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FICHAMENTO

BRASIL DO SAMBA...QUI!

Olhando de longe parece um morro comum, mas se você chegar mais perto verá,
misturados à terra, ossos, conchas, pedras e muita história para contar. É um sambaqui,
que leva esse nome de origem tupi, que significa “amontoado de conchas”. Na verdade,
hoje, os sambaquis são considerados sítios arqueológicos – lugares que guardam muito
da história do homem e da natureza. Antes de os portugueses chegarem ao Brasil e até
mesmo antes de os índios que eles encontraram em nossas terras habitarem o litoral, vivia
próximo às praias um povo que hoje conhecemos como sambaquieiros (leia mais sobre
sambaquis clicando aqui). Eles ganharam esse nome porque construíam os grandes
amontoados de conchas e outros materiais que hoje chamamos de sambaquis. Ali também
enterravam seus mortos, acendiam fogueiras e faziam uma espécie de cerimônia de
despedida para os que partiam.

Guardiões da história
Os sambaquis guardam uma parte
importante da vida e dos povos que os
construíram. Eles incluem, por exemplo,
pontas de flechas e outros artefatos, e
muitos, muitos restos de comida – por
exemplo, carapaças de crustáceos e
ouriços-do-mar, espinhas de peixes e ossos
de aves e mamíferos.

Aliás, os próprios locais escolhidos para a


construção dos sambaquis parecem estar
diretamente relacionados à coleta de
alimento. Muitos são encontrados perto de
enseadas, baías e lagoas, ambientes
aquáticos de encontro entre águas doce e Hoje os sambaquis são sítios arqueológicos
salgada, onde há muita quantidade e estudados pelos pesquisadores para descobrir a
riqueza das espécies de animais que viviam no litoral
diversidade de organismos aquáticos. Uma do Brasil há milhares de anos. (foto: Rosa Cristina
prova de que os sambaquieiros consumiam Corrêa Luz e Souza)
vários animais marinhos.
Há mais ou menos 100 anos, os cientistas conhecem os sambaquis e os estudam para
saber mais sobre a pré-história, especificamente sobre o período do Holoceno, que
compreende os últimos 11 mil anos da história da Terra.

Sambaquis brasileiros
Existem centenas de sambaquis
no Brasil, principalmente na
região costeira que vai desde o
Espírito Santo até o Rio Grande
do Sul. Os mais antigos têm
cerca de 8 mil anos. É tempo à
beça!

Recentemente, alguns
pesquisadores resolveram usar O material coletado nos sítios arqueológicos é analisado pelos
pesquisadores. (foto: Rosa Cristina Corrêa Luz e Souza)
os sambaquis não só para
conhecer a história das pessoas, mas também para saber um pouco mais sobre as espécies
animais das quais elas se alimentavam, assim como sobre o meio ambiente de milhares
de anos atrás. Uma verdadeira ponte para o passado!

Texto “Brasil do samba...qui!”, de SILVA, E. P., ARRUDA, T. A. e DUARTE, M. R.


Disponível em <http://chc.org.br/brasil-do-samba-qui/>
RESUMO

É um gênero textual que consiste em extrair as ideias e pontos principais de uma obra
original e reproduzi-las em um novo texto mais curto e objetivo. Não se trata, portanto,
de uma cópia, mas, sim, de uma síntese. O resumo é um mecanismo bastante utilizado
por estudantes, já que ajuda na compreensão e memorização de conteúdo.

CARACTERÍSTICAS DE UM RESUMO
Para um texto ser considerado um resumo, ele precisa ser:

• Breve e conciso: Uma obra original costuma ser bastante detalhada, com
exemplos, dados e diversos fatos narrados. Deve conter apenas a essência,
deixando de lado as informações secundárias. Sendo assim, o texto precisa ser
sucinto e preciso.
• Pessoal: Um resumo não deve ter as palavras do autor da obra original. Ele deve
ser escrito pelo seu próprio autor. Ou seja, se é você que está resumindo, seus
pensamentos que precisam ser usados na redação do texto.
• Logicamente estruturado: Resumir não é coletar informações e jogá-las ao
vento, ou, melhor, em uma folha de papel ou arquivo de computador. É preciso
estruturar o conteúdo de forma lógica, precisando seguir uma linha de raciocínio.
• Composição do resumo: Quando nos referimos à uma linha de raciocínio lógico,
estamos querendo dizer que o seu texto, além de ser coerente, precisa ter uma
narrativa estruturada, ou seja, início, meio e fim.
• Introdução, desenvolvimento e conclusão: O resumo segue basicamente a
mesma estrutura da maioria dos gêneros textuais. Começando pela introdução,
que deve ser usada para apresentar o tema do texto, sendo geralmente construída
em apenas um parágrafo. Depois disso, vem a etapa de desenvolvimento, que é o
corpo do conteúdo, onde todas as ideias são expostas. E, por fim, a conclusão, que
é o fechamento da linha de raciocínio.

OS TIPOS DE RESUMO

Além das regras básicas de organização e disposição do texto, é preciso levar em conta
ainda o tipo de resumo. Isso porque, dependendo do modelo e a que ele se destina, há
diferença na forma de usar as informações.
Conheça a seguir os três principais tipos de resumo:

• Resumo Indicativo: Indica os aspectos relevantes, ou seja, ele não se apega a


dados qualitativos e quantitativos, assim, a obra original precisa ser consultada
quando há a necessidade de aprofundamento.
• Resumo Informativo: O resumo informativo, por sua vez, é um pouco mais
elaborado e contém mais informações. Ele descreve, por exemplo, a finalidade, a
metodologia, os resultados e conclusões do documento, permitindo, assim, que a
leitura da obra original possa ser dispensada.
• Resumo Crítico: O resumo crítico, também chamado de resenha, é um tipo de
texto que traz o ponto de vista do autor sobre o tema abordado. Dessa forma, além
de sintetizar a obra, o resumo é uma espécie de análise.

TECNICAS PARA RESUMIR

• Apagamento/sumarização: Apagar/cortar partes desnecessárias, como


adjetivos, advérbios e equivalentes.

Exemplo: O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava as


flores diariamente.

Resumido: O jardineiro trabalhava bem.

• Generalização: A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os


elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado.

Exemplo: Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço.

Resumido: Pedro comeu carne no almoço.

EXEMPLO 1 : Resumo do filme “Zootopia”

A moderna metrópole de mamíferos chamada Zootopia é uma cidade diferente de todas


as outras. Composta de bairros-habitat como a elegante Sahara Square e a gelada
Tundratown, é uma grande mistura onde animais de todos os ambientes vivem juntos —
um lugar onde não importa o que você é, do maior elefante ao menor musaranho, você
pode ser qualquer coisa.
Mas quando a otimista policial Judy Hopps chega, ela descobre que ser a primeira
coelha numa força policial de animais grandes e fortes não é nada fácil. Determinada a
provar seu valor, ela agarra a oportunidade de solucionar um caso, mesmo que isso
signifique formar uma parceria com o raposo falante e vigarista Nick Wilde, para
desvendar o mistério.

Zootopia dos Estúdios Walt Disney Animation é uma comédia de aventura dirigida por
Byron Howard (Enrolados, Bolt – O Supercão) e Rich Moore (Detona Ralph, Os
Simpsons) e codirigida por Jared Bush (Penn Zero: Part-Time Hero) e estreia nos cinemas
em 3 de março de 2016.

Disponível em: <http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/zootopia>.

Exemplo 2 : Resumo do livro “1984”

Em 1984, o mundo vive uma distopia que evidencia uma guerra constante entre três
nações. O conflito é pano de fundo e de sustentação de um governo autoritário em que a
população é vigiada pelas chamadas “teletelas”, que consistem em câmeras de vigilância
dispostas nas casas e em diversos ambientes abertos. Tudo isso é permeado por um
ambiente de constante tensão, cercado pela figura do Grande Irmão (Big Brother) e
amparado pelos lemas: “Guerra é paz”, “Liberdade é escravidão” e “Ignorância é força”.
É nesse ambiente que Winston Smith, um integrante do partido, começa a questionar o
ambiente em que vive e se envolve de maneira amorosa com uma insurgente do sistema
totalitário vigente. Tomados por ideias subversivas de Emmanuel Goldstein, Winston e
seu recente par romântico são inflados pelo sentimento de resistência, mas logo são
oprimidos com a descoberta de que tudo não passou de criação do próprio sistema dessa
sociedade de controle. Ao final, descobre-se que a resistência foi forjada e que ninguém
é capaz de escapar da vigilância constante das teletelas e do Grande Irmão."

"ORWELL, G. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.


RESENHA

É uma modalidade textual em que o autor (resenhista) descreve ou emite opinião sobre
um determinado filme, álbum musical, romance e demais produções culturais. Ela tem
como objetivo influenciar o seu leitor a acessar o material ou a evitá-lo.

CARACTERÍSTICAS DA RESENHA

• A resenha tem como função a descrição ou análise de um objeto a fim de


recomendá-lo ou não ao leitor.

• Por se tratar de um texto técnico, a resenha preza pela:

o linguagem denotativa;
o construção linear;
o objetividade.

• O texto do gênero resenha deve conter uma linguagem concisa e clara.

• Em uma resenha, é essencial o uso da norma-padrão da língua, visto que ela


geralmente é publicada em ambientes ou veículos formais, como:

o universidades;
o jornais;
o revistas.

TIPOS DE RESENHA

As resenhas podem ser descritivas ou críticas.

1. Resenha descritiva

Nesse tipo de resenha, o resenhista dá a conhecer ao leitor um pouco sobre o autor e sua
obra. O assunto abordado no livro, por exemplo, o que é feito de forma bastante breve,
ou seja, sem detalhar personagens e acontecimentos.
A resenha descritiva é informativa, pois consiste em uma forma de expor algo relativo a
um conteúdo, sem relatar a sua história e fazer julgamentos.

Exemplo: A Vida é Bela, de Roberto Benigni

A Vida é Bela é uma comédia trágica cuja história tem início na década de 30, na Itália.
Lá, Guido, um garçom judeu divertido se apaixona por uma jovem rica, com quem casa
e tem um filho.

Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, levados para um campo de concentração,


Guido tenta proteger seu filho do horror que vivenciam fazendo com que ele acredite
que estão num jogo. É uma história comovente, que ajuda a entender um pouco sobre
alguns aspectos da Guerra.

2. Resenha crítica

Também chamada de opinativa, nesse tipo de resenha, além de expor algo a respeito de
um conteúdo, o autor dá a sua opinião de forma crítica, influenciando o comportamento
dos leitores.

Sem detalhar um livro ou um filme, por exemplo, o autor da resenha crítica informa o
leitor qual o seu enredo, mas não conta a sua história. O autor diz o que pensa acerca do
texto ou do livro, opinando sobre o conteúdo e o estilo utilizado.

Exemplo: Pantera Negra, de Ryan Coogler

Pantera Negra passa-se em Wakanda, o fictício país africano isolado do resto do mundo
e que é uma potência tecnológica. Com o super-herói negro T’Challa, não é por acaso que
a trilha sonora dessa produção cinematográfica, que une ancestralidade com
modernidade, tem a força dos tambores africanos.

É um sucesso de bilheteria muito interessante para assistir e talvez ainda mais para
discutir, já que ele levanta questões sobre preconceito racial, relação entre países, e até
mesmo sobre os refugiados.
ESTRUTURA DA RESENHA

Do ponto de vista estrutural, de acordo com Fiorin, a resenha apresenta a seguinte


organização:

• Informações bibliográficas do material a ser resenhado: autor, título da obra,


lugar e data de publicação e identificação das páginas (no caso de livros).

• Resumo com conteúdo da obra: exposição com os principais pontos


apresentados no material resenhado. Em uma resenha sobre um festival de música,
por exemplo, deve-se informar ao leitor as bandas presentes, as canções que
mexeram com a plateia e os momentos que marcaram o evento.

• Comentário: Após o segundo parágrafo, é preciso confrontar as informações com


os argumentos e pontos de vista de diferentes autores quando se trata da resenha
crítica. Ainda, é preciso argumentar criticamente os pontos cruciais da obra (sejam
negativos, sejam positivos).
SEMINÁRIO

Seminário é um gênero textual cujas informações reunidas são apresentadas,


principalmente, através da linguagem oral. A exposição das informações pode ser feita
por uma ou mais pessoas, como uma espécie de aula sobre um tema previamente estudado
pelos comunicadores para tal apresentação.
Em latim, a palavra seminário significa semente. É como se através de um seminário, os
oradores pudessem plantar a semente do saber nos receptores da mensagem.

Para que serve um seminário?

O seminário serve para transmitir a outras pessoas, um assunto específico (técnico ou


científico) previamente estudado por quem o apresenta.

O principal objetivo do seminário é a propagação do conhecimento, que geralmente


ocorre através da divulgação de novas informações sobre determinado assunto, da
modernização de dados pesquisados, da contestação através de novas ideias e da
exposição de dados atualizados.

Como fazer um seminário

Há uma série de fatores que devem ser tidos em consideração durante uma organização
de seminário.

Estudo prévio do assunto


O responsável por ministrar a comunicação deve garantir que estudou minuciosamente o
assunto que apresentará ao público. É importante lembrar que, um seminário,
diferentemente de uma palestra, implica interatividade entre comunicador e público-alvo.

Considerando essa característica, é perfeitamente natural que o público intervenha com


perguntas e até mesmo questionamentos relativamente à informação recebida. Sendo
assim, o comunicador deve estar preparado não só para informar, mas também para
responder.

Características do público-alvo
O responsável pela apresentação da informação deve reunir algumas informações
importantes que caracterizem seu público-alvo, para assim definir a melhor abordagem a
adotar.
Algumas informações importantes a serem recolhidas são:

• Faixa etária;
• Expectativas relativamente ao que vai ser abordado dentro do tema;
• Interesse pelo tema;
• Conhecimento prévio do assunto.

Apresentação

Na preparação desta fase, o comunicador já sabe a quem seu seminário se destina e desta
maneira pode decidir a melhor forma de abordar o tema.

Regra geral, os seminários são ministrados em linguagem formal.

É importante, também, garantir que a comunicação seja feita com boa articulação do
discurso e bom tom de voz. A clareza e a altura de voz utilizadas no decorrer do discurso
devem ser suficientes para alcançar todas as pessoas presentes no local.

O comunicador também deve evitar gestos e expressões faciais excessivas. O foco da


comunicação deve ser sempre a informação e jamais o comunicador.

Recursos utilizados

Além da contribuição intelectual do próprio comunicador, o seminário pode ser realizado


com o auxílio de alguns recursos materiais.

Confira abaixo alguns exemplos de recursos utilizados:

• Cartazes;
• Apostilas;
• Retroprojetor;
• Datashow;
• Microfone.

Roteiro de organização de um seminário


Antes do seminário: distribuir uma sinopse sobre a apresentação para todos os
participantes.
No dia do seminário: breve introdução ao assunto perante os participantes. No caso de
haver mais de um comunicador, deve ser escolhido um coordenador para desempenhar
essa função.

Apresentação: deve ser iniciada a apresentação por parte dos comunicadores (não
esquecendo da importância de cumprir uma etapa de explicação e outra de síntese da
reflexão).

Discussão geral: o comunicador (ou coordenador do grupo, no caso de haver mais de um


comunicador) abre a discussão a todas as pessoas presentes no recinto.

Síntese final: após a discussão geral, deve ser apresentada uma síntese final sobre a
apresentação.

Tipos de seminários

Seminário escolar

O seminário escolar é uma apresentação feita por um ou mais alunos para sua própria
turma. Geralmente o professor determina um tema que deve ser estudado minuciosamente
por quem fica responsável por apresentar as informações. Pode-se dizer que o seminário
escolar é uma aula dada por alunos para seus colegas de classe.

A escolha do seminário para apresentação de temas, é uma opção à qual muito professores
recorrem para incentivar os alunos a desenvolverem as capacidades de pesquisa,
formulação de texto e apresentação oral.

Seminário acadêmico

Os seminários acadêmicos costumam ser ministrados para a comunidade acadêmica com


o intuito de apresentar informações científicas e discutir a respeito delas. Nesse tipo de
seminário, são exploradas as capacidades de pesquisa, de sistematização dos fatos, de
raciocínio e de conclusão.

Como integrantes do público-alvo, costumam estar não só estudantes de faculdades, mas


também os professores universitários. É comum que os participantes estudem o assunto
previamente, para que assim possam intervir na discussão de forma coerente e em
conformidade com o tema abordado.

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