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PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA MUNICIPAL E

SEU IMPACTO NA REALIDADE LOCAL


RESUMO
A erradicação da pobreza e a redução dos níveis de desigualdade social é uma das
metas e dever do administrador publico, seja em ambito, municipal, federal ou
estadual. Para que ocorra a redução deses números, dentro de um prazo razoável,
aplica-se os programas de transferência de renda de natureza não-contributiva.
Existentes já há várias décadas, tais programas passaram por inovações e uma
grande expansão a partir do fim da década de 1990. Assim, o mucicipio de São José
do Jacuri, criou, em 2010, através da Lei Municipal 867/2010, alterado pelas Leis
867/2017 e 1.023/2017, o “Programa Trabalho e cidadania”, que tem por objetivo
qualificar os munícipes, aptos ao trabalho, ociosos, pertencentes as família de baixa
renda. Atualmente, o programa atende aproximadamente 60 pessoas, com idade entre
18 e 45 anos. Este trabalho pretende traçar um panorama da realidade municipal e o
impacto do programa na realidade local.

PALAVRAS-CHAVE

Transferencia de renda- Renda Básica - Programa Trabalho e cidadania

ABSTRACT

La erradicación de la pobreza y la reducción de los niveles de desigualdad social es una de


las metas y deberes del administrador público, ya sea en el campo municipal, federal o
estatal. Para reducir estas cifras, en un plazo razonable se aplican programas de
transferencia de renta no contributivos. Existentes desde hace varias décadas, estos
programas experimentaron innovaciones y una gran expansión desde finales de la década
de 1990. Así, el mucicipio de São José do Jacuri, creado, en 2010, mediante la Ley
Municipal 867/2010, modificada por las Leyes 867/2017 y 1.023 / 2017, el “Programa
Trabajo y Ciudadanía”, que tiene como objetivo capacitar residentes, aptos para el
trabajo, ociosos, pertenecientes a familias de poca renta. Actualmente, el programa
atiende aproximadamente a 60 personas, con edades comprendidas entre los 18 y los 45
años. Este trabajo tiene como objetivo proporcionar una visión general de la realidad
municipal y el impacto del programa en la realidad local.
KEYWORDS Transferencia de renta - Renta basica - Programa de trabajo y ciudadanía

I. INTRODUÇÃO

Programas de Transferência de Renda são considerados uma forma de proteção social


na qual o Estado transfere recursos monetários para os indivíduos que se enquadrem nos
critérios estabelecidos, buscando atenuar os impactos da pobreza e das vulnerabilidades
em suas vidas (Cecchini, Leiva, Madariaga & Trucco, 2009). No Brasil, foram
incluídos na Política Nacional de Assistência Social por meio da Proteção Social Básica
e da Proteção Social Especial como uma possibilidade de atenuar as desigualdades
sociais geradas pelo sistema capitalista, que em nosso país precarizou os elementos de
cidadania e dificultou a distribuição igualitária de renda.
Assim, programas de transferencia de renda é uma medida adotada por governos para
“administrar a pobreza para que ela não atinja graus insuportáveis” (Euzébios Filho,
2016, p. 258). Da mesma forma, os PTRs são elementos da política social que em curto
prazo contribuem de sobremaneira para atenuação da pobreza. Assim, cabe ao
governo nacional universalizar sua distribuição e constantemente aportar recursos
financeiros para que eles se tornem um meio eficaz de superação da pobreza,
contribuindo efetivamente para a emancipação econômica e garantindo assim o
acesso incondicional aos direitos de cidadania (Caetano 2008).

Apesar de importantes elementos de emancipação, os programas de transferência de


renda podem fomentar dependência política aos beneficiários, que erroneamente
percebem o recurso como resultado de um Estado benfeitor e não como um direito de
cidadania (Euzébios Filho, 2016). Assim, para que os PTRs contribuam efetivamente no
processo de fortalecimento da cidadania, é preciso combater seu mau uso político,
entendendo-os como uma importante estratégia pública que visa incluir e facilitar o
acesso de grande número de pessoas vulnerabilizadas aos bens sociais. Devido a esta
dependencia, o municipio de São José do Jacuri, criou no ano de 2010, o Programa
Trabalho e Cidadania" (PTC), que consiste em qualificar os munícipes, aptos ao
trabalho, que estejam ociosos, sem perspectiva de trabalho e renda, pertencentes as
família de baixa renda.

Mas qual é o impacto a longo prazo deste programa na vida das famílias atendidas?
Elas conseguiram sua autonomia e sustento sem depender de programas públicos
assistenciais?

II. REALIDADE LOCAL E O DESENVOLVER DO PROGRAMA


O Municipio de São José do Jacuri, teve sua formação no período da mineração
de pedras preciosas,com a vinda de aventureiros e rota de tropeiros.
Os primeiros habitantes da região onde se localiza o município eram índios
Malalis e Coropós. Os primeiros brancos que se fixaram aí, foram os paulistas
em busca de ouro.
Não há documentação segura que revele com exatidão a data de ocupação e nem o
nome dos desbravadores. Sabe-se, contudo, que já em 1852 o povoado tinha certa
importância, pois nesta data foi elevado a Distrito de Paz e Curato, recebendo na
mesma ocasião, o nome de São José do Jacuri, nome que conserva até hoje.

Desde que os primeiros moradores aí se fixaram em razão do ouro e, computando-se


diversos dados sobre a população local, pode-se calcular a data de exaustão das minas.
Realmente, a população veio crescendo até 1890, quando atingiu quase 8 mil
habitantes na sede do povoado; 10 anos depois, em 1900, estava a população
reduzida a 3.304 habitantes, parecendo ter sido nessa época a cessação das atividades
mineiras, passando então a agricultura e a pecuária a assumir a importância principal
na vida econômica do município, o que vem acontecendo até nossos dias.(IBGE)

O município de São José do Jacuri, apesar de não estar localizado no Vale do


Jequitinhonha, possui IDH médio de 0,566 (IBGE-2010), ocupando a posição
831 no ranking dos 853 municípios mineiros, índice proximo ou pior do que o
de municípios que fazem parte da região mais pobre do estado de Minas Gerais.
Possui 6.477 habitantes( estimativas IBGE-2018), aproximadamente 60 % da
população vive no meio rural, sobrevive de atividades econômicas relacionadas
a atividade rural em pequenas propriedades, as demais atividades econômicas do
município se sustentam comércio local e da indústria de laticínios Cristaulat,
tendo poucas oportunidades de emprego e renda. Ainda, segundo dados do
IBGE-2010, há um número de aproximadamente 1600 habitantes analfabetos, e
da parcela alfabetizada há um índice alto de pessoas que não concluíram o
ensino médio ou superior,outro dado importante é que em 2018, segundo o
IBGE o salário médio mensal era de 1.5 salários mínimos. A proporção de
pessoas ocupadas em relação à população total era de 8.6%. Na comparação com
os outros municípios do estado, ocupava as posições 664 de 853 e 695 de 853,
respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição
4941 de 5570 e 3911 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com
rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 46.3% da
população nessas condições, o que o colocava na posição 131 de 853 dentre as
cidades do estado e na posição 1984 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
Através destes ve-se claramente a necessidade de intervenção do poder público
para melhoria da qualidade de vida da população . Por isso no ano de 2010 foi
criado o Programa Trabalho e Cidadania, através da Lei Municipal Assim, foi
criado em 2010, através da Lei Municipal 867/2010, alterado pelas Leis
867/2017 e 1.023/2017, como forma de capacitar e oferecer recursos
financeiros para famílias jacurienses saiam de situação de vulnerabilidade social.
O programa consiste na concessão de auxílio pecuniário aos beneficiários do
programa pelo Município de São José do Jacuri, no valor de R$400,00
(quatrocentos reais); para tal o beneficiário, além de atender aos critérios de
seleção deve realizar atividades profissionais na Prefeitura Municipal ou em
entidades conveniadas ou parcerias, com o intuito na qualificação, com
cumprimento da carga horária máxima equivalente a 04 (quatro) horas diárias
e/ou 20 (vinte) horas semanais;
O Programa funcionou, até o momento em duas estapas, de 2010 a 2012, houve
uma interrupção de cinco e foi retomado em 2017 até a presente data.
Os critérios de seleção são os seguintes, conforme DECRETO Nº024, 02 DE
MAIO DE 2017.
“Art.3º - Para fins do Programa “Trabalho e Cidadania” – PTC, será considerado
possível beneficiário(a) a pessoa que não exerça atividade remunerada ou esteja
desempregado(a), há pelo menos três meses, e não possua rendimentos próprios.
Parágrafo Único – o benefício será concedido a apenas um membro de cada
família. Art. 4º - Para habilitar-se ao Programa “Trabalho e Cidadania”, o
beneficiário(a) deverá preencher os seguintes requisitos, cumulativamente:
I – estar desempregado(a) há pelo menos três meses e não estar recebendo o
seguro desemprego;
II – não estar cursando o ensino superior;
III – comprovar que é residente e domiciliado no Município de São José do
Jacuri há, no mínimo, 04 (quatro) anos;
IV – pertencer, prioritariamente, á família de baixa renda que não esteja
selecionada e/ou sendo beneficiada pelo Programa “Trabalho e Cidadania” do
Governo Federal;
V – assinar Termo de Compromisso e Responsabilidade, Anexo I, deste
Decreto, junto a Secretaria Municipal de Administração, declarando ter
conhecimento das regras do Programa “Trabalho e Cidadania”, ás quais se
sujeitará, sob pena de sofrer as sanções previstas no art.11, §1º, da Lei
Municipal nº. 867, de 02 de março de 2017;
VI – estar matriculado em estabelecimento da rede municipal/estadual de ensino
ou comprovar a conclusão do ensino fundamental ou ensino médio. Parágrafo
Único – Para efeitos do Programa “Trabalho e Cidadania”, considera se como
família a unidade nuclear eventualmente ampliada por outros indivíduos que
com ela possuam laços de parentesco ou de afinidade, que forme grupo
doméstico, vivendo sob o mesmo teto e que mantém pela contribuição de seus
membros.”
A gestão do programa é da Secretaria Municipal de Administração, como o apoios da
Secretaria Municipal de Ação Social que seleciona e acompanha os beneficiários
durante a permanência no programa, que não deve ultrapassar três anos. Na pefeitura
municipal há registros das duas etapas do programa, atualmente, são atendidas 60
pessoas.
Verifica-se que os usuários não permanecem muito tempo no programa, muitos saem
por que se mudam para outras localidades em busca de melhores condições de trabalho
e renda, outros por deixar de atender alguns do critérios, como por exemplo empregam-
se no comércio ou nas propriedades rurais locais,
Propusemos um questionário a alguns usuários para que respondessem:
Como tomou conhecimento do PTC?
Como ingressou no PTC?
Por quanto tempo ficou no Programas?
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
Que diferencia houve na sua vida antes e depois do Programa?
Abaixo temos algumas respostas:
Vera Lucia( nome ficticio) mãe solo, 43 anos, 06 filhos
Como tomou conhecimento do PTC?
R.: Fiquei sabendo através do CRAS, pois sempre peço ajuda, não tenho emprego, faço
só umas faxinas por aí e meus menino precisam comer.
Como ingressou no PTC?
R.: A assistente social me falou do Programa, perguntou se eu queria inscrever e eu
topei
Por quanto tempo ficou no Programas?
R.: Fiquei no programa por 08 meses.
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
R.: Os serviços que me botaram pra fazer foi o que eu ja fazia mesmo, não sei ler, então
me puseram pra fazer a limpeza na secretaria de saúde.
Que diferença houve na sua vida antes e depois do Programa?
R.: Me ajudou muito, dava pra pagar umas conta de água e luz. A diferença foi que
aprender cuidar melhor das coisas, descobri que ter responsabilidade com os horários é
tão importante quanto ter capricho.E depois eu bebia muito, no programa eu me
ocupava e esquecia um pouco da bebida. É muito difícil olhar pros meus menino e não
ter comida pra eles .

Já a usuária Jessica de 19 anos respondeu o seguinte


Como tomou conhecimento do PTC?
R.: Por um grupo de whatsapp.

Como ingressou no PTC?


R.: Fui no CRAS e fiz a inscrição.
Por quanto tempo ficou no Programa?
R.: Por 02 meses
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
R.: Não. Me puseram pra limpar rua, não considero que precise me capacitar para isso.
Que diferencia houve na sua vida antes e depois do Programa?
R.: Nenhuma.
Pedro, 23 anos, ensino fundamental completo.
Como tomou conhecimento do PTC?
R.: Através de um grupo de Whattsapp
Como ingressou no PTC?
R.: Fiz inscrição no CRAS.
Por quanto tempo ficou no Programa?
R.: 05 meses
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
R.: Sim.
Que diferencia houve na sua vida antes e depois do Programa?
R.: Estar no programa, me ajudou a ter conhecimento de segurança no trabalho, me
puseram para auxiliar o pessoal da secretaria de obras, aprendi sobre trabalhar em
grupo, um depende e cuida do outro.
23 pessoas responderam o questionário, nas respostas ficou constatado o seguinte:
A maioria dos usuários respondeu que ficaram sabendo da existência do programa em
grupos de whatsapp, por terceiros e todos foram orientados sobre o programa e
inscritos pelo CRAS,
A média de tempo de permanência no programa é em torno de 5 meses, a maioria não
se considera capacitada para o mercado de trabalho(16 pessoas). Mas são unânimes em
dizer que o valor pago auxilia muito para quem passa por situação de vulnerabilidade
social.

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


A pesquisa quantitativa foi realiazada nos arquivos da Prefeitura Municipal,
junto as secretarias de Adminsitração e Secretaria de Ação Social e entrevistamos
usuarios que concordaram em reponder um pequeno questionario.
Apos analise, verifica-se que os usuários não permanecem muito tempo no programa,
muitos saem por que se mudam para outras localidades em busca de melhores condições de
trabalho e renda, outros por deixar de atender alguns do critérios, como por exemplo empregam-
se no comércio ou nas propriedades rurais locais,
Questionario:
Como tomou conhecimento do PTC?
Como ingressou no PTC?
Por quanto tempo ficou no Programas?
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
Que diferencia houve na sua vida antes e depois do Programa?
Abaixo temos algumas respostas:
Vera Lucia( nome ficticio) mãe solo, 43 anos, 06 filhos
Como tomou conhecimento do PTC?
R.: Fiquei sabendo através do CRAS, pois sempre peço ajuda, não tenho emprego, faço
só umas faxinas por aí e meus menino precisam comer.
Como ingressou no PTC?
R.: A assistente social me falou do Programa, perguntou se eu queria inscrever e eu
topei
Por quanto tempo ficou no Programas?
R.: Fiquei no programa por 08 meses.
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
R.: Os serviços que me botaram pra fazer foi o que eu ja fazia mesmo, não sei ler, então
me puseram pra fazer a limpeza na secretaria de saúde.
Que diferença houve na sua vida antes e depois do Programa?
R.: Me ajudou muito, dava pra pagar umas conta de água e luz. A diferença foi que
aprender cuidar melhor das coisas, descobri que ter responsabilidade com os horários é
tão importante quanto ter capricho.E depois eu bebia muito, no programa eu me
ocupava e esquecia um pouco da bebida. É muito difícil olhar pros meus menino e não
ter comida pra eles .

Já a usuária Jessica de 19 anos respondeu o seguinte


Como tomou conhecimento do PTC?
R.: Por um grupo de whatsapp.

Como ingressou no PTC?


R.: Fui no CRAS e fiz a inscrição.
Por quanto tempo ficou no Programa?
R.: Por 02 meses
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
R.: Não. Me puseram pra limpar rua, não considero que precise me capacitar para isso.
Que diferencia houve na sua vida antes e depois do Programa?
R.: Nenhuma.
Pedro, 23 anos, ensino fundamental completo.
Como tomou conhecimento do PTC?
R.: Através de um grupo de Whattsapp
Como ingressou no PTC?
R.: Fiz inscrição no CRAS.
Por quanto tempo ficou no Programa?
R.: 05 meses
Você considera que o programa lhe ajudou a se capacitar realmente?
R.: Sim.
Que diferencia houve na sua vida antes e depois do Programa?
R.: Estar no programa, me ajudou a ter conhecimento de segurança no trabalho, me
puseram para auxiliar o pessoal da secretaria de obras, aprendi sobre trabalhar em
grupo, um depende e cuida do outro.
23 pessoas responderam o questionário, nas respostas ficou constatado o seguinte:
A maioria dos usuários respondeu que ficaram sabendo da existência do programa em
grupos de whatsapp, por terceiros e todos foram orientados sobre o programa e
inscritos pelo CRAS,
A média de tempo de permanência no programa é em torno de 5 meses, a maioria não
se considera capacitada para o mercado de trabalho(16 pessoas). Mas são unânimes em
dizer que o valor pago auxilia muito para quem passa por situação de vulnerabilidade
social.

Outro dado interessante é que percebe-se claramente, que devido a vulnerabildiade


poucos são os atendiddos que tem consciencia do que se destina o programa, o único
que percebe-se é a necessidade do beneficio re renda. Que, infelizmente para muitas
familias jacurienses é a diferença entre ter ou não comida.

Cerca de 70 por cento das familias jacurienses estão inseridas em algum programa social,
em especial o Bolsa Família. É um reflexo da nossa realidade local e da situação de crise
econômica que assola o país, que coloca mais em vulnerabilidade e passam a buscar o
auxilio do Estado para sobreviver. É dever da admisnitração publica, subsidiar condições
para que as famílias não fossem afetadas pelas crises econômicas, ampliando-se leque de
cobertura e abrangendo um número cada vez maior de beneficiários.

Ugá (1989) afirma que, historicamente, o Brasil e os demais países da América Latina, em
períodos de crise econômica, optaram sempre por diminuir os atributos do Estado de Bem-
Estar em favor da política macroeconômica. Ou seja, quando a economia não vai bem, os
governos desses países tendem a reduzir os recursos voltados para a promoção do Estado de
Bem-Estar, que no caso brasileiro demonstra a inconstitucionalidade/ilegalidade por parte do
governo no que se refere a sua obrigação de agente protetor.

A partir da crise econômica e institucional que culminou em 2016 com a posse de Michel
Temer como presidente do país deu-se início a um grande movimento no sentido de
promover ações emergenciais de controle à crise e também de polêmicas reformas
administrativo-políticas. Dentre elas citamos a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº
241-A de 2016 na Câmara dos Deputados, que “altera o Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal” (Brasil 2016b: 1). Já no Senado Federal, a
PEC foi identificada pelo nº 55 de 2016, que “altera a Constituição Federal, para estabelecer
regras e princípios com o objetivo de retomar o crescimento econômico com redução das
desigualdades sociais e regionais e dá outras providências” (Ibid).

A PEC representa a política econômica nacional para as próximas duas décadas, que
independente de governo estabelece o controle dos gastos federais, reduzindo a participação
do Estado nas políticas públicas, fazendo jus ao nome de PEC do Teto dos Gastos Públicos.
Vale lembrar que os principais gastos federais são com o pagamento de juros da dívida
externa, com a saúde, educação, previdência social e Assistência Social e, destas, apenas a
Assistência Social não dispõe de recursos mínimos assegurados por lei como as demais
despesas.

Contudo, independente da situação econômica seria dever do Estado promover as políticas


sociais e, ao contrário do que se espera de um efetivo Estado de Bem-Estar, os dados do
CadÚnico indicam que houve um aumento de indivíduos que de alguma forma buscaram o
auxílio estatal, o que por sua vez não se refletiu no aumento expressivo de famílias
beneficiadas pelo PBF, que no mesmo período pouco ampliou sua capacidade protetiva. O
Estado, enquanto promotor e articulador das políticas sociais, conforme estabelecido na
Constituição Federal (Brasil 1988) e na Lei Orgânica da Assistência Social (Brasil 1993),
deveria garantir o atendimento das necessidades básicas de todos os indivíduos que
precisassem da Assistência Social.

Com a redução dos gastos públicos os programas sociais de Assistência Social foram alvo de
“remodelações” e “readequações” das quais o Bolsa Familia como maior política de
transferência de renda do país não escapou. Do ponto de vista de Helal e Neves (2010), em
se tratando de custo/benefício, o PBF é o mais eficiente programa de transferência de renda
da América Latina, pois mais que um PTR é o direito à proteção social, constitucionalmente
conquistado, e navegar em direção contrária seria caminhar na contramão dos princípios
básicos legais a que os indivíduos têm direito.

IV. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS


Quanto ao “Programa Trabalho e Cidadania”, os resultados apontaram é ferramenta
Municipal de Combate à miséria e de assistência social local, que auxilia no combate à fome
e à miséria e ainda promove dignidade, uma vez que os usuários devem exercer alguma
atividade laboral para ter direito ao benefício. No entanto, percebe-se que sua manutenção
como política de governo é muito instável, ficando intimamente atrelada a vontade de cada
novo governante que assume e que o entende ou não como prioridade. Considerando os
dados apresentados até agora, foi possível perceber que há muito a se avançar para que
políticas públicas tenham efetivo efeito na vida das pessoas.

É necessário reavaliar as medidas e o controle do programa o PTC , de fato contribui para a


redução dos números de cidadãos em vulnerabilidade, pois propicia suporte financeiro às
famílias. Porém, precisa-se deveria haver no programa um conjunto de palestras com
orientações e incentivos a retomada de estudos por adultos, alfabetização de adultos, melhor
conscientização do que espera do indivíduo após o mesmo participar .
A organização das palestra e orientações deve ser um trabalho conjunto da adminsitração
municipal e do Serviço Municicipal de Assitencia soccial, cujo o assistente social deve ser o
vetor de ligação a população e o poder publico.

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
gá, M. A. D. (1989). Crise Econômica e Políticas Sociais: Elementos para Discussão.
Cadernos de Saúde Pública, RJ, 5(3), 305-335, jul/set. Recuperado de:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v5n3/07.pdf.

Yazbek, M. C. (2007). Classes Subalternas e Assistência Social. São Paulo, Brasil: Cortez
Editora.

CITAÇÕES RETIRADAS DE LIVROS  


APENAS 1 AUTOR  
SOBRENOME, Nome abreviado. Título: subtítulo. Edição . Local de publicação: Editora, data
de publicação da obra. Exemplo: DUHIGG, C. O poder do hábito: Por que fazemos o que
fazemos na vida e nos negócios. 1. ed. Brasil: Objetiva, 2012.  
ATÉ 3 AUTORES  
Você deve seguir o mesmo padrão de referência citado no item anterior. Todavia, o nome dos
autores devem ser escritos separados por ponto e vírgula. Exemplo: COLLINS, J C.; PORTO, J.
F.; FREITAS, I. Práticas bem-sucedidas de empresas visionárias. Brasil. 4.ed. São Paulo, Brasil:
Rocco, 1998.
CITAÇÕES RETIRADAS DA INTERNET  
SOBRENOME, Nome abreviado. Título do Artigo. “Disponível em:” . “Acesso em:” O nome
do autor é opcional. Então, não se preocupe caso não tiver este item no texto que você leu.
Exemplo: DIAS, F. O que é TCC? Entenda como dar os primeiros passos!
Disponível em: <https://www.voitto.com.br/artigo/o-que-e-tcc.>.
Acesso em: 08 ago. 2020.  

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/sao-jose-do-jacuri/panorama

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