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Candidatos a Prefeitura

Andrea Matarazzo (PSD)

O candidato do PSD, Andrea Matarazzo, tem como prioridade do plano de governo a criação e a
manutenção do emprego e da renda dos paulistanos. E para alcançar esses objetivos, o ex-
secretário de subprefeituras pretende tomar medidas de curto e médio prazos.

Entre as providências imediatas, estão o refinanciamento de impostos municipais, como o IPTU,


além da suspensão de taxas por tempo determinado, caso da TFE (Taxa de Fiscalização de
Estabelecimentos).

Andrea Matarazzo diz que quer regularizar também o pequeno comércio nas áreas irregulares da
periferia, dispensando as licenças de funcionamento, além de abrir frentes de trabalho emergenciais
em obras, manutenção de parques, praças e limpeza de avenidas.

Mais adiante, o candidato promete adotar medidas como a legalização fundiária para a instalação de
comércio, serviços e indústria nos bairros mais periféricos. A ação provocaria a descentralização do
emprego e da atividade econômica na cidade.

Antônio Carlos Silva (PCO)

Com críticas ao sistema de votação vigente no Brasil, ao qual se refere como “um regime
profundamente antidemocrático”, o programa de governo de Antônio Carlos Silva tem como lema
central a defesa da revolução, do socialismo e de um governo operário.

O PCO, como sugere o texto do plano de governo, não admite candidaturas individuais – “todos os
candidatos são candidatos do Partido e submetidos ao programa, à tática e à disciplina partidária nas
eleições”.

Como plano nas eleições e fora delas, o partido defende a redução da jornada de trabalho, o fim das
escolas militares, a dissolução da Polícia Militar, medidas de governo aos trabalhadores do campo e
da cidade, e o fim do ensino pago, entre outras medidas.

Com propostas mais estruturais em relação ao país que específicas à cidade, o plano ressalta que o
PCO decidiu intervir no processo eleitoral de 2020 para “fortalecer a campanha contra o golpe [de
Estado, segundo o partido] e defender um programa revolucionário e socialista em oposição a todos
os demais partidos e seus programas burgueses e de defesa do capitalismo, lançando candidatos
que sejam a expressão da luta do povo”.

Arthur do Val Mamãe Falei (Patriota)

O candidato do Patriota, Arthur do Val Mamãe Falei, carrega como bandeira da sua campanha a
revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo. Para o político, o próximo prefeito terá uma
oportunidade histórica de readequar o programa — criado em 2014 e com revisão marcada para
2021 — às novas demandas da metrópole.
Arthur do Val considera que o texto em vigor traz um erro histórico que restringe a capacidade
construtiva dos terrenos e empurra a demanda habitacional da cidade para a periferia. O político
entende que São Paulo perdeu população nas regiões centrais e pretende lutar por um plano mais
liberal, menos restritivo e com a flexibilização das leis de zoneamento para uso de imóveis.

O plano de governo do candidato do Patriota apresenta propostas que privilegiam a iniciativa privada,
e propõem o enxugamento da máquina pública, a desburocratização, desestatização, redução de
impostos e a criação de empregos.

Bruno Covas (PSDB)

Candidato à reeleição pelo PSDB, o objetivo das diretrizes do plano de governo de Bruno Covas é
"levar a cidade de São Paulo a um novo patamar de desenvolvimento social, econômico e urbano". O
candidato promete fazer o ‘São Paulo Nosso Lar’, o maior programa habitacional e de urbanização
da história. A promessa é otimizar alguns projetos já em andamento e transformar a metrópole numa
cidade global e sustentável.

Na saúde, pretende ampliar a oferta de serviços públicos em nefrologia, saúde mental, combate a
comorbidades, atenção especial às mulheres, à primeira infância e à prevenção e tratamento de
usuários de drogas. Aposta também em tecnologia para inovar a administração municipal e quer
diminuir o peso do Estado, com privatizações e concessões.

Uma das bandeiras será a redução das desigualdades: "Radicalizar políticas públicas que promovam
maior justiça social, igualdade, inclusão, mais oportunidades de geração de trabalho, emprego e
renda".

A ideia é ainda viabilizar investimentos em infraestrutura para a retomada econômica e estimular o


uso do transporte público com a ampliação de modais.

Celso Russomanno (Republicanos)

As propostas de governo do candidato Celso Russomanno, do Republicanos, foram divididas em 11


áreas. Um dos destaques é a criação de políticas públicas que ampliem as oportunidades de acesso
às populações mais vulneráveis para superação da pobreza. Ele pretende readequar as casas de
acolhida, qualificar os Conselhos Tutelares e construir um prontuário eletrônico integrado entre os
serviços públicos.

Defende a descentralização da estrutura produtiva de São Paulo e prioriza a política municipal de


turismo. Será também criado o Centro de Empreendedorismo. Quanto à mobilidade, quer ampliar as
faixas exclusivas de ônibus e conceder à iniciativa privada os terminais de ônibus.

O projeto é transformar a cidade num centro de produção audiovisual em parceria com grandes
produtoras, mirando Hollywood. Pretende ainda ampliar a cobertura de wi-fi gratuito.

Para monitorar contratos e vagas em creches, ele pretende criar uma agência reguladora para
convênios com CEIs (Centros de Educação Infantil) e ainda implantar Centros Esportivos Olímpicos
Regionais.

A ampliação de PPPs (Parcerias Público-Privada) é, para ele, a solução para garantir a produção de
unidades habitacionais para famílias com renda de até três salários mínimos. Na segurança, a GCM
(Guarda Civil Metropolitana) terá mais atribuições e para isso serão contratados servidores.
Filipe Sabará (Novo)

O candidado do Novo, Filipe Sabará, propõe uma gestão com menos impostos e mais eficiente,
marcada pela prestação de serviços de qualidade para a população de São paulo em áreas como:
promoção de renda, saúde, educação, segurança, transporte e cuidados com a cidade.

Para tanto, o político pretende focar a sua administração focada em resultados, sob o comando de
times e parcerias qualificados, escolhidos por critérios técnicos, não por indicações políticas,
avaliados pela qualidade do serviço prestado.

Filipe Sabará afirma que pretende investir em um governo digitalizado, transparente e próximo do
cidadão. A prioridade será uma postura ativa para a retomada econômica e a promoção de emprego
e renda.

Guilherme Boulos (PSOL)

Com o mote “Hora de virar o jogo em São Paulo” e dividido em 24 temas, o plano de governo de
Guilherme Boulos visa maior atenção às populações marginalizadas e de periferia, destacando a
experiência da candidata a vice, Luiza Erundina, como gestora da cidade há 30 anos.

Avaliando falhas na gestão da pandemia de covid-19 nos bairros mais pobres da capital, o programa
propõe o chamado “Plano Vida e Renda São Paulo”, no combate às consequências do coronavírus,
desenhado para ser executado nos primeiros 180 dias de gestão e com foco em três áreas: “Saúde
Pública”, “Trabalho e renda” e “Moradia e cidadania”.

Entre as principais propostas para trabalho e renda, destacam-se o Programa de Renda Solidária,
ampliando o programa já existente e almejando garantir que todas as famílias tenham ao menos uma
renda mínima, e a implementação de frentes de trabalho com contratações de mão-de-obra direta em
áreas específicas.

Em relação à moradia, as medidas de maior destaque são a retomada dos Mutirões da Erundina
para moradia popular e a implementação de um programa de locação social para abrigar famílias em
situação de rua em hotéis ou moradias nas regiões onde vivem.

Jilmar Tatto (PT)

Mais extenso entre os programas de governo dos 14 candidatos, com mais de 150 páginas, o plano
do petista Jilmar Tatto aponta, inicialmente, quatro compromissos programáticos para sua gestão,
caso eleito. São, nesta ordem, solidariedade e justiça social; desenvolvimento econômico; gestão
participativa; e, por fim, incentivo ao conhecimento e à cultura.

No programa de slogan “SP da gente”, Tatto assegura ainda um plano de combate à pandemia de
covid-19 com 13 metas, como renda básica cidadã; criação de comitê de crise intersecretarial;
massificação dos testes para diagnóstico da doença e plano emergencial de serviços médicos e
sanitários para todos, entre outras medidas.

No transporte, Tatto propõe a implementação gradual de tarifa gratuita nos ônibus da capital, e, na
questão tributária, garante que a gestão municipal possui instrumentos para buscar uma maior
contribuição de bancos e bilionários. “A classe média e os trabalhadores não podem seguir pagando
mais impostos do que os ricos e ultra-ricos”, afirma o candidato em seu plano de governo.

Joice Hasselmann (PSL)


Sem apostar em metas, Joice Hasselmann (PSL) criou 17 diretrizes que deverão nortear seu plano
de governo. "A São Paulo que queremos é aquela onde desigualdades históricas sejam enfrentadas,
com planejamento e coragem de quem se indigna com o estado de coisas". A ideia é mostrar "como
a cidade pode ser" a partir de uma construção conjunta com a sociedade.

No documento, ela promete não reajustar o IPTU "pelo menos durante os dois primeiros anos de
administração, colaborando assim para a recuperação da economia no pós pandemia". Com relação
aos ônibus, diz que vai "implementar novo modelo de concessão que romperá com o oligopólio de
empresas, sem negligenciar a oferta de boa qualidade para o cidadão".

Uma das medidas será a redução da fila por vagas em creches. Para adolescentes, quer criar o
"Favela Tec", programa de estímulo aos coletivos de tecnologia em comunidades carentes para
preparar jovens para o novo mercado de trabalho.

A candidata aposta numa economia criativa e inclusiva e em tecnologia para aprimorar serviços
públicos. Quer estimular investimentos privados em moradias, por meio de PPPs e concessões, e
priorizar recursos públicos em infraestrutura.

Na segurança, defende maior vigilância comunitária com envolvimento de moradores e comerciantes


e, na saúde, afirma que vai ampliar a cobertura das equipes de saúde da família. Considera que hoje
Secretarias, Subprefeituras, Autarquias e Fundações são "loteamentos partidários".

Levy Fidelix (PRTB)

Guiado pelo slogan “Vamos endireitar São Paulo”, o programa de Levy Fidelix oferece como primeira
medida a criação do Pasp (Plano de Atendimento à Saúde do Paulistano), uma “revolução da saúde
pública da capital”, como propõe o candidato.

Além do aerotrem, proposta que marcou suas campanhas presidenciais em 2014 e 2018, Fidelix
propõe para a mobilidade urbana a priorização dos gargalos de engarrafamento das principais vias
de acesso da cidade e a construção de novas linhas do monotrilho.

Para melhorias na educação, o candidato promete o retorno da merenda escolar feita na escola, a
vigilância de GCMs nas instituições e a distribuição adequada de uniformes e material escolar aos
alunos.

Márcio França (PSB)

A proposta central de Márcio França do PSB é "melhorar a qualidade dos serviços públicos e
democratizar oportunidades, principalmente para os jovens". Para isso, propõe governar de forma
desigual para corrigir distorções hoje existentes na cidade. Quer assegurar a transparência do
dinheiro público e garantir a participação da população por meio de conselhos. Ele se compromete a
não deixar o cargo até o fim do mandato.

São descritas 40 propostas no "Plano Márcio de retomada", como abrir gratuitamente até 250 mil
microempresas e emprestar até R $3 mil a juro zero, além de criar uma linha de crédito para
pequenas empresas de até R $50 mil para auxiliar na geração de empregos. Planeja contratar jovens
de 17 e 18 anos para trabalhar em áreas administrativas da prefeitura. Eles ganharam também um
curso técnico.
O candidato defende a contratação de pessoas, por 3 dias na semana e 6 horas ao dia, para
trabalhos de limpeza, manutenção e jardinagem, com salário de R $600 reais ao mês "como
compensação aos programas de auxílio e renda básica".

Na educação, pretende zerar a fila em creches e implantar a UDM (Universidade Digital Municipal de
São Paulo) com aulas à distância. Já na saúde, quer fortalecer a rede de atenção, com ampliação de
vagas com especialistas. Para melhorar a segurança, entende que a GCM (Guarda Civil
Metropolitana) deva "se tornar uma unidade de inteligência integrada à comunidade, atuando em
espaços que as polícias não atuam". Para isso, terá de remanejar as equipes que trabalham em
serviços burocráticos.

O projeto prevê ainda a criação de um Índice Social de Igualdade "como critério de qualificação e
classificação em todas as contratações de produtos e serviços feitas pela prefeitura". E, nos
transportes municipais, promete manter a tarifa atual, além de gratuidade aos domingos e feriados.

Marina Helou (Rede)

Com o tema "São Paulo sustentável: inclusiva, inovadora, saudável e acolhedora", Marina Helou, da
Rede Sustentabilidade, quer atacar as desigualdades: "Seu crescimento foi ao longo do tempo
excludente, orientado por um pensamento elitista, machista e racista. Como resultado, temos uma
oferta de serviços públicos desigual na cidade".

Em 13 áreas, o plano de governo da candidata destaca ações para equidade de gênero, diversidade
sexual, idosos, população de rua, dependentes químicos, indígenas e pessoas com deficiência.

A candidata entende que é preciso "descentralizar e dar transparência, com prioridade nos projetos
voltados às áreas mais precárias e às populações mais vulneráveis". Entre eles estão: o fomento ao
empreendedorismo nas periferias, universalização do acesso à internet, merenda de qualidade na
rede pública e combate à evasão escolar no pós-pandemia.

No transporte, pretende dar prioridade ao pedestre, integrar os diferentes modais, incentivar o uso de
bicicletas e substituir os ônibus que usam combustível fóssil.

Uma das promessas será garantir, a mulheres e pessoas não brancas, cargos de liderança em
metade das Secretarias e das Coprefeituras (hoje Subprefeituras). Quer ainda implantar o Plano
Municipal de Ações Afirmativas e Combate ao Racismo e aumentar a oferta de vagas em creches.

Orlando Silva (PCdoB)

O antirracismo se tornou uma das bandeiras de Orlando Silva, candidato à Prefeitura de São Paulo
pelo PCdoB, em sua campanha eleitoral. O político reforça o elo com as periferias e reafirma o lema
de trabalhar pela geração de emprego e renda em uma eventual gestão como prefeito.

Em seu programa de governo, o político comunista, natural de Salvador e filho de uma família
humilde, cita a defesa das liberdades democráticas, soberania, desenvolvimento nacional, direitos
dos trabalhadores e a tolerância política como marcas da atuação da legenda.

O candidato prega a construção de uma "cidade democrática", uma concepção política que garanta
os direitos estabelecidos na Constituição Federal, diversidade, pluralidade e que implemente um
orçamento voltado para atender as necessidades dos mais vulneráveis.
Entre as propostas de Orlando Silva, estão a construção de corredores de ônibus, recursos dobrados
para subprefeituras de áreas mais carentes da cidade, reformas das escolas e bolsas para
estudantes, além da criação de empregos.

Vera Lúcia (PSTU)

Crítica às gestões municipal, estadual e federal durante a pandemia de covid-19, Vera Lúcia
apresenta seu programa com o slogan “São Paulo precisa de uma alternativa socialista”.

No plano, a candidata do PSTU defende a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais
sem redução de salários, obras públicas e ampliação de serviços públicos para “gerar empregos com
carteira assinada”, além de reserva de 70% das vagas para mulheres e negros.

No programa, Vera prega o direito à moradia, alimentação, cultura e informação, o combate a


diferentes formas de intolerância e defende que as aulas presenciais só retornem quando houver
vacina contra a covid-19.

A candidata propõe, ainda, que “os ricos paguem pela crise econômica”, com o fim da isenção de
impostos para grandes empresas, além da taxação de grandes fortunas e o aumento de impostos
sobre bancos e grandes corporações.

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