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HISTORIA
DA IMPRENSA NO PIAUÍ
4ª EDIÇÃO
Editoração Eletrônica
Zodíaco Albert Piauhy
Digitação
Glyce C. Feitosa
Ilustrações
Arnaldo Albuquerque
Albert Piauhy
Jota A.
Marcos Carocas
António Carvalho
Ziraldo
Paulo Moura
Ubiratan
Hardi Filho
Raimundo Nonato de Freitas
Heloísa Cristina
Pollyana
António Figueiras (fotos)
Diva Figueiredo (fotos)
Revisão
Kenard Kruel
Deuzimar da Silva
Revisão final
Valéria Barbosa
Impressão
Gráfica e Editora Aliança Ltda
Resgate e escaneamento
Dinavan Fernandes Araújo
ÍNDICE
PRESSUPOSTO DA INSTRUÇÃO...........................................11
O PIAUIENSE, PRIMEIRO JORNAL DO PIAUÍ.....................21
O TELÉGRAFO..........................................................................29
LÍVIO LOPES.............................................................................35
TIBÉRIO CÉSAR BURLAMAQUE..........................................39
PEREIRA ALENCASTRE.........................................................45
DEOLINDO MOURA................................................................51
DAVI CALDAS..........................................................................69
DE DAVI CALDAS À REPÚBLICA.........................................87
A REPÚBLICA...........................................................................95
IMPRENSA EM PARNAÍBA...................................................105
IMPRESSÃO E COMPOSIÇÃO...............................................113
PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XX.................................121
IMPRENSA NO INTERIOR.....................................................131
ENTRE 1910 A 1920.................................................................139
LIBERDADE DE IMPRENSA................................................. 145
OS ANOS DE 1920 A 1930.......................................................151
OS PRIMEIROS........................................................................157
PROFISSIONAIS DA IMPRENSA..........................................163
ESTRANHOS JORNAIS...........................................................173
JORNAIS FALADOS................................................................179
SEÇÕES ESPECIALIZADAS...................................................189
DE 1930 A 1952.........................................................................197
JORNAIS COMO FONTE DE HISTÓRIA..............................203
RAZÃO DE SER DO PRESENTE TRABALHO.....................209
ÚLTIMAS PALAVRAS............................................................215
RELAÇÃO DOS JORNAIS PUBLICADOS
NO PIAUÍ DESDE 1832 ATÉ A PRESENTE DATA..............219
ÍNDICE ONOMÁSTICO...........................................................243
PREFACIO Celso Pinheiro Filho
propôs e defendeu esta tese, na
execução do seu projeto de
pesquisa histórica, sugerindo a
necessidade de elaboração de
PAULO MACHADO biografias de jornalistas
militantes políticos. Essas
biografias desencadeariam
revisões dos períodos
históricos correspondentes aos
períodos de militância dos
biografados, possibilitando a
A
compreensão de algumas
sequências do processo
histórico piauiense.
Lívio Lopes Castelo
Branco e Silva e David
Moreira Caldas, jornalistas
militantes políticos, que são
referenciais históricos,
precisam ser biografados, para
que sejam revisados dois
períodos riquíssimos da
história piauiense.
O autor do livro História
da Imprensa no Piauí valeu-se
das pesquisas e análises
históricas realizadas por
Anísio Brito e Odilon Nunes,
para proceder revisões de fatos
da história da imprensa
piauiense, metodologia que
demonstra as relações
dialéticas que se estabelecem
entre imprensa e história.
O historiador Celso
Pinheiro Filho não
estabeleceu, quando
desenvolveu sua pesquisa, uma
pesquisa realizada pelo periodização para a história da
historiador Celso Pinheiro imprensa no Piauí, com
Filho, que resultou no livro definições de cortes
História da Imprensa no Piauí, cronológicos e identificações
confirma a tese de que o jornal das características de cada
impresso é fonte histórica
período pesquisado, mas o
considerável e estratégico
seu livro fornece os indícios
veículo difusor de ideias
políticas, com participação para que seja elaborada uma
decisiva na formação de periodização a partir de
estruturas de poder e na critérios científicos.
consolidação de ideologias.
referenciais históricos,
precisam ser
biografados, para
que sejam revisados dois períodos riquíssmos
da
história piauiense.
♦
♦
Lívio Lopes
Castelo Branco
e Silva e David
Moreira Caldas,
jornalistas militantes
políticos, que são
A periodização da história da
imprensa no Piauí possibilitará a
compreensão das transformações
estruturais que ocorreram com os
jornais impressos como
consequência das formações de
novas estruturas de poder.
Por esta razão, faz-se
♦ necessária uma edição
O Sindicato dos Jornalistas do Piauí, revista, atualizada e ampliada, que
que é o titular dos direitos autorais possibilite ao leitor-pesquisador
da obra, esta devendo à comunidade compreender as participações dos
piauiense uma edição revista, jornalistas militantes políticos nos
atualizada e ampliada do livro de períodos que integram o processo
Celso Pinheiro Filho histórico piauiense.
♦ O Sindicato dos Jornalistas do
Piauí, que é o
titular dos direitos autorais da obra,
está devendo à
comunidade piauiense uma edição
revista, atualizada e ampliada do
livro de Celso Pinheiro Filho.
Nesta terceira edição, que se acervo das obras indispensáveis à
realiza pela iniciativa destemida do compreensão do processo histórico
jornalista Kenard Kruel, em piauiense, que devem ser
comemoração ao jubileu de prata da frequentemente reeditadas.
primeira edição, o livro História da Parabéns à equipe responsável
Imprensa no Piauí ganhou por esta edição belíssima.
planejamento gráfico e ilustrações
que o enriqueceram formalmente e o
tornaram mais atrativo. O livro de
Celso Pinheiro Filho integra o
O jornal é apanágio
do alfabetizado. E aconteceu
que, no Piauí, desde
o estabelecimento das primeiras fazendas
de gado, em 1662, pelo bandeirante
PRESSUPOSTO DA
INSTRUÇÃO
paulista Domingos Jorge Velho,
e, logo após, por
Afonso Mafrense, até um ano
antes da Independência
do Brasil, não existiu uma única escola
organizada.
♦
Ainda
recentemente,
quando uma onda
nativista varreu
o colonialismo da África,
ficou patenteado
que a maioria dos povos
daquele
continente não
se encontrava preparada
para a independência,
porque as potências
subjugadoras agiram
com os mesmos
métodos que Portugal.
♦
agiram com os mesmos métodos que
Portugal.
Prova evidente do que
afirmamos, encontra-se em ofício de
N
1795, do Capitão-general do
Maranhão (capitania da qual a do
Piauí era subalterna), D. Fernando
António de Noronha, dirigida ao
governo da Metrópole, informando
quanto ao pagamento requerido por
um professor de filosofia, no qual
dizia: "não ser conveniente que aqui
(São Luís) houvesse mais do que a
cadeira de gramática latina e a de ler
e escrever, porque o abuso dos
estudos superiores só servia para
nutrir o orgulho próprio dos
habitantes do Meio-Dia, e destruir
os laços de subordinação política e
civil, que devem ligar os habitantes
das colônias à Metrópole' (o grifo é
nosso).
Por sua vez, a grande extensão
territorial e a
pequena população dispersa em
fazendas fizeram com que não se
desse falta da instrução em maior
escala. O vaqueiro não precisava de
o período colonial havia, não uma leitura para desempenhar sua rude
legislação específica de Portugal tarefa. Na Bahia e Pernambuco, a
proibindo a instrução nas colónias, concentração humana nos engenhos
mas uma conjuração generalizada fez com que a instrução se
dos reinóis, procurando obstar, por propagasse com maior intensidade,
todos os meios, que os habitantes de em todas as camadas, mesmo à
ultramar fossem instruídos. Tudo, revelia da Metrópole. Junte-se a este
sob o pretexto de que a instrução fato a atuação da Companhia de
criava o germe da insubmissão. Jesus naquelas Capitanias, em prol
Ainda recentemente, quando uma da instrução, o que nunca agradou à
onda nativista varreu o colonialismo Corte de Lisboa. O historiador
da África, ficou patenteado que a mexicano, Carlos Pereyra, tratando
maioria dos povos daquele do assunto em sua Breve História de
continente não se encontrava América, relaciona este
preparada para a independência, comportamento dos jesuítas como
porque as potências subjugadoras uma das causas de sua expulsão.
Entre nós, contudo, a atuação membro da família, e, como tal,
dos jesuítas, quando senhores das tratado com toda consideração.
hoje chamadas Fazendas Estaduais, Tudo, em repetição pela a nossa
não se voltou, exceção única em nobreza rural do que acontecera
todo o Brasil, para o terreno da antes, e acontecia então, na nobreza
instrução. Administraram-nas com a feudal europeia. Os romanos
finalidade exclusiva de arrecadar compravam escravos instruídos,
rendas para serem empregadas em para esse fim. Na Rússia tzarista. O
seu Colégio da Bahia. Não há chique era cada nobre ter em seu
notícia de terem mandado um só castelo uma preceptora francesa,
piauiense para estudar naquele com o mesmo objetivo.
famoso Colégio. O que nos leva, hoje, a procurar
Basta, porém, que em o desenvolvimento da instrução pelo
determinado meio haja um único número de escolas públicas, é
instruído, para que a instrução se querermos ver o passado com os
propague, embora em escala olhos de nossa época. Na
reduzida. antiguidade, de modo geral,
Fenômeno curioso, todavia, é instrução e educação não estavam
que em todo o período colonial incluídas entre as obrigações
nunca houve falta de letrados, filhos governamentais. A primária e a
da terra, para os encargos secundária, no mundo cristão,
burocráticos da administração, das ficavam a cargo das
igrejas, dos cartórios e dos quartéis.
Como se teriam instruído, é a
pergunta que nos ocorre.
É que dos excedentes de
alfabetizados, da Bahia
principalmente, com que estávamos
em ligação mais direta através das
boiadas, vinham contratados pretos
e mulatos forros, alfabetizados uns,
e até mesmo instruídos outros, para
ensinarem aos filhos dos
fazendeiros, nas próprias fazendas.
Na onda destes, iam os crias da
casa, filhos dos vaqueiros e criados.
Testemunhou este fato, nos sertões
de Parnaguá, o naturalista escocês
♦
Fenômeno curioso, todavia, é que em
George Gardner. Encontrou-se ali todo o período colonial nunca houve
com a família de um fazendeiro, em falta de letradas, filhos da terra, para os
traje de festa, que se dirigia para encargos burocráticos da
outro lugar onde ia haver desobriga. administração, das igrejas, dos
O Mestre-Escola dos meninos, um cartórios e dos quarteis. Como se
preto forro da Bahia, ia em seu traje teriam instruído, é a pergunta que nos
de luxo, um gibão de couro. Era ocorre.
considerado pelo patrão como ♦
igrejas e conventos. Só a superior, já
nos albores do atual milênio,
começou a ser mantida, em escala
reduzida, pelos monarcas. Daí
Coimbra, Salamanca, Oxford,
Sorbonne e outras.
Ainda em 1814, já com a Corte
no Rio, ao assumir o governo da
Capitania, o Coronel Baltazar de
Sousa B. de Vasconcelos estranhou
ter encontrado "uma ignorância
geral e absoluta", e pediu, com
♦ urgência, mas inutilmente por
Na antiguidade, de modo geral, motivos óbvios, o estabelecimento
instrução e educação não estavam de escolas.
incluídas entre as obrigações Instrução organizada, embora
governamentais precariamente, em forma de escolas,
A primária e secundária, no mundo
oferecida pelo poder público para
cristão, ficavam a cargo das igrejas e
conventos. Só a superior, já nos albores todos aqueles que quisessem
do atual milênio, começou a ser matricular seus filhos, só a tivemos
mantida, em escala reduzida, pelos às portas da Independência, devido
monarcas. ao afrouxamento dos laços
coloniais, motivado pela revolução
♦ de Portugal. Foi, exatamente, a 15
de janeiro de 1822, que se instalou
oficialmente, em Oeiras, a capital de
então, a primeira escola primária
pública da Capitania.
E justo salientar que, como
exceção, alguns administradores da
era colonial não tinham prevenção
contra a instrução dos brasileiros.
Somente não logravam que a
Metrópole lhes desse meios para a
manutenção de escolas. Assim, a
Câmara da vila do Mocha, depois
Oeiras, conseguiu que, pelo Alvará
de 03-05-1757, fossem criadas duas
escolas ali: uma para meninos,
ensinando a ler, escrever, contar e
doutrina cristã; e outra, para
meninas, acrescentando, a estas
matérias, coser, fiar e fazer rendas.
O Alvará não teve execução.
Em 1832, ano em que surgia o
primeiro jornal no Piauí, havia cinco
escolas, ou cadeiras: duas em
Oeiras, a capital, uma em Campo
Maior, uma em Valença e outra em
Parnaíba.
Apesar de tratar-se de assunto
mais da história da instrução e
educação, no entanto, por estarem
intimamente ligadas estas ao
jornalismo, não extraordinárias que,
entre nós, a partir da Independência,
salientaram-se em ministrar
instrução gratuita, não só primária,
mas secundária também.
A primeira destas figuras é o Pé.
Marcos de Araújo Costa (1780-
1850). Piauiense de
nascimento, depois de ordenado em
Portugal,
instalou na fazenda Boa Esperança, natural do Pará. E um nome
de sua propriedade, no atual intimamente ligado à história de
município de Jaicós, um colégio onde nossa Independência, juntamente com
lecionava, além das primeiras letras, o Coronel Simplício Dias da Silva
retórica, filosofia, rudimentos de (1773-1829), Tenente-Coronel José
matemática e ciências naturais. Francisco de Miranda Osório (1800-
Empregava toda a renda nessa obra 1877) e outros.
educacional, sem visar a vantagens, Quanto ao terceiro, Pé. Domingos
pois fazia questão de não receber de Freitas (1798-1880), foi também
qualquer pagamento de seus alunos, um benemérito de nossa
quer fossem ricos quer pobres. Dessa Independência que, em sua fazenda,
escola saíram os primeiros piauienses na qual, por iniciativa sua surgiu a
formados em Olinda, entre os quais: atual cidade de Piripiri, lecionou, por
Marcos António de Macedo, quase toda uma vida, as primeiras
Casimiro José de Morais Sarmento e letras e rudimentos de humanidades, a
Francisco de Sousa Martins. ricos e pobres.
Para se fazer ideia insuspeita de
seu valor pessoal, basta dizer que foi,
entre todos os brasileiros de então, o
que maior elogio obteve do
naturalista escocês já citado, no livro
Traveis in Brazil, publicado em 1846,
como segue:
"É o Pé. Marcos de Araújo Costa
bem conhecido em todo o Norte do
Brasil, não só pela sua inteligência e
saber, como por seu excelente caráter
moral e benévola disposição,
qualidades que vi amplamente
confirmadas durante os oito dias que
em sua fazenda me hospedei. Se
todos os sacerdotes do país tivessem
metade de sua cultura, bem como sua
♦
É justo salientar
atividade e zelo pela difusão do
que, como exceção, alguns
ensino, a condição do Brasil se
administradores da era colonial não
tornaria bem diferente do que é, e do tinham prevenção contra a instrução
que receio continue a ser por longo dos brasileiros. Somente não logravam
tempo, dada a presente situação". que a Metrópole lhes desse meio para a
Em Parnaíba, nada cobrando manutenção das escolas. Assim, a
também de seus alunos, embora não Câmara da vila do Mocha, conseguiu
os podendo sustentar de casa e que, pelo Alvará de 03-05-1757,
comida como fazia o Padre Marcos, fossem criadas duas escolas ali.
pois que vivia exclusivamente de seus
vencimentos, tivemos o Dr. João ♦
Cândido de Deus e Silva (1787-
1860), Juiz de Fora daquela cidade, e
Por constituir
marco histórico, é preciso
saber, com exatidão,
qual foi o primeiro jornal
a ser editado no Piauí,
assim como o ano,
O PIAUIENSE
Primeiro jornal do Piauí
o mês e o dia
em que circulou o seu
primeiro número.
E, portanto, fundamenta!
que se afaste qualquer
dúvida a respeito
Francisco de Sousa Martins (1805-
1857), em trabalho focalizando a
história da imprensa no Brasil,
intitulado Progresso do Jornalismo
no Brasil, desde seu aparecimento
até 1846, afirmou que "o primeiro
jornal do Piauí foi O Telégrafo,
aparecido em 1839, impresso em
Caxias, para combater o Visconde
da Parnaíba". O estranhável é que
sendo o autor filho de Oeiras,
E
deputado pelo Piauí e sobrinho do
próprio Visconde, tenha, em seu
trabalho, feito a afirmação que fez,
relativamente ao Piauí.
Cometeu três enganos. O
primeiro é que não foi O Telégrafo,
em 1839, e sim Piauiense, em 1832.
O segundo é que O Telégrafo não
foi impresso em Caxias para
combate ao Visconde, e sim na
própria Oeiras e sob os auspícios do
dito Visconde. O terceiro é que foi
O Espectro, e não O Telégrafo, o
jornal impresso em Caxias para
combate ao Visconde.
Depois do Dr. Francisco de
Sousa Martins, o primeiro a
preocupar-se com o assunto foi J. A.
Pereira da Costa, na Cronologia
Histórica do Estado do Piauí. Nesse
trabalho afirma ter sido o Correio
da Assembleia Legislativa da
Província do Piauí, saído em 1835,
o nosso primeiro jornal, e destinava-
se à publicação de leis e atos
mbora aparentemente simples, oficiais. Afigura-se-nos estranha,
levou-se mais de cem anos para também, a afirmativa de Pereira da
firmar, em definitivo, qual teria sido Costa, pois que, no mesmo livro seu,
o nosso primeiro jornal; e mais página 232, transcreve a notícia do
alguns anos, ainda, para ser fixada a aparecimento do verdadeiro
data do seu aparecimento. primeiro jornal, em 1832.
Por falta de informações seguras, Entre o realmente primeiro, e o
a confusão começou a surgir 14 citado por Pereira da Costa como
anos, apenas, após o aparecimento tal, houve um outro, em 1833, o
desse primeiro jornal. Assim, o Dr. Diário do Conselho Geral,
localizado por Abdias Neves, que O Telégrafo não foi impresso em
através do Livro de Atas do Caxias para combate ao Visconde, e
Conselho, de 1829 a 1833, págs. 39 sim na própria Oeiras e sob os
e 225. Esclarece ainda o mesmo auspícios do dito Visconde. O terceiro
Abdias Neves que, neste é que foi O Espectro, e não O
Telégrafo, o jornal impresso em Caxias
para combate ao Visconde.
♦
♦
Cometeu três enganos. O primeiro é
que não foi O Telégrafo, em 1839, e
sim Piauiense, em 1832. O segundo é
♦
Nas províncias do Norte do Brasil
vai tendo rápidos progressos a
imprensa periódica. Algumas que
ainda não conheciam praticamente mesmo documento por ele
este meio de espalhar por entre o compulsado, "existe alusão a um
povo as doutrinas políticas, esta periódico, a esse tempo existente em
grande alavanca da civilização Oeiras, e cujo nome se perdeu".
progressista, vão tendo suas Abdias também, se tivesse
imprensas e jornais. compulsado a Cronologia Histórica
♦ com mais cuidado, teria encontrado
o nome desse primeiro jornal, O
Piauiense, aparecido em 1832. Eis a
notícia que Pereira da Costa mesmo
dá, na Cronologia citada, numa Assim, Pereira da Costa, por não
transcrição de Aurora Fluminense, haver encontrado notícias mais
jornal de Evaristo da Veiga, número precisas sobre O Piauiense, relegou-
689, de 17-10-1832: o ao plano da dúvida.
"Nas províncias do Norte do Veio, então, Anísio Brito, e
Brasil vai tendo rápidos progressos a reconheceu ter sido O Piauiense
imprensa periódica. Algumas que nosso primeiro jornal, aparecido na
ainda não conheciam praticamente segunda metade de 1832, não
este meio de espalhar por entre o trazendo maiores esclarecimentos,
povo as doutrinas políticas, esta "por não existir, no Estado, nenhum
grande alavanca da civilização exemplar do mesmo".
progressista, vão tendo suas Foi Joel Oliveira, modesto mas
imprensas e jornais. Mencionaremos extraordinário pesquisador que, em
particularmente O Recopilador tese apresentada ao 1° Congresso de
Sergipano, em Sergipe, e, no Piauí, Jornalistas do Piauí, patrocinado
O Piauiense. Ambos estes pela Associação Piauiense de
periódicos são escritos com Imprensa (A. P L), em 1934, fixou a
dignidade, boa frase e em sentido data do aparecimento do primeiro
constitucional. Nem a retrogradação número d' O Piauiense, graças à
nem a violência encontram aí notícia por ele encontrada sobre o
culpadas apologias. São eles uma mesmo, no jornal A Imprensa,
verdadeira aquisição para povos que número 510, de 04-07-1877:
poderiam facilmente ser desviados, "O Piauiense - Assim chamou-se
no caso que maus condutores se o primeiro periódico publicado nesta
apresentassem ao leme da imprensa, província, em Oeiras, no ano de
e dessem nos seus escritos, em vez 1832.
de suas doutrinas, ódios e
particulares interesses".
"Era editado na Tipografia de "Temos presente o número 33
Silveira & Cia., que alguns anos d’ O Piauiense, datado de quarta-
depois (1836), tornou-se Tipografia feira, 27 de março de 1833.
Provincial, e, mais tarde, Tipografia "Quase que se não encontram
Saquarema (1849). nele senão peças oficiais e duas
" O Piauiense foi redigido pelo máximas transcritas de O Tempo, do
professor de latim Amaro Gomes Rio de Janeiro, sendo esta a mais
dos Santos e parece que também breve: "Se se pensasse no destino
pelo vigário Pe. António Pereira que espera o homem sobre a terra,
Pinto do Lago. dever-se-ia banhar de lágrimas o seu
"Tinha por epígrafe: berço".
Quid leges sine O Padre Pereira Pinto, acima
moribus/Vanae/proficiunt? citado, era natural da Bahia, vigário
(Horácio)/ colado de Itapecuru-mirim (Ma),
Que aproveitam sábias fazendeiro e político no Piauí, por
leis,/Quando faltam bons costumes? onde foi deputado provincial. No
Maranhão tomou parte na Junta de
Governo, após a Independência.
Partindo de uma data precisa, 27
de março de 1833, quando circulou
o número 33 d' O Piauiense, Joel
Oliveira, levando em conta ser o
jornal semanário, recuou no tempo,
em contagem regressiva, chegando à
conclusão lógica de que o primeiro
número d' O Piauiense saiu
precisamente a 15 de agosto de
♦
O primeiro número d' O Piauiense saiu
1832. Esta, portanto, a data do
precisamente a 15 de agosto de 1832.
surgimento de nossa imprensa. Esta, portanto, a data do surgimento de
Cumpre salientar que, apesar da nossa imprensa.
pobreza do meio, das deficiências já Cumpre salientar que, apesar da
apontadas da instrução do povo, não pobreza do meio, das deficiências já
fomos a última Província do Brasil apontadas da instrução do povo, não
onde surgiu a imprensa. Fomos a fomos a última Província do Brasil
15ª. onde surgiu a imprensa. Fomos a 15ª.
Pressuposto necessário
aparecimento do jornal, é a
ao ♦
existência dos meios de composição
e impressão que, nos primeiros
tempos, resumiam-se a tipografias
de rudimentar aparelhagem.
Entre nós, a primeira tipografia,
na qual foi impresso o primeiro
jornal, veio da Bahia para Oeiras,
trazida pelo Padre António
Fernandes da Silveira, sacerdote e
político nascido em Lagarto
(Sergipe). Destacou-se, na Bahia,
por ocasião das
♦ ♦
Tudo nos leva a crer que o Pe.
Fernandes pretendesse editar um jornal
no Piauí. Não só o fato de trazer uma
tipografia para Oeiras, como o de, na
sua cidade natal de Lagarto (SE),
simultaneamente com o nosso O
Piauiense, haver editado o primeiro
jornal de Sergipe, O Recopilador
Sergipano, na Tipografia Silveira,
também de sua propriedade.
o nosso O Piauiense, haver editado
o primeiro jornal de Sergipe, O
Recopilador Sergipano, na
Tipografia Silveira, também de sua
propriedade.
♦
Odilon Nunes, em pesquisa para a
História do Piauí, baseado em
documento da época, existentes no
Arquivo Público, esclarece em
definitivo o assunto sobre o primeiro
jornal do Piauí.
♦
Como vimos, o aparecimento
d'O Telégrafo foi acidental, para dar
cobertura a determinada situação.
Somente após as profundas
♦ modificações operadas na vida
política nacional, pela
Manuel de Sousa Martins (1776-1856),
Visconde da Parnaíba - governo que se Independência, que culminaram
alongou por mais de vinte anos -, não com a coroação antecipada de Pedro
havia clima para a publicação de II, foram cristalizando-se os partidos
jornais noticiosos e independentes. políticos nacionais, o que tornou
Ninguém, dentro ou fora da situação possível pensar em oposição ao
governamental, àquele tempo, homem forte do Piauí. Mesmo
arriscava-se a tanto. - assim, tal oposição só se fez viável,
porque capitaneada pela própria
♦ família do governante, então já
velho, com mais de 70 anos.
Não havendo segurança para
editar jornais, os adversários os
fariam imprimir em Caxias (MA),
ou simplesmente mandavam
imprimir boletins para distribuição
de porta em porta nas caladas da
noite.
Ainda
em Oeiras destacou-se
outra figura tão
brilhante
quanto a de Lívio Lopes,
TIBÉRIO CÉSAR
BURLAMAQUE
ou mais notável ainda,
por ter sabido
superar, sem queixas,
a falta da visão, a cegueira.
T
♦
Tibério César Burlamaque (1810-
1863), também conhecido em seu
tempo por o Cego. Foi dos poucos
homens por quem o Visconde de
Parnaíba manifestava respeito e
dispensava consideração.
♦
♦
A Ordem, primeiro jornal de Teresina,
já apresentava elegante feição gráfica,
trazendo noticiário político e social,
além de bem redigidos artigos
doutrinários. Já não era um impresso
destinado somente a dar publicidade
aos atos oficiais, ou criticar estes atos.
Preocupava-se inclusive em agradar
aos seus leitores.
♦
José da Silva Leite, sendo impressor
António da Costa Neves, avô do já
mencionado historiador Abdias da
Costa Neves (1876-1928). Seu
redator era um jovem baiano de 21
anos, José Martins Pereira de
Alencastre (1832-1871), que para o
Piauí viera como o homem de
confiança do Presidente Dr. José
António Saraiva, ocupando o cargo
de Oficial de Secretaria.
Após haver Saraiva deixado o
governo, Alencastre permaneceu no
Piauí até 1855, como professor de
português do Liceu Provincial.
Depois disso, teve brilhante carreira
política no plano nacional, chegando
a governar duas províncias. Deixou
T
várias obras publicadas, inclusive
Memória Cronológica, Histórica e
Geográfica da Província do Piauí, e
um excelente trabalho sobre a
Balaiada.
A Ordem, primeiro jornal de
Teresina, já apresentava elegante
feição gráfica, trazendo noticiário
político e social, além de bem
redigidos artigos doutrinários. Já
não era um impresso destinado
somente a dar publicidade aos atos
oficiais, ou criticar estes atos.
Preocupava-se inclusive em agradar
aos seus leitores.
Não chegamos a encontrar o
primeiro número deste jornal.
Tivemos, contudo, em mão, o
número 42 de 16-04-1854. Neste
exemplar estava o artigo abaixo,
versando, inclusive, sobre o
problema da liberdade de imprensa:
"As conveniências de melhorar-
se a imprensa ordeira nesta
Província, são por todos de há muito
reconhecidas, e nós dando ouvidos
rata-se de A Ordem, aparecido ao público reclamo, nos esforçamos
exatamente a 19-02-1853, composto para satisfazê-lo; ainda que em
na Tipografia Constitucional, de
parte: e desde já prometemos ideias, pois, e o progresso de nossa
satisfazê-lo completamente, e muito boa Província terá sempre em nós
breve". um constante e fiel colaborador".
"Dar maior desenvolvimento ao "Não serão as ideias políticas
jornalismo é favorecer o progresso que só nos ocuparão, ou antes,
moral, é dar maior expansão às pouco nos ocuparemos com
discussões políticas, porque hoje santifica o crime, e se incensa a
sem propósito viriam elas: imoralidade!...E são estes os
fervorosos, porém, na propagação primeiros a se chamarem
dos conhecimentos úteis, que se conscienciosos, amigos da pátria,
harmonizam com nossas órgãos da verdadeira liberdade,
necessidades, seremos sempre. defensores da humanidade... e
"Neste século em que todos quantos títulos pomposos há por
querem ler, ou o desejam, pela além.
necessidade de instruir-se, sem o "Em nosso país o jornalismo é
jornal, o livro de todos, por ser ele ainda excessivamente caro; e não
acessível a todos; sem o veículo da pode, por isso, preencher bem um
instrução popular, quando honestos dos seus fins, que é ser acessível a
e bem encaminhados. O contrário, todos.
porém, sucede quando a imprensa "Muitas vezes são insuperáveis
transviada se prostitui, se exalta e as dificuldades com que luta o
corrompe a sociedade, pondo em proprietário de uma oficina
efervescência os maus instintos tipográfica, quando não dispõe de
populares, fazendo obrar suas grandes recursos; e se porventura
paixões, que se traduzem quase isto sucede nas províncias mais
sempre no desespero e desrespeito adiantadas do nosso litoral, com
às leis e às autoridades, no maiores embaraços devem lutar
rompimento do pacto social, em aqueles que se vêm estabelecer no
dissoluções e horrores sem conta. nosso interior.
"Nesta hipótese última o "O público exige tudo, e a tudo é
jornalismo é um mal; é mais, é um preciso satisfazer. Mas como? A
crime". tudo de uma vez, de mo -
"Não há país em que a liberdade
de imprensa se exerça tão
largamente, como no Brasil: não há
só liberdade: há licença,
desenfreamento, escândalo,
imoralidade, cinismo, corrupção.
"Não somos exagerados: leitores
dos jornais que se imprimem por
nossas províncias, lede-os todos, e
deparais com inúmeros que, se não
são verdadeiros archotes
revolucionários são outros tantos
pelourinhos onde se açoita tudo
quanto é bom e honesto, e se
♦
O contrário, porém, sucede quando a
imprensa transviada se prostitui, se
exalta e corrompe a sociedade, pondo
em efervescência os maus instintos
populares, fazendo obrar suas paixões,
que se traduzem quase sempre no
desespero e desrespeito às leis e às
autoridades, no rompimento do pacto
social, em dissoluções e horrores sem
conta.
♦
♦ mento? Não é possível. O nosso
público que seja um pouco
"Não somos exagerados: leitores dos
jornais que se imprimem por nossas tolerante... que releve muitas de
províncias, lede-os todos, e deparais nossas faltas, porque não são elas
com inúmeros que, se não são voluntárias.
verdadeiros archotes revolucionários "O melhoramento da imprensa
são outros tantos pelourinhos onde se nesta Província, não pode ser senão
açoita tudo quanto é bom e honesto, e muito lento, como obra do tempo e
se santifica o crime, e se incensa a não da vontade, porque não deve
imoralidade!... haver vontade, onde não houver
♦ possibilidade.
"Cremos já ter feito muito,
quando prometemos consideráveis
♦ melhoramentos para o futuro. Desde
que aumentamos o formato de nosso
Com a saída de Pereira de Alencastre,
do Piauí, desapareceu A Ordem. Lívio jornal, e diminuímos o preço de sua
Lopes Castelo Branco reiniciou, então, assinatura; demos aos senhores
em Teresina, sua atividade jornalística assinantes as regalias e privilégios
começada, como vimos, em Oeiras, que há muito exigiam; e fizemos
servindo de exemplo e estímulo para os nosso jornal acessível a todos, à
dois grandes vultos que apareceriam na maioria de nossa população que lê, o
década seguinte, de 1860. que pode subscrever.
♦ "Dirigido de ora em diante com
maior cuidado, A Ordem não se
afastará jamais do seu programa, da
linha de conduta que uma vez
traçou. Sua redação se esforçará o
mais possível por torná-lo regular e
interessante e aos Senhores
Subscritores dos Municípios,
promete escrupulosa exatidão da
remessa dos números, que de hoje
em diante se forem publicando.
Teresina, 14 de abril de 1854".
Com a saída de Pereira de
Alencastre, do Piauí, desapareceu A
Ordem. Lívio Lopes Castelo Branco
reiniciou, então, em Teresina, sua
atividade jornalística começada,
como vimos, em Oeiras, servindo de
exemplo e estímulo para os dois
grandes vultos que apareceriam na
década seguinte, de 1860. Nesse
meio tempo, diversos pequenos
jornais, a maioria de cunho literário,
redigidos por jovens, apareceram e
desapareceram.
Surgiram, então, os dois
gigantescos nomes do jornalismo
piauiense, no século passado:
Deolindo Mendes da Silva Moura
(1835-1872), e Davi Moreira Caldas
(1836-1878).
D
mestre, Lívio Lopes. Em dezembro
de 1858 este jornal deixou de
circular, dando lugar a' O
Propagador, com a mesma dupla de
jornalistas. Encerrou as atividades
deste último em 1860, quando
decepcionou-se ao verificar que o
jornalismo não só projeta o
indivíduo, mas enche-lhe também o
caminho de espinhos. Os próprios
chefões de seu partido, o Liberal,
censuravam-lhe o excesso de ardor.
Queriam que ele desempenhasse o
papel de lutador no palco, dentro do
scrípt, e não no verdadeiro campo
de batalha, sob o lema de: guerra é
guerra.
Nesse interregno, encontrou-se
diante de dois caminhos para
escolher: ou acomodar-se às
realidades e conveniências da vida,
ou retornar as armas e voltar ao
campo de batalha , sabendo de
antemão que a luta deveria ir até o
amargo fim.
eolindo era daqueles que, Aproveitou esta pausa para
motivados, só sabem fazer as cousas casar-se em 1861, com D. Maria
dando tudo de si mesmos. Daqueles Henriqueta Viana Noronha, natural
que deixam em nós a impressão de de Caxias, Maranhão, e radicada em
não acreditarem na existência de um Teresina. A descendência desse
amanhã. casal ilustre viria honrar sobremodo
Formado em Olinda, em 1857, a inteligência e a cultura piauiense,
senhor de uma fortuna invejável destacando-se: Deolindo Couto,
para a época, poderia muito bem ter médico ilustre, membro das
se acomodado, como os demais Academias Brasileira e Piauiense de
bacharéis de seu tempo, a um cargo Letras, e do Conselho Federal de
de juiz ou promotor, eleição para Cultura; Cristino Castello Branco,
deputado-geral ou nomeação para o membro da Academia Piauiense de
governo de uma das províncias do Letras, jurista, poeta e ensaísta, cujo
Império, finalizando a carreira como nome de há muito transpôs as
Desembargador aposentado de fronteiras do Piauí, projetando-se no
qualquer das Relações do Brasil. cenário nacional; seu filho Carlos
Castello Branco, jornalista de brasileira; Clodoaldo Freitas,
merecido renome na imprensa polígrafo, e
seus dois filhos, os irmãos Freitas, Amparo, em 05-09-1870, a bandeira
Alcides e Lucídio, dando este último nacional sob cuja sombra se
o seu nome à própria Academia bateram, Deolindo fez o discurso de
Piauiense de Letras. boas-vindas. Seu temperamento,
Depois de muito refletir, em contudo, não deixou que se ativesse
1862, decidiu-se pela volta à luta, ao protocolo, extravasando em
com o jornal Liga e Progresso, franco abolicionismo. Tudo leva a
órgão de uma sociedade para o acreditar que, se tivesse vivido um
progresso, da qual era também pouco mais, terminaria como seu
Presidente. Neste jornal, Davi companheiro de luta Davi Caldas,
Caldas era discípulo e colaborador em aberta adesão aos ideais
de Deolindo. A fortuna que herdara republicanos.
ia sendo rapidamente esgotada em Eis a íntegra do discurso,
despesas com jornal e campanhas publicado n'A Imprensa, n° 263, de
eleitorais para deputado provincial, 08-09-1870, para dar uma ideia do
mandato que desempenhou durante estilo de Deolindo como grande
três legislaturas. Em 1864, acaba orador que foi, além de jornalista:
com a sociedade para o progresso, e "Bravos Voluntários da Pátria!
com o jornal, que era órgão desta. Heróis piauienses!
Como saldo positivo do trabalho da "Hosanas a Deus nas alturas!
sociedade, ficou a instalação da
primeira biblioteca pública que teve
o Piauí.
Então, o jornalismo já se havia
entranhado em todo o seu ser. Fez
surgir A Imprensa, em 25-06-1865,
um dos poucos jornais que tivemos
de longa duração, indo até aos
últimos dias do Império, em 1889.
Entrava, então, o Brasil, em
guerra com o Paraguai. A Política
tornou-se secundária, frente aos
esforços que de todos a nação
brasileira exigia. Deolindo e Davi
Caldas desdobraram-se em
campanhas cívicas para
recrutamento de voluntários, coleta
de dinheiro visando a compra de
uniformes para estes voluntários,
recursos para socorrer as famílias
dos mesmos etc.
♦
Cristino Castelo Branco, membro
Terminada a guerra, e na da Academia de Piauiense Letras,
solenidade em que os Voluntários da jurista, poeta e ensaísta, cujo nome de
Pátria iam depositar, na Igreja do há muito transpôs as fronteiras do
Piauí, projetando-se no cenário
nacional.
♦
♦
"Se a mim falham expressões para
bem cumprir esse dever, o assunto, que
sois vós, ínclitos defensores da honra
nacional, supre perfeitamente a
incapacidade de quem agora, talvez,
ousadamente, rouba-vos o precioso
tempo, e perturba a vossa atenção.
♦
"Fostes testemunhas do espetáculo
mais horrendo que imaginar se pode: a
perda de um povo; fostes testemunhas
do embrutecimento da individualidade.
Em compensação, porém, vistes e
apreciastes os inefáveis dons e gozos
elevados da liberdade e da riqueza
industrial do povo que tem a
fraternidade como dogma, como
encanto da vida!
♦
com prejuízo da própria verdade, e
em ocasião tão inoportuna.
"A parte maliciosa dos ofícios do
sr. Dr. Chefe de Polícia, que diz
respeito ao meu ilustre amigo sr.
ten. Cel. Fernando António de
Aguiar Almendra, será por ele
convenientemente respondida.
Teresina, 16 de outubro de 1872. a)
Deolindo Mendes da Silva Moura".
De seu leito de morte, dirigiu
ainda o jornal até às vésperas do
"Ao sr. Dr. Chefe de Polícia. fatal evento.
Com 36 dias de uma moléstia grave, Deixemos que seus próprios
que me tem prostrado, sobremodo; companheiros de redação, ao
depois de ter recebido do sr. Dr. noticiarem sentidamente a sua
Chefe de Polícia três visitas, que morte, tracem os principais dados de
penhoraram-me, acabo de ouvir ler sua biografia, no número 362 de A
n''OPiauí'de ontem, as injustas Imprensa:
acusações que me faz S. Sá. nas "Em 5 de fevereiro de 1835,
partes oficiais que o sr. Presidente nasceu Deolindo Mendes da Silva
vai mandando imprimir para defesa Moura, na cidade de Oeiras, então
da liberdade eleitoral que o governo capital desta Província; sendo seus
patriarcal deste país prometera aos progenitores, o Capitão cirurgião-
seus súditos. mor do Exército, José Luís da Silva
"Pouco se me dá que S. Exa., e D. Raimunda Ferreira do
para justificar esse bacanal que Nascimento, que o tiveram de seu
presenciamos na Província com o consórcio, contraído por aquele em
nome de eleição, se sirva da 2ª. núpcias.
simplicidade do sr. Dr. Chefe de "Foi batizado por frei Semeão da
Polícia, para inocentar a seus Rainha dos Anjos, em 20 de abril do
correligionários, com prejuízo mesmo ano, sendo seus padrinhos o
embora da reputação de adversários comendador José Mendes Vieira,
leais; o que, porém, não posso de seu tio materno e D. Lubela Maria
todo tolerar é que o sr. Dr. dos da Silva, sua irmã paterna, casada
Guimarães Peixoto, que se mostra com o referido comendador. Estes,
meu afeiçoado, fira-me tão como não tivessem filhos, tomaram-
desumanamente nos seus ofícios, no aos oito anos para nove
de idade, a fim de acabar de criá-lo, dos Anjos e Otaviano José do
como o fizeram desveladamente. Amorim.
"Foram seus mestres de "Em 1845, com apenas 10 anos
primeiras letras, sucessivamente, o de idade, começou a estudar
professor público Patrício Ferreira gramática latina com seu mano Dr.
Lima, e os professores particulares, Carlos Luís da Silva Moura, e
Anfrísio José Avelino, Luís Xavier depois com os Drs. Jesuíno de Sousa
Martins e Cândido Gil Castelo
Branco, e afinal com o professor "Desgostoso pelas causas que
público António João Batista determinaram o desaparecimento
Ferreira. d'O Propagador, fez um manifesto
"Estudou francês no ano de 1848 declarando-se retirado da política;
com o professor público Dr. em outubro de 1862 voltou
Cândido José Casado Lima. porém às lides da imprensa,
"Fez o seu primeiro exame de tomando
latim e francês, em presença do
Presidente Dr. Anselmo Francisco
Peretti.
"Em 1849, seguiu para o lugar
denominado Boa Esperança, termo
de Jaicós, a fim de continuar seus
estudos no colégio do Revdo. Pé.
Marcos de Araújo Costa, de saudosa
memória; com a morte porém deste
venera novembro de 1850, voltou
Deolindo Moura para a cidade de
Oeiras.
"Em fevereiro de 1851, seguiu
para Pernambuco, chegando a
Olinda a 22 de março do mesmo
ano, tendo feito a viagem toda por ♦
terra. “É missão árdua, poré não impossível.
"A 15 de março de 1853, Zelai na Pátria os foros de cidadãos
matriculou-se no curso jurídico de livres; não tolerareis jamais a
mistificação de vossa individualidade;
Olinda, que frequentou com
proclamai bem alto a liberdade de ação
distinção. individual, e teremos aberto as válvulas
"A 27 de outubro de 1857 fez ato que têm entorpecido o
para sua formatura, sendo-lhe engrandecimento e a prosperidade da
conferido o grau de bacharel em terra do Cruzeiro
direito, a 3 de dezembro deste ano;
no dia seguinte embarcou para o ♦
norte, chegando em Teresina em 25
de dezembro, às 10 e meia horas da
noite.
"Foi aqui um dos fundadores de
uma sociedade política e literária,
cujo órgão de imprensa foi o
periódico O Propagador do qual foi
também redator até o seu último
número, publicado a 29 de
dezembro de 1860.
Unicamente nela dispendi
5:185$000, em moeda!".
"Em 20 de maio de 1861, casou-
♦ se com a Exma. Sra. D. Maria
Henriqueta Viana Noronha, de cujo
Mesmo sem aderir abertamente à
ideia republicana, Deolindo teve que consórcio teve cinco filhos.
provar a taça de fel do sofrimento, "Por decreto de 13 de novembro
provocado por interesses contrariados de 1858, sendo Ministro da Fazenda
que pretenderam em vão calar a voz do o Ex° Sr. Conselheiro Sousa Franca,
jornalista. foi nomeado Procurador Fiscal do
Baseados em supostas irregularidades Tesouro, emprego de que foi
que ele teria praticado no desempenho demitido por decreto de 4 de
do cargo de Inspetor da Administração dezembro de 1861.
da Fazenda Provincial, os seus "Foi eleito deputado provincial
inimigos o denunciaram por crime de por três vezes, nos biênios 1858-
peculato. 1859; 1860-1861 e 1864-1865.
♦ Sobretudo no primeiro biênio
adquiriu grande número de
desafetos, pela maneira enérgica
com que se houve na tribuna
profligando os abusos do governo e
dos seus aderentes.
"Em dezembro de 1863, foi
nomeado Inspetor da Administração
da Fazenda Provincial, emprego de
que foi privado em agosto de 1868,
por Portaria do dia 20.
"O terceiro e último periódico de
que foi redator nesta Província, e do
parte na redação de Liga e qual se encarregou até a véspera de
Progresso. sua sentida morte, foi este em que
"Herdeiro de uma boa fortuna ora escrevemos o presente artigo;
que lhe foi legada salvo pequenas interrupções, foi ele
legada por seus extremosos por vários anos seu principal
padrinhos, não soube todavia redator, e até mesmo único por
conservá-la, pois era de uma algum tempo. O modo pelo qual
generosidade sem li mites e gastava desempenhou esta importante
com a política de uma maneira comissão está acima de qualquer
superior aos seus recursos; a tal elogio que lhe possamos fazer; é um
respeito e com referência ao ano de fato contemporâneo, que está muito
1860, ouçamos o que ele próprio fresco na memória de todos nós: o
escreveu num livro de lembranças: modo de dizer desse incansável
"Atirei-me com todas as forças nos tribuno, digno do mais numeroso
negócios políticos, até as auditório e digno também de mais
proximidades da eleição. benigno fado ou de um destino
menos inexorável.
"Hoje resta dele apenas a intelectual. Dele restou-nos tão
memória saudosíssima...Sua somente alguns discursos, artigos de
poderosa voz emudeceu para jornais, anedotas diversas".
sempre, não mais a ouviremos na
terra, nesta terra americana que
tanto precisava de sua surpreendente
atividade, de sua dedicação sem
limites, de seu imenso desejo de
bem servi-la sem olhar para o
sacrifício de sua própria existência,
que todos nós reconhecemos ter sido
das mais preciosas, como
por muito tempo poderão atestá-lo
as nossas lágrimas ardentes ou os
nossos fundos suspiros".
"Deolindo era uma dessas
personalidades tão marcantes que,
sozinhos, enchem uma época.
Nenhum livro publicou. Seus
entusiásticos discursos foram
levados pelo vento. Restou-nos
aquele antes transcrito, que vai
sendo relembrado, de geração em
geração. Seus artigos inflamados
♦
"Pouco se me dá que S. Exa., para
desapareceram com as coleções de justificar esse bacanal que
jornais que os continham. Contudo, presenciamos na Província com o nome
sua verve impressionante marcou de eleição, se sirva da simplicidade do
toda uma geração, ficando o eco a sr. Dr. Chefe de Polícia, para inocentar
ressoar nas seguintes, até hoje, e a seus correligionários, com prejuízo
sabe Deus até quando, da mesma embora da reputação de adversários
forma que a causerie de um Paula leais”.
Nei, ou os sons do violino de ♦
Paganini.
João Pinheiro, em seu modo de
dizer sucinto, qualificou-o de
"grande orador, político e publicista
distinto". Mas foi Lucídio Freitas
quem melhor o analisou: "A vida
para esse esbanjador de talento e de
fortuna, era a agitação, a desordem,
o entrechoque
Violento e terrível. Morreu aos
38 anos apenas; tocou, contudo, em
todos os ramos da atividade mental,
sem deixar, no entanto, o atestado
vivo de sua grande atividade
Voltemo-nos agora
para Davi Caldas, companheiro
de Deolindo, que após
a morte deste
ficou na arena sozinho,
DAVI CALDAS
imitação estupenda
do herói da Galiléia, diferindo
deste porque não tinha
sequer discípulos em volta
de si, querendo endireitar o mundo
provinciano e apático
que o rodeava.
A
♦
Focion Caldas, filho de Davi Moreira
Caldas, nos deixou um retrato do pai
com algo de parecido com os profetas
talhados pelo gênio do Aleijadinho
♦
♦
O Amigo do Povo já surgiu como um
jornal estranho. Não se destinava a dar
rendas ao proprietário, conforme lia-se
Poucos foram os artigos
logo abaixo do título: "Periódico
político. Este jornal publicar-se-á duas literários ou doutrinários publicados
vezes por mês; distribui-se no jornal. Como todos os da época,
gratuitamente às pessoas pobres que imitava-se mais a criticar os atos
souberem ler e quiserem recebê-lo na governamentais, e refletir pequenas
tipografia onde é impresso. lutas políticas do interior da
Província. Para livrar-se de O famoso jornal Oitenta e Nove
problemas com o Código Criminal surgiu como simples mudança de
do Império, na parte relativa à nome d O Amigo do Povo. Saiu
imprensa, comentava os fatos do dia precisamente em 01-02-1873. Trazia
como se tivessem acontecido na um artigo de fundo sob o mesmo
China ou na Turquia, tratando os título, no qual o autor não
personagens por paxás ou preconizava de modo categórico,
mandarins, utilizando conhecida mas sutilmente deixava expressa a
figura de retórica. ideia profética de que a República
Entre 1864 e 1867, quando eleito seria proclamada em 1889. Com
deputado provincial, fez brilhante esta interpretação ficou o
carreira burocrática. Assim, criada a acontecimento gravado, de forma
Escola Normal pela Resolução n° lendária, na memória do povo. A
565, de 05-08-1864, foi da mesma técnica usada foi, através de bem
nomeado professor. Por Portaria de feita série de premissas históricas,
01-06-1866, passou a Oficial da achar possível que sucedesse aquilo
Secretaria da Presidência. Depois, que real e sinceramente desejava.
por Portaria de 27-07-1867, Abdias Neves não admitiu a
promovido por merecimento a profecia. Analisando friamente o
Oficial Maior da Secretaria do assunto, declara que: "Desse título,
Governo, além de obter, por Oitenta e Nove e da má
concurso, uma cadeira de geografia interpretação de seu artigo inicial,
no Liceu Provincial. De todas estas formou-se a lenda de que Davi
funções foi despojado com sua Caldas profetizara a futura mudança
adesão ao republicanismo. Restou- de forma de governo, em 1889".
lhe a cadeira do Liceu, por ser Contudo, não resta dúvida tratar-se
vitalícia. Mas entendendo que, de matéria merecedora de melhor
sendo republicano não podia servir estudo. O cristianismo admite a
ao Império, requereu jubilação profecia. Cristo foi profeta. Maomé
afirmou
haver com ele se encerrado o ciclo Este controvertido jornal durou
dos profetas. Quem sabe... quase dois anos. Mas, por falta de
Estas interpretações recursos, em todo esse tempo só
extravasaram do Piauí. Viriato saíram 31 números, sendo o último
Correia escreveu um trabalho sobre em 21-12-1874.
a figura de Davi Caldas, publicado Visto tratar-se de discutido
em 1934, sob o título de O documento histórico, transcrevemos,
Propagador Desconhecido. Em a seguir, na íntegra, o famoso artigo;
1907, a revista Kosmos, do Rio, extraído da revista Alvorada, de
publicou o fac-simile da primeira Jônatas Batista, neto de Davi
página d' O Oitenta e Nove, Caldas, de 15-11-1909:
contendo o famoso artigo. O mesmo
fac-simile foi publicado, também, na "OITENTA E NOVE"
edição domingueira d' O Correio da
Manhã, do Rio, de 07-12-1969. "Assaz problemático há de
parecer a muitas pessoas este título
numérico, que escolhemos para ao passo que na sua caudal corrente
denominar o nosso periódico, pobre via-se descer, a mercê das ondas, o
sucessor d' O Amigo do Povo, que recente
resolvemos suprimir depois de
havermos publicado o número 89:
designação esta que importa um
símbolo, a representação sintética de
uma ideia capital, fácil de penetrar,
aos que estão iniciados nas
proveitosas lições da história.
"Na verdade, Oitenta e Nove é a
data gloriosa com que no século
passado, em o velho mundo,
inscrevera-se de modo positivo,
claro e brilhante, os Direitos do
Homem, até ali não reconhecidos
devidamente pelas egoístas classes
♦
O famoso jornal Oitenta e Nove
privilegiadas, que tão indignamente
surgiu como simples mudança de
monopolizavam, com a coroa, todo
nome d O Amigo do Povo. Saiu
o bem-estar social.
precisamente em 01-02-1873. Trazia
"Oitenta e Nove foi com efeito
um artigo de fundo sob o mesmo
como que um grande dilúvio, sob o
título, no qual o autor não
qual submergiu-se o monstruoso
preconizava de modo categórico,
feudalismo, que ainda afrontava a
mas sutilmente deixava expressa a
França dos inumeráveis Luíses, qual
ideia profética de que a República
lembravam os faraós do antigo
seria proclamada em 1889.
Egito, isto em pleno século de
Voltaire, de Rousseau e de Mably; ♦
Jônatas Batista, neto de Davi Caldas,
escreve controvertido artigo na revista
Alvorada, em 15-11-1909, referindo-se
ao jornal Oitenta e Nove, segundo ele,
pobre sucessor d’O Amigo do Povo.
♦
♦
mineiros, que acabaram por ser
outros tantos mártires da liberdade,
outras tantas vítimas imoladas ante o
altar druídico, em forma de trono,
onde se achava exposta à veneração
dos fiéis a mentecapta Maria, digna
berço da liberdade, recordando o de Bisavó do atual Imperador do
Moisés a flutuar sobre as águas do Brasil, a quem Deus guarde, quando
Nilo. muito, até 1889... Centenário três
"Oitenta e Nove é ainda a data vezes venerando e assaz
fulgurante da primeira conquista significativo para todos os
plebiscitaria, incontestavelmente republicanos convictos, que estejam
obtida pela democracia numa das de ânimo deliberado a persistir a
mais belas porções deste vastíssimo semear a brilhante ideia; ativamente
continente do Novo Mundo; trabalhando, por período de 17 anos,
queremos falar de um magno sem jamais desesperar do resultado
decreto emanado diretamente do da constância, a semelhança desses
povo, há uns 83 anos, estreando-se pequeninos pólipos que hão
então a uma eleitoral, mui construído imensos bancos de
honrosamente, nas suas funções de coral...
arauto coletivo, segundo a qual "E certo que o trabalho vence
George Washington foi elevado à tudo, e o trabalho inteligente e
dignidade temporária de Chefe dos apurado é sem contestação alguma a
Estados Confederados da União mais bela encarnação da fé, com a
Americana, que hoje se ostenta ao qual mudam-se os montes até,
mundo civilizado como a mais segundo disse Jesus Cristo e nós
admirável colmeia de cidadãos, e vimos já realizado neste século, a
por certo uma das mais poderosas respeito dos Alpes Conteennes,
nações da terra! depois da perfuração do Tabor e do
"Finalmente, Oitenta e Nove Monte Cênis!...
recorda ainda, a nós os brasileiros, a "Devemos calcular os nossos
primeira tentativa de independência passos e medir as nossas vistas, com
no dilatado país descoberto por a mesma calma imperturbável com
Pinzon e por Cabral, tentativa que que o astrônomo determina, para um
infelizmente abortou, mau grado os tempo dado, a passagem de um
belos esforços dos patriotas planeta por um certo
ponto da esfera celeste, produzindo firmeza; enfim, como a formiga
tal fenômeno por ele previsto com remove os inumeráveis grãos de
admirável exação matemática!... areia que lhe obstruem a porta de
"Trabalhemos com a mesma boa sua morada subterrânea, quando
vontade com que a abelha manipula transtornada esta por uma
o pólen das flores, quando trata de eventualidade qualquer...
fabricar o seu mel; com a mesma "Sem descrermos, pois, das
constância com que a aranha nobres aspirações da humanidade,
estende, noite e dia, as suas teias, tratemos de avançar com ela, em
fragílimas, embora com a mesma busca do ideal da perfectibilidade,
embora este pareça fugir-nos
semelhante a uma miragem à
medida que nos adiantamos na
senda do futuro: pouco importa que
nos chamem utopista, uma vez que
esse nome tem sido o de batismo,
aplicado pelos homens de vistas
curtas e recebido por todos os
grandes trabalhadores do gênero
humano. Utopista é ainda hoje
considerado, por muita gente, o
Divino Mestre, por haver pregado a
caridade, isto é, a igualdade e a
fraternidade entre os homens!
" Utopistasioram também:
"I- Guttenberg, o inventor da
imprensa.
"II- Colombo, o descobridor do
Novo Mundo.
♦
"Oitenta e Nove foi com efeito como
"III- Copérnico, o autor de um que um grande dilúvio, sob o qual
novo sistema astronômico. submergiu-se o monstruoso
"IV- Galileu, o apóstolo da feudalismo, que ainda afrontava a
rotação da terra. França dos inumeráveis Luíses, qual
"V- Newton, o descobridor das lembravam os faraós do antigo Egito,
leis da gravitação, o dissector da luz. isto em pleno século de Voltaire
"VI- Bartolomeu de Gusmão, o
inventor do balão aerostático.
♦
"VII- Arkwright, o fabricante da
primeira máquina de fiar algodão.
"VIII- Watt, o autor do
condensador.
"IX- Benjamim Franklin, o
inventor do pára-raios.
"X- Cugnot, a quem se deve a
ideia da locomotiva a vapor,
realizada por Stephenson.
"XI- Lessage, o pai da telegrafia
elétrica, criada por Morse.
"XII- Fulton, o criador da
navegação a vapor.
"2° - O Conselheiro Junqueiro, a
quem devemos a navegação a vapor
do nosso Parnaíba, rio de leito
sumamente arenoso e de canais mui
variáveis...
"A vista de tudo isso, pois, um
dia ainda virá, assim o cremos, em
que a palavra utopia se tornará um
termo obsoleto nos dicionários das
♦ nações cultas; seria isto, embora, na
idade fabulosa em que aos hotéis
Colombo, o descobridor do Novo
Mundo houverem substituído os
Considerado um grande utopista laboratórios de quilo químico,
depositando-se então um jantar
♦ completo numa espécie de carteira
homeopática; nesse tempo em que
chamar-se-á bárbaro, talvez, a quem
quer que seja, que se ache exposto a
morrer de indigestão, como o mais
infatigável amador de papos de
perus!...
"Enquanto, porém, não
avançamos tanto, a ponto de chegar
a uma idade quase angélica, seja-
nos permitido ter a fé robusta de ver
a República Federativa estabelecida
no Brasil; pelo menos daqui a 17
anos, ou em 1889, tempo assaz
suficiente, segundo pensamos, para
a educação livre de uma nova
geração, para a qual ousamos apelar,
cheios da maior confiança.
"Contamos no entretanto, desde
"XIII - Daguerre, o pai da já, com a coadjuvação sincera de
fotografia. todos os apóstolos da mesma ideia
"Foram igualmente utopistas, se que nos anima; bem como com os
bem que de ordem secundária, ou concursos poderosos dos mais
somente para uma pequena porção dignos preceptores da mocidade.
da humanidade: "Tomamos por patronos de nossa
"1° - O Conselheiro António causa patriótica:
Saraiva, fundador de uma nova "1° - Mirabeau, o eloquente
Capital para esta Província, quando orador que apareceu em França, por
alguns não acreditavam que de uma ocasião da Revolução de 1789.
chapada deserta do Piauí, pudesse "2° - Joaquim José da Silva
surgir uma pequena cidade!... Xavier, por alcunha o Tiradentes, o
grande mártir da nossa infeliz tentativa de liberdade em 1789.
"3° - George Washington, o pão e o... dos próprios filhos ainda
primeiro Presidente dos Estados tenros!
Unidos; e o primeiro magistrado "A Pátria exige atualmente os
livre de urna república em terras da mais penosos sacrifícios.
América, eleito no referido ano de "Que fique somente aos egoístas
1789... a glória de se tornarem nédios a
"Sim, sejam estes os santos mais não poder.
patronos da nossa causa! "Mãos à obra, com a coragem do
"Que eles nos inspirem os mais que se acrisola".
belos argumentos para bem Além dos minguados
podermos persuadir aos que ainda vencimentos de lente jubilado do
estão em erro; a maior abnegação, Liceu, com tempo proporcional de
para morrermos mesmo, se serviço, a única renda de Davi
necessário for, defendendo as nossas Caldas era proveniente das aulas
ideias; finalmente o ensino do particulares que dava. Sua tipografia
melhor sistema político a adotarmos, quase nada rendia, porque sendo o
na direção dos púlicos negócios, governo o maior freguês, não lhe
quando diretamente confiados ao dava mais serviços. Como se isso
próprio povo cônscio de sua não bastasse, nesse mesmo
dignidade e dos seus direitos.
"Sentimos que em nosso crânio
ferve, como num cadinho, a ideia da
liberdade: que ela, depois de
fundida, se consolide brilhantemente
em nosso coração, como num vasto
molde, para daí sair semelhante a
uma fulgente estátua, perfeita e
colossal, que em todo o tempo ateste
a grandeza moral deste país em que
nascemos; e que bem poderá exibir
ao mundo uma série de construções
cidopeanas em suas instituições,
forjadas de novo pelos obreiros da
democracia.
"A nossa oficina é a imprensa;
nela pois vamos resolutamente
começar, outra vez, a grande obra,
talvez tentada em vão até este
momento.
"Não queremos nem devemos
deixar que se cubra de cinzas a
♦
Copérnico, o autor de um novo sistema
fornalha ardente! astronômico.
"Para alimentá-la, se preciso for,
verteremos em combustível o nosso ♦
ano de 1874 morre seu cunhado,
indo a irmã viúva com quatro filhos
aumentarem-lhe os encargos de
família.
Mesmo assim, ainda tenta novo
jornal, O Papiro, de pequena
duração e quase nenhuma
repercussão.
Vivendo no limite extremo da
pobreza, mesmo assim sua fibra
patriótica e seu desprendimento dos
bens materiais não o abandonaram.
♦ Em 1876, abalada e humilhada a
Nação com a insolência da
Newton, o descobridor das leis de
gravitação, o dissector da luz. Inglaterra, na questão Christie, Davi
dirigiu-se ao Presidente da
♦ Província, oferecendo como
contribuição para poder revidar aos
ingleses, 10% de seus minguados
vencimentos de professor jubilado.
O ocorrido ficou consignado no
ofício da Presidência, que segue:
"Of. - 2a Seção - número 486, de
26-06-1876. - Ao Inspetor do
Tesouro Provincial. – Comunicando
que o cidadão Davi Moreira Caldas,
em data de 3 de junho último, cedeu
em benefício dos cofres da
Província, por tempo indeterminado,
10% dos vencimentos que percebe,
como lente jubilado do Lice Deixou
um "grande espólio literário, que
infelizmente se perdeu", como
afirma Abdias Neves, em Pátria, n°
66, de 22-01-1904. Salvaram-se
somente alguns versos e artigos em
jornais, além do Relatório do estudo
que fez do rio Parnaíba, inclusive o
delta, por ter sido publicado pelo
governo, em livro, no ano de 1867.
Licurgo de Paiva, o poeta-
boêmio, amigo de Davi, e que lhe
assistiu os últimos momentos,
segurando-lhe a mão, diz que ele
morreu cantando Gloria in excelsis
Dei. Diz-nos mais que no dia da
morte, de manhã, exclamou: "É
chegado o dia de vos dar as minhas
contas... Sabahot... Sabahot...
Sabahot!...três vezes sábio... três
vezes santo!...". Na hora extrema,
estendeu a mão em direção à mulher
e filhos, descrevendo uma cruz, e
disse: "Agora... recebam todos a
minha santa bênção!".
Mas nem a morte fez arrefecer a
vingança dos áulicos imperiais
contra o grande republicano. Como
a igreja católica era ligada ao
Estado, Davi, apesar de grande
crente em Deus, e membro da
Irmandade do Santíssimo
Sacramento, era oficialmente
considerado ateu e, como tal, não
teve o direito de ser enterrado no
cemitério. Cavaram –
lhe um túmulo em frente ao portão túmulos de protestantes junto ao seu
principal do cemitério São José, existentes.
debaixo de um velho jatobazeiro ali A situação em que deixou a
existente, túmulo que alma caridosa família pode-se imaginar pela
mandou cercar com grade de ferro. notícia dada, 15 dias após sua morte,
Só na década de 1930, quando do no jornal O Semanário, n° 50, de
calçamento da rua, foram exumados 19-01-1878: "Diversos amigos do
seus ossos e trasladados para dentro finado Davi Caldas subscreveram
do cemitério, assim como outros uma mensalidade para sua desolada
família, que ficou em extrema
pobreza".
Entre os descendentes de Davi
Caldas, estão os poetas e jornalistas
Jônatas e Zito Batista, filhos de
Rosa e de Jericó Caldas Batista, e o
conhecido radialista Álvaro Lebre.
♦
Benjamim Franklin, inventor do para-
raios.
♦
Desde a morte de Davi Caldas,
até a proclamação da República,
a atividade jornalística no
Piauí decorreu nos velhos moldes,
DE DAVI CALDAS À
REPÚBLICA
sem apresentar nada de novo,
pois que a Província ficou
à margem da fermentação
republicana.
♦
Joaquim José da Silva Xavier, por
acunha o Tiradentes, o grande mártir
da nossa infeliz tentativa de liberdade
em 1789.
♦
♦
Pereira da Costa e João Pinheiro
citam ainda um outro jornal de Davi, O
Bom Menino. Nas pesquisas que
fizemos, não encontramos referência a
este jornal. Pode muito bem ter sido
uma folha estudantil, impressa em sua
tipografia.
♦ desapareceu, saíram somente 8
edições. E que só era editado
quando aparecia, em Teresina, um
bispo do Maranhão, em visita
pastoral. O último número marcou a
visita do bispo D. Xisto Albano.
Enquanto perdurou o Império, a
Igreja não sentia necessidade de
reagir, pois contava como fiéis a
quase totalidade dos habitantes da
Província. O Estado a que estava
ligada a protegia. Além disto, o
clero não se encontrava
intelectualmente preparado para luta
desse jaez. Escorregava nos
argumentos dos adversários,
cife, contra a Igreja Católica e seu moldados na dialética e em
clero. Representava um reflexo sofismas. Hoje isso não mais
longínquo das ideias acontece, pois cabeças como a do
enciclopedistas. O único resultado bispo D. Fulton Sheen, com
prático que trouxe, e não era humildade e segurança, afasta da
desejado, foi abrir as portas para o arena qualquer adversário.
surgimento de outras formas Só com a proclamação da
religiosas, como espiritismo, República, desvinculada do Estado e
macumba e protestantismo. acuada pelos adversários, sentiu a
O jornal iniciador dessa luta foi Igreja necessidade de reagir. Foi
O Reator, editado pela maçonaria, quando apareceu o primeiro jornal
declarando-se órgão maçom e católico entre nós, A Cruz, sob a
anticlerical. O primeiro número saiu direção do cônego Honório José
a 05-09-1884, exatamente quando Saraiva (1854-1904).
nos visitava o bispo do Maranhão, a Cada período histórico tem
cuja província eclesiástica então sempre uma personalidade que,
pertencíamos, D. António Cândido sobressaindo-se das demais, o
de Alvarenga. Seu redator-chefe era personifica. Se Deolindo Moura
Clodoaldo Freitas (1855-1926). No representou, no mundo jornalístico
mesmo colaboraram Higino Cunha piauiense, a década de 1860; Davi
(1858-1943), Miguel Rosa (1876- Caldas a de 1870, inegavelmente
1929), João Pinheiro (1877-1946), coube este papel, na década de
Domingos Monteiro (1870-1940) e 1880, a Simplício Coelho de
Abdias Neves (1876-1928). Entre os Resende (1841-1915).
anos de 1884 a 1902, quando
Estreou n’A Época, órgão próprio nome: Coelho de Resende.
conservador, em 1878. Em 10-11- Em 1889, lançou A Falange.
1887, seus amigos tiraram um jor- Simplício Coelho de Resende era
nal de número único, em sua um conservador convicto e atuante,
homenagem, cujo título era o seu ao contrário dos outros
conservadores que, por estarem
apoiados na situação, sentiam pouca
necessidade de luta. Entre as
medidas do valor de um homem,
está a formada pela celeuma, pelos
prós-e-contras que ele levanta em
torno de seu nome. E para mostrar
até que ponto Coelho de Resende ♦
era temido e respeitado, a 13-03- Em fins de 1877, sofrendo, além das
amarguras próprias, o drama da seca,
1889, seus adversários fizeram
não chegou a ficar louco como querem
circular um jornal, O Latíquara, alguns de seus biógrafos, mas foi
distribuição gratuita, saindo uma vez perdendo o contato com a realidade e
por semana, com o dístico: Olho por vivendo de abstrações, entre estas a
olho, dente por dente. Devido a procura das leis de nova ciência que
inconveniência da linguagem usada engendrou: a conscienciologia.
no mesmo, dizia-se "leitura só para
homens, dedicado a registrar todas
♦
as infâmias, crimes, torpezas e
vilanias de Simplício Barnabé de
Resende e todos os seus arrieiros".
Pelo menos no Piauí,
a República
surgiu como uma grande
e estranha surpresa,
conforme opinião já citada do testemunho
ocular de Higino Cunha. Contudo,
REPÚBLICA
a bem da verdade, devemos esclarecer
que houve uma exceção
ao fato de ter sido
Davi Caldas o único republicano declarado
existente em terras
piauienses ao tempo do Império.
♦
O conhecido radialista Álvaro Lebre
figura entre os descendentes
de Davi Caldas. Ao lado dos poetas e
radialistas Jônatas e Zito Batista, filhos
U
de Rosa e Jericó Caldas Batista.
♦
♦
Francisco de
Morais Correia, proprietário de O
Nortista (01-01-1901 a 30-12-1912),
que contou com a gerência de
Francisco Basto e a colaboração de
Armando Madeira e Lima Rebelo.
1863, exatamente dez anos somente
após o lançamento do primeiro
jornal de Teresina. Era impresso na
Tipografia Imperial, de José da
"Centenário da Imprensa
"Centenário da Imprensa! Um
século de vida/Transpôs o Piauí,
numa lvorada imerso,/Com toda a
galhardia e a mais nobre acolhida/Da
Litericultura - em prosa, em drama,
em verso!//"Centenário da Imprensa!
Etapa redimida/Com mágico
♦
Oliveira Neto, poeta, um dos
esplendor!Tanto gênio colaboradores da revista Cultura, da
disperso,/Cuja fulguração se fosse Sociedade Parnaibana de Expansão
conhecida,/Esta data ecoaria em Cultural, só igualada em seleção de
torno do Universo!//"Centenário da matérias à Revista da Academia
Imprensa! O Piauí perscruta/Dos Piauiense de Letras. Saiu em 1959.
filhos o valor, em cem anos de
luta,/Prosadores de fama e poetas
♦
magistrais...//"Centenário da
Imprensa! É grande a tua glória
./Falanges de imortais legaste à
nossa história,/Luzeiro que acendeste
e não se extingue mais!...
Desde Gutenberg (1400-1468), até o início
do século passado, os meios de composição
e impressão eram demasiados rudimentares, representados
pelas tipografias. As tipografias que aqui tivemos,
quase todas de segunda mão, trazidas de outras capitais,
eram praticamente
aos do modelo de Gutenberg, sem sequer os aperfeiçoamentos
IMPRESSÃO E COMPOSIÇÃO
introduzidos na prensa por Wilhelm Hass,
em 1772; Didot, em 1783, e Lord Stanhope,
resultando na substituição da prensa de madeira
pela de ferro, com pressão regulada,
o que possibilitou a tiragem de 3.000 cópias
por dia, ao invés de 300, que era o rendimento da primitiva.
E
♦
Desde Gutenberg (1400-1468), até o
início
do século passado, os meios de
composição
e impressão eram demasiados
rudimentares, representados
pelas tipografias. As tipografias que
aqui tivemos,
quase todas de segunda mão.
♦
♦
Coronel Otavio Miranda, lançou,
através d’O Dia, edição primeira em
offset, exatamente a 29-07-1972,
moderno dar aos leitores um jornal
moderno e com uma apresentação que
não deixe a desejar aos mais bem
impressos de todo o país.
♦
ao grande progresso da eletrônica e
da arte fotográfica, muito embora
tenha suas origens no processo
litográfico, surgido em 1796, graças
ao alemão Aloy Senefelder.
O primeiro foi O Dia, da empresa
gráfica do mesmo nome, sob a
orientação dinâmica do Coronel
Otávio Miranda. Lançou edição em
offset exatamente a 29-07-1972. Em
nota explicativa, entregando o
relho de que O Times já faz uso para melhoramento ao público, assim
pôr os números e as frases e dizia: "Embora faltando ainda os
estampar a direção onde residem os retoques que toda perfeição exige, a
assinantes". partir de hoje circularemos dentro do
Mas acontece que no mundo da novo sistema, procurando, com o
técnica, mesmo para as regiões mais aprimoramento da técnica, do
isoladas, as invenções vão sendo conhecimento e da habilidade, polir
entregues ao consumo, em tempo cada vez mais o nosso trabalho, no
cada vez menor. Da invenção da sentido de que a população piauiense
máquina a vapor à sua execução, tenha, de fato, um jornal moderno e
passaram-se quase cem anos. Já a com uma apresentação gráfica que
recente invenção do transistor não deixe a desejar aos mais bem
demorou dois anos apenas para ser impressos de todo o país".
comercializada. Persistir em operar Em 31-07-1972, o jornal O
com máquinas antigas, "porque ainda Estado, também de Teresina,
utilizáveis", significa desaparecer dirigido pelo acatado jornalista
ante os concorrentes. A Europa Hélder Feitosa, é entregue ao público
cometeu este erro frente aos Estados utilizando o mesmo sistema, embora
Unidos, e perdeu a liderança que por com processo diferente de
séculos vinha mantendo nos composição. Por sua vez, orgulhoso
negócios do mundo. do feito, e em explicação ao público,
As considerações acima visam a esclarece nesta edição: "Agora,
explicar o fato de já termos, em impresso em offset, O Estado parte
Teresina, dois jornais que no para uma etapa decisiva na história
corrente ano adotaram o offset, de nossa imprensa, definitivamente
processo gráfico desenvolvido graças enquadrado nos conceitos da
imprensa moderna, em que os
métodos industriais tomam o lugar
do velho sistema artesanal.
Para finalizar este capítulo, e "A ARTE TIPOGRÁFICA - A
como homenagem aos abnegados arte tipográfica é o vestíbulo da
trabalhadores em artes gráficas, literatura; ela presume, na classe
transcrevemos um artigo de bastante ilustrada que a exerce, uma
Lamartine, extraído do jornal O ilustração assaz variada, porque
Piauí, n° 184, de 05-12-1894: supõe o conhecimento minucioso da
língua, e a língua é a chave de todo o
saber.
"Os tipógrafos por sua arte
constituem uma espécie de noviciado
da literatura; pelo seu mister são os
primeiros confidentes da ideia;
poderíamos chamá-los os secretários
♦
O acatado jornalista cearense Hélder
íntimos de seu século. A intimidade Feitosa entrega ao público em 31-07-
confidencial em que eles vivem com 1972, o jornal O Estado utilizando o
os escritores, os oradores, os poetas e mesmo sistema offset, embora
os sábios iniciam forçosamente estes com processo
operários no pensamento, na ciência, diferente de composição
na política e nas letras.
"É possível supor-se um copista
♦
de música que não compreenda as
notas? Um gravador de quadros que
não saiba o desenho? O mesmo ♦
acontece com os tipógrafos. A arte tipográfica é o vestíbulo da
literatura; ela presume, na classe
"E a profissão que eles exercem a
bastante ilustrada que a exerce, uma
que mais se aproxima da do escritor, ilustração assaz variada, porque supõe o
se pensar, sentir e escrever pode se conhecimento minucioso da língua, e a
considerar uma profissão. língua é a chave de todo o saber.
"E, pelo menos, a mais intelectual
das profissões liberais". ♦
Entre 1900 e 1910, do ponto de vista jornalístico,
tivemos um período calmo, calma esta
como a que precede aos furacões, que desabariam
entre 1910 e 1920. Visto pelo prisma literário,
porém, foi um dos mais fecundos períodos,
PRIMEIRA DÉCADA DO
SÉCULO XX
com o surgimento para a posteridade de uma
plêiade de nomes que ficariam perpetuamente gravados
em nossas letras, tais como Jônatas e Zito Batista,
Lucídio e Alcides Freitas, João e Celso Pinheiro, Da Costa e
Silva, Baurélio Mangabeira, Nogueira Tapeti, Arimatéa Tiro,
Cristino Castelo Branco e tantos outros.
♦
Alcides Freitas, de toda a sua obra,
publicou uma brochura com a tese de
doutorado, A Lágrima, e os dez sonetos
aos Alexandrinos. O livro que sonhava
publicar, quando morreu aos vinte e três
anos, Noturno, ficou espalhado em
revistas e jornais de seu tempo.
♦
♦
Zito Batista, como muitos outros, que se
fez nas oficinas de letras d'O Norte, e,
depois, alçaram vôo pelo céu da
imprensa nacional, donde pelo saber e
pela inteligência não só aqui, como lá
fora, ergueram bem alto, o nome da
terra natal.
♦
paginação. Em seu bojo ficaram
impressas as melhores páginas
literárias de Abdias Neves, tanto em
prosa como em versos.
Já esclarecemos que
a imprensa piauiense, até hoje,
ficou praticamente, com exceção de Parnaiba
e mais tarde Floriano,
restrita à capital. Amarante,
em determinada fase,
deu a impressão
IMPRENSA NO INTERIOR
de que se iria projetar nesse particular.
Assim, em 1876,
Bento Justino de Meneses adquiriu
uma tipografia e lançou
o jornal hebdomadário
O Amarante,
em 10 de setembro do mesmo ano.
S
♦
Antonino Freire, um dos seletos do
corpo de colaboradores de a Pátria (01-
11-1902 a 01-06-1905), que abrigou os
maiores nomes das nossas letrasà época.
Caprichada paginação. Era de
propriedade de Abdias Neves.
♦
♦
Eurípedes de Aguiar agitou a nossa
imprensa ao largo de 40 anos. Estreou
n’Correio de Teresina (10-02-1913),
tendo Higino Cunha como companheiro
urgiu o jornal Primeiro de Março
de redação. (1910), defendendo a candidatura
Hermes; e O Condor de Haia (1910),
♦ a de Rui. As contradições vieram a
lume. Rui Barbosa, tido como livre-
pensador, apontado ao eleitorado
pela outra facção como ateu mesmo,
era apoiado pela direção do partido
dos católicos locais. Estes ficaram
desconfiados, o que obrigou Elias
Martins a telegrafar ao Padre Cícero,
do Juazeiro, solicitando a influência
do taumaturgo junto aos católicos do
Piauí que fossem seus fanáticos.
Esta luta pela presidência, com
toda a animosidade manifestada, foi
mera gota d'água frente à luta pelo
governo do Estado, em 1912, entre
Miguel Rosa e Odilo Costa. Este
último contava com os dois grandes
jornais católicos, O Apóstolo e A
Cidade de Teresina. Miguel Rosa,
sentindo fraqueza eleitoral, apelou
para a força, organizando batalhões
patrióticos sob o comando dos
coronéis que o apoiavam, à moda do
Rio Grande do Sul de então.
Somente lendo-se os jornais desta
época, sente- se a ferocidade da luta
travada. Indiferente a esse furacão
político, estava toda uma geração,
que iria deixar os nomes mais
representativos de nossa literatura.
Ignoravam tudo, em suas noitadas
pelas ruas da cidade. Eram Alcides
Freitas (1890-1913), Celso Pinheiro
(1887-1950), Baurélio Mangabeira
(1884-1937), Jônatas Batista (1885-
1935), Zito Batista (l887-1926),
Nogueira Tapeti (1890-1918), Edson
Cunha, Cristino Castelo Branco e
outros. Lucídio Freitas ainda foi
levado pela tempestade política,
ajudando a seu pai, Clodoaldo
Freitas, em defesa da candidatura
Miguel Rosa. Logo após a posse
deste no governo, arrependeu-se
amargamente, saindo do Estado para
curtir longo exílio no Pará. Também
foi sua única experiência política.
Esta foi a época mais fecunda no
aparecimento de jornais e revistas
literárias, do mais alto gabarito, entre
as quais destacaram-se: Litericultura
(I912),revista redigida por Abdias
Neves, Clodoaldo Freitas, Higino
Cunha e João Pinheiro; Cidade
Verde(1912),de Zito Batista; Revista
da Academia Piauiense de Letras
(l9l8), e Revista do Instituto
Histórico e Geográfico Piauiense
(1920).
Quando da sucessão de Miguel
Rosa, tendo como candidato de
oposição o então jovem médico
Eurípides Clementino de Aguiar,
sentiu aquele virar o feitiço contra o
feiticeiro. Os adeptos de Eurípedes,
desconfiados das urnas, apelaram
também para os "batalhões
patrióticos".
Mas, deixando a política de lado,
vimos então surgir para o jornalismo
piauiense, uma das penas mais
brilhantes e combativas, no estilo
panfletário, na figura de Eurípides
Aguiar, que iria agitar nossa
imprensa pelo largo espaço de 40 ♦
anos. Antonino Freire telegrafou a Félix
Nesta cruenta campanha Pacheco, pedindo sugestão para o nome
jornalística para cobertura da do jornal a ser lançado, de combate a
sucessão governamental, Eurípides Miguel Rosa. Félix, em resposta,
Aguiar estreou n' O Correio de declinou da honra de sugerir um nome
Teresina (10-02-1913), tenda Higino para o jornal "que iria a ser o Habeas
Cunha como companheiro de Corpus do Piauí". Apegaram-se a este
trecho, e batizaram o novo órgão.
redação. Continuou ri O Habeas
Corpus (1916) ao lado de Antonino ♦
Freire. O estranho nome deste jornal
teve
sua história. Antonino Freire
telegrafou a Félix Pacheco, pedindo
sugestão para o nome do jornal a ser
lançado, de combate a Miguel Rosa.
Félix, em resposta, declinou da honra
de sugerir um nome para o jornal
"que iria a ser o Habeas Corpus do
Piauí". Apegaram-se a este trecho, e
batizaram o novo órgão.
Ainda mesmo no Brasil colonial,
a legislação e as autoridades portuguesas
procuravam conter a imprensa
dentro
de certo controle.
Assim, a Provisão
de 07-09-1818,
LIBERDADE DE IMPRENSA
dirigida ao governador
da Capitania do Piauí,
com Edital da Mesa do Desembargo do Paço,
proibia a entrada
dos periódicos portugueses:
A Imprensa e O Português.
A
♦
A monarquia maquiavélica que se
apossou deste país, conservando a
liberdade de imprensa, procurou os
meios de inutilizar seus naturais e
salubres efeitos. O termo
maquiavélico vem de Nicolau
Maquiavel, autor do famoso livro ‘O
Príncipe’.
♦
♦
Joao Luís Ferreira, distinto engenheiro
civil, fez o quadriênio governamental
(1920 a 1924) mais calmo de todos.
Desvinculado dos protocolos, solteiro,
fez-se amigo dos intelectuais da terra.
♦
♦
Desembargador Joaquim Vaz da
Costa, estreou nas lides jornalísticas
em São João do Piauí, com A Voz do
Sertão
( 02-05-1912)
♦
Veras de Holanda, António Neves e
Laurindo Raulino. Em Lótus (1928),
João Emílio Falcão Costa e seu
irmão, o então adolescente Odilo
♦ Costa, filho, que iria mais tarde
Odilo Costa, filho que iria mais tarde
brilhar no jornalismo e nas letras,
brilhar no jornalismo e nas letras,
alcançando a Academia Brasileira de alcançando a Academia Brasileira de
Letra. Letras. Também Wagner e Anísio de
Abreu Cavalcante, e o primo dos
♦ mesmos José Auto de Abreu, esta
Josípio Lustosa, incansável batalhador, simpática e singular figura de nossas
proprietário do jornal O Estado do Piauí letras. Tivemos ainda, então, três
♦ grandes afirmações, que o correr dos
tempos só tem feito cada vez mais
destacarem-se: Benedito Martins
Napoleão do Rego, Cláudio Pacheco
Brasil e Artur de Araújo Passos.
Também deste período, os jornais
que persistiram até hoje, sem quebra
de continuidade, ou com pequenas
quebras, foram O Estado do Piauí,
dirigido hoje por seu proprietário, o
incansável batalhador Josípio
Lustosa, e o O Dia, por Volmar
Miranda.
♦
Humberto de Campos mostra, em suas
Memórias, o triste atraso da arte
tipográfica nesta cidade, em seu tempo.
Esse atraso, como já ressaltamos, era o
mesmo reinante em Teresina, e, talvez,
em São Luís, no Maranhão.
♦
♦
Martins Napoleão, poeta, jornalista, um
dos fundadores, a 31-01-1934, da
Associação Piauiense de Imprensa
(API), que deu origem ao Sindicato dos
Jornalistas do Piauí.
♦
♦
Benedito Aurélio de Freitas, que
ficou conhecido como Baurélio
Mangabeira, poeta e jornalista, fez
circular jornal de redação e prelos
ambulantes, sem igual em qualquer
parte do mundo, a não ser A Jornada,
desse grande boêmio.
♦
♦
Higino Cunha, redator-chefe d’O
Dominical, que se instalava no coreto
da Praça Rio Branco, após a missa das 8
horas. Começava então a transmissão
oral das notícias e boatos; depois
vinham as crônicas, e, por fim, a parte
literária.
♦
om o aparecimento da radiodifusão,
o jornal falado muito ganhou em
importância.
No entanto, este meio de
comunicação é o mais antigo de
todos. Os governos e autoridades de
eras imemoriais, tornavam público
sua manifestação de vontade e poder,
através de ordens, éditos e decretos,
utilizando-se de arautos, precedidos
de músicos e bailarinas para chamar
a atenção. Nos navios e campos de
batalhas, a voz humana ampliada por
cornetas acústicas, era meio rotineiro
de ordens de comando.
Mas, mesmo nos abstendo dos
arautos tivemos, entre nós, muito
antes do rádio, um jornal falado, O
Dominical, do qual era redator-chefe
Higino Cunha, e gerente Passos de
Carvalho.
Domingo, pela manhã, logo após
a missa das 9 horas da igreja do
Amparo, a redação instalava-se no
coreto da Praça Rio Branco, onde em
volta iam-se agrupando os curiosos e
interessados. Começava então a
transmissão oral das notícias e
boatos: depois vinham as crônicas, e
por fim, a parte literária. Os poetas
aproveitavam para declamar suas
últimas produções.
Só teve dois números, sendo que
o primeiro, a 06-09-1914. Parece que
o público não se interessou pela
inovação, como certamente
esperavam os organizadores.
Antes que aqui fosse instalada a
primeira emissora de rádio, várias
pessoas já estavam habituadas com
jornais falados de outros Estados, e
países, com recepção em ondas
curtas.
O jornalismo de rádio encontrou,
de início, uma forte barreira e
ciumada do jornalismo
convencional. Recusavam-se os
deste grupo em aceitarem os novos
colegas. A prevenção durou pouco.
Contudo, o jornalismo da
radiodifusão trouxe consigo
características e técnicas próprias.
Dá a notícia na hora do
acontecimento, transmitindo-a,
muitas vezes, do próprio local do
fato. É um jornalismo com pouca ou
nenhuma chance para vedetismo ou
personalismo. Tudo funciona através
de equipes especializadas, sob
direção experimentada.
Surgiu, entre nós, com a Rádio feita de preferência do público,
Difusora de Teresina, inaugurada em obteve o primeiro lugar.
18-07-1948. Antes desta, porém, Além de um dinamismo fabuloso
tivemos como vanguardeira a Rádio que os jornais falados exigem de
Educadora de Parnaíba. suas infatigáveis equipes, ditos
Inicialmente, trazia notícias esparsas, jornais já possuem também os seus
dentro dos vários programas de grandes mortos a homenagear. Entre
música. Contudo, em 01-03-1951, estes, destaca-se a figura do repórter
foi lançado no ar o número l do José Augusto Trindade Júnior,
Grande Jornal Q-3 no qual, em hora nascido nesta capital em 16-01-1931,
esperada, dava-se o noticiário de e falecido em consequência de
todo o acontecido na cidade, no desastre automobilístico, ocorrido
Estado, no Brasil e no mundo. Hoje, em 07-02-1962, quando cumpria sua
com 21 anos de existência, é dirigido missão de bem informar ao público.
pelo mesmo jornalista que lançou Este grande repórter é apontado por
seu primeiro número, o Dr. José todos os que o conheceram, inclusive
Lopes dos Santos, uma figura pelos seus chefes de então, Drs. José
marcante e respeitada por todos, Lopes dos Santos e Valdir
apaixonado pela profissão a ponto de Guimarães, como um dos maiores
já ter perdido inúmeras que teve nossa radiofonia.
oportunidades de acomodar-se em
bons empregos e bons negócios.
Como entrevistador, nada fica a
dever aos grandes nomes do
radialismo do País.
Após a Rádio Difusora, veio a
Rádio Clube de Teresina, em 30-01-
1960* a qual, logo de início, lançou
o seu jornal falado A Voz da Notícia,
procurando superar a concorrente.
Ganhou o público ouvinte, com esta
emulação estabelecida pela sua
preferência.
A última a aparecer foi a Rádio
Pioneira de Teresina, em 08-01-
1963, sob os auspícios da
Arquidiocese. Esta, dirigida pelo
Arcebispo D. Avelar Brandão Vilela,
magnífico discípulo de Cristo e
♦
José Lopes dos Santos, uma figura
pastor de almas, que conseguiu a marcante e respeitada por todos,
simpatia e amizade dos piauienses de apaixonado pela profissão a ponto de já
todas as crenças religiosas. Esta ter perdido inúmeras oportunidades de
rádio, também, já surgiu trazendo acomodar-se em bons empregos e bons
sua Grande Revista Noticiosa negócios.
Pioneira, e na última verificação
♦
na última grande guerra, com a
ansiedade das populações pelo que
se passava nas frentes de batalhas, a
B.B.C, de Londres,
permanentemente em escuta, de
repente falou: Fell Bardia! Fell
Bardia! '(Caiu Bárdia!). Poucas
palavras, mas que encheram o
mundo de alegria, pois a queda de
Bárdia, na Líbia, significava o início
da derrocada alemã na África.
No Brasil, por muitos anos,
tivemos o Repórter Esso, da Rádio
Nacional que, com sua característica
musical, alertava-nos para as últimas.
Todas as radiodifusoras
♦ estabeleceram suas notícias extras.
Valter Alencar, fechou sua banca de Ultimamente, contudo, muitas delas
advocacia e deixou sua cátedra de têm perdido a atenção do público
direito, para revelar-se verdadeiro para estas extras pelo abuso
homem de empresa. Depois de intensa cometido de, presa a atenção dos
luta, criou a TV Rádio Clube, em
ouvintes, anunciarem que "o
edifício próprio, projetado
especialmente para a televisão. armazém tal está liquidando tudo
abaixo do custo".
♦ A imprensa escrita não foi, como
se vaticinou a princípio, superada
pela falada. Manteve sua imponência
ao lado daquela, aproveitando-se da
verdade de que o fator tempo, em
rádio e TV é de capital importância,
tem-se de procurar no jornal escrito a
pormenorização dos acontecimentos,
o inteiro teor das leis, regulamentos e
declarações. Pode-se recortar e
guardar o que nos interessa. Os
grandes jornais mantêm seus
arquivos organizados, e funcionários
de permanente plantão para
prestarem informações ao público,
sobre assuntos passados, retratos,
mapas, anúncios etc.
Finalmente, veio a televisão. A
O noticiarismo falado supera o nós chegou com grande atraso, e por
escrito, pela instantaneidade. A repetidoras, primeiro do Maranhão,
notícia é conhecida pelo público ao depois do Ceará.
mesmo tempo que pela redação. Já
Depois de intensa luta, obtivemos
nosso próprio canal, para a TV Rádio
Clube. E tudo graça ao dinamismo,
abnegação mesmo, desse batalhador
incansável, professor Válter Alencar.
Fechou sua banca de advocacia e
deixou sua cátedra de direito, para
revelar-se verdadeiro homem de
empresa.
Surgiu nossa TV em edifício
próprio, projetado especialmente
para os afazeres da televisão, ao qual
Válter Alencar batizou de "Edifício
Presidente Médici", em merecida
homenagem ao homem que, com
serenidade e firmeza, colocou o
Brasil entre as primeiras nações do
mundo; fez com que o país se
levantasse e as outras nações Precisamos ter isso sempre em
compreendessem tratar-se de um mente, para que, quando procurados,
gigante, parecendo antes pequeno possamos ajudar aos profissionais da
porque estava ajoelhado. imprensa falada e escrita. Isto, para
Exatamente a 3 de dezembro de evitar incompreensões, como a que
1972, foi oficialmente inaugurada a nos conta uma anedota: Indo um
TV Rádio Clube. Em breve repórter cobrir o desenrolar de um
poderemos ter imagem em cores, incêndio, viu que a polícia, em volta
pois que o equipamento é o mais do prédio sinistrado, estabelecera um
moderno. Ligar-nos-emos ao mundo cordão de isolamento. Procurando
através de repetidoras, não só romper este cordão, foi obstado pelos
utilizando a rede de microondas que agentes da lei. Alegou então, sua
o governo federal está implantando necessidade de aproximar-se, para
em todo o Brasil, como também a informar a seus leitores. Replicou-
que o dinamismo do governador lhe um policial: "Se quiser saber o
Alberto Silva vai espalhando por que está havendo, leia os jornais,
todo o Estado. amanhã".
Aliás, cortar etapas para tirar Aliás, os profissionais da
atraso, tem sido característica nossa. imprensa, via de regra, não se dão
Em 1913, passamos diretamente da conta da grandeza de sua missão,
iluminação a lampiões de querosene nem
para a eletricidade, suprimindo os
bicos de gás, então adotados ainda
nas grandes cidades. Passamos do
cavalo e carruagem como meio de
transporte coletivo urbano,
diretamente para o ônibus,
eliminando o bonde.
Na TV, tudo é em forma de ♦
ritual, ensaiado e cronometrado. D. Avelar Brandão Vilela, magnífico
Seus noticiários têm como fundo a discípulo de Cristo e pastor de almas,
imagem dos próprios acontecimentos que conseguiu a simpatia e amizade
havidos naquele mesmo dia do outro dos piauienses de todas as crenças
lado do mundo, ou mesmo em outros religiosas, diretor da Rádio Pioneira
planetas. de Teresina (08-01-1963).
Não devemos jamais esquecer ♦
que o locutor que nos fala e é por Exatamente a 3 de dezembro de
todos conhecido, representa o ápice 1972, foi oficialmente inaugurada a
de uma enorme pirâmide de TV Rádio Clube. Em breve
abnegados. Para que possamos, de poderemos ter imagem em cores,
nosso sofá, ver o que vemos, pois que o equipamento é o mais
centenas de vidas, algumas expondo- moderno. Ligar-nos-emos ao mundo
se à morte, como os repórteres e através de repetidoras, não só
cinegrafistas de guerra, deram tudo utilizando a rede de microondas que
de si mesmos. o governo federal está implantando
em todo o Brasil.
♦
♦ imprensa, escritores modestos e
obscuros, nunca pudestes medir toda
Na TV, tudo é em forma de ritual,
ensaiado e cronometrado. Seus a importância da vossa empresa
noticiários têm como fundo a imagem porque nascestes no meio dela e a
dos próprios acontecimentos havidos considerais, em vossa modéstia
naquele mesmo dia do outro lado do como parte integrante do vosso ser".
mundo, ou mesmo em outros planetas.
♦
Operários da imprensa, escritores
modestos e obscuros, nunca pudestes
medir toda a importância da vossa
empresa porque nascestes no meio dela
e a considerais, em vossa modéstia
como parte integrante do vosso ser.
♦
♦
. Somente a partir da década de 1950,
começaram a surgir cronistas sociais no
estilo moderno, sendo Newton Brás,
esta simpática figura por todos
conhecida por Paulo José, um dos
pioneiros nesse setor.
♦
♦
Mauro Júnior, oriundo de Parnaíba, há
muito abrilhanta o colunismo social
teresinense, com estilo sóbrio e
criterioso. Prima por poucas notícias,
que são super selecionadas. Valoriza em
muito as letras e as artes.
♦
para o grande público das mais
avançadas teorias de física e
matemática.
Cada uma dessas seções, por sua
vez, tende a repartir-se em
subespecializações, como por
exemplo: a científica em ciência de
ficção. A esportiva, sem levar em
conta a predominância dos assuntos
relacionados ao futebol, subdivide-se
em turfe, xadrez, basquete, polo,
natação, boxe, iatismo etc. Em nosso
meio, a crônica e noticiário esportivo
relacionam-se ainda exclusivamente
ao futebol.
A clássica seção destinada ao
♦ comércio, praticamente foi relegada
Dra. Iracema dos Santos Rocha e Silva, para a de anúncios. Os assuntos
uma das mais cultas e respeitadas comerciais, como os da indústria são
colunistas tratados nos setores de economia e
Sociais do nosso Estado. bolsas de valores.
Dona de um estilo todo próprio.
Como há assuntos de natureza
Cronista de mão cheia comercial e industrial, interessando
Escreve no bom português, com leveza, mais diretamente à estreita faixa de
candura e muita informação. produtores e revendedores, surgiu
♦ uma categoria de jornal, a que
podemos chamar de privativa da
faixa a que atende. Para tal, os
produtores de determinado ramo,
como eletrodomésticos, couros e
calçados etc., editam jornais e
revistas da mais perfeita feição
gráfica, mas com tiragem reduzida e
para distribuição gratuita. O preço da
publicação, não importa, pois que vai
computado no do produto de que
trata. Nas coleções desses jornais e
revistas, terão os historiadores da
economia nacional e mundial, de
futuro, fontes de ricos subsídios.
De qualquer forma, na imprensa
atual de nosso Estado, como na de
O desenvolvimento da técnica,
vários outros Estados brasileiros
obrigou também aos grandes diários
ainda, além do editorialismo e
a manterem seções de ciência, com
noticiário, principalmente o policial,
corpo redacional ultra-especializado,
predominam duas seções: a de
capaz de simplificar a explicação
futebol e a da crônica social. Nos
grandes centros, o futebol, esporte
nacional por excelência, já vem
sendo objeto de jornais e revistas
especializadas só nesses assuntos.
Até 1930, o futebol entre nós não
constituía assunto de interesse geral.
De vez em quando os jornais
anunciavam um grande feito
brasileiro no setor, com poucos
nomes nacionalmente conhecidos,
como o de Friendereich. Os jogos
dos pequenos times locais já eram
anunciados, embora
depois não aparecessem crónicas de
apreciação aos mesmos.
Sem levarmos em conta casos
isolados, podemos afirmar que, entre
nós, já foi instalada a radiodifusão
♦
que levou grande área da população . Alguns deles, como Nogueira Tapeti
(1890-1918), um de nossos poetas de
a interessar-se por futebol. Os jogos
primeira linha, tem de ser procurado
irradiados passaram a constituir exclusivamente em velhas coleções,
assuntos de todos os meios sociais. pois que não chegou a publicar livros.
Contudo, o responsável pela Seria longa a lista de citações nesse
transformação do futebol em assunto
sério, no Piauí, foi indubitavelmente sentido.
o radialista e jornalista Dr. Carlos ♦
Said, o Magro de Aço como o
chamam seus admiradores. Fez
escola, e vários de seus discípulos
enchem hoje páginas de jornais com
brilho, seriedade e elegância.
A revolução de 1930,
embora sem objetivos precisos,
a não ser o desmonte
da máquina governamental
republicana
que continuou teimosamente
a do Império, trouxe,
DE 1930 A 1952
contudo,
o resultado imprevisto
de fazer
o Brasil tomar
conhecimento
do progresso tecnológico
que ia pelo mundo.
P
♦
Cláudio Pacheco, redator de O Tempo
(1033), órgão do Partido Nacional
Socialista. Trazia sempre artigos
doutrinários desenvolvidos com
seriedade.
♦
♦
. Artur Passos criou no Diário Oficial
página com noticiário geral, inclusive
do Sul do país, secção literária, secção
de trabalhos jurídicos.
♦
Resistência, direção do Dr. Francisco
Luís de Almeida; O Jornal do
Comércio, fundado por João Bastos,
que continuou sob a direção de
♦ Bento Clarindo Bastos; O Pirralho,
Um dos grandes lutadores dessa
humorístico, de Alberôni Lemos.
época foi o jornalista Carlos Lacerda,
que não dispunha da tribuna do Reapareceram também inúmeros
parlamento, mas militava diariamente órgãos estudantis. Também nesse
na imprensa carioca de maneira período, Teresina e as outras cidades
respeitada e temida pelos seus piauienses começaram a perder o ar
adversários. Foi um dos grandes do seu de aldeia.
tempo. Visitas e férias a Rio, São Paulo,
♦ Recife e mesmo ao exterior,
deixaram de ser privilégio de poucos.
Foi assim que chegamos a 1952,
para os festejos do 1° Centenário de
Teresina. Circulavam, então: O
Piauí, já mencionado; O Jornal do
Comércio; Jornal do Piauí, direção
de José Gaioso de Almendra Freitas;
O Pirralho; O Dia, direção de
Raimundo Leão Monteiro; O
Dominical, direção do Pe. Hermínio
Davis; A Luta, direção de A. Tito
Filho; O Norte e Folha do Litoral, de
Parnaíba; A Ordem e Flâmula, de
Picos. Também àquela época alguns
nomes brilhavam como jornalistas,
seguindo depois outros caminhos,
como José Mendes Olímpio de Melo
e José Camilo da Silveira Filho.
♦
Visconde de Sapucaí, em 1831, mandou
ordenar os livros de crônicas, memórias
e apontamentos deixados pelos jesuítas
e entregues à guarda do Bispado, o
resultado foi que: “desgraçadamente o
que restava só prestaria para alimento
de chamas”.
♦
♦
Orlando Rolo veio do Pará para o nosso
meio, granjeando a amizade de toda a
Teresina, que, sinceramente, lamentou o
seu prematuro desaparecimento. Este
pequeno trabalho fizemos a partir de um
pedido dele
♦
"MENSAGEMÀ IMPRENSA
1883(11) 1884
* A Floresta. 2° Fase. * O Colibri. Literário. Mensal.
1886 1888
* O Revérbero. Imparcial. Propriedade de * O Piauiense. 4° deste nome. Propriedade de
Honorato José de Sousa. Tip. própria. Roberto Almeida.
1887 1889
* Boletim Oficial. * O Povo. Redação de Focion Caldas,
Benjamim de Moura Batista e João Lima.
1887 (29-08)
* O Escalpelo. Literário. Redação de António 1889
Rubim e Horácio Costa. Tip tf A Reforma. * A Vanguarda Liberai. Redação e propriedade
de José Pereira Lopes e Raimundo Borges.
1887 (24-03)
* A Reforma. Periódico político, literário e 1889 (07)
noticioso. Propriedade de Mariano Gil Castelo * A Mocidade. Literário, crítico e noticioso.
Branco. Redatores: Clodoaldo Freitas e António
Rubim. Semanário. Era abolicionista, com 1889(12-01)
tendências republicanas, cujas tendências foram * A Falange. Órgão conservador. Redator
censuradas pelo chefe do Partido Liberal, principal: Simplício Coelho de Resende. Trazia
mudando de orientação. Tip. própria. os dísticos: "Alia jacta es t" e "Perca-se tudo,
exceto a honra".
1887 (18-05)
* Revista Mensal de Literatura, Ciências e 1889
Artes. Redatores: Leônidas Benício de Mariz e * A Revolução. Literário, de tendência
Sá e Nascimento Filho. Colaboradores: Higino republicana, redigido pelos jovens Focion
Cunha e Clodoaldo Freitas. 32 páginas. Tip. â'A Caldas, Domingos Monteiro e Cesário Sousa.
Imprensa. Tip. à'A Época.
1887 1889
* O Piauiense. 3° deste nome. Tip. própria.
* Atualidade. Defendia a implantação da também sou forte;/ Picando a vagar / Não temo
República. a morte". Dizia-se órgão da conveniência bem
entendida.
1889 (13-03)
* O Latiquara. Trazia a legenda: "Leitura só 1891 (22-04) a 1896
para homens. Dedicado a registrar todas as * Gazeta do Comércio. Teve como redator
infâmias, crimes, torpezas e vilanias de Higino Cunha, travando polêmica com o cônego
Simplício Barnabé de Resende e todos os seus Saraiva, diretor de A Cruz. Saía às 4as. feiras.
arrieiros". Distribuído gratuitamente uma vez Também nele colaboraram: Manoel da Paz e
por semana. Trazia mais o dístico: "Olho por Honório Parentes.
olho, dente por dente".
1891
1889 (23-11) * Correio do Povo.
* Oitenta e Nove. 2a. fase. Redação de Focion
Caldas. 1891 (14-06)
* O Piauí. 2a. fase. Órgão oficial. Substituiu A
1889 (26-05) Democracia. Foi o jornal de maior duração
* Fiat Lux - Semanário. Com a proclamação da continuada, só desaparecendo em 1930, para dar
República foi fundido com A Legalidade, saindo lugar ao Diário Oficial. Semanário. Seu
em lugar dos dois A Democracia. primeiro diretor foi Anísio de Abreu, e, entre
outros, depois: Miguel Rosa, Gonçalo de Castro
1890 (11-06) Cavalcante e Matias Olímpio.
* O Democrata. Órgão do Partido Democrata.
Propriedade do Barão de Castelo Branco. 1891
Redação de Simplício Coelho de Resende e *O Cricri. T. fase. Tip. própria. Direção de
Clodoaldo Freitas. Jugurta José Couto que, em dezembro de 1896,
faleceu de febre palustre, no Amazonas, quando
1890 trabalhava na Comissão de Limites, chefiada
* A República. Órgão do Partido Federal. pelo então Coronel Gregório Taumaturgo de
Publicação diária, declarando-se a única folha Azevedo.
diária do Estado. Redatores: Areolino de Abreu,
Clodoaldo Freitas, Elias Martins, João Gaioso, 1891
Manoel da Paz e Manoel Lopes Correia Lima. * Ziguezague. Crítico, literário e noticioso. Saía
três vezes por mês. Tip. d'O Piauí.
1890
* A Cruz. Órgão católico. Direção do cônego 1891
Honório Saraiva. Foi o primeiro jornal católico, * A Primavera. Literário. Redigido por
do Estado. estudantes.
1905 1909
* O Orvalho. Manuscritado. Feito por jovens. * O Aspirante. Jornal de estudantes. Redatores:
Polidor de Abreu e João Neves.
1905
* Revista Infantil. Manuscritada. Feita por 1909 (15-07) a 1910 (04-03)
jovens. * Alvorada. Revista de letras. Redatores:
Jônatas Batista, António Chaves, Pedro Borges,
1905 (01-11 a 1912) Celso Pinheiro e Zito Batista. Colaboradores:
* O Monitor. Anticlerical. Redação de Higino Higino Cunha, Clodoaldo Freitas, João
Cunha, Matias Olímpio e Bonifácio de Pinheiro, Arimatéa Tito, Leôncio do Rego,
Carvalho, este sob o pseudÔnimo de Lineu. Simplício Mendes, Maria Amélia Rubim, Pedro
Teve uma 2ª fase sob a direção de Abdias Campos Filho, Baurélio Mangabeira, Ressu
Neves. Em 1909 teve como redator Valdivino Leal, Eudóxio Neves, Alba Valdez, Ascendino
Tito. Trazia como legenda o lema de Teodoro Argolo, Antonieta Clotilde, Joel Oliveira e M.
Roosevelt: "Be sure you are right, and íhen go Saraiva de Lemos.
ahead ".
1909
1906 (04-03) * O Natal. Edição única tirada pelos operários
d'O Monitor, em homenagem a Abdias Neves, 1912
no dia do seu aniversário. * Via Lucis. Revista do grêmio literário
"Abdias Neves". Dirigida por Ornar Campelo e
1910 Ademar Carvalho.
* Jornal de Notícias. Direção de João de Deus
Pires Leal. 1912 a 1913
* Litericultura. Revista literária. Redação de
1910 Abdias Neves, João Pinheiro e Clodoaldo
* Primeiro de Março. Órgão de propaganda da Freitas. Colaboração de Higino Cunha, Alcides
candidatura do Marechal Hermes da Fonseca à e Lucídio Freitas, Zito Batista e outros.
presidência da República. Direção de Artur
Furtado. 1912 (16-08)
* Cidade Verde. Jornal literário de Zito Batista.
1910 Também órgão do "Grêmio Literário e
* Condor de Haia. Jornal da classe operária, de Recreativo dos Simples".
apoio à candidatura Rui Barbosa à presidência
da República. 1913
* A Notícia. Jornal independente. Direção de
1910 Cândido Gil.
* Cidade de Luz. Revista do grémio literário
"Raimundo Correia", do Liceu Piauiense. 1913
Redator: Pedro Rodrigues da Cunha. * Correio de Teresiria.
Colaboradores: Mardoqueu Marques, Cid
Campeio, Lindolfo Monteiro e Esmaragdo 1914
Ramos. * Arrebol. Nova fase.
1911 1916
* A Imprensa. Crítico. Direção de Abdias * O Habeas Corpus. Jornal de oposição a
Neves. Miguel Rosa e defesa da candidatura Eurípides
Aguiar a governador do Estado. Redatores:
1912 Antonino Freire e Eurípides Aguiar.
* A Notícia. Direção de Abdias Neves.
1916
1912 * Kosmos. Órgão do grêmio literário "Coelho
* Cidade deTeresina. Órgão católico, fundado Rodrigues". Redatores: Francisco Pires Gaioso,
pelo Dr. Odilo Costa e destinado a apoiar sua João Marques da Costa, José Valente Moreira e
candidatura ao governo do Estado. Contou com José Auto de Abreu.
a colaboração literária dos mesmos intelectuais
já apontados no Diário do Piauí acima. Foi 1917
empastelado no governo Miguel Rosa, em 11- * O Porvir. Órgão do Colégio Bento XV, de
02-1913. monsenhor Cícero Nunes, na rua de Santo
Antônio.
1912 a 1914
* O Lépido. Literário, redigido por estudantes 1917 (01-01)
do Liceu, entre os quais: Mardoqueu Marques, * A Notícia. 2a fase. Direção de Abdias Neves.
Damas Fernandes, Luís Oliveira e José Auto de
Abreu. 1917 (09-11) a 1919
* Jornal de Notícias. Direção de João de Deus * O Dia. Direção de Abdias Neves. Órgão
Pires Leal. Colaboração de Vaz da Costa. destinado a divulgação e orientação do
sentimento coletivo. Ressurgiu em 0l-02-1951,
1918 (07-12) sob a direção de Raimundo Leão Monteiro.
* O Denunciante. Direção de António Santana Redação de Orisvaldo Bugyja Britto. E hoje um
Castelo Branco, conhecido por Dondom: dos maiores jornais de Teresina, pertencente à
Empresa Gráfica O Dia, do Cel. Otávio
1918 Miranda. Em 1966 esteve sob a orientação de
* O Artista. Órgão do Artístico Futebol Clube, Deoclécio Dantas.
dirigido por A. Prado de Moura, Benedito
Correia, Carlindo Andrade, Firmino Leitão e 1923 a 1925
Augusto Magalhães. * O Arrebol - 2° deste nome. Colaboração de
Heitor Filho.
1918
* Revista da Academia Piauiense de Letras. 1923 (15-12)
Continua sendo editada até hoje, mas com * Reação. Órgão da Reação Republicana.
interrupções, muitas vezes, de anos. Os
primeiros números saíram com tiragem de 500 1924
exemplares. * O Lince - Literário. Principal colaborador:
Heitor Filho.
1920
* Revista do Instituto Histórico e Geográfico 1924 (06-04)
Piauiense. Órgão da sociedade do mesmo nome. * A Cidade. Independente. Bimensal. Redação
Tip. â'O Piauí. Em 1922 saiu o 2° número, de César Rego, Marcelino Freitas e Jorge
comemorativo do 1° Centenário de Neves.
Independência do Brasil. Colaboradores: Higino
Cunha, Justino Moura, João Pinheiro, Anísio 1925 (18-04) a 1930
Brito, Valdivino Tito, Francisco Parentes e * A Imprensa - 3° deste nome. Direção de
Benjamim Batista. Somente cinquenta anos Antonino Freire e Eurípides Aguiar. De
após, foi reestruturado o Instituto, saindo o 3° oposição nao governo. Tiragem: 800
número, em 1972, comemorativo do exemplares.
Sesquicentenário da Independência.
1921 1926
* Correio do Piauí. * O Popular.
1922 1926
* O Automóvel. * Gazeta.
1947 1952
* Cidade Nova. * Crítica - Pequeno formato. Direção de A. Tito
Filho. Colaboração de Raimundo Rodrigues dos
1948 Santos e Lino Correia Lima.
* Resistência. Órgão político, dirigido por
Francisco Luís Almeida, destinado a combater o 1952
Governo do Dr. Rocha Furtado, eleito pela * O Pavilhão. Direcão de Raimundo Martins.
UDN. Redação de Aurino Nunes e Francisco Portela.
1948 1952
* O Pirralho. Humorístico e crítico. Direção de * Folha Estudantil. Direção de A. Costa
B. Lemos. Ressurgiu em nova fase, em 1952, de Ribeiro. Redatores: Solfiere Araripe e Fenelon
propriedade e direção de Alberôni Lemos, com Silva.
a colaboração de A. Tito Filho. Desapareceu e 1952
* O Repórter. Direção de António Prado de * O Amigo. Órgão dos alunos da 1a à 5a série
Moura. Redação de Orisvaldo Bugyja Britto. do primário, do Colégio Arquidiocesano São
Francisco de Sales.
1953
* Panóplia. Órgão da Associação Profissional 1961
dos Jornalistas do Piauí. Direção de A. Tito * A Flama.
Filho. Circularam cinco números.
1962
1953 * Folha do Nordeste. Diário criado e dirigido
* A Opinião. por João Clímaco d'Almeida em 16-01-1962.
Redator principal, A. Tito Filho. Gerência de
1955 Vieira Chaves. Colaboração de Eulino Martins.
* Tribuna do Povo.
1957 a 1959
* Económica Piauiense. Revista trimestral 1962
dirigida pelo professor Raimundo Nonato * O Cooperativista.
Monteiro de Santana. .-
1962 (07-06)
1958 * Mensagem Umbandisía. Órgão da União
* Folha da Manhã. Fundado por Marcos Espírita da Umbanda do Piauí. 1° jornal
Parente, que exercia o mandato de deputado umbandista do Estado. Redatores: João Dias
federal pelo Piauí, falecido em trágico desastre Carneiro e Panfílio Abreu, da tenda Bom Jesus
de automóvel (4-9-1958). O jornal foi dirigido do Bonfim, e José Amorim Ferreira, da tenda
por Araújo Mesquita e teve como principais "Chave da Harmonia".
redatores Álvaro Ferreira e A. Tito Filho.
1964
1958 * Voz do Piauí. Fundado por Raimundo Leão
* Tribuna do Povo. Fundado e dirigido por Monteiro, que o dirigiu inicialmente. Redação
Matias Melo Filho. Redatores principais: de Deoclécio Dantas. Ao depois, passou à
Rodrigues dos Santos e Raimundo Barbosa de direção de Maranhão Silva, com Iracema Santos
Miranda Neto. Rocha da Silva e A. Tito Filho como redatores.
Numa terceira e última fase foi dirigido por
1958 Turene Ribeiro. Desapareceu em 1965.
* Decisão.
1966 (02-02)
1958 * Jornal de Bolso. Pequeno formato. Semanário
* Carnaúba. independente, crítico e noticioso. Direção, de
Volmar Miranda. Colaboradores: A. Tito Filho,
1959 Valdemar Sandes, Carlos Said e Wagner
* Cidade de Teresina. Propriedade e direção de Lemos.
Raimundo Ramos. Ressurgiu em 1962, sob a
direção de Raimundo Ramos e contando com a 1968
colaboração de Petrarca Sá, Deoclécio Dantas, * O Liberal. Direção e redação de Maria Edite
A. Tito Filho e Eulino Martins. da Anunciação Carvalho.
1961 1970
* Opinião. Propriedade e redação do prof. José * Parnaibano. Noticioso. Tamanho 22 x 42.
Camilo da Silveira Filho. Colaboração de Cunha Tip. de B. C. Fernandes.
e Silva.
1888
1970 * O Comercial. Direção de Jonas de Morais
* Mafrense. Revista de interesse geral. Correia.
Divulgação de assuntos de interesse do Estado e
dos municípios. Direção do escritor J. Miguel de 1892 a 1893
Matos. * O Legalista. Direção de Raimundo José de
Moura, José Análio de Miranda, Raimundo de
1971 Carvalho Palhano e Tomás Alves de Sousa.
* Detalhes. Revista de sociedade, reportagens e
mundanismo. Fundada e dirigida pelo casal 1893 (05-06) a 1894 (02-01)
Ronaib Oliveira-Elvira Raulino Oliveira. * O Lidador. Propriedade de Raimundo José de
1971 Moura. A 2 de janeiro de 1894 foi empastelado,
* Leia. Revista política e noticiosa fundada e tendo seu proprietário responsabilizado o
dirigida por João Carlos Dias. Capitão do porto, 1° Tenente da Armada,
Gervásio Pires de Sampaio, como mandante do
1971 empastela-mento realizado altas horas da noite,
* A Hora. Circulou a primeira vez em 16-08- sendo executores soldados do 35° Batalhão de
1971. Diário. Diretor-Presidente Luís Nódgi Caçadores. A suspeita não foi comprovada
Nogueira. Vice, Geraldo Castelo Branco. judicialmente.
Diretores: Paulo Henrique de Araújo Lima e
Homero Castelo Branco. Editor-chefe, Wilson 1896 (15-03) a 1904
Fernando do Rego. Redator-chefe, Carlos * Jornal do Piauí. Redação de Olinto Amorim.
Augusto.
1898(03)
1972 * O Rouxinol: .Órgão da classe estudantil.
* O Tempo. Órgão oficial do Centro de Cultura
Amoipirá, da paróquia do bairro Cristo Rei. 1898 a 1899
Diretores: Manoel de Monte e Ildefonso Vieira. * O Parnaíba. Redação de José Serra de
Miranda.
1972
* A Imprensa. 4° deste nome. Órgão do 1899
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Piauí. * O Comercial.
Direção e redação de Pompílio Santos e
Macário Oliveira. 1899 (12-11)
* Poliantéia. Edição única de homenagem da
PARNAIBA imprensa e povo da Pamaíba à memória da
poetisa Luísa Amélia de Queirós Madeira, no 1°
1863 (25-02) a 1864 aniversário de sua morte.
* O Eco da Parnaíba. Mercantil e noticioso.
Tip. Imperial de José da Silva Leite. Foi o 1º 1900 a 1901
jornal da cidade. * O Piauiense. Independente.
1918 1935
* O Consolador. Publicação mensal do Centro * Gleba.
Espírita "Perseverança dó Bem". Direção de
Alarico da Cunha e redação de R. Petit. 1936
* Harpa.
1920
* O Imparcial. 1937
* O Cérebro.
1920
* A Propaganda. 1939
* Panorama Estudantil.
1920
* O Trabalho. . 1940
* Raios de Luz. Órgão dos alunos do Colégio de
1922 (01-01) Nossa Senhora das Graças.
* Jornal do Comércio. Órgão da Associação
Comercial de Parnaíba. 1949
* Cultura. Revista da Sociedade Parnaibana de 1925 (12-10) a 1935
Expansão Cultural. Redação: Cândido de * Floriano. Direção de Francisco Osterne
Almeida Ataíde, Pe. António Monteiro Brandão. Em 1926 (10-04), Amâncio Calland
Sampaio, Moacir Rodrigues da Cunha. Cola- assumiu a gerência. Em 1927 (10-02), o Dr.
boração de: Edison Cunha, João Silva Filho, Pedro Borges da Silva assumiu a direção, sendo
Carlos de Oliveira Neto, Heitor de Sousa e redatores: António Ruiz de Areia Leão, Osvaldo
Valterdes Sampaio. da Costa e Silva e Francisco Osterne. Em 1930
passou a ser dirigido por Osvaldo da Costa e
1949 Silva. Em 1932, eram redatores: Francisco
* O Arauto. Osterne Brandão e Alceu Brandão. Em 1933,
voltou à direção de Osvaldo da Costa e Silva.
1950 Teve como colaboradores em fases diversas:
* Folha do Litoral. Fundado por J. Batista da Veras de Holanda, Dr, Messias Cavalcante, João
Silva. Borges Pacheco, Da Costa Andrade e outros.
1902 1934
* Vida Comercial. * A Liga. Órgão da Liga Eleitoral Católica, sob
a direção de Acrísio Lopes.
1912 (10)
* Serip. Propriedade de João Pires Ferreira. 1936 a 1937
Órgão de propaganda da firma Neto, Pires & * Correio do Sul. Direção de Eugenilino Boson.
Cia. Sucessores. O título do jornal era o do Colaboradores: José Vasconcelos, João Luís da
endereço comercial da firma que, por sua vez, Silva, Tirso Ribeiro Gonçalves. Era de oposição
representava inversão da palavra Pires. Teve ao governo. Fechou com o advento do Estado
pouca duração, sendo substituído pelo O Novo.
Popular.
1936 (05-07) a 1938
1914 (27-11) a 1933 * A Luta. Fundado por Osvaldo da Costa e
* O Popular. Direção de João Pires Ferreira Silva, que também era redator, juntamente com
que, adquirindo uma tipografia, começou a Gonçalo Castro. No mesmo colaboraram Veras
editá-lo. Circulava aos domingos, com l.200 de Holanda, Raimundo Antunes Ribeiro, Cunha
exemplares, sendo, ao tempo, o de maior e Silva e outros.
tiragem no Estado. João Pires foi substituído,
mais tarde, por seu filho José Pires Ferreira. 1959 (Í5-12)
* O Tempo. Órgão do Centro Estudantal
1918 (24-04) a 1924 Florianense. Crífico e noticioso. Fundador:
* O Livro. Mensário do Colégio 24 de Raimundo Bezerra Campos. Direção de Carlos
Fevereiro. Trazia como dístico a frase de Raul Augusto Bucar de Arruda.
Pompéia: "Vais encontrar o mundo, disse meu
pai à porta do Ateneu. Coragem para a luta". 1969
Até o 14° número saiu em pequeno formato, * O Minuano. Circulou pela primeira vez no dia
sendo então aumentado. Dirigia o Colégio o 7-12-1969. Direção de Sidney Soares. A matéria
Rev. Pe Lindolfo Uchôa. Entre os colaboradores informativa e comentada de Teresina era
do jornal, estão: João Leão Padilha e Lourival redigida por Deoclécio Dantas. Circulou até
Evelin Vieira. março de 1970.
1912 (?).
* O Globo. * A Diretriz. Sem precisão de data do
aparecimento.
1914
* O Lidador. PICOS
1916 PIRIPIRI
* O Estanhado. Órgão de interesses locais.
Propriedade de Agnelo Sampaio. Redação de 1909 (08)
Segismundo Alencar e Artur Sóter. *,Piripiri. Literário e noticioso. Redigido por
alunos do Instituto Arcoverde, sob a direção do
PIRACURUCA Pé. António Bezerra de Menezes. A revista
Alvorada, de Teresina, de 1909, anunciando lhe
1915 o aparecimento, dizia: "O novo colega é
* Cidade de Piracuruca. Independente e redigido corretamente e oferece leitura bastante
noticioso. Redatores: Wilson Carvalho e variada".
Deoclécio Brito.
PEDRO II
1915
* Dois de Fevereiro. Edição única. 1909 (11) * O Condor. Redator-chefe: Pedro
Gomes Bittencourt. Secretário: Benício Orsano.
1915
* O Afobado. Humorístico, de pequeno formato. LUÍS CORREIA
1912 (03-05)
* A Voz do Sertão. Órgão do P. Republicano
Redator: Joaquim Vaz da Costa. Secretário:
Adolfo M. Silva.
ÍNDICE ONOMÁSTICO
Aarão Parentes - 229 A. J. do Amaral Sobreira - 223
A. Tito Filho - 165, 168, 169, 201, 234, 235, 236 António Joaquim Dinis - 89, 224, 226, 227
Absalon Nunes - 241 António Lemos -125, 134, 164, 239
Acelino Portela (Padre) - 224 António Lisboa Leal - 234
Abdias da Costa Neves - 23, 42, 46, 73, 83, 92, 123, António Monteiro (Cadete-inferior) - 223
124, 128, 129, 141, 152, 169, 170, 199, 210, 225, António Monteiro Sampaio (Padre) - 110, 238
228, 229, 230, 231, 232, 233 António Neves - 154, 164, 233
A. Costa Ribeiro - 235 António Pereira Pinto do Lago (Padre) - 25, 26, 27
Acrísio Lopes - 239 António Prado de Moura - 232, 235
Adão (Biblia) - 157 António Raimundo Barbosa - 223
Adalberto Santos - 241 António Rubim - 89, 225, 226
Adelino José Galvão - 222 António Ruiz de Areia Leão - 239
Ademar Carvalho - 231 António Santana Castelo Branco (Dondom) - 175,
Adolfo Alencar - 124, 229 176, 177, 232
Adolfo M. Silva - 242 António Sobral Neto - 132, 240
Afonso Ferreira - 233 Antonieta Clotilde - 231
Afonso Mafrense - 11 Areolino de Abreu - 97, 228
Agesilau Pereira da Silva - 222, 223 Aristeu Barros - 234, 238
Agnelo Sampaio - 241 Arimatea Tito -121, 171, 229, 230
Agrícola Castelo Branco - 128, 228, 230 Arkwright - 78
Alba Valder - 231 Armando Madeira - 106, 107, 237
Alaíde Burlamaque - 160, 230 Armando Madeira Basto - 211, 212
Alano Beleza (Coronel) - 220 Arnaldo Brandão - 238
Alarico da Cunha - 110, 111, 238 Artur de Araújo Passos - 154, 199, 242
Alberoni Lemos - 125, 200, 201, 234, 240 Artur Douville - 237
Alberto Tavares Silva - 184, 211, 212, 216, 217 Artur Furtado - 230, 231
Alceu Brandão - l 35, 239 Artur Sóter - 241
Alcides Freitas - 53, 121, 122, 123, 124, 140, 230, A. Robertson - 229
231 Ascendino Argolo - 231
Aleijadinho - 70 Assis Chateaubriand - 167, 168
Alencar - 191 Astolfo Serra - (Padre) - 153
Alfredo Leopoldo Albano - 241 Ateneu Santo António - 240
Aloy Senefelder - 118 Átila - 206
Altivo Araújo - 234 Augusto Magalhães - 232
Álvaro Alves Ferreira - 164, 168, 235 Aurino Nunes - 235
Álvaro Freire - 124, 159, 229, 230 Avelar Brandão Vilela - (Dom) -148, 182, 183
Álvaro Lebre (Al Lebre) - 85 Azarias José de Sousa (Cadete- inferior) - 102, 240
Amâncio Calland - 136, 137, 239 B. C. Fernandes- l16, 237
A. M. De Deus e Silva - 222 Baltazar de Sousa B. de Vasconcelos (Coronel) - 14
Amaro Gomes dos Santos - 25, 216, 217 B. Lemos - 125, 126, 127, 164, 168, 229, 230, 234
Américo Ribeiro - 237, 238 Baraúna - (Frei) - l 54
Anchieta Mendes - 240 Barbosa Júnior - 241
Andréia - l 69 Bartolomeu de Gusmão - 78
Anfrísio José Avelino - 62 Barroso (Dom) - 242
Anísio Brito - 24, 29, 42, 163, 164, 205, 210, 232 Baurélio Mangabeira -121, 125, 126, 128, 140, 164,
Anísio de Abreu Cavalcante - 154, 205, 224, 227, 233 174, 175, 228, 230, 231, 241, 242
Anselmo Francisco Perretti - 63 Belarmino de Matos - 159
Antilhon Ribeiro Soares - 233 Benedito António de Almeida - 235
Antonino Freire – 107, 123, 129, 141, 142, 165, 229, Benedito Aurélio de Freitas (Baurélio Mangabeira) -
232, 234, 237 174
António Alcântara - 234 Benedito Correia - 232
António Andrade Filho (sr. Turuka) - 240 Benedito do Rego Filho - 241
António Anísio de Andrade Guimarães (alferes) - 102 Benedito dos Santos Lima (Bembém) - 108, 110, 238
António Bezerra Meneses (Padre) - 241 Benedito Martins Napoleão Rego - 154, 164, 199,
António Borges Leal Castelo Branco - 221 233
António Bugyja Britto - 164 Benedito Pestana - 128, 228, 229, 240
António Cândido de Alvarenga (Dom) - 91, 225 Benedito Orsano - 242
António Chaves - 230, 231 Benedito Saraiva da Cunha - 126
António Coelho Rodrigues - 222 Benjamim Franklin - 78, 79
António da Costa Neves - 46, 221, 223 Benjamin de Moura Batista - 226, 228, 232
António de Almendra Freitas - 235, 241 Bento Clarindo Bastos - 200, 235
Antônio Ferreira Peixoto – 223 Bento Justino de Meneses - 116, 131, 239
António Ferreira de Sousa - 241 Benuda Cunha - 128, 228
António Fernandes da Silveira (Padre) - 26, 27, 115 Benvinda de Queirós Caldas - 71
António Gentil de Sousa Mendes - 223, 224 Bonifácio Ferreira de Carvalho - 224, 230
António Gonçalves Dias (Cadete-inferior) - 102 C. Brandão Cordeiro - 233
António João Batista Ferreira - 63 Cabral (Pedro Álvares) - 76
Câmara (general) - 56 Deoclécio Dantas Ferreira – 165,166, 168, 232, 235,
Cândido de Almeida Ataide -110, 238 236, 239
Cândido Gaxa Peçanha Jr - 221 Deoclécio Brito - 241
Cândido Gil Castelo Branco - 63, 221, 231 Deolindo Couto – 52, 53
Cândido José Casado Lima - 63 Deolindo Mendes da Silva Moura – 37, 41, 49, 51,
Carlindo Andrade - 232 52, 53, 54, 60, 62, 63, 66, 67, 69, 71, 92, 164, 221,
Carlos Augusto de Araújo Lima - 168, 236 222
Carlos Augusto Bucar de Arruda - 239 Deus – 63, 76
Carlos Barromeu (João Sousa) - 126, 133 Dickens – 191
Carlos Castello Branco - 53, 176, 177, 199 Didot – 113
Carlos César Burlamaque (Coronel) - 41 Dídimo de Castro – 167
Carlos de Sousa Martins - 222 Doca Borges – 239
Carlos de Morais Rego - 233 Domingos da Silva Leite - 223
Carlos de Oliveira Neto - 238 Domingos de Freitas (Padre) – 17
Carlos Lacerda - 200 Domingos Jorge Velho – 11
Carlos Luis da Silva Moura - 63 Domingos Monteiro – 92, 225, 226, 229
Carlos Pereyra - 13 Dostoievski – 191
Carlos Prestes - 136 Durvalino Couto – 233
Carlos Said - 167, 169, 194, 195, 236, 241 Eudóxio Neves – 231
Casimiro José de Morais Sarmento - 16, 42, 43, 220 Eduardo Ferreira – 240
Castelar - 186 Edson Cunha – 110, 111, 141, 238
Castelo Branco (Barão de) - 89, 97, 100, 114, 159 Edmundo Jenuino – 137
Cazuza Avelino - 127 Elesbão Alves Moreira (Cadete-inferior) – 102
Celestino Filho - 128, 228 Elias Martins – 97, 103, 123, 140, 226, 227, 228, 230
Celso Pinheiro - 121, 124, 128, 140, 228, 229, 230, Elvira Raulino – 169, 191, 194, 236
231 Emílio César Burlamaque – 224
César Marques – 204, 205 Ênio – 206
César Rego – 232 Erasmo Castro – 133, 240
Cesário Alvim (Deputado) – 83, 148, 224 Erasmo de Roterdam – 41
Cesário Nunes - 240 Esmaragdo de Freitas – 128, 228, 230, 234
Cesário Sousa – 226 Esmaragdo Ramos – 231
Chaves Júnior – 123, 229 Euclídes da Cunha – 231
Chopin (Fredéric – Compositor) – 176 Eugenilino Boson – 239
Cícero (Padre) – 140 Eulino Martins – 235, 236
Cicério Nunes (Monsenhor) -232 Epaminondas Castelo Branco - 238
Cid Campelo 231 Eurípedes de Aguiar – 141, 168, 232, 233, 234
Cirilo Chaves Carneviva (Padre) – 123, 153, 154, 233 Evaristo da Veiga – 23
Cláudio José F. do Espírito Santo – 238 Evaristo Pereira da Silva (Lili) – 09
Cláudio Pacheco Brasil – 154, 164, 165, 198, 233 Fabrício de Arêia Leão – 168, 235
Clemente Fortes – 233 Farias Brito - 125
Cleonice Sousa - 241 Félix Pacheco - 129, 141, 142, 152, 177, 229
Clodoaldo Freitas – 53, 88, 89, 90, 91, 97, 99,122, Fenelon Silva - 235
129, 141, 154, 191, 222, 225, 226, 227, 228, 229, 231 Fenelon Castelo Branco - 231
Coelho Neto – 191 Fernando António de Aguiar Almendra (Ten-Cel.) -
Coelho Rodrigues – 200, 232 62
Colombo (Cristovão – descobridor da América) – 76, Fernando António de Noronha (Dom) - 12
77 Fernando Lopes e Silva Sobrinho - 233
Constantino Batista – 230 Firmino Antunes Brasil Correia - (Ten.) - 102
Copérnico – 77 Firmino Leitão - 232
Coriolano de Carvalho e Silva – 103 Firmino de Sousa Martins - 227
Cotegipe (Barão de) – 83, 224 Firmino Paz - 233
Cristino Castello Branco – 53, 121, 141, 230 F. E. de B. Tataíra - 220
Cromwell Barbosa de Carvalho – 132, 240 F. G. Meireles Filho - 224
Cugnot – 78 Floriano Feitore (Marechal) - 97
Cunha Matos (Coronel) – 79, 99 Focion Caldas - 70, 97, 127, 226, 228, 229
Da Costa Andrade – 135, 239 Francisco Bastos - 106, 107, 237
Da Costa e Silva – 121, 132, 133, 230, 234, 240 Francisco Berto Ribeiro - 240
Daguerre – 78 Francisco Cunha e Silva - 147, 168, 235, 236, 239
Damas Fernandes – 231 Francisco de Carvalho - 240
Daniel Paz – 128 Francisco Figueiredo da Silva Duarte - 240
Darci Araújo – 238 Francisco de Miranda Osório (Tenente-Coronel) - 18
Davi Mentor Couto de Melo – 238 Francisco de Morais Correia - 106, 107, 128, 228,
Davi Moreira Caldas – 49, 53, 54, 69,70,71,72, 73, 237
74, 81, 82, 84, 85, 87, 88, 92, 95, 97, 115, 146, 159, Francisco G. Meireles Filho - 223
164, 221, 222, 223, 230 Francisco Parentes (Agrônomo) - 107, 133, 232
Delacroix – 66 Francisco Pires Gaioso - 232
Francisco Pires de Castro - 241
Francisco Portela - 235 J. Adonias Monteiro - 108, 238
Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto - 61 J. Batista da Silva - 169, 238
Francisco de Sousa Martins - 16, 22, 30, 224, 227 J. Campos Veras - 230
Francisco Dias Guimarães (Cadete-inferior) - 102 J. C. Soares - 232
Francisco José Fialho - 30 J. Deusdará - 242
Francisco Luís de Almeida - 200, 234 J. Gualberto da Silva - 232
Francisco Osterne - 135, 239 J. A. Pereira da Costa - 22, 23, 24, 42, 82
Francisco Xavier de Cerqueira - 70 J. M. de Macedo - 158
Friendereich - 195 J. Saraiva Lemos - 230
Frutuoso Silva - 242 Jaime Rios - 229
Fulton - 78 Jackson de Figueiredo - 123
Fulton Sheen - (Dom) - 92 Jackson Moreira - 166
Gabriel Luís Ferreira - 129, 152, 229 Jairo Soares Ferry - 129
Galbino Besouro Susano de Araújo - (Capitão do Jericó Caldas Batista – 84, 85
Exército) - 99, 100, 101, 102 Jesuino de Sousa Martins - 63
Galdino Chaves - 226 Jesus Cristo - 73, 76, 182, 183, 206
Galdino Evaristo da Silva Leite (Alferes) - 102 Jesus Medeiros - 233
Galdino Marques de Carvalho - 221 João Alves dos Santos Lima - 238
Galileu - 77 João Bastos - 200, 235
Garcilaso de La Vega - 206 João Batista (São) - 70
Geraldo Castelo Branco - 236 João Batista Carneiro - 168
George Gardner - 14, 31 João Bona - 240
George Washington - 76, 80, 81 João Borges Pacheco - 239
Gervásio Pires de Sampaio - (1° Tenente João Cândido de Deus e Silva - 17
da Armada) - l 07, 237 João Carlos Dias - 236
Getúlio Pontes - 179 João Clímaco D'Almeida - 236
Getúlio Vargas - 170 João da Cruz Monteiro - 128, 228
Gilson Barbosa - 241 João de Deus Carneiro - 160
Gonçalves Dias - 192, 205 João de Deus Pires Leal - 231, 232
Gonçalo Castro Cavalcante - 227, 239 João Dias Carneiro - 236
Gregório Taumaturgo de Azevedo - 97, 227 João Emílio Falcão Costa -154, 233
Gustavo Massei - 83, 223 João Francisco Ferreira (João Ferry) - 126, 129, 134,
Gutenberg – 77, 113, 114, 158, 206 228, 239
H. de Castro - 233 João Gaioso - 97, 128, 226, 228
H. J. de Sousa - 132 João Lauro - 128
H. G. Sousa - 239 João Leão Padilha-239
Heitor Castelo Branco - 228, 229, 232 João Lima - 226
Heitor Filho - 232 João Luís da Silva - 239
Heitor de Sousa -110, 238 João Luís Ferreira - 152
Helder Feitosa - 117, 118, 169, 236 João Martins Morais – 232
Helena Burlamaque - 160, 230 João Marques da Costa - 231, 232
Hélio Passos - 236 João Mendes Olímpio Melo - 235
Helvécio Coelho Rodrigues - 169, 200, 234 João Meneses - 242
Helvídio Clementino Aguiar - 222 João Miguel Jarrinha - 98, 227
Heráclito Sousa - 134, 164, 239 João Neves - 230
Herbert Moses - 168 João José Vilanova (Cadete-inferior) - 102
Hermes Fonseca (Marechal) - 139, 140, 231 João Pinheiro - 67, 82, 92, 121, 123, 141, 224, 228,
Hermínio Castelo Branco Filho - 102, 224 229, 231, 232, 234
Hermínio Davis (Padre) - 201, 235 João Pires Ferreira - 133, 239
Higino Cunha - 88, 89, 91, 94, 95, 97, 123, 128, João Silva Filho - 110, 238
141, 164, 165, 180, 222, 223, 225, 226, 227, 228, João Soraine - 124
229, 230, 231, 232 Joaquim Chagas Leitão - 240
Homero - 206 Joaquim Clementino de Sousa Martins - 223
Homero Castelo Branco - 236 Joaquim Ferreira Chaves (Monsenhor) - 09
Honorato José de Sousa - 126, 127,164, 222, Joaquim Gomes - 228
225, 226, 228 Joaquim José da Silva Xavier - 80
Honório José Saraiva (Cônego) - 92, 227 Joaquim Lemos - 125
Honório Saraiva Barbosa - 241 Joaquim Manoel de Medeiros (Ten. Cel.) - 102
Honório Parentes - 227 Joaquim Nogueira Paranaguá - 96
Horácio Costa - 225 Joaquim Pessoa - 241
Humberto de Campos - 158 Joaquim Ribeiro Gonçalves - 225, 228
Ildefonso Vieira - 236 Joaquim Rodrigues Pereira (Capitão) - 102
Ingres - 66 Joaquim Vaz da Costa - 153, 233, 242
Iracema dos Santos Rocha da Silva - 165, 169, 191, Joel Oliveira - 24, 25, 26, 124, 128, 133, 165, 210,
192, 236 228, 229, 231
Isabel (Princesa) - 91 Jesuino José de Freitas - 222
Isaura Demes - 191 Jonas Cavalcante - 233
Jonas da Silva - 229 Justino Moura - 232
Jonas de Morais Correia - 107, 237 Juvenal - 128
Jônatas Batista - 74, 84, 85, 121, 124, 125, 128, 140, J. Rocha - 229
228, 229, 230 Laudelino Batista - 228
José Amorim Ferreira - 160, 236 Laurindo Raulino - 154, 233
José António Saraiva (Conselheiro Saraiva) - 41, 46, Lauro Pinheiro - 228
78 Lauro Sodré - 230
José Augusto Trindade Júnior - 182 Lamartine - 119
José Auto de Abreu - 154, 231, 232 Leão Marinho - 233
José Análio de Miranda - 237 Leôncio do Rego - 231
José Basto Marquês - 238 Leonardo de N.S. das Dores Castelo Branco - 37
José Camilo da Silveira Filho - 09, 201, 235, 236 Leônidas Benício de Matriz e Sá - 88, 159, 191, 225,
José Chaves de Menezes (Alferes) - 102 226
José Coríolano - 229, 230 Leopoldo Cunha - 164, 234
José da Silva Leite - 46, 106, 158, 221, 237 Leopoldo Pacheco - 240
José de Alencar - 191, 192 Lessage - 78
José de Almendra Freitas - 241 L. Dourado - 237
José de Araújo Costa - 116 L. Godofredo - 225
José de Araújo Mesquita - 165, 166, 168, 235 Licurgo de Paiva - 84, 88, 89, 223
José Diniz de Sousa Rios - 09 Lima Rebelo - 106, 107, 234, 237
José do Patrocínio - 148 Lindolfo Monteiro - 231, 233
José Eusébio da Silva - 423, 227 Lindolfo Uchoa - (Padre) -134, 239
José Faustino (Estudante) - 124, 229 Lineu - 230
José Francisco de Miranda Osório - 17, 18 Lino Correia Lima - 164, 168, 235
José Francisco Bona - 240 Lira (Major) - 136, 137
José Furtado de Mendonça (Juiz) - 103 Lisandro Nogueira - 124
José Gaioso de Almendra Freitas - 201, 235 Lívio Lopes Castelo Branco e Silva - 35, 36, 37, 39,
José Gil Castelo Branco - 228 49, 52, 220, 221, 222, 240
José Gomes de Araújo - 238 Lopez (Solano) - 57
José Honório Rodrigues - 205 Lourenço Borges (Coronel) -134
José Ildefonso - 228 Lord Palmerston - 221
José Isidoro - 241 Lord Stanhope - 113
José Inácio Xavier de Brito (Major) - 102 Lourenço Borges - 134
José Lopes dos Santos - 165, 166, 168, 181, 182 Lourival Evelin Vieira - 239
José Luiz da Silva (Cap. Cirurgião-mor Exército) - 62 Lubela Maria da Silva - 62
José Manoel Borges Carneiro (Alferes) - 102 Luciano Lima - 240
José Martins Pereira de Alencastre - 45, 46, 49, 221 Lucídio Freitas - 53, 67, 107,121, 124, 133, 141, 171,
José Mendes Olímpio de Melo - 201 231, 237
José Mendes Vieira (Comendador) - 62 Luís (Rei da França) - 75
José Messias Cavalcante - 135 Luís de Bragança (Dom) - 100, 101
J. Miguel de Matos - 236 Luís Costa - 234
José Paulino de Miranda - 236 Luís Correia - 237
José Pereira Lopes - 103, 226, 227, 228 Luís Ferreira Lima - 241
José Pires de Carvalho - 233 Luís Mendes Ribeiro Gonçalves - 164
José Pires Ferreira - 133, 134 Luís Oliveira - 231, 240
José Rafael Filho - 241 Luís Nodgi Nogueira - 236
José Serra de Miranda - 237 Luís Nogueira - 123, 128, 228, 229
José Severiano da Costa Andrade - 234 Luís Ribeiro - 240
José Soraine - 229 Luís Rodrigues Eivas (Cel.) - 222
José Valente Moreira - 232 Luís Silva - 128
José Vasconcelos - 239 Luis Xavier dos Anjos - 62
José Vieira Chaves - 165, 166, 168, 235, 236 Luísa Amélia de Queirós - 89, 107,224, 237
Job da Silva Coutinho - 241 Mably - 75
Jorge Neves - 232 Macário Oliveira - 169, 235, 236
Josias Carneiro da Silva - 169 Manoel Borges - 229
Josípio Lustosa - 154, 168, 233 Manoel da Silva Leite - 221, 222
Jouy - 223 Manoel Ildefonso de Sousa Lima - 222
Judite da Mãe de Deus Castelo Branco - 37 Manoel de Monte - 236
Jugurta José Couto - 224, 225, 227 Manuel de Sousa Martins (Barão/Visconde da
Julia Gomes Ferreira - 233 Parnaíba) - 29, 31, 205, 220
Júlio César (Imperador) - 158 Manoel Felipe Borges - 237
Júlio Lustosa - 224 Manoel Jacó Gaioso e Almendra - 241
Júlio Martins Vieira - 168, 233, 234 Manoel Lopes Correia Lima -210, 226, 227, 228
, Júlio Mesquita Neto - 168 Manoel Lustosa - 228
Júlio Rosa - 237 Manoel Saraiva de Lemes - 124, 128, 220
Junqueira (Conselheiro) - 79 Manoel Vitoriano Marques - 221, 222
Justino da Silva Pacheco - 221 Manuel da Paz - 97, 226, 227
Manuel Felipe de Lemos - 125 Nogueira Tapety - 121, 124, 125, 140, 141, 192, 193,
Manuel Joaquim da Costa Caldas - 70, 71 231
Manuel Pereira da Silva - 43, 220 Nossa Senhora da Vitória - 40
Manuela Francisca de Caldas - 70, 71 Odilo Costa - 123, 140, 231
Maomé - 73 Odilo Costa, Filho - 154, 233
Maranhão Silva - 236 Odilon Nunes - 30
Marion Saraiva - 240 Odonel Castro - 241
Marcelino Freitas - 232 Ofélio Leitão - 234
Marco Aurélio (Imperador) - 158 Olavo Bilac - 191
Marcos António de Macedo - 16 Oliveira Neto - 110
Marcos de Araújo Costa (Padre) 15, 16, 63 Olinto Amorim - 237
Marcos Parentes - 235 Omar Campelo - 231
Mardoqueu Marques - 231, 232, 241 Orlando Barbosa de Carvalho - 132, 221, 240
Marques (Professor) - 241 Orlando da Costa Rollo - 209, 210, 234
Maria Amélia Rubim - 160, 230, 231 Orisvaldo Bugyia Britto - 232, 235
Maria Araújo - 240 Orson Wells - 149
Maria (Bisavó do Imperador do Brasil) - 76 Oscar Couto - 230
Maria Benedita Castelo Branco - 41 Osires Melo - 233
Maria das Graças Sousa - 241 Osório (General) - 56
Maria Edite da Anunciação Carvalho - 236 Osvald Spengler - 149
Maria Henriqueta Viana Noronha - 53, 64 Osvaldo da Costa e Silva - 135,239
Maria Goulart - 242 Osvaldo Lobão Filho - 240
Marlene Eulálio - 241 Otacílio Eulálio - 240
Mariano Gil Castelo Branco - 71, 89, 226 Otaviano José do Amorim - 62
Mário Felício - 240 Otávio Miranda (Cel.) -116,118,160,232
Mário José Batista - 128, 228, 230 Ottmar Mergenthaler - 114
Mário Moreira - 241 Paganini - 66, 67
Martins Castelo Branco - 233 Palmerston (Lord) - 221
Matias Melo Filho - 235 Panfílio Abreu - 160, 236
Matias Olímpio - 128, 227, 228, 230, 238 Passos de Carvalho - 180
Maurício Castelo Branco - 238 Patrício Ferreira Lima - 62
Mauro Júnior - 169, 191 Paula Nei - 67
Médici (Presidente) - 149 Paulo Guimarães - 133, 240
Messias Cavalcante - 239 Paulo Henrique de Araújo Lima - 168,236
Miguel Pedro - 234 Paulo José (Newton Brás) - 169, 190, 191
Miguel de Sousa Borges Leal Castelo Branco - 88, Pedro Borges da Silva - 135, 231, 239
159, 221, 222, 223, 224, 225, Pedro Britto - 127, 128, 220, 228, 229
Miguel Rosa - 123, 124, 128, 129,140, 141, 142, 148, Pedro Campos Filho - 231
225, 227, 228, 230, 231, 232 P. Campos - 229
Milton Aguiar - 169 P. Leite - 224
Miguel Jarrinha - 98 Pedro Cunha – 102, 128,229
Mirabeau - 80 Pedro Gomes Bittencourt - 242
Moacir A. Pereira - 233 Pedro II - (Imperador) - 31
Moacir Madeira Campas – 233 Pedro José de Lima - (Capitão) - 99
Moacir Rodrigues Cunha - 110, 238 Pedro Mendes Ribeiro - 165, 167
Modesto Costa - 229 Pedro Militão Kilkerry - 123
Moisés - 75 Pedro Rodrigues da Cunha - 231
Montalverne (Frei) - 154 Pedro Teixeira (Cadete-inferior) - 102
Monte Alegre (Visconde de) - 205 Petrarca Sá - 234, 235
Moreira Bonfim - 240 Pereira Pinto (Padre) - 26
Morse - 78 Pires de Castro - 128, 228
Moura Rego - 234 Pires Gaioso - 233
Mundico Burlamaque - 128 Pinzon - 76
M. Cavalcante - 224 Polidoro César Burlamaque - 221,223
M. Saraiva de Lemos - 231 Pompílio Santos - 169, 236
N.S. da Piedade - 98 Pompílio Sobreira - 227
Nascimento Filho - 88, 226 Prestes (Luís Carlos) - 135, 136
Nei da Silva - 128, 228, 230 Raimunda Ferreira do Nascimento – 62
Nelson Cruz – 134, 239 Raimunda Forinda da Silva Lemos - 125
Nelson Werneck Sodré - 135 Raimundo Antunes Ribeiro - 239, 240
Nereu Bastos - 231 Raimundo Arthur de Vasconcelos - 124, 224, 228
Newton (Issac) - 78 Raimundo Barbosa de Miranda Neto - 235
Newton César Burlamaque - 225 Raimundo Bezerra Campos - 239
Nestor Veras - 229 Raimundo Brito de Melo - 233
Nice Lourdes - 155 Raimundo Borges - 226
Nicolau Maquiavel - 146 Raimundo Correia - 231
Nilo Peçanha - 232 Raimundo Cunha - 128, 229
Raimundo de Areia Leão - 88, 224, 227 Thersandro Paz - 137
Raimundo de Carvalho Palhano - 237 Tobias Barreto - 124
Raimundo José de Moura - 107, 237 Tomás Alves de Sousa - 237
Raimundo Leão Monteiro (Mundico Santídio) – 152, Tomás de Moraes Rego (Cônego) - 222, 223
168, 201, 232, 236 Tomé Mendes Vieira - 31
Raimundo Martins - 235 Torres Raposo - 154, 233
Raimundo Nonato Monteiro Santana - 160, 235 Totó Rodrigues - 127, 228, 230
Raimundo Pereira C. E. Silva - 220 Turene Ribeiro - 236
Raimundo Ramos - 235 Uruçuí (Barão de) - 228
Raimundo Ribeiro e Silva (Theddy Ribeiro) - 169 Ulisses Lemos - 125, 220
Raimundo Rodrigues dos Santos - 122, 164, 168, 235 Valdir Guimarães - 182
Raimundo Veloso - 231 Valdemar Sandes - 235, 236
Ranulfo Torres Raposo - 109, 110, 238 Valdivino Tito - 230, 232
Raul Nei - 229, 230 Valterdes Sampaio -110, 238
Raul Pompéia - 239 Valter Alencar - 182, 183, 233
Renato Castelo Branco - 238 Vanderley Barbosa - 169
Ressu Leal - 231 Vaz da Costa - 232
R. Fonseca Mendes - 169 Veras de Holanda -135, 154, 233, 239
R. Petit - 109, 238 Venelouis Xavier Pereira - 236
Roberto Almeida - 226 Vicente Araújo - 238
Roberto Dantas - 229 Vicente Franco (Tenente) - 99
Roberto Lopes - 238 Viana Filho - 233
Rocha Furtado - 234 Vinícius Soares - 234
Rodrigues dos Santos - 235 Viriato Correia - 73
Rodrigues Filho - 165, 166 Virmar Soares - 234
Rogaciano Brito - 237 Vitor Martins - 240
Ronaib Oliveira - 236 Vitor Vieira de Almeida (Alferes) -102
Ronolfo Ribeiro - 242 Volmar Miranda -154, 236
Rosa Caldas Batista - 68, 84, 85 Voltaire - 75
Rosário (Irmandade) - 90 Wagner de Abreu Cavalcante - 154
Rousseau - 75 Wagner Lemos - 236
Rubem Freitas - 191 Watt - 78
Rui Barbosa - 139, 140, 231 Wilhem Hass - 113
Rui Maranhão - 233 Wilson Carvalho - 241
Salustiano Batista - 127 Wilson Fernando Rego - 168, 236
São Benedito (Irmandade) - 90 Xito Albano (Bispo Dom) - 92, 225, 229
São Francisco (Irmandade) - Zacarias de Góes - 115
São José (Cemitério) - 84 Zé Paíba - 238
Saraiva da Costa - 233 Zito Batista - 84, 85, 121, 124, 128, 140, 141, 228,
Saraiva de Lemos - 228 230, 231
Sapucai (Visconde) - 204 Zola - 191
Sátiro de Castro Moreira (Major) - 132, 240
Segismundo Ferreira de Carvalho (Cadete-inferior) -
102
Semeão da Rainha dos Anjos (Frei) - 62
Sêneca de Sousa - 128, 229
Severino Vieira de Melo (Dom) - 153
Sidney Soares - 239
Silva Jardim - 148
Silvio Romero - 191
Siné Lima - 242
Simplício Coelho de Resende - 88, 92, 93, 97, 99,
100, 101, 102, 148, 170, 211, 223, 224, 226
Simplício de Sousa Mendes, - 36, 124, 125, 170, 211,
229, 230, 231, 233, 234
Simplício Dias da Silva - 17, 18
Sofieri Araripe - 235
Sousa Franca (Conselheiro) - 53
Spinoza - 124
Stanhope (Lord) - 89
Stephenson - 78
Teodoro Alves Pacheco – 88, 224, 228
Teodoro Roosevelt - 230
Tibério César Burlamaque - 36, 39, 40, 41, 42, 220
Tibério Nunes - 234 .
Tirso Ribeiro Gonçalves - 239
Tito Lívio - 223