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ESTUDO DE CASO ANÁLISE CRÍTICA


ANÁLISE URBANA 2.1 – O Projeto 04 3.1 – Análise Crítica 09

1.1 – Setor de estudo 03 2.2 – O Arquiteto 04


1.1.1 – Localização 05 2.2 – Ficha Técnica 04
1.1.2 – Formação Histórica 2.3 – Partido Arquitetônico 05
1.1.3 – Mapas Físico-Territoriais 2.4 – Programa 06
1.2.3 – O Tamanduateí 2.5 – Características 07
1.3 -

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1 – Referências Bibliográficas 10
1. ANÁLISE URBANA Mapa 01| Distritos do estudo

1.1 – SETOR DE ESTUDO


1.1.1 – LOCALIZAÇÃO
Localizado na região central do município de São
Paulo, o recorte do estudo proposto compreende os
distritos da Liberdade e do Cambuci, que junto aos
distritos Sé, República, Bela Vista, Consolação, Santa
Cecília e Bom Retiro, integram a subprefeitura da Sé.

A área total de cada um dos dois distritos é


semelhante, sendo o Cambuci um pouco maior, com um
total de 3,9 km², enquanto que a Liberdade totaliza 3,7
km².
Assim como o restante da região central de São
Paulo, tanto a Liberdade quanto o Cambuci sofreram um
déficit populacional a partir da década de 1980, que se
estendeu até os anos 2000 (gráfico 01). A partir daí, com
o Plano Diretor Estratégico de 2002 e posteriormente
com a Lei de Uso e Ocupação do Solo de 2004, foram
criados uma série de instrumentos voltados à
revitalização desses territórios

Figura 01 | Inserção do Recorte de Estudo no Município

MUNICÍPIO DE
SÃO PAULO
Fonte: Elaboração do grupo com dados Portal Geosampa (2023)

Passadas mais de duas décadas, e após algumas representam o território como totalidade e refletem
revisões de planos e leis, os números indicam que há sobretudo o adensamento em porções específicas dentro
uma tendência, ainda que discreta, de recuperação do recorte estudado, como veremos mais a frente.
dessa população. Devemos ressaltar ainda, que esses Pelos números atuais podemos ver que, sobretudo no
números01 | Percentual de Crescimento Demográfico
Gráfico
REPRESA DE Cambuci, a densidade demográfica ainda é muito baixa,
GUARAPIRANGA sendo praticamente 50% menor que na Liberdade.
7 8 Tabela 01 | Dados demográficos Subprefeitura da Sé
REPRESA
6 4
BILLINGS 3
5 2
1

SUBPREFEITURA DA SÉ
1. Liberdade 5. Bela Vista
2. Cambuci 6. Consolação
3. Sé 7. Santa Cecília
4. República 8. Bom Retiro
Fonte: Elaboração do grupo com dados Portal Geosampa Fonte: Elaboração do grupo com dados Portal Geosampa Fonte: Elaboração do grupo com dados Portal Geosampa
(2023) (2023) (2023)
2
Foto 01 | Imigrantes japoneses
1.1.2 – FORMAÇÃO HISTÓRICA
Figura 03 | Mapa 1 – Bairro da Liberdade sobreposição do traçado viário 1887 / 2023

Fonte: Museu da imigração japonesa, disponivel em:


https://www.bunkyo.org.br/br/museu-historico/acesso 20/02/2023

Foto 02 | Imigrantes japoneses

Fonte: Museu da imigração japonesa, disponível em:


https://www.bunkyo.org.br/br/museu-historico/acesso 20/02/2023.
Fonte: Edição Thamires Oliveira, base do mapa Museu da imigração japonesa, mapa temático. disponível em: Foto 03 | Cine Niterói
https://www.bunkyo.org.br/br/museu-historico/ acesso 22/02/2023.

A LIBERDADE
A região do Cambuci e Liberdade, no século XVIII era composta de grandes chácaras as margens do córrego Lavapés,
conhecida como os fundos da cidade colonial. O bairro da Liberdade como conhecemos hoje, é a parte mais alta da região
sul da Sé, enquanto o Cambuci fica na região do vale, próximo ao Rio Tamanduateí, rio de grande importância para o
desenvolvimento do comércio na cidade de São Paulo. Com o desenvolvimento econômico crescendo, a instalação da via
férrea e do comércio do café fomentou o desenvolvimento da cidade, e assim planos começam a ser desenvolvidos para
serem criados arruamentos e o parcelamento dos terrenos. O trajeto histórico hoje tombado, Rua Gloria – Lavapés, é a
segunda rua mais antiga da cidade, sendo a porta de entrada para o centro mais desenvolvido de São Paulo no século XVIII,
abrigo dos negros que trabalhavam para os imigrantes Italianos, que ocupavam as fazendas e grandes plantações da
Liberdade.
O desenvolvimento do bairro é marcado pela chegada dos japoneses a partir de 1905 (foto 01). Após 1930 acontece um
Fonte: Fachada do Cine Niterói, - Avani Stein/disponível em:
grande aumento no comércio local (foto 02), com a alta demanda de trabalho, os porões que antes guardavam mantimento https://www.gazetasp.com.br/noticias/memoria-de-negros-a-
das fazendas, agora começam ser usados como hospedarias, o entretenimento local começa surgir (foto 03), assim como o orientais-a-historia-do-bairro-da-liberdade/1101443/
aumento dos cortiços que tomam espaço como moradia mais econômica para quem vem em busca de novas oportunidades.
3
O CAMBUCI Foto 04 | Rua Espiritam

O Cambuci, no passado trouxe o diferencial de


estar próximo a via férrea (foto 5) e ao rio, local perfeito
para instalações de grandes fábricas, (foto 6), o bairro
teve seu desenvolvimento mais acelerado em relação a
instalação das fabricas a partir de 1912, quando mais
imigrantes chegaram em São Paulo, atraídos pelo
trabalho e pelas possibilidades de trabalho.

Após 1930 o bairro passa por uma modernização,


com a construção de novas vias e a implantação de
serviços públicos, como escolas e postos de saúde. Nas
décadas seguintes, acompanhando a industrialização do
país, toda a região, inclusive os bairros vizinhos, Ipiranga
e Mooca, serviram para a instalação de mais fábricas,
tornando o bairro praticamente industrial. A evolução da
produção industrial, e o aumento de operários, gerou a
necessidade de mais transporte e moradia, (foto 7)
causando assim a criação das pensões em casarões que
antes eram sede das fazendas para acomodar esses
operários, de fato não somente isso como também
começa acontecer o crescimento de favelas em áreas
próximas a espaços entre fábricas.
Fonte: rua Espiritam Cambuci. 1927. Album Memoria do acervo publico de Sao Paulo. Fotografo Caio P, Barreto.

Foto 05 | Linha férrea


Foto 06 | Fábrica de Tecidos Cambuci Foto 07 | Largo do Cambuci

Fonte: Acervo nacional: Cambuci e Museu do Ipiranga em 1919. acesso em Fonte: Fotografia da Fábrica de Tecidos Cambuci — Foto: Acervo Centro de Fonte: Fotografia da Fábrica de Tecidos Cambuci — Foto: Acervo Centro de Memória
18/02/2023 Memória Bunge. Acesso em 28/02/2023. Bunge. Acesso em 28/02/2023.

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Mapa 02 Mapa 03 O RIO TAMANDUATEÍ

Ainda tratando de um importante ponto para o


desenvolvimento da região, a movimentação do rio
Tamanduateí, notamos que em 1850 (mapa 2), o
Tamanduateí era sinuoso por toda cidade, que
praticamente cresceu grudada nele. Os mapas mostram
como era o curso do Tamanduateí de metade do século
XIX e início do século XX ao século XXI na ultima imagem.

A população usava o Tamanduateí para banho,


lavar os cavalos e charretes, além de lavar roupa. Essa
era a forma de trabalho mais comum para os negros que
moravam na região do trecho hoje histórico Gloria –
Lavapés.
Fonte: Mapa Geosama Liberdade Cambuci, 2020, disponivel em: Fonte: MAPA Geosama Liberdade Cambuci, 2020, disponivel em:
https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx . https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx . Acesso A cidade em 1872 tinha 30 mil habitantes passou a
Acesso e 25/02/2023 e 20/02/2023 ter 240 mil em 1900 - multiplicou rapidamente devido o
crescimento da produção de café e da região estratégica
Mapa 04 Mapa 05 de São Paulo, que facilitava o envio do café ao porto de
Santos. O rio Tamanduateí, começou a mudar, o que
antes era usado como recurso de grande importância
para o desenvolvimento econômico, passou ser esgoto a
céu aberto, deixando de ser utilizado para navegação
devido a construção das vias ao redor.

Em 1928 (mapa 2), vemos o formado do rio, mais


retilíneo, sua mudança de curso, gerou grande
desequilíbrio, tornando a região alagável. Hoje como
vemos nos mapas 4 e 5, percebemos que o rio ainda foi
canalizado em alguns pontos, devido a busca de instalar
mais viário para locomoção. O bairro também enfrentou
problemas ao longo de sua história. Durante a década de
1970, a região foi afetada pela construção do Elevado
Presidente João Goulart, que acabou isolando parte do
bairro e gerando problemas de mobilidade urbana e o
Fonte: Geosama Liberdade Cambuci, 2004 disponivel em: Mapa 5 - Fonte: Geosama Liberdade Cambuci, 2020, disponivel em: agravamento das enchentes na região.
https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx . Acesso https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx . Acesso
em 25/02/2023 e 25/02/2023

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1.1.3 – MAPAS FÍSICO/TERRITORIAIS Mapa 06| Ambiente natural e áreas contaminadas

MAPA AMBIENTE NATURAL X ÁREAS


CONTAMINADAS
Tendo no rio Tamanduateí seu principal recurso
hídrico, o território esta inserido na sub-bacia Penha-
Pinheiros, que faz parte da bacia hidrográfica do Alto
Tietê. O rio, que recebe contribuições de vários córregos
como o da Aclimação, o Ipiranga, o Oliveira Lima e o
Cassandoca, durante o processo de urbanização da
região teve suas margens retificadas, foi canalizado e
parcialmente tamponado. A região também encontra-se
quase que totalmente impermeabilizada, o que resulta
em alagamentos e enchentes constantes nos períodos
chuvosos. O Cambuci tem grande parte do seu território
nesse fundo de vale, sendo que quase 40% de sua área é
inundável. As cotas mais altas desse recorte estão nos
limites da Liberdade com a Bela Vista, indo em direção ao
espigão da Paulista.

Também no Cambuci, estão a maior parte das áreas


contaminadas, principalmente por metais e solventes,
devido a antiga ocupação da região, composta em
grande parte por indústrias e armazéns.
LIBERDADE

4%

96%

Inundável

CAMBUCI

37%

63%

Inundável
Fonte: Elaboração do Grupo com base de dados Portal Geosampa (2023)

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ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS E Mapa 07| Imóveis precários e notificados

IMÓVEIS NOTIFICADOS
Os assentamentos precários têm maior
concentração na porção mais ao norte do perímetro
estudado, sendo que há maior incidência no bairro da
Liberdade, nas proximidades das ruas da Glória e do
Lavapés. Pequenas casas térreas ou assobradadas,
muitas com pequenos comércios no pavimento térreo, e
que se encontram bastante deterioradas.

No Cambuci a distribuição desses imóveis não é


tão concentrada, espalhando-se pelos dois lados da
avenida do Estado, na área alagadiça.

Na rua Muniz de Sousa há uma favela, conhecido


ponto de tráfico de drogas.

Também há uma série de imóveis notificados por


não cumprir a função social de propriedade. Esses
imóveis, em grande parte, também estão bastante
degradados. A maior parte deles foi notificado por estar
há mais de um ano com pelo menos 60% de sua área
construída desocupada, ou seja, são classificados como
imóveis não utilizados.

Fonte: Elaboração própria | Grupo 02 com base de dados Portal Geosampa (2023)

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Foto 08 Foto 09 Foto 10

Rua Tamandaré/Liberdade. Fonte: Google maps, disponivel em Rua Glicério/Liberdade. Fonte: Google maps, disponivel em: Rua da Independência/Cambuci. Fonte: Google maps, disponivel em
https://www.google.com/maps/@-23.5609877,- /https://www.google.com/maps/@-23.5574563,- https://www.google.com/maps/@-23.5662393,-
46.6323405,3a,73.7y,120.06h,92.58t/data=!3m7!1e1!3m5!1svG0x6MpKphhi 46.629924,3a,75y,117.08h,90.81t/data=!/Acesso em 15/03/2023 46.6184568,3a,90y,230.15h,96.18t/data=!3m7!1e1!3m5!1scKIVIV00ZfCTBrak7s
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15/03/2023 Foto 11 Foto 13
Foto 12

R. do Lavapé/Liberdade. Fonte: Google maps, disponivel em Rua Tamandaré/Liberdade. Fonte: Google maps, Rua Odorico Mendes/Cambuci. Fonte: Google maps,
https://www.google.com/maps/@-23.5604173,- disponivel em https://www.google.com/maps/@- disponivel em https://www.google.com/maps/@-
46.6293805,3a,75y,263.37h,89.59t/data=!3m6!1e1!3m4!1sNkkiA1y4KRQAeMbhP0OqYg!2e0! 23.5609877,- 23.5563467,-
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90101T000000!7i16384!8i8192/ Acesso em 15/03/2023
15/03/2023

8
Mapa 08| Macroárias, zoneamento e uso predominante do solo MACROÁRIAS, ZONEAMENTO E USO
PREDOMINANTE DO SOLO
Segundo o PDE de São Paulo, a Macroárea de
Urbanização Consolidada localiza-se na região sudoeste
do município, é caracterizada por um padrão elevado de
urbanização, forte saturação viária, e elevada
concentração de empregos e serviço e é formada pelas
zonas estritamente residenciais e por bairros
predominantemente residenciais que sofreram um forte
processo de transformação, verticalização e atração de
usos não residenciais, sobretudo serviços e comércio.

Já a Macroárea de Estruturação Metropolitana


passam por processos de mudanças nos padrões de uso
e ocupação e conversão econômica, com concentração
de oportunidades de trabalho e emprego geradas pela
existência de legados industriais herdados do passado,
novas atividades produtivas, polos de atividades
terciárias, grandes vias estruturais e infraestruturas que
fazem parte dos sistemas de transporte coletivo de
massa.

A Liberdade está totalmente inserida na Macroária


de Urbanização Consolidada, enquanto que o Cambuci
tem uma porção considerável do território na Macroária
de Estruturação Metropolitana.

Estando na área inundável , o uso predominante


nessa porção é o industrial, ou misto. Todas as áreas
destinadas a Habitação de Interesse social estão
inseridas nesse trecho.

Nos miolos dos bairros, o uso é mais residencial,


sendo que na Liberdade já é bastante vertical.

Não há muitas áreas verdes, com exceção de


algumas pequenas praças e do Parque da Aclimação,
que é uma ZEPAM (Zona Especial de Proteção
Ambiental), graças a sua vegetação nativa.

Fonte: Elaboração própria | Grupo 02 com base de dados Portal Geosampa (2023)

9
PATRIMÔNIO HISTÓRICO / CULTURAL Mapa 09| Patrimônio Histórico

10
Envoltória Condephaat B
01 - Residências Ramos de Azevedo - rua Pirapitingui nº 09
111, 141 e 159;
02 - Capela dos Aflitos;
02
03 - Parque da Aclimação 06 C
Envoltória Conpresp 08
04 - Caminho Histórico Glória - Lavapés
05 - Conjunto São Joaquim - Pirapitingui;
01
06 - Vila José Ferreira Rocha; D
07 - Conjunto Paisagístico Outeiro da Glória 11
08 - Conjunto de casas rua Barão de Jaguará
09 - Conj. habitacional Várzea do Carmo 05 04
10 - Fábrica Labor
11 -Galpões da Mooca

Imóveis Representativos 07
A - Centro Cultural Vergueiro
B - Conjunto habitacional Varzea do Carmo
C - Estação da Mooca
D -Mesquita Brasil A

03

Fonte: Elaboração própria | Grupo 02 com base de dados Portal Geosampa (2023)

10
HIERARQUIA VIÁRIA E MOBILIDADE Mapa 10| Hierarqui Viária e Mobilidade
URBANA
O recorte geográfico escolhido para o estudo
conta com uma substancial oferta de transportes,
sobretudo em suas bordas, onde também temos as
principais vias de ligação da Liberdade e do Cambuci
com a cidade.

Inserida nos limites da Bela Vista com a


Liberdade, a avenida 23 de Maio, que integra o chamado
corredor Norte-Sul, é uma das principais vias de ligação
do centro com a zona sul. Paralelo a 23 de Maio, o eixo
Vergueiro-Liberdade, liga o Centro a Vila Mariana. Por ele
passa a 1ª linha de metrô de São Paulo, a linha Norte-Sul.

Entre a Liberdade e o centro, a Radial Leste é


outra via de trânsito rápido que margeia os bairros e faz a
ligação da zona leste com o centro, sendo a principal via
de ligação de São Paulo com o município de Ferraz de
Vasconcelos.

Cortando o Cambuci, a avenida do Estado, sai da


Marginal Tietê, passando pelo Centro e chegando até o
ABCD. É por essa avenida que passa o único corredor de
ônibus da região, o Expresso Tiradentes, também
conhecido como fura-fila.

Entre o Cambuci e a Liberdade, as avenidas


Lacerda Franco e Lins de Vasconcelos tem uma
importância mais localizada, interligando o eixo
Glória/Lavapés e avenida da Independência com a Vila
Mariana.

Além dos transportes coletivos de massa, a


região conta com uma rede cicloviária.

Fonte: Elaboração própria | Grupo 02 com base de dados Portal Geosampa (2023)

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EQUIPAMENTOS URBANOS Mapa 11| Equipamentos Urbanos

Educação
Tanto na Liberdade quanto no Cambuci há mais oferta de
escolas privadas, sobretudo no eixo da av. Lins de
Vasconcelos e Parque da Aclimação.
No eixo da rua Vergueiro e av. da Liberdade há uma série
de unidades de ensino superior, também particulares.

Cultura
Ao longo do eixo da rua Vergueiro com a av. Liberdade se
concentram os teatros, além do Centro Cultural
Vergueiro.

Esportes
Além de um pequeno estádio no Parque da Aclimação,
há pouco oferta de locais para prática de esportes.

Saúde
É também no eixo da rua Vergueiro e av. da Liberdade
que se concentram as unidades de saúde, como o
Hospital AC Camargo e o Hospital do servidor Público.
Na av. Lins de Vasconcelos há uma grande unidade
especializada em saúde da mulher, o Complexo
Hospitalar da Cruz Azul Cambuci.

Fonte: Elaboração própria | Grupo 02 com base de dados Portal Geosampa (2023)
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MAPA SÍNTESE
Do ponto de vista do zoneamento, podemos dividir o
recorte do estudo em 3 partes:
1. A porção entre as ruas Vergueiro e Tamandaré é a
mais desenvolvida. Nesse eixo, além da boa oferta
de transportes, estão concentrados os
equipamentos mais relevantes do recorte, com
teatros, hospitais, universidades.
2. Os miolos das quadras do eixo Lavapés /
Independência em direção a zona sul com
predominância de habitação de médio e alto padrão,
sendo que na porção entre a av. Lacerda Franco e
rua Vergueiro estão mais verticalizados, enquanto
que outra porção, indo em direção ao Ipiranga são
mais horizontais. Nessa região também há muitos
pontos comerciais, principalmente no eixo av.
Lacerda Franco / Lins de Vasconcelos.
3. Área mais degradada fica entre o eixo Lavapés /
Independência e a av. do Estado. Porção quase que
inteiramente na área inundável é também onde se
concentram grande parte de pessoas em situação
de rua.

Fonte: Elaboração própria | Grupo 02 com base de dados Portal Geosampa (2023)

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DIRETRIZES

Para definir diretrizes de intervenções arquitetônicas e urbanas para a revitalização e implantação de comércio na área do Glicério na Liberdade, é
necessário considerar alguns fatores importantes.
Em primeiro lugar, é preciso pensar na localização do comércio e em sua relação com a região. É importante que o comércio esteja localizado em uma
região de fácil acesso, próximo a outros comércios, serviços e transporte público, para que possa atrair mais consumidores.
Além disso, é importante pensar na arquitetura do comércio e em como ela pode se relacionar com a arquitetura da região. Uma intervenção
arquitetônica que busque preservar e valorizar a identidade da região pode trazer benefícios tanto para o comércio quanto para a comunidade local.
Por exemplo, uma arquitetura que incorpore elementos da cultura japonesa, que é uma das referências da região da Liberdade, pode ser um
diferencial para o comércio e atrair mais consumidores.
Outra diretriz importante é a criação de espaços de convivência e interação entre os comércios da região. É possível pensar em espaços públicos que
possam ser utilizados pelos comerciantes e pelos consumidores, como praças, parques e áreas de lazer. Esses espaços podem fomentar a
convivência e o diálogo entre diferentes grupos, contribuindo para o desenvolvimento do comércio e da comunidade local.
Por fim, é importante pensar em soluções que possam contribuir para a sustentabilidade e a inclusão social. É possível pensar em soluções que
permitam o acesso de pessoas com deficiência e de baixa renda aos comércios da região, como rampas de acessibilidade e preços acessíveis. Além
disso, é importante garantir a adoção de práticas sustentáveis no comércio, como a utilização de materiais recicláveis, que podem ser um exemplo
para a comunidade local e contribuir para a preservação do meio ambiente.
Em suma, as diretrizes de intervenções arquitetônicas e urbanas para a revitalização e implantação de comércio na área do Glicério na Liberdade
devem considerar a localização do comércio, a arquitetura, a criação de espaços de convivência e interação, a sustentabilidade e a inclusão social.
Com essas diretrizes em mente, é possível promover o desenvolvimento do comércio local e da comunidade através da arquitetura e do urbanismo.
A inclusão social pode ser promovida na região do Glicério na Liberdade por meio de diversas ações e políticas que busquem garantir o acesso
igualitário a oportunidades, recursos e serviços para todas as pessoas, independentemente de suas origens, condições socioeconômicas ou culturais.
Uma das principais formas de promover a inclusão social na região é por meio da oferta de serviços e equipamentos públicos acessíveis e de
qualidade, como escolas, postos de saúde, creches, centros de assistência social, espaços culturais e esportivos, entre outros. Esses serviços devem
ser distribuídos de forma equilibrada na região, garantindo que todas as pessoas tenham acesso a eles.
Além disso, é importante promover a diversidade cultural e étnica da região, valorizando e respeitando as diferentes culturas que convivem na região.
Isso pode ser feito por meio de políticas públicas que incentivem a realização de eventos culturais e a preservação do patrimônio histórico e cultural da
região.
Outra forma de promover a inclusão social é por meio da oferta de oportunidades de trabalho e qualificação profissional para todas as pessoas da
região, independentemente de sua condição socioeconômica. Isso pode ser feito por meio da implantação de programas de capacitação e treinamento
profissional, que visem preparar as pessoas para o mercado de trabalho e para empreenderem seus próprios negócios.
Também é importante pensar em soluções que garantam a acessibilidade e a mobilidade urbana para todas as pessoas, independentemente de suas
condições físicas ou econômicas. Isso pode ser feito por meio da implantação de rampas de acesso, elevadores, calçadas adequadas, ciclovias,
transporte público acessível e outras soluções que possam garantir a mobilidade urbana para todos.
Por fim, é importante promover a participação e a representatividade das pessoas da região nos processos de tomada de decisão, por meio da
implantação de conselhos comunitários e da realização de audiências públicas e consultas populares. Isso pode garantir que as necessidades e
demandas
14 da comunidade sejam ouvidas e consideradas nas políticas públicas e nas intervenções urbanas da região.
RESTAURO DE IMÓVEIS HIS
TOMBADOS – FOCO USO
COMERCIAL

Fonte: Elaboração própria | Grupo 02 com base de dados Portal Geosampa (2023)
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