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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

CAROLINE RAMOS DAS NEVES


KAROLINE CARDOSO SILVÉRIO
LAIS ARAÚJO

PLANO DE AÇÃO: SOCIOJURÍDICO

MATINHOS
2022
CAROLINE RAMOS DAS NEVES
KAROLINE CARDOSO SILVÉRIO
LAIS ARAÚJO

PLANO DE AÇÃO: SOCIOJURÍDICO

Atividade apresentada ao módulo de Planejamento


Social como requisito parcial para a obtenção do
conceito final.

Orientador (a): Prof.(a). Danielle Cima.

MATINHOS
2022
FICHA DE DADOS
Vara da Infância e Juventude: está localizado na Av. Gabriel de Lara, Bairro:
Centro - Paranaguá/PR - CEP 83203-550
Responsável: Secretaria do Juízo Monique Leal de Abreu.
Telefone: (41) 3423-2799
Email: paranaguavaradafamilia@tjpr.jus.br 
Comarca: Paranaguá, Paraná
Unidade Judicial: Vara da Infância e Juventude - Paranaguá
Período de elaboração: setembro de 2022

Responsáveis pela elaboração:

Município: Paranaguá Nome Representação


Caroline Ramos das Neves Discente do curso de Serviço
Social da UFPR setor litoral.
Karoline Cardoso Silvério Discente do curso de Serviço
Social da UFPR setor litoral.
Lais Araújo Corrêa Discente do curso de Serviço
Social da UFPR setor litoral.
SUMÁRIO
Introdução

O planejamento é uma ação inerente ao ser humano, o homem é habituado a


planejar toda e qualquer ação. Até o século XIX, planejar era visto como algo natural
da espécie humana. A partir desse período começa a ser encarado como algo que
merecia atenção. Para Barbosa (1991, p. 20-21), “[...] a ideia de planejamento como
previsão começa a desenvolver-se, de início, limitada à administração privada [...]
para posteriormente passar à administração pública.”
Para Baptista (2002, p.13), dentro da perspectiva lógico-racional, o termo
planejamento:

[...] refere-se, ao mesmo tempo, à seleção das atividades necessárias para


atender a questões determinadas e à otimização de seu inter-relacionamento,
levando em conta os condicionantes impostos a cada caso (recursos, prazos
e outros), diz respeito, também, à decisão sobre os caminhos a serem
percorridos pela ação e às providências necessárias à sua adoção, ao
acompanhamento da execução, ao controle, à avaliação e à redefinição da
ação.

O Serviço Social, como profissão que intervém na realidade social, precisa ter
a sua lógica voltada para a operacionalização, ou seja, durante a prática profissional
é necessário ter uma organização e reorganização de conhecimentos com vista a
uma imediata transformação em ação. O profissional do Serviço Social utiliza, então,
do planejamento como um instrumento.
O Plano Municipal de Assistência Social (PMAS) tem a finalidade de servir
como instrumento de planejamento e gestão da Política de Assistência Social, sendo
elaborada a cada 4 anos. É vista como uma ferramenta essencial de gestão do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS). No PMAS são estabelecidas as
diretrizes, objetivos, prioridades e metas da Política de Assistência Social, onde se
permite visualizar as prioridades estabelecidas, ações e metas, recursos e as
estratégias para sua implementação.
O PMAS é um documento indispensável à Execução da Política de
Assistência Social, e é amparado pela Constituição Federal de 1988, Lei Orgânica
da Assistência Social (LOAS), Norma Operacional Básica do Sistema Único de
Assistência Social (NOB/SUAS), além de outras legislações e normatizações da
área.

A História de Paranaguá

Grande Mar Redondo, na língua tupi-guarani. Era assim que os índios


denominavam a formosa baía - Pernaguá, Parnaguá, Paranaguá. O povoamento do
litoral do Paraná começou por volta de 1550, na ilha da Cotinga, servindo mais de
ponto referencial no processo de investigação e buscas auríferas. 
Atraídos pelas notícias da existência de ouro que se presumia existir nas
chamadas terras de Sant'Ana, ao sul da Capitania de São Vicente, vicentinos e
cananeenses intensificaram a navegação em busca de riquezas que o território
talvez pudesse oferecer.
Nos anos de 1550, através de Ararapira e Superagüi, penetrando e
navegando a vasta e bela baía de Paranaguá, as canoas vicentinas aportaram na
ilha da Cotinga, próxima do continente. Admirados de ver em derredor muitas
habitações de índios carijó, e receosos talvez de que lhe fizessem alguma traição,
foram em direitura da ilha da Cotinga, para o lado do furado que a divide da ilha
Rasa, onde principiaram as suas habitações. As boas relações de amizades e de
escambo com os carijós provocaram o processo de povoamento de ilhas,
desembocaduras de rios, recôncavos.
Desde 1554 já os santistas entretinham seu comércio marítimo com
porto de Paranaguá, levando resgates de ferramentas, anzóis e fazendas que
permutavam por algodão que os índios Carijó plantavam e colhiam e do Rio de
Janeiro haveria também algum comércio.
Portugal e suas colônias passam para o domínio espanhol e Pernaguá
aparece nos mapas como Baya de la Corona de Castilha - um lugar meio perdido
entre o Rio de Janeiro e o Rio da Prata. A povoação cresce, instala sua Câmara
Municipal, vira vila com pelourinho e escrivão juramentado. Em 1640, chegou
Capitão Provedor Gabriel de Lara, e a fidalga família com investidura de governo
militar.
Já em 1646 mandou erigir o Pelourinho, símbolo de poder e justiça de El-Rei.
Após dois anos, a povoação tornou-se Vila, chamando-se Vila de Nossa Senhora do
Rocio de Paranaguá. Morrem os Felipes de Espanha, os portugueses retomam a
coroa e lá por 1648 os faiscadores vão entrando pela baía, arrancando ouro, e
enchendo as burras de Dom João IV.
Em 1660 tornou-se Capitania, passando à condição de Cidade em 05 de
fevereiro de 1842. De lá para cá, vai expandindo seu casario pelas margens do rio
Itiberê e tecendo com os fios de ouro da lenda e da História o seu destino de berço
da civilização paranaense.
Ao ser criada a Província do Paraná, também se criou a Capitania dos
Portos do Paraná, que passou a funcionar em 13 de fevereiro de 1854. Fato
marcante para Paranaguá foi a visita de D. Pedro II, em 1880, para o lançamento da
pedra fundamental do edifício da Estação Ferroviária.
Em 1935 Paranaguá ganhou o porto Dom Pedro II, que mudou o perfil
econômico da região, sendo considerado o segundo maior em volume de
exportações e o primeiro da América Latina em movimentação de grãos.
Atualmente Paranaguá conta com aproximadamente 157.378 habitantes, e a
divisão territorial datada de 1999 o município é constituído de 2 distritos: Paranaguá
e Alexandra. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.

Fórum da Comarca de Paranaguá- Ouvidor Rafael Pires Pardinho

O Fórum é o espaço físico, o qual abrange o funcionamento dos órgãos do


Poder Judiciário. Podendo este, ser subdividido em várias comarcas, ou seja,
territórios de funcionamento, cabendo a jurisdição das varas distribuídas ao juiz.
Portanto, o Fórum da Comarca de Paranaguá- Ouvidor Rafael Pires Pardinho,
o qual foi criado pela Lei Provincial n°2 de 26 de julho de 1854, teve como primeiro
juiz titular o Dr. João Alfredo Correia de Oliveira.
Atualmente está localizado na Avenida Gabriel de Lara, 771- João Gualberto,
próximo ao Centro de Paranaguá.
Entretanto, nas pesquisas bibliográficas, assim como na entrevista realizada
com a Assistente Social Silvia Godarth, sobre a história do Fórum Ouvidor Rafael
Pires Pardinho, se mostrou limitada, expressando a necessidade de publicações e
apanhados históricos junto a historiadores sobre seu surgimento, desenvolvimento e
efetivação no município.
Diante do exposto, o que se pode afirmar é que o Fórum da Comarca de
Paranaguá dispõe de oito varas judiciais, sendo estas:

 1ª e 2ª Varas Judiciais, ora e respectivamente denominadas 1ª Vara Cível e


2ª Vara Cível, é atribuída a competência Cível;
 3ª Vara Judicial, ora denominada Vara de Família e Sucessões, é atribuída a
competência em Família e Sucessões;
 4ª e 5ª Varas Judiciais, ora e respectivamente denominadas 1ª Vara Criminal
e 2ª Vara Criminal são atribuídas a competência Criminal;
 6ª Vara Judicial, ora denominada Vara da Infância e Juventude, Acidentes do
Trabalho, Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial são
atribuídas as seguintes competências:
I - Infância e Juventude;
II - Acidentes do Trabalho;
III - Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
 7ª Vara Judicial, ora denominada Juizado Especial Cível, Criminal e da
Fazenda Pública são atribuídas as seguintes competências:
I – Juizado Especial Cível;
II – Juizado Especial Criminal;
III – Juizado Especial da Fazenda Pública.
 8ª Vara Judicial, ora denominada Vara da Fazenda Pública, é atribuída a
competência de Fazenda Pública.

Portanto, ao longo da leitura deste plano se observará o foco na 6ª Vara Judicial,


ora denominada Vara da Infância e Juventude.

Atuação do Assistente Social no Fórum

O trabalho do Assistente Social no Fórum da Comarca de Paranaguá, mais


precisamente na Vara da Infância e da Família, é a de atuar nos processos de
divórcio, referente a guarda de crianças e adolescentes, na regulamentação de
visita, nos casos de alienação parental. Lidam também com os casos onde
envolvem tanto as situações de violência, com ou sem medidas de proteção, que
vão desde o afastamento da criança do lar, com as medidas referentes aos atos
infracionais, medidas socioeducativas, aos acolhimentos, o processo de adoção, as
medidas de destituição do poder familiar.
Os atendimentos não são feitos por demanda espontânea, o atendimento
formalizado só ocorre através de uma determinação judicial, porém se a população
busca atendimento, o assistente social passa as informações necessárias para ele
buscar os seus direitos.
Quando há denúncia, o Assistente Social encaminha para o Ministério
Público, lá é instaurado um procedimento, que é encaminhado para a Vara da
Infância ou da Família (na Vara Família é através de um Advogado), e a partir disso
a juíza encaminha de volta para os Assistentes Sociais, onde é feito o estudo do
caso. Todo esse processo, é feito de forma imparcial, sempre pensando no bem
estar da criança e do adolescente.
O Assistente Social Judiciário tem autonomia, fica a critério do profissional
qual procedimento vai tomar. Os instrumentais utilizados são: primeiro a pesquisa
bibliográfica, a análise dos autos, escuta qualificada das partes, entrevista individual,
quando necessário há também a reunião com a rede sócio assistencial, a visita
domiciliar e a partir disso é elaborado um relatório de estudo social, ou um laudo
social onde é encaminhado para a juíza.
No Fórum o Assistente Social trabalha para a juíza, por mais que o Ministério
Público emita seu parecer, eles estão subordinados a Vara da Infância/Juventude e
da Família. Nos processos de família, quando se trata de divórcio, escutam apenas
aqueles que fazem parte do processo, que seriam só os pais e as crianças, tem
também a liberdade para decidir quem vão entrevistar, lógico que não pode indispor
aquela família, à aquela situação, mas as vezes é interessante conversar com todos
aqueles que estão envolvidos no contexto familiar, naquele núcleo. Tudo visa a
proteção daquela criança e daquele adolescente naquela situação.
Na questão da adoção o Assistente Social participa de toda a etapa. A criança
para ficar disponível para a adoção, também passa por todo um processo, ela é alvo
de uma medida de proteção, é retirada daquele núcleo familiar por algum motivo,
quando é observado e definido quando a família biológica dela não tem condições
de cuidado, e o melhor para essa criança é colocação em família substituta, então é
feito um processo de destituição de poder familiar. A partir do momento que a
criança fica apta para a adoção, durante esse período ela também tem que ser
preparada para esse processo, então o assistente social em conjunto com a equipe
de acolhimento, preparam essa criança, para lidar com o luto dela pela família
biológica.
E, em relação aos pretendentes para adoção, o Assistente Social é quem faz
essa preparação deles, as pessoas quando tem interesse em adotar,
independentemente de ser casal ou de ser uma pessoa sozinha, qualquer que seja o
arranjo familiar procura a vara, e recebem as orientações necessárias. Relacionadas
a questão da documentação, é feita uma série de entrevistas, participam de um
curso obrigatório, que no momento está ocorrendo online, mas é a partir disso é
emitido um relatório informando se esses postulantes estão aptos ou não a adotar a
criança ou o adolescente, conforme o perfil que eles desejarem. Concluindo, é
emitido uma sentença, e se for definido que eles estão aptos, é feito o cadastro de
adoção.
Quando aparece uma criança com o perfil que eles desejaram, o Assistente
Social entra em contato, com esses postulantes e é contada todo o histórico da
criança, nada é omitido, é verificado se eles têm interesse em conhecer a criança,
então começa a aproximação. Se a aproximação for positiva é iniciado o estágio de
convivência, esse estágio de convivência pode durar até 90 dias e isso tudo consta
no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Esse estágio de convivência vai ser flexibilizado a partir da idade dessa
criança ou adolescente em questão, podendo ser diminuído ou prorrogado por mais
90 dias. A interrupção é possível quando não se está atendendo os interesses da
criança e do adolescente, e a adoção é irrevogável, os pais não podem desistir, pois
não estamos falando de um objeto. Se acontece, esses pais estão completamente
banidos do cadastro de adoção, se o motivo não for justificado, que há algo que não
tenha sido motivo fútil.
Geralmente a família de que a criança foi destituída, já é alvo do CREAS, e
não fica na responsabilidade da vara da infância de acompanhar, essa função fica a
cargo dos órgãos do executivo
Rede de Apoio

2 Psicólogo
2 Assistente Social
Psicólogo: Os profissionais da psicologia estudam a estrutura psíquica e os
mecanismos de comportamento dos seres humanos. No âmbito da Justiça, coopera
no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e
prevenção de violência. Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças,
adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos. Dentro da Vara de
Família, atua na execução de diagnósticos para indivíduos que procuram a Vara, e
usam suas terapêuticas próprias para organizar e trazer resolução às questões
levantadas.
Assistente Social: Segundo o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS):
“O Assistente Social analisa, elabora, coordena e executa planos, programas
e projetos para viabilizar os direitos da população e seu acesso às políticas sociais,
como a saúde, a educação, a previdência social, a habitação, a assistência social e
a cultura.” Na Vara da Família, o Assistente Social trabalha para o (a) juiz (a), como
já citado anteriormente, onde vai utilizar de diversos instrumentais para atender as
demandas repassadas ao seu espaço de atuação.
Ambos os profissionais atuam em conjunto, de forma interdisciplinar. Ainda
conta com o apoio do Ministério Público, a equipe de acolhimento e o judiciário
representado pela juíza, que encaminhará os atendimentos para o Fórum por
determinação judicial.

PLANO DE AÇÃO

Alienação Parental

Com o divórcio, ocorre uma separação familiar, e os principais envolvidos são


os filhos, este fato já é suficiente para provocar na criança e no adolescente
mudanças comportamentais, psicológicas e emocionais. Contudo, o que pouco se
fala é sobre o termo Alienação Parental, o qual tem gerado preocupações na
sociedade. A Alienação Parental, acontece como um abuso invisível, na qual a
criança ou o adolescente são as principais vítimas, vale ressaltar que a alienação
parental é praticada não somente pelos pais, mas também pelos parentes que as
tutelam. Segundo o Artigo 2º da Lei 12.318 caracteriza-se por Alienação Parental,

[...] a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente


promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham
a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que
repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção
de vínculos com este. (BRASIL, 2010)

Deste modo, entende-se como uma lavagem cerebral e uma doutrinação


praticada na criança ou no adolescente por uma das partes genitoras contra a outra
parte, seja por inconformismo da separação ou desejo de vingança. Este ato
acontece por práticas de insultos e difamação da imagem do(a) genitor(a), portando,
ao serem alimentados com esses comentários e comportamentos, a criança ou o
adolescente passam a ter o mesmo sentimento de desprezo e repúdio pela a outra
parte. É importante destacar, que mesmo embora os fatos transmitidos para a
criança sejam reais, ela não deve ter envolvimento e conhecimento dos conflitos
extraconjugais de seus genitores, pois nesses casos a criança tende a absorver a
culpa para si e correm sérios riscos de desenvolver crises de ansiedade e
depressão.

O papel do Serviço Social frente a essas demandas

A Lei no 8.662, de 7 de junho de 1993 que dispõem sobre as atribuições do


Assistente social, em seu artigo 5º no item IV expressa que o Assistente social deve
“realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre
a matéria de Serviço Social”
Posto isso, ao que concerne a ocorrência de Alienação Parental, o
profissional da Assistência Social, principalmente ao que atua no campo
sociojurídico, é acionado pela justiça para conceder pareceres do caso e
providenciar os devidos encaminhamentos, sendo assim, cabe a ele o
aprofundamento dos processos em andamento, por meio de visitas domiciliares, de
escuta das partes, de análise do contexto presente, entre outros instrumentos da
profissão, para formulação consistente do parecer social.
Este Estudo Social, acaba sendo de extrema responsabilidade para o
profissional, visto que, em inconsistências ou erros ele contribui de forma negativa
na vida da criança, trazendo sérios riscos ao desenvolvimento integral do menor
envolvido, porém “todo processo interventivo que caracteriza o trabalho do
assistente social está voltado para a busca da realidade humana e social dos seus
usuários, que é essencialmente dinâmica, complexa, heterogênea e multifacetada”
(SOUZA, 2006, p. 69).
Conforme previsto no artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA): “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante
a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.”
Desta forma, diante da alta demanda de casos e da necessidade de amparo
legal para se garantir o direito, a proteção e a integridade da criança e do
adolescente, se fez necessário a criação da Lei de Alienação Parental 12.318,
divulgada em 26 de agosto de 2010, que expressa em seus artigos as práticas
concernentes a alienação parental, assim como, as punições dos genitores e dos
parentes que comentem tais atos. O terceiro artigo, deixa claro a violação do direito
da criança e do adolescente face a tal prática:

A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou


do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de
afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral
contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à
autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. (BRASIL, 2010)

Diante do exposto e da alta demanda atendida pelo Fórum da Comarca de


Paranaguá, ao que concerne casos de Alienação Parental, se vê a necessidade de
elaborar um plano de ação para atender os casos frente a população de Paranaguá
e região litorânea.

Elaborar o mapeamento de processos em andamento nesta Comarca sobre


Alienação Parental.
Capacitar os profissionais do Fórum.
Elaborar um plano de ação com os profissionais envolvidos.
Promover projeto socioeducativo com a sociedade de conscientização para a
não alienação parental.
Abordar o tema “Você sabe o que é Alienação Parental?”
Instituir uma semana para promoção de palestras, entrega de materiais e
conscientização sobre a temática, com a sociedade.
REFERENCIAS

BARBOSA, Mario da Costa. Planejamento e serviço social. 4. Ed. São Paulo:


Cortez, 1991.

BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação.


São Paulo: Veras Editora, 2002
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança
e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 1 set. 2022.

BRASIL. Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de


Assistente Social e dá outras providências. Brasília, 1993. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm>. Acesso em: 1 set. 2022.

BRASIL. Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação


parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Brasília, 2010.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso
em: 1 set. 2022.

SOUZA, M. F. A participação do assistente social na judicialização dos


conflitos sociais. Ser Social, Brasília, n. 19, 2006. Disponível em:
<https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/12750/11151>. Acesso
em: 1 set. 2022.

PARANAGUÁ (PR). Prefeitura. 2015. Disponível em:


<http://www.paranagua.pr.gov.br/conteudo/a-cidade/historia>. Acesso em: 1 set.
2022.

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