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ROMA

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO


TEORIA CRÍTICA DA ARQUITETURA
DOCENTE: SIMONE M. MENDES
ORGANIZAÇÃO mudanças conquistas territoriais
POLÍTICA ROMANA sócio-políticas em
crescimento da população
decorrência de

Monarquia período envolto em lendas


753 a.C. a 509 a.C. escassa documentação

República a primeira experiência


509 a.C. a 27 a.C. republicana da história

Império máximo esplendor da civilização


27 a.C. a 476 d.C. Decadência a partir do século IVd.C.
Europa
Ásia

África
PENÍNSULA ITÁLICA entre os Mares Adriático e Tirreno

Atravessada pelos Apeninos


Limitada ao norte pelos Alpes
Terreno montanhoso, porém bem
menos acidentado que o grego
Muitos rios com pequenas margens
férteis
Litoral pouco favorável à navegação,
exceto ao sul
Dedicados ao comércio, sobretudo com
os gregos
Rio Tibre - Fácil acesso ao mar
ROMA Clima suave e solo fértil
enclave comercial - domínio das vias
fluviais e terrestres
MONARQUIA
753 a.C. a 509 a.C.

Grandes e ricos proprietários de terras e escravos:


privilegiados e considerados descendentes de Rômulo,
Patrícios ocupavam cargos políticos e militares.
Pequenos proprietários de terras e comerciantes ou
Plebeus artesãos: livres, porém não participavam da vida
política, tinham obrigações militares.
Classe formada por estrangeiros e refugiados pobres: prestavam
Clientes serviço aos patrícios e recebiam em troca proteção e benefícios
econômicos, podiam ser ex-escravos.
Prisioneiros de guerra ou inadimplentes, sem direito
Escravos algum, podiam ser vendidos, trocados ou alugados ou
castigados.
Política liberal
de Roma

fluxo constante:
absorção de
imigrantes

gregos
latinos
itálicos

maquete de Roma no tempo de Tarquínio (Museu da Civilização Romana em Roma)


LEGADO ROMANO
URBANISMO Assentamentos militares
CASTRUM
Cidades romanas ex-nihilo
Ritos etruscos
na fundação das
novas cidades
LEGADO ROMANO Assentamentos militares muralhas
URBANISMO Legiões romanas em terras Forma
fosso
distantes retangular
Padrão e agilidade em qualquer território Engenharia
militar

Eixos principais:
Cardo
maximus (NS)
Decumanus
maximus (LO)

Interseção:
Fórum
Dividido em
quatro distritos

Áreas sagradas
elevadas (acrópoles
helenísticas)
LEGADO ROMANO
URBANISMO
Reconstrução dos portões do castrum de Reconstrução dos portões do castrum de
Romenia Biriciana, Alemanha
CASTRUM

Strasburg, Castres
(França), Bologna,
Brescia, Como, Florença,
Turim e Vicenza (Itália),
Barcelona (Espanha),
Lancaster, Chester,
Leicester, Manchester
(Inglaterra).

Florença
CIDADES COLONIAIS
ROMANAS

Traçado ortogonal
Interconectadas por
estradas pavimentadas
Abastecidas por aquedutos e
redes de esgotos

Adoção de longos eixos


que proporcionam
perspectivas para valorizar
a geometria

Arquitetura que dá a
impressão de
monumentalidade

Turim
Teoria Crítica da Arquitetura

A retícula hipodâmica

Hipódamo de Mileto
Traçado de ruas regulares ao longo de
padrões reticulados, intercalando praças
abertas na disposição em grelha

Romanos: responsáveis por


aplicar e disseminar o
modelo urbano reticulado

Planta de Priene
c. 350 a.C.
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA
LEGADO ROMANO
URBANISMO
Traçado ortogonal
Interconectadas por estradas pavimentadas
(linhas retas e ângulos retos)
LEGADO ROMANO
URBANISMO

CLOACAS: redes de esgotos


LEGADO ROMANO
URBANISMO

AQUEDUTOS
LEGADO ROMANO – INFLUÊNCIA GREGA

146 a.C. conquista de Corinto pelos romanos

Cultura greco-romana língua

filosofia

Valorização de tudo o que era grego literatura

moda

Saques de obras de arte das estatuário


colônias gregas teatro
LEGADO ROMANO – INFLUÊNCIA GREGA
Arquitetura grega Arquitetura romana

proporção e racionalidade Monumentalidade e espetáculo


ordens definiam estilo do edifício: Superposição de ordens no mesmo edifício e criação de
Sobriedade novas ordens: suntuosidade e riqueza
Materiais: mármore, pedra calcária e Tijolos e concreto - mármore apenas na decoração e
granito colunata
Estrutura: sistema trilítico de apoio Estrutura: desenvolvimento de arcos e abóbadas geravam
(colunas e vigas) mais força e eficiência na cobertura
Ampliação do programa construtivo da arquitetura pública
(termas, anfiteatros, circos, fóruns, basílicas, cisternas,
aquedutos, pontes)

Criatividade, licença poética e novas técnicas construtivas


(arcos e abóbadas)
Arquitetura grega Arquitetura romana
Ordens compositivas como novo instrumento de controle da
instrumento de controle arquitetura: o tipo arquitetônico
Novas tipologias
TIPO ARQUITETÔNICO

Transmissão da cultura arquitetônica expansão territorial

Tratados: capacidade de comunicação à distância e no tempo

Tratado de Vitrúvio: Questões estruturais, de


equilíbrio ambiente e conforto
FIRMITAS

UTILITAS VENUSTAS
A razão de ser da arquitetura, Componente espacial e volumétrico,
função de utilização e finalidade transcendendo ao conceito
social, pessoal e psicológica superficial de beleza
TIPO ARQUITETÔNICO

FIRMITAS
Instrumento de controle:
UTILITAS
Combinação ou conjunção
VENUSTAS

Não representa uma imagem a imitar e


sim uma ideia ou regra geral
Concepção de obras diferenciadas
entre si
Combinação vaga e adaptável
Teatro grego e romano:
EVOLUÇÃO TIPOLÓGICA
mudanças na firmitas, acarreta também na utilitas e
venustas.
Financiado com as receitas resultantes de impostos e despojos do
saque do Templo de Jerusalém, no ano 70 d.C.

Anfiteatro Flaviano (72-96 d.C.):


Capacidade 80.000 expectadores
Elipse: 187m x 156 m x 52m (h)
Ornamentado com estátuas de bronze
Arcos com altura de 7m
80 arcos por pavimento
Acabamentos exteriores de mármore travertino.
Sobreposição das ordens toscana (semelhante à dórica), jônica e coríntia.
Na Idade Média:
Retirada de materiais para construção
Pedras e gatos (grampos de metal que
uniam os blocos)
Estátuas de bronze
Arco de Constantino 315

Palazzo della Civilta Italiana


Ampliação do repertório de técnicas construtivas = grande impacto
nas formas e espaços existentes

A PAREDE PASSOU A SER O


ELEMENTO MAIS IMPORTANTE
Incorporação de paredes, arcos e
abóbadas desempenhando papéis de
protagonismo, relegando as colunas aos
motivos decorativos.

Arquitetura grega Arquitetura romana


Teoria Crítica da Arquitetura

ABÓBADAS E CÚPULAS

PERCEPÇÃO DOS VOLUMES


INTERNOS E EXTERNOS - FORMAS
REDONDAS, PLÁSTICA E ATRAENTES

ELEMENTO DE MAIOR IMPORTÂNCIA


ESTRUTURAL É PAREDE DE CARGA,
NÃO MAIS COLUNA.

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


Teoria Crítica da Arquitetura

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


PARTHENON PANTEON
(115 a.C.)

natureza tectônica e natureza plástica e introvertida:


extrovertida: divindade olímpica espaço para alojar o povo e isolá-lo
e inacessível do mundo exterior (caverna).

Arquitetura grega Arquitetura romana


Arquitetos Ictínos e Calícrates Arquiteto sírio Apolodoro de Damasco
PANTEON
(115 a.C.)
Teoria Crítica da Arquitetura

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


PANTEON
(115 a.C.)
Pórtico de entrada com grande tigela de alvenaria
frontão, ao norte para que de tijolos cozidos
PANTEON
(115 a.C.) a luz do acesso não emborcada
competisse com a luz
zenital do óculo.
FORUM IMPERIAL DE ROMA
FORUM IMPERIAL DE ROMA

MONUMENTOS

Centro da vida pública e


administrativa romana
Cerimônias triunfais e eleições
Discursos públicos
Processos criminais
Assuntos comerciais
Estátuas e monumentos
celebrando os grandes homens da
cidade

Ponto de encontro da cidade


q3ypvq
FORUM IMPERIAL DE ROMA

Centro da vida pública romana:


- Basílicas (reuniões políticas,
comerciais e de justiça)
- Templos
- Cúria (Senado)
- Tabulário (repositório de
registros)
BASÍLICA
Arquitetura pública e multifuncional: comércio, política e justiça
BASÍLICA
Planta retangular com nave central e laterais mais baixas

Simetria, axialidade, escala colossal, afirmação de autoridade


BASÍLICA

Modelo para as primeiras igrejas cristãs


Originalmente, não era templo
Simultaneamente tribunal, bolsa de
negócios e reuniões

Mais genuíno monumento da vida romana


Teoria Crítica da Arquitetura

Basilica Ulpia
Roma. 112 d.C.
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA
TERMAS
Teoria Crítica da Arquitetura

Termas de Caracalla
Roma. 212-217 d.C.
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA
Teoria Crítica da Arquitetura

Termas de Caracalla
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA Roma. 212-217 d.C.
aqueduto
Caldeiras subterrâneos

Vapores circulavam no interior das paredes

TERMAS

Banhos públicos e gratuitos:


- Frigidarium (piscina de água fria)
- Tepidarium (sala com calefação)
- Caldarium (água quente e vapor)
- Sala de massagem
- Salas para exercícios físicos e
TERMAS
TERMAS
TERMAS

Pensylvania Railroad Station (1906)


MONUMENTOS
COMEMORATIVOS
Arcos do Triunfo
Colunas Triunfais
Túmulos
Panteão

Representação do
poder do império =
impacto vale mais que
harmonia.

culto à imagem do
imperador e do
império
Reportagem e Coluna de Trajano 112 d.C.
narrativa
Teoria Crítica da Arquitetura
Cultura técnica e funcional
Esculturas prezavam pelo realismo

Estátua eqüestre de Marco Efígie de um romano


Aurélio Roma. c. 170 d.C. Sec. III a.C.
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA
Arco de Séptimo Severo 203 d.C. q3ypvq
Teoria Crítica da Arquitetura

Arco de Constantino Arco de Tito


AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA Roma. c. 80 d.C. Roma. c. 81 d.C.
Mausoléu de Augusto 28 d.C.
Teoria Crítica da Arquitetura
Arquitetura romana

Arquitetura privada
• Domus

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


Teoria Crítica da Arquitetura
Arquitetura romana
Arquitetura privada
• Insula

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


Teoria Crítica da Arquitetura

Arcos da Lapa
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA Rio de Janeiro. 1706-18.
Teoria Crítica da Arquitetura

Arco do Triunfo.
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA Paris. 1806-1836.
Teoria Crítica da Arquitetura

Otto Von Spreckelsen.


Arche de la Défense.
AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA Paris. 1989.
Teoria Crítica da Arquitetura

Giovanni Guerrini, Ernesto Bruno la


Padula e Mario Romano.
Palazzo della civitta italiana.
Roma. 1935-1942.

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


Teoria Crítica da Arquitetura

Panteão Paris Panteão Roma

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


Teoria Crítica da Arquitetura

Basílica de
São Pedro
Vaticano

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


Teoria Crítica da Arquitetura

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


Teoria Crítica da Arquitetura

Edifício do tesouro americano – Washington


DC

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


O Pacific Coliseum (1968) eventos
de patinação artística e de patinação de
Coliseu Beach Resort em Beberibe velocidade em pista curta nos Jogos Olímpicos
de Inverno de 2010, em Vancouver
Teoria Crítica da Arquitetura

Estádio Coliseu de Alto Santo (capacidade 20


mil pessoas) inaugurado em 2015

AULA 04: ROMA O IMPÉRIO DO ESPAÇO E DA TÉCNICA


ARTE+ARQUITETUR PROF. SIMONE
A MENDES

FIM

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