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MARACANAÚ 4.

0
HISTÓRIA E
MEMÓRIA
Roberto Soares Pessoa
Prefeito de Maracanaú

George Lopes Valentim


Secretário de Educação

Antônio Nilson Gomes Moreira


Secretário Executivo

Ivaneide Antunes da Silva


Diretora de Ensino e Aprendizagem

Fábio Freire do Vale


Coordenador da Coordenadoria de Ações
Complementares

Ilza Maria Grangeiro Xavier lage


Chefe do Setor de Projetos e Ações Educacionais

Sérgio Murilo Batista Barros


Técnico do Setor de Projetos e Ações
Educacionais

Marigel de Sousa Braga


Técnico do Setor de Projetos e Ações
Educacionais

Ebook - Maracanaú 4.0 : História e Memória


Pesquisa e Redação:
Ilza Maria Grangeiro Xavier lage
Marigel de Sousa Braga
Sérgio Murilo Batista Barros
Projeto gráfico, Direção de Arte, Diagramação e Edição:
Marigel de Sousa Braga
2023
SUMÁRIO

Apresentação .................................................................................. ..4

Os primeiros Habitantes de Maracanaú.................................................. 6

Primeira Fase da Expansão Demográfica............................................... 12

Segunda Fase da Expansão Demográfica.................................................14

Inserir um
Sanatório de Maracanaú.............................................................................15
Escola de Menores de Maracanaú Instituto Carneiro de Mendonça....16
Colônia Antônio Justa..................................................................................18
Estação de Fruticultura Santo Antônio Pitaguari..................................... 21

título
Terceira Fase de Expansão Demográfica................................................ 22
Distrito Industrial.........................................................................................22
Conjuntos Habitacionais.............................................................................24
Ceasa - Central de abastecimento do Ceará............................................25

Patrimônio: você sabe o que é?................................................................26

Mudanças na Cidade no Século XXI.........................................................39

Curiosidades...................................................................................................48

Aspectos Político-Historiográficos Maracanaú......................................50

Sugestões de Atividades..............................................................................52

Maracanaú 4.0: Terra de Belezas Mil........................................................55

Bibliografia.....................................................................................................57

Documentos....................................................................................................58

Teses ................................................................................................................59

Artigos..............................................................................................................60

Sites, blogs e Links ........................................................................................61


Maracanaú 4.0: História e Memória
APRESENTAÇÃO

O município de Maracanaú, que teve sua trajetória marcada


pela dependência administrativa ligada ao município de
Maranguape, completa, no dia 06 de março de 2023, 40 anos
de emancipação política. No entanto, o território é detentor de
uma história bem mais antiga, que remete aos idos do século
XVIII, quando em 1772 foi entregue pelo Capitão Mor Manoel
Francês “a Sesmaria do principal da Aldeia Nova e uma sorte
de terra no pé da Serra do Pitaguari”. (trecho extraído do
documento de Concessão da Sesmaria).

Sabemos que os(as) professores(as) já têm como práxis


trabalhar a história local, porém, a simbologia dos quarenta
anos de emancipação política de Maracanaú oferece um
caleidoscópio de possibilidades para que, de forma
interdisciplinar, sejam desenvolvidas em sala de aula
propostas de trabalho que possam afirmar e (re)afirmar o
protagonismo dos sujeitos sociais das comunidades
maracanauenses como detentores de sua história e de seus
bens culturais, desencadeando processos de autoconhecimento
(individual e coletivo), além do fortalecimento da autoestima
local.

Nossa intenção pedagógica é utilizar a temática dos 40 anos


de emancipação política para propor a realização de projetos
educativos/participativos que tragam para o ambiente escolar
o conhecimento da história da comunidade, pois é “ no
território que as referências culturais se manifestam,
funcionando como práticas simbólicas que identificam os
laços comunitários e territoriais, e que servem como
instrumento de mobilização para estimular o diálogo e a
interação entre a diversidade de sujeitos que o constitui”.
(Fonte: Educação patrimonial: diálogos entre escola, museu e
cidade)

4
Nessa perspectiva, este ebook é fruto do trabalho coletivo
da equipe de Projetos e Ações Educacionais, que procurou
evidenciar de maneira suscinta os principais marcos e
elementos que se fizeram importantes para a constituição
identitária do município. Temos conhecimento que não são
muitas as produções sobre o município de Maracanaú, sejam
elas imagéticas e/ou acadêmicas. No entanto, a pesquisa de
campo, protagonizada pelos próprios atores da comunidade,
inclusive os estudantes, pode nos fornecer dados relevantes
sobre as diferentes realidades do município.

Assim, estamos apresentando, em formato de pequenos


textos, a linha do tempo de Maracanaú, desejando que esse
marco de comemoração - Maracanaú 4.0 – seja um tema
disparador para que, através de ações educativas como rodas de
conversa com a comunidade, “Chás de Memória”, “Cadeira na
Calçada”, entrevistas, histórias de vida, aulas de campo, museus
escolares, dentre outras metodologias, sejam desenvolvidas
iniciativas pedagógicas com o objetivo de conhecer, preservar,
interpretar, ressignificar e valorizar o patrimônio e a história
da comunidade, reafirmando desta forma identidades e
garantindo cidadania.

Esperamos que este ebook possa dar pistas para a construção


de novas aprendizagens significativas sobre esta “Terra de
Belezas Mil”, como diz um verso do hino municipal.

Cordialmente,

George Lopes Valentim

Secretário de Educação de Maracanaú

5
ª Os primeiros habitantes de
Maracanaú

Antigamente, Ceará era escrito “Siará”, junção das


palavras Tupi “siri” e “ará” (siri = andar para trás + ará =
branco). Assim como o nome do nosso estado, vários
municípios cearenses tem por nome palavras indígenas.
Originário do idioma Tupi, o nome Maracanaú, “em sua
forma etimológica, traduz-se por maracanã = espécie de
gralha + ú, do verbo comer; donde se obtém comedouro das
maracanãs”, (ARAGÃO, 1994, p. 23) referência feita à lagoa
do mesmo nome, palavras e costumes que estão no nosso
cotidiano e muitas vezes nem sabemos.

Diopsittaca nobilis cumanensis - A maracanã

Conhecer a história dos primeiros habitantes das terras


hoje chamadas de Ceará pode ajudar a identificar nossas
origens e nos fazer entender um pouco do que somos
atualmente. Fazeres e saberes herdados de diferentes povos
indígenas que estiveram aqui antes de nós e que hoje através
da luta são reafirmados.

6
O processo de reetinização e de demarcação de terras
indígenas do Ceará ocorreu a partir da década de 1970. Esse
processo de retomada de terras indígenas se deu por meio de
organizações e associações indígenas, organizações
governamentais (ACITA, APOINME, FENPOINCE, UFC, FUNAI,
dentre outras) e universidades. Podemos destacar nesse
processo pioneiro as etnias: Tapeba, Tremembé, Pitaguary e
Jenipapo-Kanindé. Nos anos seguintes outras etnias foram
ressurgindo.

Disponível em: https://www.ceara.gov.br/2019/04/16/todo-dia-e-


dia-de-indio-quais-sao-os-povos-indigenas-do-ceara/ Acesso em
08 fev.2023.

Assim, podemos destacar que em nosso estado, os indígenas


são 14 povos, espalhados por 18 municípios cearenses. São
registrados cerca de 32 mil indígenas em todo o estado,
número que cresce, principalmente pela autoidentificação de
grupos como povos tradicionais.

7
Cacique Madalena Pitaguary

Após os conflitos que envolveram habitantes nativos,


portugueses e holandeses no Ceará, mais de um século
depois, em 1854, o sítio Pitaguary era registrado como terra
de posse indígena. Podemos destacar que no relatório
circunstanciado de identificação e delimitação da terra
indígena Pitagaury, publicado em julho de 2000, na descrição
do referido relatório, “consta nos devidos registros
históricos, a presença em território cearense do grupo
indígena Pitaguary, descendentes dos índios Potiguara, já
desde a ocupação pelos portugueses no século XVII, ano de
1603” (GUIMARÃES, 2019).
Os Pitaguary de hoje descendem diretamente da população
que se fixou nessa região, compreendendo parte dos
municípios de Pacatuba e Maranguape, do qual se originaria
mais tarde Maracanaú.

8
Entre os locais sagrados destaca-se o Território da Mangueira Sagrada, onde ocorre,
tradicionalmente, no dia 12 de junho, a Festa da Mangueira – São ritos em homenagem aos
antepassados e de importante valorização dos marcadores da cultura do povo pitaguary.

O povo Pitaguary vive no pé da serra, entre os municípios


de Maracanaú e Pacatuba, na Região Metropolitana de
Fortaleza, organizado em 4 aldeias. Santo Antônio, assim
como Olho D’Água, Horto (sob a jurisdição do município de
Maracanaú) e Monguba (no município de Pacatuba). Essas
localidades estão dentro da Terra Indígena Pitaguary.

No aspecto da organização política, é importante destacar


a atuação de lideranças indígenas dentro do território
Pitaguary que fica no município de Maracanaú: Cacique
Maurício, Cacique João Paulo, Cacique Madalena e Cacique
Cláudia.

A prática da História Oral pelo povo Pitagaury foi um dos


importantes elementos de construção da memória social a
partir de um território histórico no fortalecimento dessa
etnia. Muitos marcadores simbólicos da memória coletiva e
individual dos Pitaguary, através da atuação de lideranças
indígenas, foram responsáveis por transmitir os saberes
ancestrais: a mangueira sagrada, o açude, o toré. A tradição
oral (contos, músicas, dito populares), foi um difusor
importante na preservação da história local. Desta forma, os
saberes ancestrais sobre plantas, animais, alimentação
foram compartilhados com seus descendentes.
9
O Toré Pitaguary é uma dança que se inicia com os
participantes dando as mãos e formando um grande círculo,
como numa "corrente" de oração. Aqueles que dançam
seguem os comandos dos chamados “puxadores” de Toré,
geralmente o cacique ou o pajé. O canto é acompanhado pelo
som das maracás e muitas vezes conta com a batida de
tambores que ficam no centro da roda.

Cacique Daniel Pitaguary (In Cacique Madalena Pitaguary


memoriam) conduzindo o Toré. Foto: conduzindo o Toré na Escola
Alexandre Ernandes, Abril de 2012, Municipal indígena. Foto: Bruna
Maracanaú-CE. Marques.

A portaria MJ 2.366, de 15 de dezembro de 2006, oficializou o


reconhecimento jurídico e territorial e declara com superfície de
1.735 hectares a posse dessas terras do grupo indígena
Pitaguary. Logo após o ato de Declaração da terra foi realizada a
Demarcação física pela FUNAI. No entanto, há mais de 25 anos o
povo Pitaguary luta pela Homologação (Registro definitivo) das
suas terras.

10
A chegada da linha férrea Fortaleza-Maracanaú-
Maranguape, inaugurada em 06 de setembro de 1875, foi o
primeiro grande evento da ocupação de Maracanaú por
sujeitos não indígenas. Foi sem dúvida um marco do processo
de urbanização do povoado que, em 1882, passa à condição
de vila e, em 1906, à distrito de Maranguape. As habitações e
o comércio foram se estruturando em torno do complexo que
compreendia a Estação do Trem, a Igreja e a Praça da
Estação, hoje denominada Praça Major Braz (SOUSA, 2011).

Trem de passageiros da linha Maracanaú/Maranguape/Fortaleza.


Locomotiva 105 em, 1922.

11
primeira FASE DA EXPANSÃO
DEMOGRÁFICA

As primeiras mudanças no espaço urbano de Maracanaú


foram marcadas pela inauguração da estação ferroviária em
1875. Essa conquista foi um dos elementos fundamentais
para as transformações que surgiram no então povoado da
Aldeia Nova. A elevação do povoado à condição de Vila de
Santo Antônio do Pitaguary, em 06 de maio de 1882,
passando a distrito na primeira divisão administrativa de
Maranguape, em 1906, foram marcos políticos importantes
para dinâmica socioespacial do território.

Com a aglomeração de transeuntes no entrono da estação


se fazia necessário propiciar aos habitantes do lugar
condições para iniciarem seus pequenos negócios,
desenvolvidos a partir do ir e vir das pessoas. Nesse
contexto, alguns equipamentos são edificados para compor o
cenário cotidiano dinamizado pela linha férrea; são eles: o
chafariz, o coreto. Em 19 de março de 1874 foi inaugurada
uma pequena capela, dando corporeidade a fé cristã.

Antigo Chafariz
de Maracanaú,
Anos 1950.

12
Embora inaugurada em 1874, a Capela de São José estava
subordinada à Paróquia de Nossa Senhora da Penha em
Maranguape e somente em 1952, com a chegada do primeiro
vigário, Padre José Holanda do Vale, foi erigida à Paróquia.

Capela de Maracanaú,
início da década de
1950.

Fachada da Igreja
Matriz nos dias atuais.
13
segundaª FASE DA EXPANSÃO
DEMOGRÁFICA

A implantação de equipamentos públicos de saúde,


segurança e agricultura tais como o Sanatório de Maracanaú, a
Colônia Antônio Justa, o Instituto Carneiro de Mendonça –
Escola de Menores – e a Estação Agrícola de Santo Antônio do
Buraco, contribuíram para a expansão do fluxo migratório no
território maracanauense. Localidade de clima tropical, sem
muita variação e próxima a Fortaleza era também o maior
distrito de Maranguape, qualidades que, aos olhos dos
governantes da época, credenciavam Maracanaú a receber os
citados equipamentos públicos

Visão aérea da cidade de Maracanaú nos anos de


1950, nessa imagem colorizada. Percebe-se o
Hospital Sanatório de Maracanaú, a estação
ferroviária à esquerda do açude.

14
SANATÓRIO DE MARACANAÚ

O Sanatório de Maracanaú recebeu o seu primeiro


paciente em 1950, porém sua inauguração aconteceu apenas
em 1952, sendo considerado na época, o segundo maior
sanatório do Brasil, em disponibilidade de leitos. A criação
do sanatório foi oriunda da necessidade de o governo federal
combater a epidemia da tuberculose que se espalhava pelo
país, encetando campanhas nacionais contra a tuberculose e
enviando recursos para a construção de hospitais.

Sanatório de Maracanaú.
Fotografia dos anos 1950

Atual Hospital de Maracanaú. No


passado foi o antigo Sanatório 15
ESCOLA DE MENORES – INSTITUTO CARNEIRO DE
MENDONÇA

O Instituto Carneiro de Mendonça, popularmente


conhecido como Escola de Menores, foi constituída para
exercer uma função socioeducacional, ligada à área de
segurança, fato esse que contribuiu para a consolidação de
sua imagem pública como um lugar de delinquência e
consequentemente de exclusão social. Porém segundo
pesquisas mais atuais, o Instituto Carneiro de Mendonça,
criado em 1934, “.... não efetivou apenas uma missão
burocrática e engessada de controle social, mas apontam
também que as volições humanas e criativas construíram
formas subversivas de driblar o controle, a vigilância e a
moral vigente na escola. Criou-se, também, no seio da escola
e da vizinhança um ambiente familiar para crianças e jovens
sem parentela estabelecida. O Instituto Carneiro de
Mendonça apesar de ser organizado por meio dos princípios
da disciplina, moral e trabalho e, a despeito disso, na
realidade trouxe benefícios para seus alunos e comunidade
local...”. (Fonte: Tese de Doutorado de Roberto Silva Júnior,
2018 – Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira -
UFC )

.
Alunos e
diretor
(Padre
Teógenes)
do Instituto
Carneiro de
Mendonça

16
O Instituto Carneiro de Mendonça foi administrado por
padres da igreja católica. A escola recebia crianças a partir
de 4 anos e possuía um programa de formação com viés
profissional com abertura de oficinas nas áreas da
carpintaria, fiação, prática agrícola, granja (criação de
patos), dentre outras. A Escola, também abria espaço para o
lazer, tendo o futebol como esporte prioritário, e para a
cultura. A música fazia parte do cotidiano dos alunos e a
Banda de Música era famosa e se apresentava em quase
todas as solenidades oficiais da redondeza.

O Instituto Carneiro de Mendonça chegou a receber


aproximadamente 850 menores durante a gestão do padre
Geovanne Sabóia de Castro. A instituição encerrou suas
atividades na década de 80, coincidindo com o lançamento
do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA que trazia
uma nova concepção de acolhimento e via a criança e o
adolescente como sujeitos de direito.

Prédio onde funcionou o Instituto


Carneiro de Mendonça .Atual 14°
Batalhão da Polícia Militar.

17
COLÔNIA ANTONIO JUSTA

A Colônia Antônio Justa é fruto de uma política higienista de


saúde, que tinha como propósito a internação compulsória de
pessoas acometidas do bacilo de Hansen, pois nos anos 30 do
século XX se espalhava como “pólvora” e provocava uma
epidemia no Brasil de hanseníase, na época popularmente
chamada de Lepra. Nesse contexto foi inaugurada em 27 de
dezembro de 1942 a então Colônia São Bento, posteriormente,
passa a ser chamada de Colônia Antônio Justa, em homenagem
ao médico sanitarista que dedicou sua vida ao combate da
hanseníase. Inicialmente, a Colônia abrigou 500 pacientes.

Coreto e Fonte do Parque Dr. Luiz


Costa na Colônia Antônio Justa

18
Com uma política de segregação estatal, os pacientes
vivenciaram a mais profunda violação de direitos. Arrancados de
suas famílias e levados para uma “cidade”, pois as colônias eram
semelhantes a estrutura organizacional de uma cidade. Possuíam
capela, vestuário, cozinha, refeitório, pavilhão feminino,
masculino e infantil, sala de jogos, cinema e teatro, oficinas
profissionalizantes, escolas, necrotério, cemitério e forno de
incineração, pomar, criação de aves e outros animais de pequeno
porte. Era a vida dessas pessoas sendo, forçosamente, refeita,
no mesmo ritmo que suas identidades eram perdidas no tempo e
na impossibilidade do retorno as suas origens. Em cerca de 40
anos de funcionamento a colônia chegou a ter 2000 internos.

Pacientes assistidos pela Colônia Antônio Justa no


auge de seu funcionamento. Imagem colorizada

19
Hoje, considerado bairro, o lugar ainda sofre com a intensa
desigualdade social, com o estigma da doença, a ausência de
políticas públicas e a especulação imobiliária. Por outro lado, as
novas gerações do lugar lutam pelo direito à memória enquanto
direito de cidadania, estão bem articulados na defesa da
ressignificação do seu território com mobilizações comunitárias
na luta pela preservação histórica da colônia enquanto
patrimônio da comunidade, pela regularização fundiária de suas
terras e pelo direito integral à saúde, tendo como mecanismo de
organização o Coletivo Antônio Justa, formado por moradores da
comunidade, que reiteram, cotidianamente, a necessidade de
resistência perante a inércia na aquisição de seus direitos e a
negação das condições básicas e de direitos humanos advinda
do Estado.
.

Prédio histórico na Colônia Antonio Justa, que já


sediou o primeiro teatro de Maracanaú.

20
ESTAÇÃO DE FRUTICULTURA SANTO ANTONIO
PITAGUARY

Em 1918, o Governo do Estado do Ceará adquiriu terras para


instalar a Estação de Fruticultura Santo Antônio do Pitaguary. A
região
. era composta de fazendas com solo propício ao cultivo de
árvores frutíferas. A ideia era a implementação de um núcleo
tecnológico para pesquisa do algodão, produto mais importante
da época. Dessa forma o projeto ganha concretitude e recebe o
nome de Estação Experimental de Santo Antônio. O
empreendimento somente ficou pronto em 1935 e contava com
laboratório, fábrica de beneficiamento e escola rural.

Somente em 1943, a estação passa a chamar-se Estação


Frutífera Santo Antônio do Pitaguary, transformando-se em uma
das maiores reservas produtivas do Estado. A Estação era
administrada pelo engenheiro agrônomo Manoel de Araripe
Lopes.

Aula prática sobre métodos de


propagação de plantas. Anos 1950
21
terceiraª FASE DA EXPANSÂO
DEMOGRÁFICA

DISTRITO INDUSTRIAL

No final da década de 1960, foi criada a Superintendência do


Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), com a finalidade de
minimizar as desigualdades regionais. Essa política de
industrialização, inaugura uma nova fase de industrialização
centrada nos incentivos fiscais e financeiros. Nesse contexto, é
implantado nos anos de 1960 -1970, por meio de incentivos fiscais
da SUDENE, o I Distrito Industrial de Maracanaú, proporcionando
maior dinamismo ao Estado, privilegiando, principalmente, os
setores têxtil, confecções, alimentos e metal – mecânico. Essa
instalação ocorreu em decorrência de algumas “facilidades”, que
se traduzem em incentivos fiscais, fornecimento de mão de obra
barata e implantação de uma infraestrutura de funcionamento;
além, de situar-se junto à ferrovia e à CE 060, com fácil acesso ao
porto do Mucuripe.

Foto aéra do Centro de Maracanaú, Na foto se ver ao fundo o


Hotel Ibis, o Feira Center, condomínio residencial e mais no
canto direito, o IFCE (Instituto Federal do Ceará).
22
Mais precisamente em 1964, sob a administração do
Governador Virgílio Távora, foi instalado o I Distrito Industrial
de Maracanaú, que contribuiu para um aumento expressivo da
densidade populacional, por exigir a implantação de inúmeros
conjuntos habitacionais construídos nos anos 1970 -1980 pelo
Sistema Financeiro da Habitação. Porém a inauguração do
Distrito industrial ocorreu apenas em 1967 e contou com a
presença do Presidente da República, Marechal Humberto de
Alencar Castelo Branco, ano da inauguração da primeira
indústria: CELACO – Ceará Laminados e Compensados S/A.

Esse vetor de desenvolvimento contribuiu para que


Maracanaú hoje seja um marco no processo de desenvolvimento
econômico não só do município, mas também do Estado, tendo a
segunda maior arrecadação de ICMS do Estado.

Fotos aéreas do
Polo Industrial de
Maracanaú.

23
CONJUNTOS
HABITACIONAIS

Segundo a pesquisadora Tânia Albuquerque, “os primeiros


conjuntos habitacionais foram construídos nas proximidades do
Distrito Industrial e eram vistos pelas autoridades
governamentais, tanto como solução para o crescente aumento de
favelas em Fortaleza, como também, em razão de sua localização,
como fornecedores naturais da força de trabalho que os distritos
industriais necessitavam”.

Os principais conjuntos habitacionais são: Conjuntos Industrial I


e II, Jereissati I e II, Timbó, Acaracuzinho, Novo Maracanaú e Novo
Oriente. Foram eles os responsáveis pela explosão demográfica,
que resultou Maracanaú em um município predominantemente
urbano-industrial, com uma população atual, segundo o último
censo, de 227,886 habitantes. Vale ressaltar, também, que ao
longo da história foram entregues unidades habitacionais do
Programa Minha Casa Minha Vida, a exemplo do Orgulho Ceará II,
em Pajuçara.

Conjuntos Habitacionais
Jereissati I e II em fase de
construção. 24
CEASA – CENTRAL
DE ABASTECIMENTO
DO CEARÁ

A CEASA foi inaugurada em 09 de novembro de 1972, com o


objetivo de centralizar a distribuição de hortigranjeiros, além de
promover, desenvolver, dinamizar e organizar o abastecimento
alimentar do Ceará. Na CEASA são oferecidos diversos serviços
como agências bancárias, cartório de ofício, posto de gasolina,
lanchonetes, quiosques de alimentação, restaurantes, além de
outros serviços que movimentam o distrito da Pajuçara.

Circulam diariamente pela CEASA-CE, em Maracanaú, nos


dias das maiores feiras (segunda e quinta), cerca de 35 mil
pessoas, numa área de 35 mil m², distribuída entre 20 galpões
de pequeno, médio e grande porte. (Fonte: Governo do Estado
do Ceará).

Foto com visão aérea da Ceasa


localizada no Distrito Industrial.

25
Patrimônio:
você sabe o que é?

Conservar a memória cultural de uma cidade é dever de


todos. Por isto, muitos lugares com seus edifícios e objetos
antigos precisam ser preservados.
Nas cidades, não só nomes de ruas, praças, monumentos,
paisagens e edifícios contam a história.
Para conhecer a história de um povo, é necessário conservar o
seu patrimônio cultural: festas populares; música; danças;
pinturas e fotos; relatos dos mais velhos; lugares com
significado especial na memória afetiva da comunidade; o modo
de fazer um instrumento musical; o preparo de uma comida e
uma bebida etc. Tudo que tem importante valor afetivo e
histórico para um povo deve ser preservado.

Estação ferroviária de Maracanaú. Inaugurada em 14 de


janeiro de 1875.

O que é Patrimônio?
O dicionário Aurélio afirma:

Patrimônios, s.m. Herança paterna; bens de família; dotes dos


ordinários; (jur) complexo de bens materiais ou não, direitos,
ações, posse e tudo o mais que pertença a uma pessoa e seja
suscetível de apreciação econômica; (...)
26
Então, segundo o dicionário, todos os bens, objetos de valor
econômico e direitos que uma pessoa conseguiu juntar durante
a vida ou herdou de seus familiares são considerados seu
patrimônio: terrenos, fazendas, casas, obras de arte, joias,
dentre outros.

Antigas residências na Rua Manuel Pereira. Um registro do


quotidiano da época: cadeiras nas calçadas, bate-papo entre
vizinhos. Hábito ainda hoje presente.

Nem tudo que é patrimônio tem valor econômico. Por


exemplo: uma carta, uma foto, uma roupa que pertenceram a
alguém importante para nós, também tem valor afetivo ou
simbólico. A Constituição Federal de 1988, no Artigo 216, diz:

Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza


material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto,
portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores a sociedade brasileira [...].

.
27
Patrimônio material é formado por elementos concretos, que
pode ser tocado: construções e objetos artísticos. Como
exemplo de patrimônio material na cidade de Maracanaú,
podemos citar a praça José Holanda do Vale, a casa de Rodolfo
Teófilo e o monumento em homenagem aos Índios Pitaguary.

Antiga residência de Rodolfo Teófilo, considerada hoje,


patrimônio histórico, foi tombada e restaurada pela Prefeitura
Municipal de Maracanaú. Outubro de 2008.

Patrimônio imaterial São os saberes e os modos de fazer


passados dos mais velhos para os mais novos, transmitidos de
geração em geração: uma festa, um canto de trabalho, uma
dança, o preparo de uma comida, uma roupa ou um instrumento
musical.
São exemplos de patrimônio imaterial presentes em
Maracanaú: a dança do toré, o pastoril, as quadrilhas, as rodas
de capoeira, a procissão em homenagem ao Dia do Padroeiro do
Ceará e de Maracanaú, São José, dentre outros.

Pastoril Nossa
Senhora de
Fátima,
tesouro vivo da
cultura popular
da cidade de
Maracanaú e
do Estado do
Ceará.

28
As festas juninas são uma importante tradição do calendário
religioso católico da cidade de Maracanaú.

Cartaz de divulgação do Festival de Quadrilhas Juninas de


Maracanaú.

Na cidade cenográfica, por ocasião das festas juninas,


dançam-se quadrilhas e forró e comem-se e bebem-se iguarias
típicas nordestinas. O Quadrilhódomo recebe a cada ano mais
de 30 grupos juninos, de diversos municípios, que disputam o
título de melhor quadrilha do Estado do Ceará, em cada nova
edição do Festival.

Quadrilha junina, 2022. 29


A população negra brasileira, luta ainda hoje, por direitos
políticos, sociais, culturais e educacionais. Existe algum
movimento negro em Maracanaú? Na sua comunidade, no seu
bairro, no conjunto habitacional, tem algum coletivo de
mulheres negras, roda de samba, alguma manifestação de
religiões de matriz africana, candomblé, movimento hip hop?
Observe as fotos abaixo:

Cartaz digital de divulgação de uma


reunião do Grupo Maloka
Ancestralidade Maracanaú

2ª edição Hip Hop Battle


.
. O evento que aconteceu na Praça da Juventude,
no bairro Acaracuzinho em Macacanaú. 30
Porta -bandeira e mestre-sala da Escola de Samba Unidos do
Acaracuzinho, Maracanaú/CE

Grupo Negaça, capoeira em Maracanaú.

31
Apresentação das estudantes em comemoração aos 10
anos do Festival Afro-Arte na Praça Padre José Holanda do
Vale em Maracanaú

Ação Pedagógica Saias que Contam (Projeto de valorização da


cultura negra). Estudantes da EMEIEF Maria Isis Menezes Andrade
em Maracanaú. Apresentação na Bienal Internacional do Livro do
Ceará/2022.

32
Os registros fotográficos acima comprovam a forte presença
cultural afro-brasileira na cidade de Maracanaú.
Atraídos pelos conjuntos habitacionais, muitos descendentes
de africanos chegaram aqui em busca de trabalho e moradia. Em
sua bagagem traziam saberes e fazeres afro-brasileiros:
ancestralidade, tradição oral, o corpo como fonte primeira de
conhecimento e produção de saberes, o reconhecimento da
sacralidade, religiosidade, saberes científicos e valorização do
protagonismo negro.
Assim, essas comunidades, sejam de afrodescendentes ou
indígenas e descendentes, organizam-se de diversas formas de
resistências no município de Maracanaú e de várias outras
formas no Ceará e no Brasil para fazer valer os seus valores
culturais e seus direitos de cidadão.

Cartaz de divulgação da ocupação Maloka com artistas


da juventude negra maracanauense.

O ensino de História vem passando por importantes


transformações. Como resultado dessa luta, entrou em vigor a
Lei N. 10.639/03 e a Lei N. 11.645/08 que estabelecem as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História
e Cultura Afro-Brasileira
.
e Indígena”.
33
Cartaz de divulgação dos 10 anos do Festival Afro-Arte:
Saberes ancestrais, pertencimento, resistência e praticas
formativas de professores para a promoção de uma
educação antirracista.

Cartaz de divulgação do Projeto Município


sem Racismo. Formação continuada para
servidores públicos de Maracanaú. Ação que
.
fortalece o conceito de cidade educadora.
34
Essa conquista reafirma três fundamentos básicos dos
estudos históricos: o conhecimento da matriz afro e da indígena
é essencial para a construção de identidade; a sala de aula é a
dimensão indispensável do “direito à história”; a cidadania é
promovida por meio da educação voltada à tolerância e ao
convívio democrático.

Estudantes em apresentação do Prof(a) Ana Célia Mendes Paiva


Festival Afro-Arte na EMEF Rachel (In memoriam) com suas estudantes
de Queiroz Maracanaú/CE. no Festival Afro-Arte na EMEF Rachel
de Queiroz.

Estudantes da EMEIEF. Construindo o Saber em


apresentação do Festival Afro-Arte na Praça José
Holanda do Vale Maracanaú.

35
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Sem
Mun inário
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Rac io sem
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Equipe técnica da SME
Maracanaú participando de
encontros sobre a temática Professora
da Educação Escolar
Indígena. Luzivany
Freire,
gerente do
MAIS PAIC,
em visita
técnica a
Escola do
Povo
Pitaguary.

Glauciane Viana
articuladora da
Comissão
A Secretária Especial Intersetorial do
da Mulher Margareth Selo Unicef de
Rose no Seminário de Maracanaú
lançamento do projeto promove práticas
Município sem de estratégias
Racismo uma parceria para Igualdade
com a Secretaria de racial e de
Educação de enfrentamento ao
36
Maracanaú. racismo.
Além dos patrimônios já citados, Maracanaú apresenta,
também, um rico patrimônio natural: lugar com grande
importância histórica para a população, referência às belezas
naturais da cidade. Observe a imagem a seguir.

Lagoa de Maracanaú.

Em nosso cotidiano, devemos contribuir com a preservação


do patrimônio cultural da cidade. No bairro onde moramos,
por exemplo, devemos colaborar com a conservação do meio
ambiente, dos rios, das lagoas e das praias, que também são
parte do patrimônio cultural.

Devemos ter uma atenção especial na preservação das


praças, jardins, os monumentos e outros. Eles não devem ser
danificados e nem pichados. Esse patrimônio pertence a
todos os maracanauenses.

Com o crescimento da cidade e seu desenvolvimento,


surgiram novos espaços de passeio e diversão. Os shoppings
centers, Centro Cultural Dorian Sampaio fazem parte da
história presente de Maracanaú. Muitas pessoas frequentam
esses espaços em busca de atrações como salas de cinemas e
praças de alimentação.

37
Shopping em Maracanaú

Centro Cultural Dorian Sampaio

38
Mudanças na cidade no
século XXI

A cidade de Maracanaú tem crescido e se desenvolvido


bastante entre o final do século XX e o atual século XXI.
Somente nos últimos 15 anos, foram construídos rotatórias,
shopping centers, novas indústrias, supermercados, novos
conjuntos habitacionais, condomínios residenciais de alto
padrão, hotéis, quadra poliesportivas cobertas, estádio,
praças e diversos equipamento de lazer e cultura. Alargaram
avenidas; instalaram ciclovias, ciclofaixas, estação de
VLT/metrô; e reformaram e inauguraram escolas, abriram
centro universitário, Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará (IFCE), dentre outras ações importantes
para a história de Maracanaú.

A Estação
Maracanaú é uma
estação da Linha
Sul do metrô de
Fortaleza. A
estrutura atual da
estação foi aberta
ao público pelas
autoridades no dia
15 de junho de
2012.

39
39
No dia 07 de dezembro de 2016 ocorreu a solenidade de inauguração
do Zii Hotel (atualmente Ibis Hotel) Maracanaú, um marco para a
hotelaria da Cidade.

No ano de 2016, o então prefeito Firmo Camurça inaugura oficialmente


no centro, a nova Praça da Estação, cujo nome oficial é Praça José
Holanda do Vale.

Em 2016, o
então Prefeito
Firmo Camurça
inaugurava mais
uma quadra
poliesportiva
coberta em uma
das escolas de
Maracanaú.

39
40
No ano de 2016, o prefeito Firmo Camurça inaugurou o Espaço de
Convivência Ambiental do Conjunto Timbó.

Em 2017, o então prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça, inaugurou


oficialmente a nova sede da Secretaria do Meio Ambiente e Controle
Urbano – Semam.
Em 2019, o
então
Secretário de
Educação de
Maracanaú
Marcelo Farias
e a Diretora de
Educação
Ivaneide
Antunes em
visita a uma
escola.

39
41
A Prefeitura de Maracanaú,
inaugurou novembro de 2021, o
Monumento em Homenagem
aos Profissionais envolvidos na
Luta contra a Covid-19.

O prefeito Roberto
Pessoa inaugurou
em 2022, o primeiro
Polo Gastronômico
de Maracanaú.
Localizado na Praça
David Lopes de
Oliveira, na Avenida
I, bairro Jereissati I

A Nova Avenida Senador


Carlos Jereissati, foi
oficialmente inaugurada
em nov./2022.

39
42
A Prefeitura de Maracanaú inaugurou oficialmente em ago./2022,
o Palácio das Maracanãs, a nova sede do Poder Executivo
Municipal.

O Prefeito Roberto Pessoa em evento de liberação do estádio


Prefeito Almir Dutra para jogos oficiais. Jan/2023.

O cartaz acima é um chamamento para


a participação da Caminhada Pela Paz
2023. Este evento foi instituído pelo
prefeito Roberto Pessoa ainda nas duas
primeiras gestões municipais (2004-
2012). Além da Caminhada pela Paz,
Roberto Pessoa sancionou a Lei 1.290
de 22 de fevereiro de 2008, implantando
a Semana da Cultura da Paz, a ser
comemorada na última semana de
fevereiro, e 27 de fevereiro como o Dia
Municipal da Paz. 39
43
.
Almir Freitas Dutra,
Primeiro Prefeito de Maracanaú

A escolha do dia 27 deve-se ao fato do ex-prefeito


Almir Dutra ter sido assassinado nesta data no ano de
1987. Almir Dutra, Foi eleito como primeiro prefeito de
Maracanaú em 1984, efetivando a implantação
administrativa do município, enfrentando grandes
dificuldades, até o dia de sua morte.

Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de


qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem
ao longo da vida para todos, são ações necessárias para
a promoção de uma cultura de paz. Assim, o município de
Maracanaú vem nos últimos anos, consolidando uma
série de políticas públicas de qualidade: Excelência na
oferta dos serviços educacionais e culturais e no
cumprimento da função social da escola.

39
44
Prefeito Roberto Pessoa e o Secretário de
Educação George Valentim na Caminhada pela Paz
2022.

O Secretário
de Educação
George
Valentim
entrega kit
com material
escolar
.

A Prefeitura de Maracanaú, por meio da Secretaria de Educação,


realizou a entrega do fardamento escolar e do Passe Livre para os
estudantes da rede municipal de ensino na Cidade Cenográfica do São 39
João de Maracanaú.
45
A Prefeitura de Maracanaú, por meio da Secretaria de
Educação, entregou em 2022 notebooks para as Escolas
Municipais.

A Prefeitura de Maracanaú promoveu a Aula Inaugural do


Programa Universidade Operária do Nordeste para as turmas de
ensino fundamental e ensino médio do Centro Municipal de
Educação Profissional Eneida Soares Pessoa.
.
O Secretário de
Educação George
Valentim e o
Secretário
Executivo Nilson
Gomes com a
equipe técnica da
Secretaria de
Educação de
Maracanaú no
Fórum de Dirigentes
Municipais da
Educação da
CREDE 01.
39
46
.
Abertura da Semana Pedagógica 2023

Secretário de Educação George Valentim na abertura da


Semana Pedagógica 2023

Abertura da Semana Pedagógica 2023


39
47
Curiosidades

ALGUNS NOMES QUE CONTRIBUIRAM PARA A


HISTÓRIA DE MARACANAÚ NO PASSADO

CAPITÃO VALDEMAR DE LIMA – Capitão do Exército


Brasileiro. Oficial valente e respeitado. Lutou na Revolução
de 1932 em São Paulo, pelas forças legalistas, onde se
destacou pelo destemor e bravura. Morreu em combate.

TENENTE MÁRIO LIMA – Tenente da Marinha de Guerra do


Brasil, idealista, vereador que se dedicou pela luta, na
Câmara de Maranguape, por benefícios para Maracanaú. Foi
o Tenente Mário Lima quem planejou a primeira tentativa de
emancipação do então distrito. O seu nome foi dado ao mais
antigo estabelecimento de ensino, da época moderna,
instalado na sede do município.

MANOEL BRÁS DE MELO (Major Brás) – Foi Major da Guarda


Nacional, participou da Revolução do Acre, comandando o
Batalhão Provisório 1º de Junho, onde demonstrou bravura,
coragem e capacidade de comando.

HENRIQUETA DE SOUSA - Foi a primeira professora, filha


de Maracanaú, diplomada em Pedagogia, antigo curso da
Escola Normal. Fundou a primeira escola oficial do município
– Escola de Maracanaú, também chamada de Escola de Dona
Henriqueta. Inteligente, dedicada, espírito aberto,
personificava, no século passado, a professora moderna.

48
RUAS DO MARACANAÚ ANTIGO -
BATIZADAS PELO POVO

RUA DO CAMPO - De lado da rua, quase no seu final, havia um


campo de futebol. Aos domingos havia jogos pela manhã e à
tarde. A rua ficava animada. Vinha times do Cágado, de Jacanaú,
da Mucunã e até dos subúrbios de Fortaleza. Muita gente
atraída pela animação dizia: Hoje vou assistir aos jogos na Rua
do Campo. Os times quando vinham a Maracanaú pela primeira
vez perguntavam: Aonde fica a Rua do Campo?

RUA DA CADEIA – Nesta rua estava localizada a cadeia pública


de Maracanaú. Durante muito tempo era conhecida por Rua do
Trilho. A ferrovia passava nas suas proximidades. Depois da
inauguração da cadeia, o povo a denominou de Rua da Cadeia.

RUA JOINVILE – O nome foi dado por um morador desta rua que
residiu por alguns anos no Estado de Santa Catarina, na cidade
de Joinvile. Tornou-se um grande admirador da cidade sulista e
como a rua onde morava não tinha nome resolveu homenageá-la
de Rua Joinvile.

RUA DA INDEPENDÊNCIA – O desejo de separação de


Maranguape avolumava-se em todo o distrito. O padre Vale
estava à frente de mais um movimento. Nesta rua não havia
água, energia elétrica, calçamento, nenhuma infraestrutura. Os
moradores insatisfeitos com a administração de Maranguape
pregaram uma placa batizando a rua com o nome: Rua da
Independência.

RUA DO FELIZARDO - Um dos seus moradores era considerado


um homem de sorte. De vez em quando ganhando. Ganhava no
jogo do bicho, ganhava objetos rifados, ganhava no jogo de
dados e chegou a ser sorteado, uma vez, com um décimo de
bilhete da Loteria Estadual. Por isso o povo começou a chamar a
rua onde ele morava de Rua do Felizardo.

Fonte: Para saber mais. Todas as informações do tópico


Curiosidades, foram transcritas do livro: Síntese da História de
Maracanaú, do professor e oficial do exército Ivaldo Silva

49
ASPECTOS POLÍTICO - HISTORIOGRÁFICOS DE
MARACANAÚ

1648 – Acontecem os primeiros contatos dos colonizadores


com os povos indígenas da região (Jaçanaú, Mucunã e
Cágado).

1870 – Com o povoamento crescendo primeiramente em


torno da lagoa de Maracanaú e depois de Jaçanaú e Pajuçara
os nativos perdem o controle da chamada “Aldeia Nova”.

1875 – Inauguração da linha férrea em Maranguape, a linha é


estendida até o povoado.

1882 – O povoado torna-se uma vila em 6 de maio com o


nome de “Vila de Santo Antônio de Pitaguary”.

1906 – Maracanaú torna-se distrito de Maranguape.

1938 – O município de Maranguape conquista o distrito de


Rodolfo Teófilo (Pajuçara) que pertencia a Fortaleza.

1953 – Primeiro movimento de emancipação de Maracanaú,


tendo à frente os tenentes Mário de Paula Lima e Raimundo
de Paula Lima.

1962 – Maracanaú, tendo à frente o Padre José Holanda do


Vale, consegue emancipação, mas ela é a terceira tentativa
veio com o vice-prefeito de Maranguape Almir Dutra, no
entanto, esta também foi uma tentativa frustrada.

1981 – Tem início a quarta tentativa de emancipação com o


“Movimento de Integração e Desenvolvimento de
Maracanaú”.

1983 – Em 4 de julho, Maracanaú consegue a emancipação,


no entanto comemora-se seu aniversário em 06 de março,
pois esta é a data do plebiscito que decidiu a emancipação
pela Lei estadual n° 10.811. 1984 – A primeira eleição foi em
16 de dezembro elegendo Almir Dutra.
50
1987 – O prefeito Almir Dutra é assassinado em 27 de
fevereiro. Assume o vice-prefeito José Raimundo que é
afastado do cargo, assume então o interventor Alfredo
Marques, que permanece no cargo até outubro de 1988,
quando foi substituído pelo vereador Anastácio Soares Lima

. 1989 – Júlio César Costa Lima à frente da administração de


Maracanaú até 1992. 1993 – Antônio Correia Viana Filho
assume a prefeitura, renuncia no ano seguinte, ficando a
administração sob comando de Dionísio Brochado Lapa Filho.

1997- Júlio César volta a vida política em Maracanaú como


Prefeito, permanece no cargo por dois mandatos
consecutivos, de 1997 a 2004

. 2004 – Roberto Pessoa vence as eleições de 2004 e 2008

. 2012 - Firmo Camurça vence as eleições de 2012 e 2016

. 2020 - Roberto Pessoa vence as eleições, estando no poder


atualmente pela terceira vez em Maracanaú.

51
SUGESTÕES DE
PROJETOS/ATIVIDADES –
MARACANAÚ: 40 ANOS

Construção de
Aula de Campo (City Maquetes das
Tour Cultural) – principais edificações
roteiro previamente de Maracanaú e da
elaborado. própria comunidade.

Projeto Cadeira na Criação de Museu


Calçada, Chá de Memória, Escolar/ Museu
Roda de Memória entre
outros (Escuta de
Comunitário – com a
moradores antigos, participação de jovens
contando com a interação pesquisadores da
de pessoas jovens). comunidade.

Rainhas 4.0 – Desfile de


estudantes que
Elaboração de roteiros represente as quatro
para entrevistas. décadas de
emancipação (figurinos
de época).

52
Produção de curtas
Construção de linhas do
sobre os 40 anos feitos
tempo. por estudantes

Trabalhar os gêneros
Construção de blogs textuais para facilitar a
sobre a história da participação dos estudantes
comunidade – no Concurso Literário, que
produzido por será lançado pela Prefeitura
de Maracanaú sobre os 40
estudantes.
anos de emancipação.

Podcasts – com
Construção de fanzines, e-
books e cartilhas sobre a personalidades ligadas a
história de Maracanaú, construção histórica de
abordando Maracanaú, desde a luta
temáticas/segmentos indígena, emancipadores,
diferenciados. Ex: protagonistas de movimentos
Cotidiano, Cultura, sociais e o universo
Patrimônio, Saúde, Esporte, feminino, por exemplo.
Educação, entre outros.

Elaboração de temas já
Exposição de Arte sobre pensando no Desfile de 7 de
o tema. Pode ser setembro sobre os 40 anos de
fotografia, pintura entre Emancipação. (Sugestões
outras técnicas. deverão ser enviadas para o
Setor de Projetos e Ações
Educacionais).

53
Enfim, são apenas sugestões/possibilidades,
pois sabemos que a criatividade dos que
compõem a comunidade escolar é ilimitada e,
com certeza, esse tema trará elementos
importantes para a realização de trabalhos
interdisciplinares que contribuam para a
preservação da memória histórica,
valorização do patrimônio cultural, natural,
material e imaterial de Maracanaú, além do
fortalecimento das identidades sociais dos
maracanauenses.

54
Maracanaú 4.0:
terra de belezas mil

Maracanaú que, em tupi-guarani significa “lagoa onde


bebem as maracanãs”, tem o dia 06 de março de 1983 seu
marco emancipatório, tornando-se ao longo desse tempo
uma quarentona empoderada, cheia de vigor e que traz em
seu bojo uma história de desafios, resistências, superação
e, também, muitas possibilidades.

Uma cidade que traz a marca dos povos originários: Os


pitaguary. É também conhecida como a moradia das verdes
maracanãs, de clima ameno e bom para a saúde, tendo
como árvore símbolo a carnaúba, como o próprio Hino
Municipal anuncia é uma “Terra de Belezas Mil”.

Em seus primórdios, pós-contato entre os primeiros


colonizadores e os indígenas, que circundavam as lagoas do
Jacanaú, Mucunã e Cágado, o povoado foi elevado à
condição de Vila, recebendo o nome de Vila do Santo
Antonio do Pitaguary, tornando-se, em 1906, distrito de
Maranguape. Maracanaú, nesse tempo, era constituído por
um grupo de moradores, com fortes relações de amizade e
vizinhança se configurando como uma pequena localidade,
envolta pela alegria de seus moradores na realização de
suas festas religiosas e vivências cotidianas como: os
banhos nas lagoas, as partidas de futebol e toda sorte de
interações sociais.

Essa coesão empoderou seus habitantes para planejar


resistências, planos emancipatórios e traçar percursos
decisivos para a aquisição do direito à cidade. Esse
caminhar, em duas décadas de 1970 a 1990, corroborou na
transformação do território, com aspecto de cidadezinha
rural em cidade industrial, essencialmente urbana.

55
É através do tempo que o sujeito constrói suas experiências,
aprende, vivencia afetos, simboliza, introjeta espaços e
constrói sua identidade. É nesse caminhar que chegamos aos
40 anos de emancipação política de Maracanaú na busca de
um lugar melhor para se viver, um espaço que seja percorrido
com prazer, um mosaico de temporalidades convidando-nos a
uma reflexão sobre a multiplicidade das culturas urbanas em
um exercício de educação permanente.

Nos últimos quarenta anos, apesar das transformações


vivenciadas na sua relação com o lugar, a população
maracanauense expressa claramente o seu contentamento
com o processo de crescimento no qual se inseriu a cidade.

Na história recente sob a égide das administrações


municipais dos gestores Roberto Pessoa e Firmo Camurça,
observamos, através dos discursos e narrativas de vários
segmentos populacionais, que Maracanaú é percebida como
uma cidade de futuro, em crescimento, importante e rica de
possibilidades.

Este ano, comemoraremos com uma ampla programação


anual, o aniversário dessa quarentona exuberante, que a cada
ano vem superando um passado estigmatizado, seguindo, a
passos largos para a modernidade, aliando o desenvolvimento
às suas tradições e buscando melhorias para o seu povo, por
meio de políticas públicas que possam fortalecer, ampliar e
garantir o acesso à moradia, ao lazer, ao transporte, à saúde, à
cultura, ao emprego, renda, o direito ao espaço público, a
reinvestidura da cidade como catalisadora dos encontros, das
trocas, do diferente, do plural e da criatividade, permitindo
assim a construção identitária de seus moradores.

Parabéns ao município de Maracanaú! Você é digno de todas


as homenagens.

Atenciosamente.
Equipe de Projetos e Ações Educacionais

56
BIBLIOGRAFIA

ALBUQUERQUE, Tânia. Maracanaú: Paisagens e Memórias. Edesign


editorial. Maracanaú, 2010.

ARAGÃO, Raimundo Batista. Índios no Ceará e Topônimos Índigenas.


Fortaleza: Barraca do Escritor cearense, 1994. p174.

Da SILVA JÚNIOR, Roberto. Instituto Carneiro de Mendonça: histórias,


memórias e práticas educativas. Tese (doutorado) – Universidade Federal
do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em
Educação, Fortaleza, 2018.

LEMENHE, Maria Auxiliadora, As Razões de uma Cidade: Conflito de


Hegemonia. Fortaleza, Stylus Comunicações, 1991.

GUIMARÃES. Perpétua Socorro Tavares. Inventário Socio-ambiental do


Povo Pitaguary/Adelco. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2019.

HOORNAERT, Eduardo. Catequese e Aldeamento, IN SOUSA, Simone


(Coord.) História o Ceará, vários autores, Fortaleza, UFC, Fundação
Demócrito Rocha, Stylus Comunicações, 1989.

NASCIMENTO, Francisco Correia do. Raízes de Maracanaú. Fortaleza:


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OLIVEIRA, Domingos. Maracanaú em Versos, Prefeitura de Maracanaú,


1993.

PALITOT, Martins Estevão (org.). Fortaleza: Secult/Museu do


Ceará/IMOPEC, 2009.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. In: Revista Estudos


Históricos Vol. 2, nº 3. Rio de Janeiro: CPDOC; FGV. 1989
.
SECRETARIA DA EDUCAÇAO, CULTURA E DESPORTO DE MARACANAÚ,
Gestão Educacional em Maracanaú: um processo de Construção Coletiva,
1993/1996.

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Prefeitura Municipal, 1992.

SOUSA, Manoel Alves de. Maracanaú: História e Vida: “O Voo das


Maracanãs Auriverdes e o Pouso dos Ventos da Industrialização”.
Fortaleza: Tropical, 1996.

57
61
DOCUMENTOS

A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE MARACANAU, Promulgada a


10 de abril de 1990; Distribuição da Câmara Municipal de
Maracanaú.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARACANAU – Termo de


Referência do Plano Diretor de Maracanaú, 1995.

___________, A Cidade dos Atacadistas e Distribuidores –


Projeto da Prefeitura de Maracanaú.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO DE


MARACANAÚ, Relatório de Atividades pelo Departamento
Cultural d ano de 1996.

SECRETARIA DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO, Raio X do Distrito


Industrial, Maracanaú,1995.

CAMPANHA PELA DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS NO


CEARÁ, FORTALEZA, 1993.

REZISTO DE DATTA E SISMARIA DO PRINCIPAL DE ALDEYA


NOVA. E OS MAIS INDIOS, BARÃO DE STUDART.

58
61
TESES

INSTITUTO CARNEIRO DE MENDONÇA: HISTÓRIAS, MEMÓRIAS


E PRÁTICAS EDUCATIVAS. TESE DE DOUTORADO – ROBERTO
SILVA JÚNIOR, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ,
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, FORTALEZA, 2018.

COMUNICAÇÃO PÚBLICA E CIDADANIA: UM ESTUDO SOBRE A


CAMPANHA CULTURA DE PAZ EM MARACANAÚ – MARIA ELZA
FERREIRA LIMA – SÉRIE TESES E DISSERTAÇÕES, EDITADA
PELO BANCO DO NORDESTE,2013.

59
61
ARTIGOS

EMANCIPAÇÃO: O SONHO CONQUISTADO. FRANCISCO ALLAN


KARDEC MARINHO. ARTIGO PUBLICADO PELA SECRETARIA DE
EDUCAÇAO, CULTURA E DESPORTO DE MARACANAÚ.

POVO PITAGUARY NA VISÃO DOS PITAGUARY. MARIA


BERNADETE ALVES FEITOSA E MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES
FEITOSA. IN NA MATA DO SABIÁ: CONTRIBUIÇÕES SOBRE A
PRESENÇA INDÍGENA NO CEARÁ. / ESTEVÃO MARTINS
PALITOT(ORGANIZADOR) - FORTALEZA: SECULT/ MUSEU DO
CEARÁ / IMOPEC, 2009.

O BALANÇO DA ALDEIA PITAGUARY NO GIRO DA MARACÁ. ELOI


MAGALHÃES. IN NA MATA DO SABIÁ: CONTRIBUIÇÕES SOBRE A
PRESENÇA INDÍGENA NO CEARÁ. / ESTEVÃO MARTINS
PALITOT(ORGANIZADOR) - FORTALEZA: SECULT/ MUSEU DO
CEARÁ / IMOPEC, 2009.

AS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO ESCOLAR “DIFERENCIADA”: A


EXPERIÊNCIA DE ORGANIZAÇÃO DOS PITGUARY. FLÁVIA ALVES
DE SOUSA. IN NA MATA DO SABIÁ: CONTRIBUIÇÕES SOBRE A
PRESENÇA INDÍGENA NO CEARÁ. / ESTEVÃO MARTINS
PALITOT(ORGANIZADOR) -FORTALEZA: SECULT/ MUSEU DO
CEARÁ / IMOPEC, 2009.

60
61
SITES, BLOGS E LINkS

SITE DA PREFEITURA DE MARACANAÚ:


https://www.maracanau.ce.gov.br/historia-de-maracanau/

PÁGINA DO FACEBOOK:
https://www.facebook.com/maracanau.antigo

BLOG MUSEU VIRTUAL DE MARACANAÚ:


http://museuvirtualdemaracanau.blogspot.com/

(OBS: tanto a página no facebook e o blog são de autoria do


pesquisador e pedagogo Ailton Gomes, profundo conhecedor da
história de Maracanaú e professor aposentado da Rede de
Ensino de Maracanaú).

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