Você está na página 1de 2

Nicole Rocha Curia; 3ºA, entrega até 25/11/2020  

                                              As intervenções dos EUA


  Durante a Guerra Fria, os países latino-americanos alinhados à esfera capitalista
e comprometidos com o combate ao comunismo adotaram a Doutrina de Segurança
Nacional e passaram a receber apoio financeiro e militar dos EUA. Esse fato teve
papel fundamental nos golpes militares ocorridos durante as décadas de 1960 e 1970.
  Muitos oficiais militares de países como Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, por
exemplo, eram treinados em academias financiadas e administradas pelos norte-
americanos, como a Escola da Américas, no Panamá, onde eles aprendiam técnicas
para combater as guerrilhas e a subversão.

    Em cima desse texto e das explicações em aula, responda às questões:


a- O que de mais importante destaca-se nesse texto para toda a América Latina,
durante o  período da Guerra Fria?
Resposta: O combate ao comunismo, que desencadeou golpes militares por toda
América Latina. As ditaduras na América Latina se estabeleceram no período da
Guerra Fria, na época, os Estados Unidos desenvolveram uma série de mecanismos
para combater a expansão do comunismo, inclusive a Doutrina de Segurança
Nacional, buscando combater ameaças comunistas dentro e fora do território
estadunidense.
Neste contexto, e principalmente depois da Revolução Cubana e da ascensão do
governo comunista de Fidel Castro, os EUA intensificaram a vigilância sobre a
América Latina.
No entanto, grupos de esquerda apareceram em diversas partes do continente. Com
isso forças conservadoras se mobilizaram nessas regiões e apoiaram a instituição de
governos militares. Através de golpes de Estado sucessivos, a América Latina assistiu
nos anos 60 e 70 a ascensão de inúmeras ditaduras militares.

b- Relacione a Doutrina de Segurança Nacional com os golpes militares durante


as décadas  de 60 e 70 na América Latina.
Resposta: A Doutrina de Segurança Nacional, elaborada pelos EUA, contribuiu
diretamente para o golpe militar no Brasil e na América Latina. Esta Doutrina estava
repleta de concepções totalitárias, juntamente de um caráter militar. E dentro da lógica
da guerra fria, qualquer divergência deveria ser combatida com toda a força e ser
extirpada.
A harmonia interna dos países estava ligada ao capitalismo e ideologias liberais. As
ameaças eram os perigos do comunismo, associados à todas as ações, organizações
e pessoas que estivessem atrapalhando o livre funcionamento do mercado.
Na sua aplicação, os opositores eram catalogados como agentes patrocinados pela
URSS, pela China e por Cuba. No Brasil os órgãos da mídia consideravam que a
democracia estava em risco e pregavam uma ação militar para resgatar a liberdade.
Assim estariam em perigo os valores mais tradicionais: a família (as crianças poderiam
ser mandadas para a Rússia e Cuba), a religião (que seria perseguida e proibidas as
escolas religiosas) e a propriedade (que seria abolida e expropriada pelo Estado).
Foi em nome dessa concepção totalitária que a ditadura militar buscou eliminar tudo
que considerava risco para seu controle militar do país. Prendia arbitrariamente,
interrogava com os mais brutais métodos de tortura, fuzilava e fazia desaparecer os
corpos dos que considerava opositores.
Essa doutrina comandou a golpe e a ditadura no Brasil em 1964, na Guatemala, desde
1954, fazendo do país o mais massacrado de todo o continente. Valeu também para
as ditaduras militares no Chile, no Uruguai, na Argentina e orientou a ação da direita
por todo o continente.

Você também pode gostar