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Grupo de reeducação alimentar

Hoje vamos falar sobre o emagrecimento, um processo que é muito individual e depende das
características e do organismo de cada pessoa
 
Quando falamos em perda de peso, existem dois aspectos que precisam ser considerados: o
lado estético e o lado da saúde. E eu sempre reforço que esse último é o mais importante!

Em geral, a obesidade traz consigo o aumento de sintomas e a manifestação de doenças. Os


mais comuns são cansaço excessivo, dores articulares, barriga distendida, refluxo, resistência
insulínica e irregularidades menstruais.

Tudo isso são sinais de que o excesso de peso, que poderia ser apenas uma questão estética,
já se tornou um problema de saúde: a obesidade.

Ainda assim, mesmo sem sintomas tão claramente estabelecidos, é comum que o movimento
em direção à doença já esteja acontecendo quando há sobrepeso – ainda que externamente
pareça apenas um problema estético.

Vou te explicar em detalhes como funciona esse mecanismo de adoecimento e sugiro que você
direcione o seu emagrecimento na direção da saúde e não apenas da estética.

Afinal, nós sabemos que nem todo magro é saudável. Por isso eu te digo: se você perseguir a
sua saúde  o emagrecimento irá acontecer como algo natural. 

Saia da zona de conforto

Mude suas estratégias e evite o efeito platô

O emagrecimento definitivo é um processo muito individual, por isso não posso prometer que
existe uma forma de nunca mais precisar fazer dieta ou não precisar mais fazer exercícios.

Na verdade, o meu objetivo hoje é fazer com que você mude o foco do seu olhar e deixe de
pensar em alimentação saudável e exercícios como algo ruim.
Sei que quando falamos em emagrecimento, você logo deve pensar em privação e cansaço – o
clássico combo dietas restritivas + horas de exercícios extenuantes.

Mas continue comigo, porque nossa conversa hoje vai em outro sentido. Uma rotina de
exercícios e uma dieta com menos carboidratos e mais alimentos anti-inflamatórios melhoram a
saúde como um todo!
Adotar esses dois pontos como hábito de vida e não apenas como estratégia para emagrecer
vai fazer com que você perca ou ganhe peso, de acordo com a necessidade do seu corpo, e
depois consiga manter seu peso em um nível saudável.

É possível driblar o fator genético

A genética de algumas pessoas pode favorecer o ganho de peso, mesmo se elas comem de
modo saudável. Com isso, é possível que de vez em quando precisem recorrer a algum tipo de
restrição calórica.

Os estudos genéticos focados em obesidade ainda são recentes e indicam que alterações em
vários genes podem estar envolvidas na facilidade ou dificuldade para ganho de peso.

Atualmente, o gene FTO (Fat Mass and Obesity Associated Gene) é um dos mais estudados
nesse campo.

Uma revisão de estudos feita por pesquisadores da Universidade Católica de Brasília constatou
que uma mutação nesse gene pode deixar as pessoas mais suscetíveis ao desenvolvimento de
sobrepeso ou obesidade, principalmente em populações caucasianas. Porém, a pesquisa
constatou que o “controle dos fatores ambientais (alimentação e atividade física) pode prevenir
o acúmulo excessivo de gordura”.

E a conclusão do estudo foi no mesmo caminho: “A prática de exercícios físicos e a


alimentação parecem ser os principais influenciadores no desenvolvimento do sobrepeso /
obesidade e na instalação das comorbidades associadas”.

E foi exatamente por isso que comecei nossa conversa te estimulando a fazer desses dois
pontos um hábito!

Treine para viver mais e melhor

Vou me aprofundar então em cada um desses pontos, para te estimular nessa mudança de
foco do seu pensamento, já que a prática de exercícios físicos não serve apenas para
emagrecer.
O exercício otimiza todo o funcionamento do seu corpo e traz melhora da composição corporal.
Ao treinar de modo frequente e consistente, a mesma quantidade de peso indicada na balança
estará melhor distribuída entre gordura e massa magra.

Ou seja: você terá mais massa muscular para o mesmo tanto de quilos. Isso traz melhora na
sua sensibilidade à insulina, mantém sua massa óssea saudável e protege as suas
articulações – além de melhorar sua imunidade.

Os treinos vão muito além da perda de peso, como você pode ver.

E, para te estimular ainda mais, trago um dado surpreendente: um estudo norte-americano


realizado em 2017 constatou que os adultos analisados que praticavam HIIT possuíam
telômeros mais longos, o que indica uma expectativa de vida de, em média, 9 anos a mais que
os sedentários.

Os telômeros são a parte final dos cromossomos e são chamados de “chave do


envelhecimento”, pois a diminuição de seu tamanho é a evidência biológica do passar dos
anos.

Por isso, sugiro que você adote uma rotina de treinos que seja factível e sustentável a longo
prazo.

Você não precisa treinar 3 horas por dia, todos os dias. Apenas 20 minutos de atividade
intensa, se feitos corretamente, já podem trazer bons resultados.

Procure se exercitar sempre que possível e vá aumentando o número de dias em que você se
exercita conforme seu corpo se adapta.

5 passos para se livrar do efeito platô

Não acostume o seu organismo aos novos hábitos. Esteja sempre o provocando

Quando iniciamos uma dieta, diminuímos drasticamente a ingestão calórica e a qualidade dos
nutrientes. Ou seja, fazemos o que não fazíamos para poder obter um resultado diferente.

Primeiramente, o corpo reage bem. Você emagrece, sente-se mais disposto. É como se o
caminho entrasse no trilho que você almejava.

O número na balança cai porque seu organismo reagiu bem às mudanças. Suas novas ações o
tiraram do equilíbrio, daquele comportamento costumeiro. Que fase boa, não é mesmo?!
Depois, quando você segue com a mesma dieta e os mesmos hábitos de vida — que novos
não são mais —, o seu corpo adquire um novo comportamento costumeiro. E, então, ao chegar
nesse estado, o organismo passa a resistir ao processo.

Você estaciona.

Você para de emagrecer.

Você se frustra.

Há motivos fisiológicos para que isso aconteça. Para o nosso corpo, perder peso pode parecer,
do ponto de vista de perda de saúde, perder energia.

Então, o que ele faz? Ele te segura, te poupa de algo que julga ser um sofrimento.

É chegada a hora, então, de sacudir. Por isso, precisamos estar sempre dando novos
estímulos para o corpo, seja do ponto de vista físico quanto nutricional e emocional.

#1 – Faça jejum intermitente

Não se assuste com essa prática porque, jejum nada mais é do que aquilo que fazemos
quando estamos bem alimentados.

A prática do jejum aliada a uma dieta com baixo teor de carboidratos estimula a autofagia
celular, ou seja, suas células se renovam mais rapidamente.

Além disso, essa técnica milenar ajuda a:

 Modificar níveis hormonais;


 Ativar genes que estão diretamente ligados à longevidade;
 Fazer com que o seu organismo produza energia pela queima de gorduras e não de
glicose, por meio da produção de corpos cetônicos que garantem um bom
funcionamento do cérebro e do organismo.

#2 – Dê novos estímulos físicos

Que a atividade física é um fator essencial para o emagrecimento todo mundo sabe. Porém,
por mais importante que ela seja, o seu corpo também se acostuma.

Portanto, se você fizer os mesmos exercícios sempre, utilizando as mesmas cargas,


frequentando as mesmas aulas de sempre, pelo mesmo tempo de sempre… você vai seguir
tendo o corpo de sempre.
Não tem segredos. Fazer apenas caminhadas não adianta, pois você não perde calorias
suficiente e muito menos estimula o seu coração e metabolismo a correrem atrás do limite que
você precisa ultrapassar.

Procure uma academia e ou profissionais que estejam alinhados ao seu desejo.

#3 – Invista em uma dieta colorida   

Não adianta também saber que o abacate faz bem e comer apenas abacate. 
Provoque seu organismo com nutrientes diversificados advindos de alimentos diferentes.
Por isso é muito importante que você faça escolhas racionais na hora de montar o seu
planejamento semanal de alimentação. Comer pensando naquilo que te falta nutricionalmente
falando e não emocionalmente.
Coloque para si a meta de experimentar, no mínimo, três novos alimentos na semana. Volte a
comer aquilo que você pensa não gostar.
Faça pratos extremamente coloridos, todos os dias, e não apenas de segunda a quinta. 

#4 – Crie sua agenda alimentar

Querido diário, tudo bem?

Hoje, em meu café da manhã, eu comi ....

Este é só um exemplo, e eu sei que você pode se identificar.

Recomendo, então, que você anote tudo o que comeu para que você perceba o quanto saiu do
planejado.

Saber previamente que você vai anotar tudo aquilo que ingeriu vai te ajudar a mudar o hábito.
Você vai pensar antes de comer.

#5 – Diminua a vontade de doces assim

Quando os especialistas afirmam que o açúcar é uma droga, eles estão sendo literais e
enfáticos.

O vício do açúcar é algo que precisa ser trabalhado.

Por conta do excesso de açúcar, nossas papilas gustativas estão acostumadas demais com ele
e acabam pedindo por mais alimentos doces.

Portanto, troque o sabor doce pelo amargo.

Se der vontade de comer doce:


→ tome um pouco de água com limão;

→ consuma um pequeno pedaço de chocolate 70%.

Outra dica é inserir o sabor amargo nas refeições consumindo maiores quantidades de rúcula e
agrião.

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