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CFAP
Curso de Formação e
Aperfeiçoamento Pastoral
LIVRO 10
TEOLOGIA
BÍBLICA
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1) DE BOCA EM BOCA
2) APEGANDO-SE À FÉ
3) ATRAVÉS DOS SÉCULOS
4) ESCRITA CUNEIFORME
5) A ESCRITA HIEROGLÍFICA
6) O ALFABETO HEBRAICO
7) MANTENDO A LÍNGUA CONSTANTE
REGISTRANDO A APRENDIZAGEM
8) INTRODUÇÃO À BÍBLIA
9) REVELAÇÃO
10) INSPIRAÇÃO
11) CANONICIDADE
12) ILUMINAÇÃO
13) INTERPRETAÇÃO
14) ESCRITURAS SAGRADAS
REGISTRANDO A APRENDIZAGEM
15) INSPIRADA POR DEUS
16) A BÍBLIA E SEUS ESCRITORES
17) HISTÓRIA DA BÍBLIA
18) ARQUEOLOGIA BÍBLICA
19) COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS
20) LIVROS APÓCRIFOS OU NÃO CANÔNICOS
21) TRADUÇÕES EM PORTUGUÊS
22) PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO OU INTERBÍBLICO
REGISTRANDO A APRENDIZAGEM
ANEXO: PANORAMA GERAL DOS LIVROS BÍBLICOS
BIBLIOGRAFIA
LEITURA COMPLEMENTAR
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APRESENTAÇÃO
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1) DE BOCA EM BOCA
No princípio, não havia palavra escrita. Havia somente a palavra falada e, conforme
registrado posteriormente no Livro de Gênesis, Deus criou o universo falando palavras no
vazio. Os primeiros adoradores de Deus não podiam escrever os seus pensamentos sobre
Deus ou as suas experiências com Ele, mas podiam falar a respeito delas e, isso, eles
fizeram. Muito antes de terem inventado o seu próprio sistema linguístico e mesmo depois
de sua invenção, os hebreus contavam e recontavam histórias, muitas das quais foram
posteriormente registradas na Bíblia.
“Ó Deus, nós ouvimos com os nossos próprios ouvidos aquilo que os nossos
antepassados nos contaram. Ouvimos falar das grandes coisas que fizeste no tempo
deles, há muitos anos (Salmos 44:1)
“Antes que homens e mulheres pudessem ler ou escrever, eles passavam adiante
histórias do passado do seu povo de boca em boca. Pastores viajantes contavam
essas histórias nos campos, numa pintura intitulada”. (VERNET, Émile Jean Horace -
O árabe contador de histórias, 1789-1863).
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2) APEGANDO-SE À FÉ
Inicialmente, pais e mães, provavelmente, contavam aos seus filhos histórias sobre os seus
próprios pais e avós. O próprio Abraão deve ter-se engajado nessa transmissão de histórias.
Quando foi chamado pelo Senhor para deixar Ur e mudar-se para Canaã, Abraão deve ter
desejado preservar as memórias do seu passado e ter convencido a sua família e os seus
novos vizinhos de que o Senhor era o verdadeiro Deus e que os diversos deuses que eram
adorados pelo povo ao redor deles eram ídolos sem vida.
Quando os seus descendentes foram forçados a se mudar, por causa da fome, para o
Egito, onde, mais tarde, se tornariam escravos, eles tiveram ainda mais razões para se
apegarem à sua fé, para permanecerem firmes e poderem sobreviver.
Os hebreus não eram o único povo a passar adiante as suas histórias oralmente.
Várias narrativas babilônicas antigas têm alguma semelhança com as narrativas da Bíblia.
Uma das histórias, mais tarde transformada em poema, a “Enuma Elish”, conta a história da
criação do céu e da terra, mas também conta sobre uma multidão de deuses que lutavam
entre si e que foram, finalmente, dominados e governados por Marduque, o deus principal da
Babilônia. Por outro lado, o relato da criação dos hebreus afirma que o único Deus
verdadeiro criou todas as coisas e mantém toda a criação sob Seu domínio. Essa visão de
Deus faz com que os hebreus sejam um povo único no mundo antigo.
Contar histórias, portanto, não era apenas para diversão. Na verdade, era uma forma
de preservar a cultura do povo, de fazer com que soubessem quem eles eram e como eram
diferentes dos seus vizinhos. As histórias serviam para lembrar aos hebreus o que os
tornava especiais. Conforme o tempo foi passando, contar histórias deixou de ser uma
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A tradição oral, como é chamada atualmente essa antiga prática de contar histórias,
continuou depois que os hebreus foram libertados da escravidão no Egito e, posteriormente,
quando mudaram para a terra que Deus havia prometido para eles. Histórias de Moisés e do
êxodo, a conquista de Canaã e feitos heroicos na época dos juízes foram adicionados ao
repertório.
Alguns estudiosos dizem que um contador de histórias hebreu pode ter pegado essa
história e feito uma adaptação para usá-la na saga de José. José, depois de ter sido vendido
como escravo pelos seus irmãos, foi acusado de estupro e preso depois de resistir ao
assédio sexual da esposa do seu mestre, Potifar. Se um contador de história hebreu tivesse
incorporado deliberadamente a fábula egípcia na narrativa de José, ele não teria feito isso
no intuito de falsificar a história, assim como nós a entendemos. Ele teria feito isso numa
tentativa de ilustrar que José era um homem moralmente correto e que Deus cuidaria dele,
não importando a crueldade com que o mundo o tratasse. O Livro de Gênesis continua a
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história contando como José chegou, finalmente, ao poder e foi capaz de ajudar o seu
próprio povo em um período de fome.
As histórias não eram o único tipo de material passado adiante pelos contadores de
histórias. Havia também provérbios, orações, poemas líricos, cânticos, leis e até charadas
(como a adivinhação de Sansão em Juízes 14.14). Havia ainda as etiologias, histórias que
explicavam como o nome de uma pessoa ou lugar foi escolhido ou como tantas línguas
surgiram.
4) ESCRITA CUNEIFORME
A palavra cuneiforme tem origem a palavra latina cuneus, que significa “cunha”,
referindo-se à forma dos sinais usados na escrita cuneiforme. A escrita cuneiforme pode ser
lida hoje, em grande parte, graças aos esforços heroicos de um jovem oficial do exército
inglês, Sir Henry Rawlinson. Entre os anos de 1830 e 1840, enquanto estava estabelecido
na Pérsia, Rawlinson ficou fascinado por um imenso monumento esculpido na parede
rochosa de um pico das montanhas de Zagros. Nele, cenas de heroísmo do tempo de Dario
I da Pérsia (cerca de 500 a.C.) apareciam acompanhadas de inscrições em cuneiforme em
três línguas: persa antigo, elamita e acadiano. Para copiar o texto, Rawlinson teve de
permanecer no topo de uma escada precariamente encaixada em saliência fina muito acima
do chão do vale. De vez em quando, ele tinha de se sustentar o com braço esquerdo,
segurando seu caderno com a mão esquerda e escrevendo com a mão direita. Depois disso,
Rawlinson passou décadas decifrando o trabalho que havia copiado, abrindo o caminho para
o estudo da escrita cuneiforme e das línguas preservadas através dela.
No século oitavo a.C., eles já eram feitos de uma variada configuração de cunhas e
linhas. As próprias tabuletas variavam em forma e espessura e alcançavam de dois a trinta
centímetros de comprimento e largura. Algumas vezes, a escrita cuneiforme era usada
também em tabuletas cobertas de cera ou esculpida em monumentos de pedra.
Por causa do grande número de sinais envolvidos, a escrita cuneiforme era difícil de
ser dominada e era, geralmente, reservada a escribas profissionais de palácios e templos. A
escrita cuneiforme primitiva empregava cerca de 800 sinais, e a mais avançada usava
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Os escritos cuneiformes mais antigos que ainda existem não são relatos históricos ou
obras literárias. São registros administrativos que discutem a criação de animais, a
distribuição de grãos, o gerenciamento da terra e o processamento de frutos e grãos. Alguns
outros textos parecem ser manuais para ensinarem a técnica da escrita. Com o tempo,
entretanto, a escrita cuneiforme foi inscrita em monumentos e usada, assim, para preservar
a história e a poesia.
A primeira grande obra poética de todos os tempos, apesar de ter sido escrita em
torno de 2000 a.C., reúne fábulas muito mais antigas. Ela conta sobre uma árvore da vida e
sobre uma serpente má e reconta muitas aventuras, inclusive de um homem que sobreviveu
a uma grande inundação construindo um barco e levando a bordo vários animais. Esse
homem, como Noé, também enviou pássaros para verificar se as águas haviam baixado.
5) A ESCRITA HIEROGLÍFICA
Os hebreus devem ter visto tanto a escrita cuneiforme como a hieroglífica porque elas
eram usadas em lugares públicos. Entretanto, é provável que apenas poucos hebreus
fossem capazes de ler ou escrever. O seu período letrado viria com a invenção do alfabeto.
6) O ALFABETO HEBRAICO
Apesar de o mais antigo alfabeto conhecido ter sido criado antes que os fenícios chegassem
a Canaã (cerca de 1200 a.C.), foram os fenícios que produziram o conjunto mais extenso de
textos usando um alfabeto. Esses textos datam de cerca 1050 a aproximadamente 850 a.C.
Consequentemente, o sistema de escrita desenvolvido na antiga Canaã é geralmente
chamado de alfabeto fenício. O alfabeto hebraico é seu descendente direto. Assim que os
hebreus se estabeleceram em sua nova terra, depois de 40 anos no deserto, eles
desenvolveram o seu sistema próprio de escrita adaptando o alfabeto fenício para a sua
própria língua. Isso, provavelmente, não tenha sido difícil, porque o hebraico, assim como o
fenício (e o ugarítico), é uma língua Cananeia que, junto com o aramaico, forma o grupo de
línguas conhecido como o semítico ocidental.
Todos os livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico, com exceção de alguns
poucos capítulos e versículos. Mas, apesar desses livros terem sido escritos num período de
aproximadamente 1000 anos e terem incorporados textos muito mais antigos da tradição
oral, a diferença entre os textos mais antigos e os mais novos é muito pequena. Isso é
surpreendente, porque a maioria das línguas muda constantemente.
Por exemplo, os primeiros textos escritos em língua portuguesa são difíceis de serem
entendidos por alguém que não tenha um treinamento especial. A Carta de Pero Vaz de
Caminha ou os Sermões do Padre Vieira estão bem longe do português falado no Brasil
atualmente. Mas, isso não ocorre no Antigo Testamento.
Algumas das passagens mais antigas podem ter sido atualizadas de alguma forma
quando os escritores ou editores do décimo ao sexto século a.C. deram forma à versão
oficial das histórias que foram transmitidas oralmente durante muito tempo. Por exemplo,
sabemos que os nomes antigos de alguns lugares, que seriam desconhecidos para a
maioria dos leitores na época em que o texto foi escrito, foram substituídos por nomes mais
atuais.
Em Gênesis 14:14, lemos que Abraão foi até Dã, mas Dã não existia na época de
Abraão. O território em questão recebeu o nome de Dã por causa de um dos netos de
Abraão somente alguns séculos depois. O autor ou editor dessa passagem de Gênesis deve
ter colocado Dã no lugar do nome antigo, Lesem, que era o nome conhecido por Abraão,
mas, totalmente desconhecido para a maioria dos leitores tempos depois.
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Em outras passagens, tanto o nome antigo como o novo aparecem juntos. Por
exemplo: “Sara viveu cento e vinte e sete anos. Ela morreu na cidade de Hebrom, também
chamada Quiriate-Arba, na terra de Canaã” (Gênesis 23:1-2).
Outra razão possível para essa inusitada constância na língua hebraica é que, depois
de algum tempo, ela deixou de ser uma língua viva no sentido estrito. Do quinto século a.C.
em diante, os israelitas começaram a falar aramaico, a língua dos seus conquistadores
persas. Com o passar do tempo, o hebraico passou a ser usado somente para adoração e
na Escritura Sagrada. Por causa disso, a língua ficou menos sujeita a sofrer alterações do
que uma língua que é utilizada para as conversas e as negociações do dia a dia.
Entretanto, mesmo depois que o hebraico deixou de ser usado na vida diária, ele
continuou a ser muito respeitado como a língua dos textos sagrados e a Escritura continuou
a ser preservada na antiga língua. Apesar de muitos outros textos não bíblicos terem sido
escritos em hebraico nos tempos antigos, nenhum desses escritos sobreviveu até hoje. A
não ser algumas inscrições em monumentos, paredes e moedas antigas, o único texto
antigo escrito em hebraico que permanece até hoje é o do Antigo Testamento.
Apesar de os livros bíblicos que temos hoje terem sido, provavelmente, escritos
relativamente tarde na história de Israel, alguns trechos de escrita mais antiga foram
incorporados no texto final. Segundo os estudiosos, entre os textos mais antigos está a
canção de Míriam. Depois que os israelitas passaram pelas águas milagrosamente abertas
do mar Morto, Míriam, a irmã de Arão, pegou um pandeiro e dançou. Ela cantou: “Cantem ao
Senhor porque ele conquistou uma vitória gloriosa; ele jogou os cavalos e os cavaleiros
dentro do mar” (Êxodo 15.21).
Outro trecho de escrita antiga encontrado na Bíblia é a canção de Débora (Juízes 5),
um trecho magnífico de poesia que oferece uma versão levemente diferente da batalha
descrita em Juízes 4, que precede imediatamente o cântico.
Os primeiros escritos feitos com o que parece ser um alfabeto foram, de fato,
deixados por um grupo de prisioneiros do Noroeste da Ásia que estavam trabalhando nas
minas de turquesa na península do Sinai em 1600 a. C. Esses escritos ainda não foram
claramente decifrados, mas, parecem ser de conteúdo religioso. Até agora, entretanto, não
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foram feitas conexões entre essa escrita alfabética antiga e os sistemas de escritas
posteriores.
REGISTRANDO A APRENDIZAGEM
8) INTRODUÇÃO À BÍBLIA
A) Terminologia:
Escrituras – Termo usado no N.T. para os livros sagrados do A.T., que eram
considerados inspirados por Deus (2 Tm 3:16; Rm 3:2). Também é usado no N.T. com
referência a outras porções do N.T. (2 Pd 3:16).
Palavra de Deus – Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt
15:6; Jo 10:35; Hb 4:12).
Romanismo – A Bíblia é um produto da Igreja, por isso não é autoridade única ou final.
Seitas – A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor.
C) As maravilhas da Bíblia:
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Sua preservação, seu assunto, sua influência: são as únicas que permanecem
relevantes, atuais e preservadas até os dias de hoje.
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9) REVELAÇÃO
A) Definição de "Revelação"
10) INSPIRAÇÃO
A) Definição
1) Natural – não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por
homens de grandes talentos.
2) Mística ou Iluminativa – Os autores bíblicos foram cheios do Espírito, como qualquer
crente pode ser hoje.
3) Mecânica (ou teoria da ditação) – Os autores bíblicos foram apenas instrumentos
passivos nas mãos de Deus, como máquinas de escrever, as quais Ele teria escrito. Deve-
se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (p.ex., os Dez Mandamentos).
4) Parcial – Somente o não conhecível foi inspirado (p.ex., a criação, os conceitos
espirituais).
5) Conceitual – Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.
6) Gradual – Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.
7) Neo-ortodoxa – Autores humanos só poderiam produzir um registro falível.
8) Verbal e Plenária – Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e
todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.
9) Inspiração Falível – Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é
inspirada, mas não isenta de erros.
1) 2 Tm 3:16: "Theopneustos" ou "soprado por Deus". Afirma que Deus é o autor das
Escrituras e que são o produto do Seu sopro criador.
2) 2 Pe 1:20,21. O “como” da inspiração – homens “movidos” (literalmente, “carregados”)
pelo Espirito Santo.
3) Ordens específicas para escrever a palavra do Senhor (Ex 17:14; Jr 30:2).
4) O uso de citações (Mt 15:4; At 28:25).
5) O uso que Jesus fez do A.T. (Mt 5:17; Jo 10:35).
6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são escrituras divinas (1Tm 5:18; 2 Pe 3:16).
7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2:13;
1 Pe 1:11,12).
E) Provas de Inerrância
11) CANONICIDADE
A) Considerações fundamentais
B) O Cânon do A.T.
1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob
a liderança de Esdras (5° século A.C.).
2) O N.T. se refere ao A.T. como escritura (Mt 23:35). A expressão de Jesus equivale dizer
hoje “de Gênesis a Malaquias” (cf. Mt 21:42; 22:29).
3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.): Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros
do A.T.
1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para os seus escritos (1Ts 5:27;
Cl 4:16).
2) O período pós-apostólico. Todos os livros foram reconhecidos, exceto Hebreus, 2 Pedro e
3 João.
3) O concílio de Cartago, 397 D.C. reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.
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12) ILUMINAÇÃO
13) INTERPRETAÇÃO
A) Princípios de Interpretação
1) Antigo Testamento
Livros Históricos: de Gênesis a Ester.
Livros Poéticos: de Jó a Cantares.
Livros Proféticos: de Isaías a Malaquias.
2) Novo Testamento
Evangelhos: Mateus a João.
História da Igreja: Atos.
Epístolas: de Romanos a Judas.
Profecia: Apocalipse.
C) Alianças Bíblicas
A Bíblia foi escrita num período muito longo, aproximadamente 1500 anos. São diversos
autores, são mais de 40 homens ungidos pelo Espírito Santo, pessoas de todas as classes
sociais, do humilde ao nobre. Desde a sua finalização, já são quase 2 mil anos. Apesar dos
milênios, continua na sua forma original. Com certeza, é a mão do Senhor na sua
preservação.
É um livro específico para o povo de Deus. O ímpio a encara como mais uma
literatura e não dá a devida credibilidade às suas informações. Ela foi escrita para os eleitos!
E, para aceitá-la é necessário crer integralmente em suas informações. É um livro de Fé,
para um povo de Fé.
É a única fonte reveladora de Deus, Sua vontade e propósitos para Seus filhos. Aos
que querem viver em comunhão com o Eterno, precisam conhecê-la e meditar em suas
verdades.
A Bíblia tem sua origem no coração do Senhor e segundo o Espírito Santo foi
revelada aos homens. É inspirada por Deus (2 Tm 3:16) e entendida pelo Espírito Santo (At
1:16; Hb 3:7; 2 Pe 1:21).
O Senhor Jesus mostrou sua eficácia ao citá-la diversas vezes ( Mt 4:4; Mc 12:10; Jo
7:42), além de usá-la para ensinar seus seguidores (Lc 24:27). Isto é o suficiente para
jamais a colocarmos em dúvida.
São muitos os termos usados pelo Senhor para denominá-la. Alguns deles:
- Palavra da Verdade (Tg 1:18);
- Escrituras (Dn 10:21; Rm 1:2; 2 Tm 3:15);
- Livro do Senhor e da Lei (Sl 40:7; Ap 22:19; Is 34:16; Ne 8:3; Gl 3:10);
- Lei do Senhor (Sl 1:2; Is 30:9);
- Espada (Ef 6:17);
- Oráculos do Senhor (Rm 3:2; 1 Pe 4:11)
Ela é:
- Padrão de vida (1 Pe 4:11);
- Digna de aceitação (Jo 2:22);
- Lida (Dt 17:19; 31:11-13; Ne 8:3; Is 34:16; Jr 36:6; At 13:15);
- Conhecida (2 Tm 3:15);
- Palavra de Deus (1 Ts 2:13);
- Digna de meditação diariamente (At 17:11)
- Guardada no coração (Dt 6:6; 11:18);
- Ensinada às crianças (2 Cr 17:7-9; Ne 8:7,8);
- Sempre nos lábios (Dt 6:7);
- Digna de obediência (Mt 7:24; Lc 11:28; Tg 1:22)
- Usada contra os inimigos (Mt 4:4,7; Ef 6:11,17
Os homens que continuam a viver segundo a carne, impulsionados pelo maligno, são
inimigos da palavra e para estes os seus ensinamentos são nulos (Mc 7:9-13), rejeitados (Jr
8:9) e não obedecidos (Sl 119:158).
“Amados irmãos, sem equívocos, a Bíblia deve ser observada e seus ensinamentos
praticados no dia a dia. A meditação em suas verdades nos aproxima e nos faz
semelhantes ao Criador”. (OLIVEIRA, Elias R. de Bíblia Vida Nova)
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REGISTRANDO A APRENDIZAGEM
3) Defina Inspiração.
Esta palavra deriva-se de "inspiro: soprar para dentro, insuflar”, aplicando-se na Escritura
não só a Deus, como Autor da inteligência do homem (Jó 32:8), mas também à própria
Escritura como “inspirada por Deus” (2 Tm 3:16). Nesta última passagem claramente se
acha designada certa ação de Deus, com o fim de transmitir ao homem os Seus
pensamentos.
Além disso, são atribuídas as palavras da Escritura a Deus como Seu Autor (Mt 1:22;
At 13:34), ou ao Espírito Santo (At 1:16; Hb 3:7). A respeito dos escritores, se diz que eles
falavam pelo Espírito Santo (Mt 2:15). E, deste modo, as próprias palavras da Escritura são
consideradas de autoridade divina (Jo 10:34,35; Gl 3:10), e as suas doutrinas são
designadas para a direção espiritual e temporal da humanidade em todos os tempos (Rm
15:4; 2 Tm 3:16).
O apóstolo Paulo reclama para as suas palavras uma autoridade igual a do A.T como
vindas de Deus; e, semelhantemente, coloca a sua mensagem ao nível das mais antigas
Escrituras.
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A garantia de ter esta doutrina das Sagradas Escrituras e a autoridade divina está no
ensinamento a respeito do Espírito Santo que foi prometido aos discípulos de Cristo, para
ser seu Mestre e Guia (Jo 14:26; 16:13).
Como os apóstolos eram inspirados para ensinar de viva voz, não podemos pensar
que não tivessem sido inspirados quando tinham que escrever. Por consequência, podemos
considerar a inspiração como um dom especial do Espírito Santo, pelo qual os profetas do
A.T. e os apóstolos e seus companheiros no N.T. transmitiram a revelação de Deus, como
eles a receberam. É claro o fato de uma única inspiração das Escrituras. Mas, até onde se
estende esta inspiração?
Em 2 Pe 1:21 vemos que homens foram inspirados e em 2 Tm 3:16 diz que toda a
Escritura foi inspirada. Na verdade, não poderíamos ficar satisfeitos considerando inspirados
apenas os homens e não os seus escritos, porque a inspiração pessoal deve,
necessariamente, exprimir-se pela escrita, se é certo que tem de perpetuar-se.
Deus fez uso das características pessoais de cada escritor e, por um ato especial do
Espírito Santo, habilitou-os a comunicar ao homem, por meio da escrita, a Sua divina
vontade. Observa-se esta associação do divino e do humano nas passagens de Mt 1:22;
2:15; At 1:16; 3:18; 4:25.
a) O uso atual da Bíblia, na vida e obra da igreja cristã, sendo acentuada a sua autoridade
no ensinamento verbal.
b) Uma ponderada e sábia exegese em todos os tempos, mas especialmente em nossos
dias.
c) O recurso à Bíblia em todos os assuntos de controvérsia.
d) A crença sobre este ponto nos tempos apostólicos e sub apostólicos.
e) O uso do A.T pelos escritores do N.T, notando-se 284 citações, e frases como “está
escrito”.
f) Jesus Cristo acha apoio no N.T para suas considerações, como em Jo 10:32-36.
g) Os profetas e os apóstolos consideravam-se homens inspirados (2 Sm 23:2;Jr 36:4-8;
1 Co 2:13; 14:37).
Sendo a Bíblia uma autoridade para nós, assim a devemos considerar, seja qual
tenha sido o método da inspiração, porque o valor da autoridade realmente independente de
todas as particularidades sobre o modo como foi inspirada. É verdadeiro o estudo da
inspiração pela analogia entre o Verbo encarnado e a Palavra escrita: ambos são divinos, e
também são humanos, embora, em cada caso, é impossível dizer onde termina o divino e
começa o humano. Ambos os elementos ali estão, reais e inseparáveis, de maneira que, se
trate de Cristo ou da Bíblia, podemos dizer que tudo é perfeitamente humano e tudo é
absolutamente divino. (Fonte: Dicionário Bíblico Universal – p. 198)
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A seguir, a tabela com os livros, datas prováveis em que foram escritos e autores:
ANTIGO TESTAMENTO
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NOVO TESTAMENTO:
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Os originais da Bíblia são a base para uma elaboração de uma tradução confiável das
Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim
cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram
escritos pelos autores, se perderam. As edições do Antigo Testamento hebraico e do Novo
Testamento grego se baseiam nas melhores e mais antigas cópias, graças às descobertas
arqueológicas.
Descobertas Arqueológicas
Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios do século I, nos 800 pergaminhos,
escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e descrições da vida
religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo.
Estes documentos tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa
confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais.
O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14, estabelecem que os
documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destaca-se, entre estes
documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de cem anos antes do
nascimento de Cristo. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o texto padrão do
Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado Codex Leningrandese, de 1008 d.C) e
descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas.
Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo
hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes
registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados
muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.
O Novo Testamento
Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas
cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados
que acreditavam no Evangelho por ele pregado.
A formação desses grupos marca o início da igreja cristã. As cartas de Paulo eram
recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou que esses manuscritos fossem
solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as
cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.
O menor livro do mundo é uma das Bíblias mais antigas, datada em 1583. São muitas
as obras que integram o acervo permanente da SBB, o primeiro do gênero do país.
Enquanto a SBB desenvolve o projeto que viabilizará a criação desse grande patrimônio
histórico e cultural nacional, a entidade disponibilizou especialmente para nós algumas das
edições das Escrituras Sagradas mais raras do mundo, que podem ser consultadas e
examinadas. Os originais destas obras encontram-se em renomadas bibliotecas e
instituições culturais nacionais e internacionais. Além disso, temos a oportunidade de
conhecer as edições originais que fazem parte do acervo do Museu da Bíblia. Vide:
www.sbb.org.br.
Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e
caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às
Escrituras. O povo de língua portuguesa só começou a ter acesso à Bíblia de uma forma
mais econômica a partir do ano de 1748 d.C., quando foi impressa a primeira Bíblia em
português, uma tradução feita a partir da “Vulgata Latina”
- Revista e atualizada
- Contemporânea
- Nova tradução na Linguagem de Hoje
- Viva
- Jerusalém
- NVI- Nova Versão Internacional
Nestes séculos, a Palavra de Deus foi escrita em diversos materiais, dentre eles:
- Pedra – Inscrições encontradas no Egito e Babilônia datados de 850 a.C.
- Argila e Cerâmica - Milhares de tabletes encontrados na Ásia e Babilônia.
- Madeira - Usada por muitos séculos pelos gregos.
- Couro - O A.T. provavelmente foi escrito sobre este material, feito de fibras vegetais
prensadas.
- Velino ou Pergaminho - Velino era preparado originalmente com a pele de bezerro
ou antílope, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras. Quase todos os
manuscritos conhecidos são em velino, largamente utilizados há centenas de anos
antes de Cristo.
- Papel – Forma amplamente utilizada hoje.
- CD – Áudio.
- CD – Room – Para computadores (é a forma mais recente).
- On-line – Via internet.
Inegavelmente, o Senhor Deus queria que Sua palavra perpetua-se pelos séculos e
providenciou meio para que isto acontecesse. É um fato que evidencia a sua credibilidade
como Livro inspirado pelo Espírito Santo.
Mas, conhecer dados históricos não nos aproxima do Senhor e tão pouco abre
nossos ouvidos para a voz do Espírito que revela a Palavra. Isto apenas enriquece-nos
intelectualmente e é dispensável. O que realmente precisamos é estarmos aptos para ouvir
o Espírito que flui através das páginas do Livro Sagrado, e isto só acontece quando nos
colocamos em santidade e abertos para o santo mover.
41
A palavra arqueologia vem de duas palavras gregas, archaios e logos, que significam
literalmente “um estudo das obras antigas”. No entanto, o termo se aplica, hoje, ao estudo
de materiais escavados pertencentes a eras anteriores.
A arqueologia bíblica pode ser definida como um exame de artefatos antigos outrora
perdidos e hoje recuperados e que se relacionam ao estudo das Escrituras e à
caracterização da vida nos tempos bíblicos.
A arqueologia auxilia-nos a compreender a Bíblia. Ela revela como era a vida nos
tempos bíblicos, o que passagens obscuras da Bíblia realmente significam, e como as
narrativas históricas e os contextos bíblicos devem ser entendidos. A arqueologia também
ajuda a confirmar a exatidão de textos bíblicos e o conteúdo das Escrituras.
de muitas passagens das Escrituras, como, por exemplo, afirmações sobre numerosos reis e
toda a narrativa dos patriarcas.
concluíram que apenas uma palavra em cada mil do N.T. em grego possui uma dúvida
quanto à sua genuinidade.
Uma coisa é provar o texto do N.T. que foi notavelmente preservado a partir do
segundo e terceiro séculos; coisa bem diferente é demonstrar que os evangelhos, por
exemplo, não evoluíram até sua forma presente ao longo dos primeiros séculos da era
cristã, ou que Cristo não foi gradativamente divinizado pela lenda cristã.
Na virada do século XX uma nova ciência surgiu e ajudou a provar que nem os
evangelhos e nem a visão cristã de Cristo sofreram evoluções até chegarem à sua forma
atual. B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram escavações no distrito de Fayun, no Egito (1896-
1906), e descobriram grandes quantidades de papiros, dando inicio à ciência da papirologia.
Os papiros, escritos numa espécie de papel grosseiro feito com as fibras de junco do
Egito, incluíam uma grande variedade de tópicos apresentados em várias línguas. O número
de fragmentos de manuscritos que contêm porções do N.T. chega hoje a 77 papiros. Esses
fragmentos ajudam a confirmar o texto geral encontrado nos manuscritos maiores, feitos de
pergaminho, datados do quarto século em diante, ajudando assim a formar uma ponte mais
confiável entre os manuscritos mais recentes e os originais.
Todavia, a contribuição dessa massa de papiros de todo tipo não para por aí. Eles
demonstram que o grego do N.T. não era o tipo de linguagem invejada pelos seus autores,
como se pensava antes. Ao contrário, era, de modo geral, a língua do povo dos primeiros
45
séculos da era cristã. Menos de 50 palavras em todo o N.T. foram cunhadas pelos
apóstolos. Alem disso, os papiros demonstraram que a gramática do N.T. grego era de boa
qualidade, se julgada pelos padrões gramaticais do primeiro século, não pelos do período
clássico da língua grega. Além do mais, os papiros gregos não bíblicos ajudaram a
esclarecer o significado de palavras bíblicas cuja compreensão ainda era duvidosa, e
lançaram nova luz sobre outras que já eram bem entendidas.
Até aqui, todos os livros do A.T., exceto Éster, estão representados nas descobertas.
Como se poderia esperar, fragmentos dos livros mais frequentemente citados no N.T.
também são mais comuns em Qumran (o local das descobertas). Esses livros são
Deuteronômio, Isaías e Salmos. Os rolos de livros bíblicos que ficaram mais bem
preservados e têm maior extensão são dois de Isaías, um de Salmos e um de Levítico.
O significado dos Manuscritos do Mar Morto é tremendo. Eles fizeram recuar em mais
de mil anos a história do texto do A.T. (depois de muito debate, a data dos manuscritos de
Qumran foi estabelecida como o primeiro século AC e AD). Eles oferecem abundantes
materiais críticos para pesquisa no A.T., comparável ao de que já dispunham há muito
tempo os estudiosos do N.T. Além disso, os manuscritos do Mar Morto oferecem um
referencial mais adequado para o N.T., demonstrando, por exemplo, que o Evangelho de
João foi escrito dentro de um contexto essencialmente judaico, e não grego, como era
frequentemente postulado pelos estudiosos. E, ainda, ajudaram a confirmar a exatidão do
texto do A.T.
46
A questão de quais livros pertencem à Bíblia é chamada questão canônica. A palavra cânon
significa régua, vara de medir, regra, e, em relação à Bíblia, refere-se à coleção de livros que
passaram pelo teste de autenticidade e autoridade; significa ainda que esses livros são
nossa regra de vida. Como foi formada esta coleção?
Os testes de canonicidade
2) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado
e autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria demonstrar ao leitor algo diferente de qualquer
outro livro, por comunicar a revelação de Deus.
3) O veredicto das igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na verdade,
houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos livros que
48
mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livros bíblicos tenham sido
recusados ou questionados por alguma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi
questionada por um número grande de igrejas veio a ser aceito posteriormente como parte
do cânon.
A formação do Cânon
O cânon da Escritura estava se formando, é claro, à medida que cada livro era
escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado. Quando falamos da “formação”
do cânon estamos realmente falando do reconhecimento dos livros canônicos pela igreja.
Esse processo levou algum tempo. Alguns afirmam que todos os livros do A.T. já
haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século AC. Referências nos
escritos de Flávio Josefo (95 d.C.) e em 2 Esdras 14 (100 d.C) indicam a extensão do cânon
do A.T. como os 39 livros que hoje aceitamos. A discussão do chamado Sínodo de Jamnia
(70-100 DC) parece ter partido deste cânon. Nosso Senhor delimitou a extensão dos livros
canônicos do A.T. quando acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os
profetas que Deus enviou a Israel, de Abel a Zacarias (Lc 11:51). O relato da morte de Abel
está, claro, em Gênesis; o de Zacarias se acha em 2 Crônicas 24:20,21, que é o último livro
na disposição da Bíblia hebraica (em lugar de nosso Malaquias). Para nós, é como se Jesus
tivesse dito: “Sua culpa está registrada em toda a Bíblia – de Gênesis a Malaquias”. Ele não
incluiu qualquer dos livros apócrifos que já existiam em seu tempo e que continham relatos
das mortes de outros mártires israelitas.
Os doze livros apócrifos do A.T. jamais foram aceitos pelos judeus ou por nosso
Senhor no mesmo nível de autoridade dos livros canônicos. Eles eram respeitados, mas não
foram considerados como Escritura. A Septuaginta (versão grega do A.T. produzida entre o
terceiro e o segundo século AC) inclui os apócrifos no A.T. como canônicos. Jerônimo (340 –
49
420 DC), ao traduzir a Vulgata, distinguiu entre os livros canônicos e os eclesiásticos (que
eram os apócrifos), e essa distinção acabou por conceder-lhe uma condição de
canonicidade secundária.
Até a sensacional descoberta dos Rolos do Mar Morto em 1947, não possuíamos
cópias do A.T. anteriores a 895 DC. A razão de isto acontecer era a veneração quase
supersticiosa que os judeus tinham pelo texto e que os levava a enterrar as cópias, à medida
que ficavam gastas demais para o uso regular. Na verdade, os massoretas (tradicionalistas),
que acrescentaram os acentos e transcreveram a vocalização entre 600 e 950 DC,
padronizando em geral o texto do A.T., engendraram maneiras sutis de preservar a exatidão
das cópias que faziam. Verificavam cada cópia cuidadosamente, contanto a letra média de
cada página, livro e divisão. Alguém já disse que qualquer coisa numerável era numerada.
Mais de 5.000 manuscritos do N.T. existem ainda hoje, o que o torna mais bem
documentado dos escritos antigos. O contraste é surpreendente. Além de existirem muitas
cópias do N.T., muitas delas pertencem a uma data bem próxima à dos originais. Há
aproximadamente setenta e cinco fragmentos de papiros datados de 135 DC até o oitavo
século, possuindo partes de 25 dos 27 livros, num total de 40% do texto. As muitas centenas
de cópias feitas em pergaminhos incluem o grande Códice Sináptico (quarto século), o
Códice Vaticano (também quarto século) e o Códice Alexandrino (quinto século). Além disso,
há cerca de 2.000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contém porções das Escrituras),
mais de 86.000 citações do N.T. nos escritos dos Pais da Igreja, antigas traduções latinas,
siríaca e egípcia, datadas do terceiro século, e a versão latina de Jerônimo.
Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos da paleografia, arqueologia
e crítica textual, nos asseguram possuirmos um texto e fidedigno no N.T. (Extraído de “A
Survey of Bible Doctrine”, por Charles C. Ryrie. Transcrito de “A Bíblia Anotada”)
51
A palavra apócrifo, do grego apokrypha, significa escondido, nome usado pelos escritores
eclesiásticos para determinar:
1) I (ou III) Esdras: é simplesmente a forma grega de Ezra, e o livro narra o declínio e a
queda do reino de Judá desde o reinado de Josias até de Jerusalém, o cativeiro da
Babilônia, a volta dos exilados e a parte que Esdras tomou na reorganização da política
judaica. Em certos respeitos, amplia a narração bíblica, porém, estas adições são de
autoridade duvidosa. O historiador Josefo é o continuador de Esdras. Ignora-se o tempo em
que foi escrito e quem foi o autor.
2) II (ou IV) Esdras: este livro tem estilo inteiramente diferente de I Esdras. Não é
propriamente uma história, mas sim, um tratado religioso, muito no estilo dos profetas
hebreus. O assunto central, compreendido nos capítulos 3-14, tem como objetivo registrar as
sete revelações de Esdras em Babilônia: a mulher que chorava (9:38 até 10:56), a águia e o
leão (11:1 até 12:39), o homem que se ergueu do mar (13:1-56) e outras. O autor destes
capítulos é desconhecido, mas evidentemente era judeu pelo afeto que mostra a seu povo.
A palavra Jesus, que se encontra no cap.7:28, não está nas versões orientais. A visão da
águia, que é expressamente baseada na profecia de Daniel (II Esdras 12:11), parece se
referir ao Império Romano, e a data de 88 A.D. até 117 A.D. é geralmente aceita. Data
posterior ao ano 200 contraria as citações do versículo 35, capítulo 5, em grego, por
Clemente de Alexandria com o Prefácio: ”Assim diz o profeta Esdras.” Os primeiros dois e os
52
últimos dois capítulos de II Esdras, 1 e 2, 15 e 16, são aumentos; não se encontram nas
versões orientais, nem na maior parte dos manuscritos latinos. Pertencem a uma data
posterior à tradução dos Setenta que já estava em circulação, porquanto os profetas
menores já aparecem na ordem em que foram postos na versão grega (II Esdras 1:39,40).
Os dois primeiros capítulos contêm abundantes reminiscências do Novo Testamento e
justificam a rejeição de Israel e sua substituição pelos gentios (II Esdras 1:24,25,35-40;
2:10,11,34) e, portanto, foram escritos por um cristão e, sem dúvida, por um judeu cristão.
3) Tobias: este livro contém a narração da vida de um certo Tobias de Neftali, homem
piedoso, que tinha um filho de igual nome. O pai havia perdido a vista. O filho, tendo de ir a
Reges na Média para cobrar uma dívida, foi levado por um anjo a Ecbatana, onde fez um
casamento romântico com uma viúva que, tendo-se casado sete vezes, ainda se conservava
virgem. Os sete maridos haviam sido mortos por Asmodeu, o mau espírito, no dia do seu
casamento. Tobias, porém, foi animado pelo anjo a torna-se o oitavo marido da virgem
viúva, escapando à morte, com a queima de fígado de peixe, cuja fumaça afugentou o mau
espírito. Voltando, curou a cegueira de seu pai esfregando-lhe os escurecidos olhos com fel
do peixe que já se tinha mostrado tão prodigioso. O livro de Tobias é manifestamente um
conto moral e não uma história real. A data mais provável de sua publicação é 350 ou 20
a.C.
4) Judite: é a narrativa, com pretensões a história, do modo por que uma viúva judia, de
temperamento masculino, se recomendou às boas graças de Holofernes, comandante-chefe
do exército assírio, que sitiava Betúlia. Aproveitando-se de sua intimidade na tenda de
Holofernes, tomou da espada e cortou-lhe a cabeça enquanto ele dormia. A narrativa está
cheia de incorreções, de anacronismos e de absurdos geográficos. É mesmo para se
duvidar que existisse alguma coisa de verdade; talvez que o seu autor tenha-se inspirado
nas histórias de Jael e de Sisera (Jz 4:17-22). A primeira referência a este livro encontra-se
em uma epístola de Clemente de Roma, no fim do primeiro século. Porém, o livro de Judite
data de 175 a 100 A.C.,isto é, 400 ou 600 anos depois dos fatos que pretende narrar. Dizer
que naquele tempo Nabucodonosor reinava em Nínive em vez de Babilônia não parecia ser
grande erro, se não fosse cometido por um contemporâneo do grande rei.
5) Ester: acréscimo de capítulos que não se acham nem no hebreu, nem no caldaico. O livro
canônico de Ester termina com o décimo capítulo. A produção apócrifa acrescenta dez
versículos a este capítulo e mais seis capítulos, 11-16. Na tradução dos setenta, esta
53
matéria suplementar é distribuída em sete porções pelo texto, e não interrompe a história.
Amplifica partes da narrativa da escritura, sem fornecer novo fato de valor, e em alguns
lugares contradiz a história como se contem no texto hebreu. A opinião geral é que o livro foi
obra de um judeu egípcio que a escreveu no tempo de Ptolomeu, Filometer (181-145 A.C).
8) Baruque: Baruque era amigo de Jeremias. Os primeiros cinco capítulos do seu livro
pertencem à sua autoria, enquanto que o texto é intitulado “Epístola de Jeremias.” Depois da
54
introdução, descrevendo a origem da obra (Bar 1:1,14), abre-se o livro com três divisões, a
saber:
-Confissão dos pecados de Israel e orações pedindo perdão a Deus (1:15 até 3:8). Esta
parte revela ter sido escrita em hebraico, como bem o indica a introdução (1:14) e foi escrita
em 300 A.C.
-Exortação a Israel para voltar à fonte da sabedoria (3:9 até 4:4).
-Animação e promessa de livramento (4:5 até 5:9). Estas duas seções parecem que foram
escritas em grego, pela sua semelhança com a linguagem dos Setenta.
9) Adição à História de Daniel: O cântico dos três mancebos (jovens). Esta produção foi
destinada a ser intercalada no livro canônico de Daniel, entre os capítulos 3:23,24. É
desconhecido o seu autor e ignorada a data de sua composição. Compare os versículos 35-
68 com o Salmo 148.
10) A história de Suzana: É também um acréscimo ao livro de Daniel, em que o seu autor
mostra como o profeta habilmente descobriu uma falsa acusação contra Suzana, mulher
piedosa e casta. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do seu autor.
11) Bel e o Dragão: outra história introduzida no livro canônico de Daniel. O profeta mostra
o modo porque os sacerdotes de Bel e suas famílias comiam em viandas oferecidas ao
ídolo, e também mata o dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda vez à
caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do autor.
12) Oração de Manassés, rei de Judá, quando esteve cativo em Babilônia. Compare
com 2 Cr 33:12,13. Autor desconhecido. Data provável, 100 anos A.C.
13) Primeiro Livro dos Macabeus: É um tratado histórico de grande valor, em que se
relatam os acontecimentos políticos e os atos de heroísmo da família levítica dos Macabeus
durante a guerra da independência judaica, de alguns séculos A.C. O autor é desconhecido,
55
mas evidentemente é judeu da Palestina. Há duas opiniões quanto à data que foi escrito:
uma fala de 120 a 106 A.C. Outra, com melhores fundamentos, entre 105 e 64 A.C. Foi
traduzido do hebraico para o grego.
16) Quarto Livro dos Macabeus: É um tratado de moral advogando o império das vontades
sobre as paixões e ilustrando a doutrina com exemplos tirados da história dos Macabeus.
Foi escrito depois de 2 Macabeus e antes da destruição de Jerusalém. Talvez, do 1º século
d.C.
Santo Agostinho, porém (354-430 a.C.), que não sabia hebraico, juntava os apócrifos
com os canônicos como para diferenciá-los dos livros heréticos. Infelizmente, prevaleceram
as ideias deste escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) da Igreja
de Roma.
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Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque de ano
para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudoepígrafos,
porque se apresentam como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são
amplamente apocalípticos e representam esperanças e expectativas que não produziram
boa influência no primitivo cristianismo. Entre eles pode-se mencionar:
1) Livro de Enoque (etópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, nos
últimos dois séculos antes da era cristã.
4) Os testamentos dos Doze Patriarcas: este livro é um alto modelo de ensino moral.
Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a. C., e a tradução grega,
quando a obra chegou ate nós, foi feita antes de 50 d.C.
7) As odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era. São, provavelmente, escritos aos
cristãos.
Sob este nome são, algumas vezes, reunidos vários escritos cristãos de primitiva
data, que pretendem dar novas informações acerca de Jesus Cristo e seus Apóstolos, ou
novas instruções sobre a natureza do cristianismo em nome dos primeiros cristãos. Entre os
Evangelhos Apócrifos podem menciona-se:
Ainda que casualmente algum livro não canônico se ache em manuscritos do N.T.,
esse fato é, contudo, tão raro que podemos dizer que, na realidade, nunca se tratou
seriamente de incluir quaisquer deles no Cânon. (Fonte: Dicionário Bíblico Universal)
59
Os mais antigos registros de tradução de trechos da Bíblia para o português datam do final
do século XV. Porém, centenas de anos se passaram até que a primeira versão completa
estivesse disponível em três volumes, em 1753. Trata-se da tradução de João Ferreira de
Almeida. A primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume,
aconteceu em Londres, em 1819, também na versão de Almeida. Veja a seguir a cronologia
das principais traduções da Bíblia completa publicadas na língua portuguesa.
1968 – Versão dos Padres Capuchinhos. Elaborada no Brasil, a partir dos originais, para
o português.
1988 – Bíblia na Linguagem de Hoje. Elaborada no Brasil, pela comissão de Tradução da
SBB, a partir dos originais.
1993 - 2ª Edição da versão Revista e Atualizada, de Almeida, elaborada pela SBB.
1995 - 2ª Edição da versão Revista e Corrigida, de Almeida, elaborada pela SBB.
2000 – Nova tradução na Linguagem de Hoje. Elaborada pela comissão de Tradução da
SBB.
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Desenvolvimento Político
A Supremacia Persa
Alexandre, o grande
62
Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor (333 AC), Alexandre
marchou para a Síria e Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e
Alexandre deslocou-se para o sul, em direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre
se aproximava de Jerusalém, o sumo-sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as
profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa
não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que Alexandre tratou singularmente bem
aos judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos
sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se
estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.
Depois da morte de Alexandre (323 AC), a Judéia ficou sujeita por algum tempo a
Antígono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor.
Subsequentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então
dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de
sábado em 320 AC.
Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em Alexandria,
que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento judaicos por vários
séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria começaram a
traduzir a sua Lei, o Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria posteriormente conhecida
como a Septuaginta, a partir da lenda de seus setenta (mais exatamente 72, seis de cada
tribo) tradutores, que foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução
infalível. Nos anos subsequentes, todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.
Os Macabeus
Não demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua
casa. Quando os emissários de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros
a oeste de Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo
perante o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-
lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia a cerimônia. Matatias
fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma
luta de guerrilhas contra os sírios. Embora o velho sacerdote não tenha vivido para ver o
povo liberto do jugo sírio, deixou a seus filhos o término da tarefa.
Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos
Judeus”. Depois de um breve reinado, foi substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por
sua vez, deixou o reino para sua mãe, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente
pacífico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais
velho. A essa altura, Antípater, governador da Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e
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Roma
a) Fariseus
Os fariseus eram os descendentes espirituais dos judeus piedosos que haviam lutado
contra os helenistas no tempo dos Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi
provavelmente dado a eles por seus inimigos, para indicar que eram não conformistas.
Pode, todavia, ter sido usado como um escárnio, porque sua severidade os separava de
65
seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus vizinhos pagãos. A lealdade à verdade, às
vezes, produz orgulho e até mesmo hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal
farisaico que Jesus denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo ortodoxo do
judaísmo de sua época.
b) Saduceus
c) Essênios
d) Escribas
Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma
profissão. Eram, em primeiro lugar, copistas da Lei. Vieram a ser considerados autoridades
quanto às Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento
era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem frequentemente associados no N.T.
66
e) Herodianos
REGISTRANDO A APRENDIZAGEM
8) Quais testes a Igreja aplicou para provar a canonicidade dos livros bíblicos?
ANEXO:
PANORAMA GERAL DOS LIVROS BÍBLICOS
VELHO TESTAMENTO
01) GENÊSIS
AUTOR: Moisés
TEMPO: Abrange aproximadamente 2400 anos, de Adão a José. Foi escrito mais ou menos no
ano 1440 AC.
PROPÓSITOS:
a) Dar um relatório da origem de todas as coisas.
b) Mostrar Deus como o Originador da criação e redenção.
c) Mostrar a origem de todas as nações e a escolha da nação hebraica como o povo peculiar
de Deus de quem viria o Redentor.
MENSAGEM: É necessário que o homem conheça a sua própria fraqueza e deficiência através
das derrotas e fracassos, antes que ele escolha a Deus voluntariamente. Em cada situação, o
fracasso do homem encontra-se com a salvação de Deus.
02) EXÔDO
AUTOR: Moisés.
TEMPO: Abrange aproximadamente 215 anos, da ida da família de Jacó ao Egito até a entrega da
Lei no Monte Sinai. Foi escrito entre 1440 e 1400 AC.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar o começo do cumprimento da Aliança Abraâmica.
b) Mostrar a redenção da nação hebraica na sua libertação do Egito.
c) Apresentar a Aliança Mosaica, com a sua Lei Moral, Civil e Cerimonial.
MENSAGEM: A graça redentora de Deus é revelada aos que creem e obedecem. Deus almeja
morar em meio ao Seu povo remido, mas só poderá fazê-lo conforme os Seus termos.
03) LEVÍTICO
AUTOR: Moisés.
TEMPO: Abrange aproximadamente um mês, o primeiro mês do segundo ano depois que Israel
saiu do Egito. Foi escrito mais ou menos no ano 1439 AC.
PROPÓSITOS:
a) Dar a Israel a maneira apropriada de se aproximar de Deus.
b) Instruir os sacerdotes no seu ministério de oferecer sacrifícios e oblações.
c) Mostrar a diferença entre o que é limpo e o que é imundo.
MENSAGEM: Deus é Santo. A aproximação a Deus só é possível através de um sacerdote
mediador.
69
04) NÚMEROS
AUTOR: Moisés.
TEMPO: Abrange menos que 40 anos, da peregrinação do Monte Sinai até o Rio Jordão. Foi
escrito por volta do ano 1401 AC.
PROPÓSITOS:
a) Dar um relatório das peregrinações de Israel durante 40 anos no Deserto.
b) Registrar as duas numerações de duas gerações no começo e fim dos 40 anos.
MENSAGEM: O povo é redimido para servir. Não entra no descanso prometido devido à
incredulidade e desobediência. Deus sempre fará surgir uma geração crente para herdar as
promessas de Sua aliança.
05) DEUTERONÔMIO
AUTOR: Moisés
TEMPO: Abrange aproximadamente dois meses. Foi escrito mais ou menos em 1400 AC.
PROPÓSITOS:
a) Lembrar a Israel de sua necessidade de ser fiel à aliança com Deus.
b) Preparar a Israel para entrar, conquistar e possuir a terra prometida.
MENSAGEM: O amor a Deus é a motivação certa para obedecer às Suas leis. Deus exige dos
Seus filhos tanto o ouvir como o obedecer aos Seus mandamentos. Quem obedece é abençoado,
mas quem desobedece é amaldiçoado.
06) JOSUÉ
AUTOR: Josué.
TEMPO: Abrange aproximadamente 30 anos. Foi escrito entre 1390 e 1370 AC.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar o cumprimento das promessas de Deus através da terra prometida ser dada a
Israel.
b) Mostrar como Israel falhou em possuir a terra totalmente.
MENSAGEM: Deus é fiel para cumprir Sua aliança (Abraâmica), dando a terra à “descendência”.
Aqueles que creem precisam entrar em tudo que Deus dá.
07) JUÍZES
AUTOR: Desconhecido, mas atribuído a Samuel
TEMPO: Abrange 400 anos, escrito entre 1050 e 970 AC.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar as peregrinações espirituais de Israel dentro de Canaã.
b) Mostrar como a infidelidade os levou ao fracasso.
MENSAGEM: Devido ao pecado, o homem sempre tem a tendência de vaguear ou de desviar-se
de Deus. Se deixarmos Deus, isto causará escravidão e opressão. Deus manifesta Sua graça
levantando um Salvador para trazer o homem de volta para Si.
08) RUTE
AUTOR: Desconhecido, mas atribuído a Samuel.
TEMPO: Abrange aproximadamente 11 anos, nos dias dos juízes (1:1). Possivelmente escrito
entre 1030 e 970 AC.
PROPÓSITOS:
a) Extrair um quadro positivo da graça neste período dos juízes.
b) Estabelecer a genealogia de Davi.
c) Tipificar o chamamento dos gentios.
70
MENSAGEM: O parente resgata pela graça o descanso, restaurando a herança perdida. O amor
puro vencerá todas as dificuldades. Cristo é visto como o nosso remidor, unindo-nos à Ele através
da graça.
09) 1 SAMUEL
AUTOR: Provavelmente escrito por Samuel, e completado por Natã e Gade.
TEMPO: Abrange aproximadamente 115 anos, do nascimento de Samuel à morte de Saul.
Provavelmente foi escrito entre 1060 e 900 AC.
PROPÓSITOS:
a) Estabelecer o Reino unido de Israel.
b) Estabelecer o Cetro de Judá sobre Davi, preservando assim a descendência até o
Messias.
c) Dar-nos exemplos de bom e mau caráter (Eli, Samuel, Saul e Davi).
MENSAGEM: A desobediência trará a rejeição do ungido (Eli, o sacerdote ungido, e Saul, o rei
ungido, foram rejeitados devido à desobediência.) Um homem de Deus será também um homem
de oração, constantemente intercedendo pelas necessidades do povo. Cristo é o herdeiro do trono
de Davi e o Rei eterno de Israel.
10) 2 SAMUEL
AUTOR: Possivelmente Natã e Gade (1 Cr 29:29).
TEMPO: Abrange aproximadamente 40 anos, do começo do reino de Davi até um pouco antes da
sua morte. Provavelmente foi escrito entre 1000 e 900 AC.
PROPÓSITOS:
a) Estabelecer a Aliança Davídica, Descendência Davídica, Trono e Reino Davídicos.
b) Registrar o reino de Davi incluindo tanto os seus triunfos quanto as suas provas.
MENSAGEM: A paciência e dependência em Deus são necessárias para o cumprimento de Suas
promessas (como no caso de Davi no seu preparo, desde a humilhação até o trono). A obediência
trará a bênção para quem está em aliança com Deus (veja os primeiros 20 anos do reinado de
Davi). Às vezes o pecado perdoado ainda pode ser motivo de castigo ou de consequências (veja
os últimos 20 anos do reinado de Davi). Cristo é o “Filho de Davi”.
11) 1 REIS
AUTOR: Pela tradição (o Talmude), foi Jeremias quem escreveu, utilizando possivelmente os
registros de Natã e Gade.
TEMPO: Abrange aproximadamente 120 anos, da morte de Davi até a morte de Josafá.
Provavelmente foi escrito entre 600 e 580 AC.
PROPÓSITOS:
a) Fornecer a história do estabelecimento e glória do reino unido.
b) Dar a história do desenlace do reino em duas casas, dois reinos, e duas dinastias com os
seus declínios.
MENSAGEM: O trono de Deus é sobre todos os tronos terrestres. Os reis vencem ou falham de
acordo com o seu relacionamento com o Trono celestial e as suas reações à Palavra do Senhor
através do ministério dos profetas.
12) 2 REIS
AUTOR: Pela tradição foi escrito por Jeremias.
TEMPO: Abrange um período de cerca de 300 anos, do rei Josafá de Judá e o rei Acazias de
Israel, até o tempo dos cativeiros pelos Assírios e Caldeus. Provavelmente foi escrito entre 600 e
580 AC.
PROPÓSITOS:
71
Dar as histórias contemporâneas dos reinos de Judá e Israel através do tempo, até as
suas respectivas quedas em cativeiro (Israel no cativeiro Assírio, e Judá no cativeiro
Babilônico).
MENSAGEM: A rejeição da Palavra do Senhor através dos Seus profetas e a participação da
idolatria e da apostasia, resulta em rejeição e cativeiro. O homem não é capaz de governar a si
próprio.
13) 1 CRÔNICAS
AUTOR: Provavelmente foi escrito por Esdras.
TEMPO: Abrange mais ou menos 40 anos, da morte de Saul até o começo do reinado de
Salomão. Provavelmente escrito no ano de 450 AC.
PROPÓSITOS:
a) Fornecer as genealogias que indicam e levam ao trono real de Davi e as ministrações
sacerdotais.
b) Dar uma história do reino do Rei Davi.
c) Registrar a ordem de adoração estabelecida no Tabernáculo de Davi, e as preparações
para a construção do Templo de Salomão.
MENSAGEM: Deus é Soberano. A autoridade do homem é derivada através da sua submissão à
autoridade de Deus.
14) 2 CRÔNICAS
AUTOR: Provavelmente escrito por Esdras.
TEMPO: Abrange aproximadamente 400 anos, do começo do reinado de Salomão até o decreto
de Ciro para a reconstrução de Jerusalém. Provavelmente escrito no ano de 450 AC.
PROPÓSITOS:
a) Dar a história dos reis de Judá, desde Salomão, construtor do Templo, até a destruição do
Templo na época de Zedequias, o último rei de Judá e do cativeiro babilônico.
b) Mostrar o relacionamento dos reis entronizados com o Templo.
MENSAGEM: Deus será achado por aqueles que O buscam e O servem, mas Ele deixará aqueles
que O deixarem. A vitória espiritual é determinada ao se preparar o coração para buscar ao
Senhor.
15) ESDRAS
AUTOR: Esdras
TEMPO: Abrange aproximadamente 80 anos, do decreto de Ciro até logo após a vinda de Esdras
a Jerusalém. Provavelmente escrito entre 430 e 400 AC.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar o retorno dos remanescentes sob Zorobabel e Esdras do Cativeiro Babilônico, a
reconstrução do Templo e a restauração de Jerusalém.
b) Mostrar o cumprimento da Palavra do Senhor por Jeremias e Isaías: a queda da Babilônia
e a restauração de Jerusalém a Judá.
MENSAGEM: Deus desperta até as nações pagãs em Seus propósitos soberanos - Soberania
divina. Os propósitos de Deus podem ser realizados por vasos humanos - Responsabilidade
Humana.
16) NEEMIAS
AUTOR: Neemias.
TEMPO: Abrange um período de aproximadamente 16 anos, começando por volta de 12 anos
após o livro de Esdras. Provavelmente foi escrito entre 430 e 400 AC. Foi o último livro histórico
do Velho Testamento a ser escrito.
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PROPÓSITOS:
a) Mostrar como sob a direção de Neemias, os muros e as 12 portas de Jerusalém foram
reparadas e reconstruídas, e como o povo foi reavivado.
b) Dar os princípios de restauração para a Igreja dos últimos dias.
MENSAGEM: O propósito de Deus é de restaurar aquilo que tem sido perdido e reconstruir aquilo
que foi derrubado. As condições para o serviço bem sucedido para Deus são: a oração, a doação
e a perseverança.
17) ESTER
AUTOR: Possivelmente escrito por Mordecai (9:20).
TEMPO: Abrange aproximadamente 10 anos, do terceiro ano do reinado de Assuero (1:3) ao
décimo-segundo ano do seu reinado (3:7). Cronologicamente ocorre entre o sexto e o sétimo
capítulo de Esdras. Provavelmente foi escrito entre 450 e 420 AC.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar o cuidado providencial de Deus sobre os judeus que não retornaram com o
primeiro grupo remanescente.
b) Mostrar a origem da festa judaica chamada “Purim” (3:6,7).
MENSAGEM: Embora não visível, a mão de Deus (Sua providência) guia, guarda e rege sobre
todos os assuntos humanos, velando e conservando os Seus escolhidos. Os que atentam para a
destruição do povo de Deus serão destruídos.
18) JÓ
AUTOR: Provavelmente escrito pelo próprio Jó, sendo que ele viveu ainda 140 anos depois
destes eventos (42:16).
TEMPO: Abrange um período de apenas alguns meses. Provavelmente escrito durante a época
dos patriarcas. É considerado, pela maioria, como sendo o primeiro livro escrito na Bíblia.
PROPÓSITOS:
a) Tratar com o problema de associar ou como associar o sofrimento do justo com a justiça
de Deus e Seu amor.
b) Apresentar Jó como o exemplo que Deus escolheu da paciência sob sofrimento.
MENSAGEM: A causa e propósito da aflição do justo muitas vezes permanece um mistério ao
sofredor. Deus usa a aflição para revelar o caráter e descobrir as áreas de fraquezas que
precisam de Seu tratamento. Deus é soberano e satanás pode fazer somente o que Ele permite.
19) SALMOS
AUTORES: Os conhecidos são: Davi (73), Asafe (12), os filhos de Coré (10), Salomão (2), Moisés
(1), Homã (1), Etã (1).
TEMPO: Devido à variedade de autores, o período de tempo se estende de Moisés até Esdras. A
maioria, porém, no tempo de Davi.
PROPÓSITOS:
a) Preservar em forma poética as doutrinas fundamentais de Deus e do homem, e a sua
relação na criação e na redenção.
b) Mostrar o estado bendito dos justos no seu louvor e adoração a Deus, e o julgamento dos
injustos que rejeitam a Deus.
c) Apresentar as atitudes corretas e os métodos de adoração a Deus, em espírito e em
verdade.
MENSAGEM: Somente os justos e os bons que têm abandonado o pecado e a iniquidade são
benditos (bem-aventurados) e podem oferecer louvor e adoração ao Senhor.
NOTA: Os Salmos Messiânicos retratam a história da vida de Cristo, desde Sua preexistência ao
Seu Trono eterno.
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20) PROVÉRBIOS
AUTOR: Escritos por Salomão, exceto possivelmente os dois últimos capítulos.
TEMPO: Foi escrito por Salomão (cerca de 950 AC), porém não completado até o tempo de
Ezequias (cerca de 725 AC).
PROPÓSITOS:
a) O propósito deste livro é declarado no capítulo 1:2-6.
b) Mostrar a aplicação da sabedoria divina nos vários aspectos da vida cotidiana.
c) Definir e contrastar a sabedoria com a estultícia (insensatez).
MENSAGEM: A piedade é intensamente válida e prática. Os resultados finais da sabedoria são
superiores aos da loucura. Sabedoria é temer a Deus. Cristo é a Sabedoria de Deus.
21) ECLESIASTES
AUTOR: Provavelmente Salomão, embora haja dúvidas quanto a isto.
TEMPO: Escrito cerca de 935 AC., durante o reinado de Salomão, quando este já era de idade
avançada.
PROPÓSITOS:
a) Confortar aos piedosos, mostrando como encarar os dias difíceis em que vivem.
b) Desiludir os que querem obter recursos por sua confiança em coisas terrenas.
c) Advertir as atitudes erradas que facilmente se desenvolvem durante os tempos
trabalhosos.
MENSAGEM: Sem Deus a vida está cheia de fadiga e desilusão. Os homens que conhecem a
vaidade de todas as coisas estão bem preparados para as provações dos tempos desanimadores.
A obrigação total do homem é temer a Deus e guardar os Seus mandamentos. Somente Deus
pode trazer plena realização.
22) CANTARES
AUTOR: Salomão
TEMPO: Escrito cerca de 970 AC.
PROPÓSITOS:
a) Literal: Conceder glória ao matrimônio e amor conjugal.
b) Místico: Representar o amor de Jeová para com Israel.
c) Profético: Representar o amor de Cristo e a Igreja.
d) Devocional: Representar o amor de Cristo e o cristão.
MENSAGEM: O nosso relacionamento com Cristo deve ser crescente em amor. O verdadeiro
amor é forte e inextinguível (6:7).
23) ISAÍAS
AUTOR: Isaías
TEMPO: O ministério de Isaías abrange um período de 50 anos (740 - 690 AC), começando nos
últimos anos do reinado de Uzias e continuando através dos reinados de Jotão e Acaz, e
concluindo-se durante o reinado de Ezequias.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar que ainda que Judá tinha uma forma de piedade, foi uma nação corrupta, moral,
religiosa e politicamente.
b) Mostrar o destino das nações gentílicas.
c) Dar um retrato profético panorâmico da vida e do ministério do Messias.
MENSAGEM: Pelo juízo, o Santo de Israel traz salvação, justiça e consolação. Somente por
intermédio do Messias, virá a salvação a todas as nações.
NOTA: Há mais citações de Isaías no Novo Testamento que qualquer outro livro profético (acima
de 60).
74
24) JEREMIAS
AUTOR: Jeremias (profetizou para a casa de Judá).
TEMPO: O ministério de Jeremias abrangeu um período de cerca de 66 anos (626-560 AC),
começando no reinado de Josias, continuando através dos reinados de Joacaz, Jeoaquim,
Jaconias e finalizando depois do reinado de Zedequias, o último rei de Judá.
PROPÓSITOS:
a) Historicamente: fornecer a história dos últimos cinco reis da casa de Judá, da destruição
do templo, da desolação da cidade, e do cativeiro da nação para a Babilônia.
b) Espiritualmente: Mostrar a graça de Deus e a Sua misericórdia em chamar uma nação
desviada para voltar ao Senhor.
c) Profeticamente: Predizer o destino da nação escolhida e das nações gentílicas.
MENSAGEM: A Palavra do Senhor chama os desviados para abandonar a sua iniquidade e voltar
ao Senhor. Todo o mal certamente será julgado pelo cativeiro. Depois de chamá-los ao
arrependimento, Deus abandonará aos que O abandonam.
25) LAMENTAÇÕES
AUTOR: Jeremias.
TEMPO: Durante seu ministério.
PROPÓSITOS:
a) Expressar, numa série de lamentações, a tristeza do coração de Deus por Jerusalém.
b) Mostrar a aflição e a desolação de Jerusalém.
MENSAGEM: O pecado de desobediência às leis de Deus traz a desolação e a ira de Deus,
mesmo sobre o próprio povo de Deus. Embora Deus ame os seus e tenha compaixão do seu
povo, Ele precisa punir os que estão deliberadamente obstinados e desobedientes.
26) EZEQUIEL
AUTOR: Ezequiel (ministrou à casa de Judá, e concernente à casa de Israel).
TEMPO: O ministério de Ezequiel abrangeu um período de cerca de 30 anos (593-563 AC),
começando nos dois últimos anos de Zedequias e continuando no cativeiro babilônico.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar a casa descrente de Judá, que o templo e a cidade seriam destruídos, uma vez
que a glória do Senhor tivesse saído.
b) Mostrar às nações gentílicas o seu julgamento inevitável.
c) Mostrar a volta da glória do Senhor a um novo templo.
MENSAGEM: Quando uma nação deixa a glória do Senhor, a glória do Senhor deixa esta nação.
Todas as nações darão contas a Deus e serão julgadas por Ele. Deus é justo no Seu julgamento e
misericordioso em restaurar.
NOTA: Muitas visões de Ezequiel correspondem com as visões de João em Apocalipse.
27) DANIEL
AUTOR: Daniel
TEMPO: O ministério de Daniel abrangeu um período de cerca de 70 anos (606-536 AC),
começando durante o reinado de Joaquim, continuando através dos reinados de Jeconias e
Zedequias de Judá, e terminando durante o reinado de Ciro, rei do império Medo-Persa. Escrito
entre 560 e 536 AC.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar o cuidado de Deus para com Seu povo, mesmo no cativeiro.
b) Mostrar que o reino de Deus é mais alto que qualquer reino terrestre.
c) Mostrar que Deus controla e dirige a história das nações.
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MENSAGEM: A soberania do “Altíssimo Deus” é universal. Deus revela os Seus segredos aos
Seus servos, e não os deixa no escuro quanto ao Seu trato com as nações.
NOTA: Daniel e Apocalipse se complementam quanto às profecias do final dos tempos.
28) OSÉIAS
AUTOR: Oséias (ministrou à casa de Israel).
TEMPO: O ministério de Oséias abrangeu um período de cerca de 45 anos (755-710 AC),
começando no fim do reinado de Jeroboão II de Israel, continuando através dos reinados de
Zacarias, Salum, Peca e Oséias, e terminando depois da conquista de Israel pelos assírios
durante o reinado de Ezequias de Judá.
PROPÓSITOS:
a) Chamar Israel ao arrependimento.
b) Profetizar a causa do cativeiro assírio e a infidelidade de Israel.
c) Predizer a restauração que só viria por intermédio do Messias.
MENSAGEM: O Senhor ama e anseia em restaurar e curar o desviado e, através do castigo e
punição da lei, Ele faz que estes retornem a Si. O amor equilibra, mas nunca viola a lei.
29) JOEL
AUTOR: Joel (que ministrou à casa de Judá).
TEMPO: O ministério de Joel provavelmente cobriu um período de cerca de 30 anos (810-780
AC), durante o reinado dos reis Joás, Amazias e Uzias, de Judá.
PROPÓSITOS: Uma tríplice aplicação de “O dia do Senhor”:
a) Local: Chamar a casa de Judá, que estava sob juízos divinos, ao arrependimento.
b) Profético: Apontar para os juízos dos últimos tempos, arrependimento, reavivamento e
derramamento do Espírito sobre toda carne.
c) Final: Apontar para o dia da segunda vinda do Senhor.
NOTA: O “Dia do Senhor” percorre toda a história do Reino de Deus, ocorrendo em
cada juízo particular como sinal do grande e final Dia do Senhor.
MENSAGEM: Arrependimento verdadeiro e uma tristeza segundo Deus, um dilaceramento do
coração e um abandono do mal. Arrependimento verdadeiro está no alicerce de todo avivamento
real e de todo derramamento do Espírito.
30) AMÓS
AUTOR: Amós (que ministrou à casa de Israel)
TEMPO: O ministério de Amós cobriu um período de cerca de 10 anos (765-755 AC), durante o
reinado de Jeroboão II de Israel.
PROPÓSITOS:
a) Pronunciar castigo sobre as nações gentílicas por causa de suas transgressões.
b) Pronunciar castigo sobre Israel, a nação escolhida, por causa de suas transgressões.
c) Proclamar promessas de restauração em tempos messiânicos.
MENSAGEM: Deus é soberano sobre todas as nações e pede contas do tratamento que elas
deram a outras nações e raças. O pecado nacional acarreta um castigo nacional.
NOTA: Amós dá a notável profecia da restauração do Tabernáculo de Davi e da vinda dos gentios
para a bênção na época do Messias (At 15:15-18).
31) OBADIAS
AUTOR: Obadias (que profetizou contra Edom)
TEMPO: O ministério de Obadias abrangeu um período de cerca de 8 anos (848-840 AC), durante
o reinado de Jeorão de Judá. Alguns colocam o ministério de Obadias durante ou depois do
cativeiro babilônico.
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PROPÓSITOS:
a) Pronunciar condenação, destruição e desolação sobre Esaú/Edom.
b) Confirmar as promessas de libertação e restauração de Jacó/Israel, tanto histórica como
profeticamente.
MENSAGEM: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Pv 16:18). “Aquilo que
o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7-9).
32) JONAS
AUTOR: Jonas (que ministrou à casa de Israel e à casa Assíria).
TEMPO: O ministério de Jonas abrangeu um período de cerca de 15 anos (785-770 AC), durante
os reinados de Joás e Jeroboão II de Israel.
PROPÓSITOS:
a) Mostrar o amor e a misericórdia para os gentios, tanto quanto por Israel.
b) Mostrar o método de Deus de tratar com os Seus servos desobedientes.
c) Mostrar que a misericórdia de Deus triunfa sobre o juízo, quando o povo se arrepende.
d) Estabelecer, em figura, o ministério do Messias.
MENSAGEM: Deus não faz acepção de pessoas, mas em cada nação, aquele que O teme e
opera com justiça, é aceito diante dEle. Os servos de Deus precisam aprender a lição de que
Deus terá misericórdia de quem tiver misericórdia. Através da desobediência, o servo de Deus
acarretará castigo de Deus sobre si mesmo.
33) MIQUÉIAS
AUTOR: Miquéias (que ministrou tanto a Israel como a Judá).
TEMPO: O ministério de Miquéias cobriu um período de cerca de 35 anos (735-700 AC), durante
o reinado de Jotão, Acaz e Ezequias de Judá, e os reinados de Peca e Oséias, de Israel. Assim,
ele testificou do cativeiro de Israel, que foi levado para a Assíria.
PROPÓSITOS:
a) Convencer Israel e Judá dos seus pecados e mostrar os subsequentes juízos nos seus
respectivos cativeiros na Assíria e na Babilônia.
b) Dar ao remanescente promessas de restauração em tempos messiânicos.
c) Apontar com precisão a cidade natal do Messias: Belém.
MENSAGEM: Deus odeia a transgressão e o ritualismo e, depois de tratar deles, deleita-se em
perdoar. Aqueles que permanecem fiéis podem ter a certeza da misericórdia e da graça redentora
de Deus.
34) NAUM
AUTOR: Naum (que ministrou à casa de Judá e à cidade de Nínive)
TEMPO: O ministério de Naum cobriu um período de cerca de 30 anos (650-620 AC), durante os
reinados de Manassés, Amom e Josias de Judá.
PROPÓSITOS:
a) Pronunciar o juízo da vingança de Deus sobre Nínive.
b) Consolar Judá, declarando a destruição dos seus inimigos.
MENSAGEM: Deus está contra os que estão contra Ele. A vingança divina vem sobre os que
rejeitam a misericórdia de Deus. Tudo o que Deus pode fazer com uma nação apóstata e
endurecida é destruí-la.
35) HABACUQUE
AUTOR: Habacuque (que ministrou à casa de Judá).
TEMPO: O ministério de Habacuque cobriu um período de cerca de 20 anos (620-600 AC),
durante os reinados de Josias, Joacaz e Jeoaquim, de Judá.
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PROPÓSITOS:
a) Estabelecer o problema de como e porque um Deus Santo usa uma nação muito mais
ímpia, a Babilônia, para julgar a ímpia nação de Judá.
b) Responder o problema, revelando que Deus, por outro lado, julgará a Babilônia.
MENSAGEM: Deus é coerente consigo mesmo, em relação aos males permitidos. Deus é Santo e
Justo, e precisa punir o pecado. O justo viverá pela fé.
36) SOFONIAS
AUTOR: Sofonias (que ministrou à casa de Judá)
TEMPO: O ministério de Sofonias cobriu um período de cerca de 14 anos (638-624 AC), durante o
reinado de Josias, rei de Judá.
PROPÓSITOS:
a) Advertir a casa de Judá da vinda do Dia da Ira, e sua desolação nas mãos de Babilônia.
b) Advertir a Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Nínive da vinda do Dia da Ira.
c) Confortar o remanescente fiel com promessas de restauração.
MENSAGEM: “A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos” (Pv 14:34). O
próprio Deus punirá as nações por suas impiedades.
37) AGEU
AUTOR: Ageu (que ministrou à casa de Judá, depois de restaurada, e especialmente a Zorobabel
e Josué).
TEMPO: O ministério de Ageu cobriu um período de cerca de 15 anos (520-505 AC), começando
20 anos depois que o primeiro remanescente voltou da Babilônia.
PROPÓSITOS:
a) Encorajar os líderes (Zorobabel, o governador, e Josué, o sumo sacerdote) e os primeiros
remanescentes que voltaram sob a liderança de Zorobabel, a reconstruir o muro.
b) Apontar para épocas messiânicas.
MENSAGEM: Deus e a Sua Casa precisam ser os primeiros na vida e no serviço dos redimidos.
Deus abençoará aqueles que O colocam em primeiro lugar.
38) ZACARIAS
AUTOR: Zacarias (que ministrou à casa de Judá, depois de restaurada).
TEMPO: O ministério de Zacarias cobriu um período de cerca de 40 anos (520-480 AC),
começando 20 anos depois que o primeiro remanescente voltou da Babilônia. Os capítulos 1 a 8
foram escritos entre 520 e 518 AC, enquanto que os capítulos 9 a 14 foram escritos entre 490 e
480 AC.
PROPÓSITOS:
a) Encorajar o remanescente a completar o templo inacabado (semelhantemente a Ageu).
b) Profetizar acerca do Messias nas Suas primeira e segunda vindas, e o estabelecimento do
Seu Reino.
MENSAGEM: Deus é zeloso (ciumento) da Sua Casa, e providenciará para que ela seja
restaurada por completo. Todos os propósitos de Deus são consumados no Messias e no Seu
Reino.
NOTA: Há mais predições messiânicas específicas em Zacarias, do que em todos os profetas
menores juntos.
39) MALAQUIAS
AUTOR: Malaquias (que foi o último profeta do Antigo Testamento a ministrar à casa de Judá,
depois de restaurada).
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TEMPO: O ministério de Malaquias cobriu um período de cerca de 25 anos (435-410 AC), durante
o governo de Neemias sobre a casa de Judá restaurada.
PROPÓSITOS:
a) Reprovar o remanescente por sua negligência em relação ao templo.
b) Reprovar os sacerdotes por estarem profanando a adoração do templo.
c) Encorajar o remanescente fiel com promessas messiânicas.
MENSAGEM: Os pecados de hipocrisia endurecem e cegam o coração. A obediência propicia
bênção, e a desobediência acarreta maldição.
NOVO TESTAMENTO
01) MATEUS
AUTOR: Mateus, o coletor de impostos, um dos 12 discípulos.
DATA: Contém aproximadamente 34 anos, do nascimento de Cristo à Sua ascensão.
Provavelmente escrito entre 52 e 68 DC, depois da queda de Jerusalém.
PROPÓSITOS:
a) Para mostrar aos judeus, por profecias e cumprimento, que Jesus de Nazaré era o
prometido Messias Real.
b) Para mostrar aos judeus a rejeição do Seu Rei e Seu Reino.
c) Para dar uma mostra dos eventos da época da ascensão de Cristo até a Sua 2ª vinda.
MENSAGEM: O Reino do Céu não é um reino materialista, governado por príncipes mundanos,
nem é um reino nacionalista limitado à esta terra. O Reino de Deus é um reino espiritual, de
características, natureza e ordens divinas. Isto refere-se especificamente onde as leis e regras de
Deus se tornam eficazes pela submissão aos princípios espirituais do Rei.
02) MARCOS
AUTOR: João Marcos, primo de Barnabé e companheiro de Pedro.
DATA: Contém aproximadamente 4 anos, do ministério de João ao início do ministério da Igreja
Primitiva. Provavelmente escrito entre 55 e 68 DC.
PROPÓSITOS:
a) Apresentar Jesus de Nazaré como o perfeito e fiel Servo de Jeová.
b) Mostrar aos romanos que Jesus era o Servo, atuando debaixo da autoridade de Jeová,
dando imediata e fiel obediência a todos os mandamentos.
MENSAGEM: O caminho para ser grande no Reino de Deus é sendo servo de todos. Ele
humilhou-se a si mesmo debaixo da mão de Deus, para ser exaltado no tempo oportuno.
03) LUCAS
AUTOR: Lucas, o médico, que não foi um dos 12 discípulos, mas era companheiro de Paulo. Ele
também escreveu o livro de Atos.
DATA: Contém aproximadamente 35 anos, do nascimento de João Batista até a ascensão de
Cristo. Provavelmente escrito entre 58 e 60 DC.
PROPÓSITOS:
a) Apresentar Jesus de Nazaré como o ungido Homem Perfeito, que depois de um perfeito
ministério providenciou uma perfeita salvação para a humanidade pecadora.
b) Mostrar aos gregos que Jesus era o homem ideal de Deus, o único Salvador.
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MENSAGEM: Toda pregação do Evangelho deve ser feita no poder do Espírito Santo. O ideal de
Deus para o homem é ser aperfeiçoado igual ao Seu próprio Filho.
04) JOÃO
AUTOR: João, que era um dos 12 apóstolos. Ele também escreveu 3 epístolas e o Apocalipse.
DATA: Contém aproximadamente 4 anos do ministério de João Batista até pouco antes da
ascensão de Cristo. Provavelmente escrito entre 85 e 95 DC.
PROPÓSITOS:
a) Apresentar Jesus Cristo como o único criador Filho de Deus, e mostrar Seu
relacionamento com o Pai.
b) Mostrar para todo mundo que Jesus foi enviado por Deus, o Pai, através do mundo, para
que o mundo seja salvo através dEle.
c) Mostrar que em Jesus, Deus se manifestou.
d) Dar a divina interpretação da pessoa de Jesus Cristo e Sua divindade e humanidade,
assim refutando as predominantes heresias.
MENSAGEM: O único caminho de acesso a Deus, é através do Seu amado Filho. Não há vida
eterna separadamente do Filho. Aquele que crê começa um relacionamento de pai e filho com
Deus. Fé gera vida, incredulidade gera morte.
05) ATOS
AUTOR: Lucas, o médico, que foi companheiro de Paulo e que também escreveu o Evangelho
segundo Lucas.
DATA: Contém aproximadamente 33 anos, da ascensão de Cristo até o tempo que Paulo foi preso
em Roma por 2 anos. Provavelmente escrito entre 61 e 65 DC.
PROPÓSITOS:
a) Registrar a continuação do ministério de Cristo do Céu, de tudo que Ele começou a fazer e
ensinar na terra (1:1).
b) Dar uma visão panorâmica do nascimento, formação e desenvolvimento da igreja
primitiva.
c) Mostrar o padrão que Cristo construiu Sua Igreja.
MENSAGEM: A igreja como o Corpo de Cristo, não pode funcionar sem o ministério do Espírito
Santo. Somente pelo poder do Espírito Santo pode a grande comissão ser cumprida.
06) ROMANOS
AUTOR: Paulo, o apóstolo dos gentios.
DATA: Provavelmente escrito entre 55 e 58 DC, durante a 2ª visita de Paulo a Corinto.
PROPÓSITOS:
a) Para responder a velha questão: “como pode o homem ser justo diante de Deus?”.
b) Para dar uma exposição clara doutrinária do método de Deus da justificação pela fé.
c) Para mostrar que tanto os judeus como os gentios são somente aceitos em Deus através
da nova aliança em Cristo.
MENSAGEM: O justo viverá pela fé. Todos os homens estão debaixo do pecado e não podem ser
justificados pelas palavras ou obras da Lei. A única justiça aceita por Deus é a fé/justiça baseada
na Sua Palavra.
07) 1 CORÍNTIOS
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 53 e 57 DC, durante a estada de Paulo em Éfeso na sua 3ª
viagem missionária. Depois ele visita Corinto novamente (At 20:1,2).
PROPÓSITOS:
80
a) Para responder questões que os Coríntios tinham enviado à ele sobre alguns problemas
da igreja.
b) Para censurar e corrigir abusos na vida mental, moral, social e espiritual da Igreja de
Corinto.
MENSAGEM: Reconhecimento que o Senhorio de Jesus é a solução para a divisão no Corpo de
Cristo. A Igreja de Deus deve ser edificada pela sabedoria e poder de Deus, em vez dos homens.
Para ter ordem na Igreja nós devemos nos conformar com a ordem de Deus. Aquele que edifica a
Igreja está em sã doutrina e aquele que motiva a Igreja, está no amor de Deus.
08) 2 CORÍNTIOS
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 54 e 57 DC, durante a estada de Paulo em Filipos, na sua 3ª
viagem missionária (At 20).
PROPÓSITOS:
a) Para defender a autoridade e ministério apostólico de Paulo contra os falsos ministros.
b) Para dar mais instruções sobre as ofertas para os santos de Jerusalém.
c) Para mostrar a necessidade de consolação em casos de disciplina mencionadas na 1ª
epístola
d) Mostrar que a Nova Aliança superou a Velha Aliança em glória.
MENSAGEM: Um verdadeiro ministro de Deus gloria-se no Senhor, e não em si mesmo. O
principal propósito da disciplina da Igreja é a restauração, em vez da condenação. O ministério
apostólico é provado por ter paciência, sinais, maravilhas e poderes miraculosos.
09) GÁLATAS
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 48 e 58 DC, de Antioquia, no fim da 1ª ou 2ª viagem
missionária de Paulo (At 14, 18).
PROPÓSITOS:
a) Para provar a autenticidade do Evangelho, segundo Paulo.
b) Para refutar o legalismo dos judaizantes debaixo da Velha aliança.
c) Para estabilizar a doutrina da liberdade cristã debaixo da Nova Aliança.
d) Para mostra a superioridade da Aliança Abraâmica e da Nova Aliança sobre a Aliança
Mosaica.
MENSAGEM: A verdadeira liberdade em Cristo não é nem o legalismo da Lei, nem a libertinagem
da carne. Vida e Justiça vêm somente pela graça, através da Fé. Tendo recebido o Espírito, nós
também devemos andar no Espírito.
10) EFÉSIOS
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 57 e 62 DC, durante a 1ª prisão de Paulo em Roma (At 28).
PROPÓSITOS:
a) Para fortalecer os cristãos em seu amor e fé em Cristo.
b) Para encorajar os cristãos a despirem-se do velho homem e vestirem-se do novo homem.
c) Para mostrar a unidade de ambos, judeus e gentios, no Corpo de Cristo.
d) Para expor o propósito do mistério de Cristo, a Igreja.
MENSAGEM: O cristão é um membro do Corpo de Cristo, está assentado nos lugares celestiais
em Cristo, mas deve andar no amor prático na terra. A Igreja é a manifestação temporária do
eterno propósito de Deus em Cristo.
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11) FILIPENSES
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 60 e 64 DC, durante a 1ª prisão de Paulo em Roma (At 28).
PROPÓSITOS:
a) Para agradecer a igreja por suas ofertas, e para informar da futura visita de Paulo.
b) Para prevenir contra os falsos mestres judaizantes.
c) Para exortá-los a estar pensando da mesma maneira, para terem a mente de Cristo.
d) Para encorajá-los a regozijar em todas as circunstâncias.
MENSAGEM: A vida cristã é de alegria e regozijo, independente de todas as circunstâncias. A
chave para a unidade (pensando da mesma maneira) é ter a mente de Cristo.
12) COLOSSENSES
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 60 e 64 DC, durante a 1ª prisão de Paulo em Roma (At 28).
PROPÓSITOS:
a) Para preveni-los contra as heresias concernentes à pessoa e natureza de Cristo.
b) Para preveni-los contra ritualismos e ascetismos.
c) Para apresentar a Cristo, o Cabeça da Igreja, em Sua deidade e humanidade.
d) Para exortá-los a despirem-se do velho homem e vestirem-se do novo homem.
MENSAGEM: Cristo é tudo em todos, através de todos e sobre todos. Ele é a plenitude da
divindade corpórea, e a Igreja é completa n'Ele.
13) 1 TESSALONICENSES
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 50 e 52 DC, durante a estada de Paulo em Corinto, na sua 2ª
viagem missionária (At 18).
PROPÓSITOS:
a) Para corrigir visões erradas e para estabelecer a doutrina da 2ª vinda de Cristo.
b) Para exortar os crentes a mostrar as três principais virtudes divinas: Fé, Esperança e
Amor.
c) Para confirmar a pureza do ministério de Paulo sobre os tessalonicenses.
MENSAGEM: A vinda de Cristo é um conforto para aqueles que procuram e pacientemente
aguardam por Ele. A doutrina da 2ª vinda é um grande incentivo para a santidade. A vinda do
Senhor será como um ladrão na noite para aqueles que estão nas trevas, mas não será para
aqueles que estão na luz.
14) 2 TESSALONICENSES
AUTOR: Paulo
DATA: Provavelmente escrito entre 50 e 52 DC, durante a estada de Paulo em Corinto, na sua
segunda viagem missionária (At 18).
PROPÓSITOS:
a) Para dar futuros detalhes concernentes aos eventos que circundam a vinda do Senhor
b) Para encorajar os crentes no meio da severa perseguição.
c) Para ordená-los a continuarem em seus trabalhos e boa conduta até a vinda do Senhor.
MENSAGEM: A vinda de Cristo é um juízo para aqueles que não conhecem a Deus. O espírito do
Anticristo já está trabalhando dentro do mundo. Levando em consideração a vinda de ambos,
Cristo e o anticristo, o crente deve estar preparado.
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15) 1 TIMÓTEO
AUTOR: Paulo
DATA: Provavelmente escrito entre 61 e 65 DC, após a 1ª prisão de Paulo em Roma (At 28).
PROPÓSITOS:
a) Para prevenir contra os falsos mestres.
b) Para dar instrução sobre as doutrinas sadias.
c) Para descrever as qualificações dos presbíteros e diáconos.
d) Para encorajar Timóteo sobre seu ministério.
MENSAGEM: O ministro que é dado à santidade será bom e fiel. O verdadeiro ministro ensinará
sobre a doutrina e cumprirá a ordem dada a ele. O relacionamento entre velhos e jovens ministros
é para ser um relacionamento de pai para filho.
16) 2 TIMÓTEO
AUTOR: Paulo
DATA: Provavelmente escrito entre 63 e 68 DC, durante a 2ª prisão de Paulo em Roma. Esta foi
sua última epístola escrita.
PROPÓSITOS:
a) Para intimar Timóteo a ir à Roma.
b) Para orientar Timóteo a ter seu próprio curso de ação no tempo da apostasia.
MENSAGEM: O verdadeiro ministro de Cristo não deve ser envergonhado, deve ser fiel em
tempos de apostasia, e deve ter a sã doutrina em seu coração, ensinando e pregando a palavra
da verdade.
17) TITO
AUTOR: Paulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 62 e 66 DC, depois da 1ª prisão de Paulo em Roma (At 28).
PROPÓSITOS:
a) Para dar a Tito instruções específicas das qualificações dos presbíteros da Igreja em
Creta.
b) Para mostrar que a vida de santidade é para ser vivida na graça de Deus.
c) Para exortar Tito a ensinar a sã doutrina.
MENSAGEM: O ensino da sã doutrina conduz à santidade de caráter e às boas obras. A
verdadeira santidade não está no que você diz, mas sim no que você faz e no que você é. A
verdadeira valorização da graça de Deus dará motivações para boas obras.
18) FILEMON
AUTOR: Paulo
DATA: Provavelmente escrito entre 57 e 62 DC, durante a 1ª prisão de Paulo em Roma (At 28).
PROPÓSITOS:
a) Para persuadir Filemon a receber Onésimo como irmão no Senhor, em vez de um escravo
fugitivo.
b) Para informar Filemon que Paulo seria logo liberto da prisão e viria visitá-lo.
MENSAGEM: Nós temos que receber um ao outro em Cristo, como também fomos recebidos pelo
Senhor. Independente de nossa posição social, nós somos irmãos no Senhor.
19) HEBREUS
AUTOR: Incerto. Sugere-se vários, como: Lucas, Apolo, Barnabé e Paulo. As evidências históricas
apontam para Paulo.
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DATA: Provavelmente escrito entre 63 e 68 DC, justamente antes da destruição do templo e seus
serviços em 70 DC.
PROPÓSITOS:
a) Para levar os cristãos hebreus do Judaísmo para o Cristianismo, e para preveni-los contra
a apostasia.
b) Para apresentar o Senhor Jesus em Sua absoluta preeminência no final, e a completa
revelação de Deus.
MENSAGEM: A cura para a recaída espiritual e apostasia é uma concepção correta da glória e
trabalho de Cristo. Fé no sangue do nosso Eterno, Perfeito e Celestial Sacerdote; é melhor que foi
mostrado na Velha Aliança.
20) TIAGO
AUTOR: Incerto. A maioria dos eruditos atribui a autoria a outro Tiago, o filho de José, ou Tiago, o
filho de Alfeu. Os pesos das evidências inclinam-se para Tiago, o filho de Alfeu, que foi um dos 12
discípulos.
DATA: Provavelmente escrito entre 45 e 53 DC, assim que a estrutura da 1ª epístola do N. T. foi
escrita.
PROPÓSITOS:
a) Para confortar e encorajar os crentes hebreus que estavam sofrendo intensas provas e
tentações.
b) Para corrigir algumas desordens e conceitos errados entre os crentes hebreus
congregados.
c) Para refutar a tendência de separar fé e obras.
MENSAGEM: A verdadeira fé é demonstrada por boas obras. Boas obras não significam
salvação, mas são produto da salvação. Apesar do homem não ser justificado pela lei das obras,
ele é justificado pela lei de fé/obras.
21) 1 PEDRO
AUTOR: Pedro, o pescador, que foi um dos 12 discípulos.
DATA: Provavelmente escrito entre 63 e 65 DC.
PROPÓSITOS:
a) Para encorajar os cristãos que estavam sofrendo debaixo das perseguições.
b) Para preparar os cristãos para as grandes provações futuras.
c) Para mostrar aos cristãos a esperança da glória futura.
d) Para exortá-los a cumprirem suas obrigações práticas cristãs.
MENSAGEM: Deus equilibrará os sofrimentos dos crentes com glória, e suas glórias com
sofrimentos. Sofrimento purifica e prova a fé e o caráter do crente. A causa do sofrimento dos
crentes deve ser unicamente sua santidade, e não sua falta de prudência.
22) 2 PEDRO
AUTOR: Pedro
DATA: Provavelmente escrito entre 63 e 67 DC.
PROPÓSITOS:
a) Para despertar os santos à santidade.
b) Para preveni-los dos falsos mestres e escarnecedores.
c) Para contrastar o verdadeiro do falso conhecimento.
d) Para descrever o juízo relativo ao Dia do Senhor.
MENSAGEM: O verdadeiro conhecimento é evidenciado pelo crescimento em santidade. O crente
deve permanecer puro e fiel nos dias de corrupção e apostasia. Toda corrupção doutrinária e
moral deverá ser julgada no Dia do Senhor.
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23) 1 JOÃO
AUTOR: João, o autor do Evangelho, três epístolas e o Apocalipse, um dos 12 discípulos.
DATA: Provavelmente escrito entre 85 e 90 DC.
PROPÓSITOS:
a) Para refutar as heresias do Gnosticismo, defender do Judaísmo apóstata e do Paganismo
corrupto.
b) Para exortar o crente sobre seu relacionamento com Deus, os irmãos, a Palavra e o
pecado.
c) Para mostrar que o verdadeiro conhecimento de Deus envolve um relacionamento pessoal
com Ele.
MENSAGEM: Se nós verdadeiramente conhecemos a Deus e estamos em relacionamento com
Ele, então nós não amaremos o mundo, mas andaremos na luz e em amor. Se o crente
permanece na vida, ele não vive em pecado.
24) 2 JOÃO
AUTOR: João, o discípulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 85 e 90 DC.
PROPÓSITOS:
a) Para prevenir contra os enganadores que vêm no espírito do anticristo.
b) Para instruir contra recebermos tais enganadores.
c) Para encorajar-nos a perseverarmos na doutrina de Cristo.
MENSAGEM: O crente deve andar no mandamento do amor e permanecer na verdadeira
doutrina. Os crentes nem mesmo devem ser hospitaleiros aos enganadores e transgressores da
doutrina de Cristo, os quais são anticristãos.
25) 3 JOÃO
AUTOR: João, o discípulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 85 e 90 DC.
PROPÓSITOS:
a) Para encorajar Gaio em sua recepção aos irmãos.
b) Para convencer Gaio que o próprio João lidará com o arrogante Diótrefes na próxima vez
que visitasse a igreja.
c) Para manter registrado o bom testemunho de Demétrio, em verdade.
MENSAGEM: Os crentes devem estar dispostos a acolher os irmãos, e mostrar hospitalidade para
com eles. Um líder que deseja ter preeminência deve, por seus feitos, trazer sobre si uma
disciplina divina. Cristianismo é um caminho prático em verdade e amor.
26) JUDAS
AUTOR: Incerto. A maioria dos autores atribui a Judas, o filho de José, ou Judas, o filho de Alfeu.
O peso das evidências inclina-se para Judas, filho de Alfeu, que foi um dos 12 apóstolos e irmão
de Tiago.
PROPÓSITOS:
a) Para exortar os crentes a lutarem por sua fé.
b) Para preveni-los acerca dos mestres apóstatas e expor seu caráter, doutrina e feitos,
mediante exemplos e ilustrações.
c) Para confortá-los em vista da apostasia.
MENSAGEM: Crentes verdadeiros, no meio da apostasia, lutam mais por sua fé. Todo ímpio será
levado ao juízo eterno de fogo. Deus é sempre fiel para guardar seus eleitos de caírem.
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27) APOCALIPSE
AUTOR: João, o discípulo.
DATA: Provavelmente escrito entre 90 e 96 DC.
PROPÓSITOS:
a) Para dar a revelação do Senhor Jesus em glória, em Suas várias funções.
b) Para dar instrução, encorajamento e repreensão às sete igrejas locais na Ásia.
c) Para dar à Igreja Universal um panorama profético dos eventos da 1ª e da 2ª vinda de
Cristo.
d) Para trazer em foco as últimas conclusões do plano de redenção que começou em
Gênesis, o livro da criação.
MENSAGEM: O Reino de Deus definitivamente e completamente triunfará sobre todo mal. Aquele
que vence o mundo, a carne e o diabo receberá eterna recompensa (galardão). A verdadeira
testemunha deve ser capaz de testificar do que ele viu e ouviu.
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BIBLIOGRAFIA
LEITURA COMPLEMENTAR