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Curso: Ética no Serviço Público

Deveres

Antes de entrarmos nos deveres e proibições é necessário fazer uma observação:


o CCF precisa ser lido em conjunto com as demais normas sobre a Administração Pública,
aquelas que estão na Constituição, as que estão no Estatuto dos Funcionários Públicos
do Município de São Paulo e afins.
O próprio CCF estabelece essa sua relação harmônica com o Estatuto dos
Funcionários. Veja só o que diz o Código de Conduta: “Os preceitos relacionados neste
Código não substituem e sim corroboram os deveres e vedações constantes do Estatuto
dos Servidores Públicos do Município de São Paulo e da legislação correlata”. Então o
que está no Código de Conduta não revoga nem impede a aplicação dos deveres que
estão no Estatuto.
Vejamos os deveres do agente público municipal de São Paulo listados no CCF:
Assiduidade e pontualidade → Comparecer ao serviço regularmente
(assiduidade) e apresentar-se no horário designado, sem atrasos (pontualidade).
Eficiência e empenho→ Exercer suas atribuições com eficiência, com otimização
dos recursos disponibilizados pela Administração, buscando prestar os serviços de
maneira ágil e sem atrasos. Desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for
incumbido. Zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for
confiado à sua guarda ou utilização.
Respeito → O dever de respeito se apresenta sob alguns aspectos principais: o
respeito às pessoas em geral, o respeito ao usuário de serviços públicos, aos colegas e
aos superiores hierárquicos. Desse modo, o dever de respeito inclui:
tratar com urbanidade os companheiros de serviço e o público em geral;
respeitar todos os usuários, sem qualquer espécie de preconceito ou
distinção de sexo, cor, idade, nacionalidade, religião, orientação sexual, opinião
e/ou filiação político-ideológica e posição social;
tratar com respeito e prontidão os usuários dos serviços públicos,
buscando, quando possível, aperfeiçoar processos de comunicação e o contato
com o público; e
respeitar a hierarquia e cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais e antiéticas, dando ciência às autoridades competentes.

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Denunciar ilegalidades → Muitas organizações, tanto privadas como públicas,


possuem estruturas hierárquicas com cargos bem definidos e relações de chefia e
subordinação. Para que essas organizações funcionem corretamente é necessário que
as relações hierárquicas sejam harmônicas, com poucas diferenças entre o que é
ordenado e o que é executado. A partir disso, concluímos que a regra é a obediência à
hierarquia e às respectivas ordens. Todavia, se essas ordens superiores forem ilegais ou
antiéticas, elas não devem ser cumpridas. Não só não devem ser cumpridas, mas
também devem ser comunicadas às autoridades competentes. A ideia aqui é que o
agente público não deve apenas deixar de praticar aquele ato manifestamente ilegal ou
antiético, mas levá-lo ao conhecimento da autoridade responsável por fiscalizar ou
receber denúncias contra a autoridade emissora da ordem.
No mesmo sentido, o agente público deve resistir às pressões de superiores
hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou antiéticas,
denunciando-as às autoridades competentes.
Integridade → É o dever de ser íntegro, dever de agir conforme a integridade,
isto é, de modo honesto, irrepreensível, não dado à corrupção.
Manejo ético da informação → Há vários deveres que convergem para um modo
eticamente aceitável de lidar com a informação no serviço público. Quanto a isso, o CCF
apresenta os seguintes deveres: assegurar o direito fundamental de acesso à
informação, considerando a publicidade como preceito geral e o sigilo como exceção,
em conformidade com as demais diretrizes e princípios básicos da Administração
Pública; assegurar, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, a
gestão transparente da informação; manter sob sigilo informações sensíveis ou que
atentem contra a privacidade, às quais tenha acesso em decorrência do exercício
profissional ou convívio social; e proteger informações sob sigilo na forma da lei e da
Constituição Federal.
Padrão mínimo durante greve → Zelar, no exercício do direito de greve, pelas
exigências específicas da defesa da vida, da segurança coletiva e da prestação dos
serviços essenciais. Trata-se, em suma, de manter um padrão mínimo de atividades
durante a greve para que os serviços públicos essenciais não sejam paralisados
completamente durante o período.
Cooperação → A união de esforços entre colegas de trabalho permite a
realização de tarefas complexas com maior agilidade e aprendizado de novas
competências. Desse modo, é dever do agente público cooperar e manter espírito de
solidariedade com os companheiros de trabalho, bem como compartilhar com os

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colegas o conhecimento obtido em cursos, congressos e outras modalidades de


treinamento, realizados em função de seu trabalho.
Outros deveres → Há vários outros deveres ainda. Listaremos alguns deles, mas
você pode conferir o resto na legislação ou nos slides da aula: Manter o local de trabalho
limpo e organizado; facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de
direito, na forma da lei, apresentar-se convenientemente trajado em serviço, ou com o
uniforme determinado, quando for o caso; proceder, pública e particularmente, de
forma que dignifique a função pública.

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