deslocamento e ir em Veja também

 Clicar no banner Sistemas de Produção Embrapa

 Clicar em Veja todos os temas

 Clicar em Alfafa

 Clicar em Cultivo e utilização da alfafa para alimentação de vacas


leiteiras e equinos
UNIDADES DEMONSTRATIVAS
Impacto econômico da utilização da alfafa na dieta de
vacas leiteiras
AVALIAÇÕES PREVISTAS

 Produção de leite/vaca e por hectare


 Produção e qualidade da forragem
 Persistência da alfafa
 Será aplicado um questionário no início e no final do
trabalho (mudanças qualitativas e quantitativas)
 Impacto econômico da utilização da alfafa, como parte da
dieta de vacas leiteiras
 Dia de campo para divulgar a tecnologia
Alfafa – Adelino Dariz – Rio Bonito do Iguaçu, PR
Região Roraima
Amapá
Norte Região
Maranhão
Nordeste
Amazonas Ceará
Pará Rio Grande
do Norte

Piauí Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Acre Tocantins Bahia Sergipe
Mato Grosso
Rondônia Goiás

Minas Gerais

Região Mato Grosso


do Sul
Espírito

Centro-Oeste São Paulo


Santo Região
Paraná Rio de Janeiro Sudeste

Projeto Balde Cheio Santa


Catarina

25 Estados Rio
+ de 600 municípios
Grande Brasil
do Sul
+ de 3.500 propriedades Projeto Balde Cheio
Região Sul
IMPACTOS POTENCIAIS

 Tecnológico: Forrageiras com melhor valor nutricional impactam diretamente os


sistemas intensivos de produção animal.

 Econômico: Utilizando alfafa como parte da dieta, pode reduzir a quantidade de


concentrado, especialmente farelo de soja, item mais oneroso da dieta.

 Social: A alfafa contribui para o incremento da oferta de proteína animal (carne,


leite e derivados) e mantém os produtores no meio rural, pela viabilização de
sistemas produtivos mais eficientes e sustentáveis.

 Ambiental: A alfafa pode diminuir a poluição ambiental, causada pela redução


da produção de metano, que se observa quando os animais são alimentados
com forragem de melhor qualidade.

O metano impacta 20 vezes mais que o dióxido de carbono (CO2) no aquecimento global
PESQUISADORES/PROFESSORES

 Alberto - Nutrição de plantas  Frederico - Melhoramento


 Ana - Conservação da forragem  Gusmão - Entomologia
 Armando - Nutrição animal  Maurício - Melhoramento
 Bárbara - Sementes  Oscar - Economia rural
 Bianca - Biotecnologia  Rassini - Forragicultura
 Chinelato - Transferência  Rafaela - Melhoramento
 Cosme - Modelos biométricos  Reinaldo - Melhoramento
 Décio - Plantas daninhas  Vander - Melhoramento
 Fernando - Irrigação  Vilela - Nutrição animal
CONSULTORES

 Daniel Basigalup - INTA  Melhorista de plantas

 Eduardo Comeron - INTA  Nutrição animal

 Jorge Omar Gieco - INTA  Fitopatologista


ORIENTAÇÕES
 Frank Akiyoshi Kuwahara – Doutorado
 Diego Peres Netto – Doutorado
 Andressa Scholz Berça – Graduação
 Renato Maldigamm Marchini – Graduação
 Ana Paula Reiff Janini – Graduação
 Luiz Fernando Menegazzo Gheller – Graduação
 Murilo Klososvski Carneiro – Graduação
 Samuel Borges da Costa – Graduação
 Aloísio Marques Mauri Berni Siqueira – Graduação
 Adilson Garcia Ferreira Júnior – Graduação
 Gustavo Stuchi Elias – Graduação
 Marcus Vinícius Valverde Botiglieri – Graduação
 Thiago Rossi Simões – Graduação
AGENTES FINANCIADORES

 Embrapa

 FAPESP

 CNPq

 IPI
MISSÃO

 Transformar a Embrapa Pecuária Sudeste em um


Centro de Excelência em alfafa
UFV

EMATER-PR
Parceiros: Embrapa, universidades, instituições estaduais de pesquisa e agentes da extensão rural
Obrigado pela atenção!

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