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Trabalho de Engenharia do

Trabalho

Professor: Dreyfus Bertoli;

Engenharia de Produção

Tema: Laudo Ergonômico NR-


17
LAUDO ERGONÔMICO DE TRABALHO ERGONOMIA – NR-17

IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Razão Social: Escola Municipal Sonho de Criança.


Endereço: Rua das Petúnias, 306 – São João do Pau d’alho – SP.
CEP: 17970-000 CNPJ: 00.360.305/0001-04
CNAE (Educação Infantil - Creche)

INTRODUÇÃO

A Escola Municipal Sonho de Criança está localizada na parte oeste da cidade, e atualmente
atende cerca de 20% da população residente com mais de 200 crianças; sendo um
estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico, e cuidados às crianças de 3 anos a 6
anos de idade, sendo que seu sistema educativo também engloba educação pré-escolar e a
educação infantil.

OBJETIVO GERAL

O presente trabalho visa levantar dados para análise ergonômica do trabalho nos ambientes do
estabelecimento público, analisando os agentes ergonômicos pertinentes à atividade
desenvolvida, conforme estabelece a Portaria n. 3.214/78 alterada pela Portaria n. 3.751/90 –
Norma Regulamentadora (NR-17).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Reconhecer possíveis riscos ocupacionais quando da utilização do mobiliário projetado por


cada função – atividade;
b) Analisar e quantificar estes riscos;
c) Propor medidas de controle, sejam estas, na fonte, na trajetória e/ ou no receptor;
d) Garantir a preservação da saúde e integridade física do empregado;
e) Garantir à empresa a condição ocupacional dos seus empregados;
f) Resguardar a empresa de possíveis implicações jurídicas ou legais;
g) Promover a melhoria permanente do ambiente de trabalho; e
h) Criar condições mais favoráveis ao desempenho das atividades profissionais.
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

As informações colhidas foram fornecidas pelo responsável o pedagogo Dreyfus Bertoli. O


funcionário municipal foi questionado sobre as atividades que foram consideradas na elaboração
desse laudo ergonômico. Foram arguidos, ainda, sobre queixas ou sintomas que pudessem
colocar em risco a integridade física do profissional no exercício do trabalho e também quanto ao
limite máximo de tempo durante a jornada para determinado tipo de atividade.

DESENVOLVIMENTO
Setor de Trabalho:

O estabelecimento público avaliado possui salas devidamente distribuídas por faixa etária das
crianças, sendo educação pré escolar e educação infantil. As salas de aula são razoavelmente
pequenas pela quantidade de alunos, sendo que a mobília do local apresenta ferrugem e má
conservação, o que pode originar em “acidentes” e até alguma lesão por fratura. A iluminação da
sala é relativamente correta por apresentar grande distribuição da luz solar (natural), porem as
lâmpada são de LED que podem ter um efeito tóxico para os olhos a curto prazo em caso de
“exposição violenta”. Mas, além disso, a exposição a longo prazo aumenta o risco de
Degeneração Macular. A temperatura ambiente é climatizada apenas por 3 ventiladores, o que
pela metragem do local e a quantidade de pessoas dentro dele deixa o ambiente muito quente,
com uma temperatura superior ao indicado na NR-17, que especifica 23 graus. Os ruídos
presentes na sala de aula são iguais a 79 decibéis o que segundo a NR-17 é relativamente alto,
pois esta especifica que o limite para o período do dia é de 75 decibéis.

Considerações sobre a Ergonomia no local:

 Quanto a mobília:

 Cadeira:

O assento não possui regulagem de altura, e o encosto da cadeira na região dorsal e lombar
encontra-se inclinado, ocasionando em uma má postura da região lombar. Este não apresenta
apoio para antebraços, o que contribui para a tensão muscular dos membros superiores. Não
possui recurso giratório, e sua estrutura é recomendada para pessoas de até 1,70 metros de
altura, o que é desregular mais uma vez, vendo que o pedagogo possui 1,89 metros de altura.

 Mesa:

Apresenta uma altura desregular de 60 a 65 cm, sendo que as especificações definem que
a altura da mesa de trabalho ideal para garantir uma boa postura ao trabalhador (coluna ereta e
joelhos dobrados formando um ângulo de 90 graus), seria para as mulheres 65 cm, e para os
homens 70 cm. Não apresenta profundidade ideal para as pernas debaixo da mesa, visto que o
trabalhador é uma pessoa alta e por isso precisaria de um espaço maior para melhor
acomodação e melhor desenvolvimento.
 Apoio para os pés:

Não possui.

Biomecânica Ocupacional
 Movimentos realizados para a execução das atividades laborais

O profissional realiza suas atividades na postura alternada (em pé e sentado), e realiza muitas
das vezes atividades sentado no chão interagindo com as crianças com as dinâmicas
apresentadas nas atividades cotidianas. Sendo que o ambiente não possui uma cadeira com
regulagem de altura, e apoio para os pés, o que para a ergonomia acarreta em vários fatores que
podem desencadear um grave problema na região lombar, além das dores e a grande tensão
exercida no local, o que acarreta em grande estresse e na diminuição da capacidade física e da
produtividade no geral.
O profissional trabalha das 8:00 hrs ás 13:00 hrs sem horário de almoço, o que equivale a 5 hrs
trabalha por dia e a 25 hrs por semana; porém 2 vezes por semana são realizadas entre reuniões
para o acompanhamento dos alunos e horários pre definidos para a elaboração das planilhas de
atividades aplicadas durante a semana, o que possivelmente aumenta a carga horaria semanal
do profissional em cerca de 6 horas.
E muitas das vezes os pedagogos tiveram que realizar a atividade dos monitores e auxiliares de
creche, pela falta dos mesmos no local de trabalho e a má organização e distribuição de
funcionários no local.

Considerações finais:

A elaboração do presente Laudo é de responsabilidade da Engenheira de Segurança do Trabalho


Natália Cristina de Almeida, CREA/SP 0501955035, conforme cópia da Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) em anexo.
Os estudos foram realizados no mês de Abril de 2021, durante a fase de reorganização para a
melhoria do desempenho e evolução profissional, que serviram para fundamentá-lo técnicos e
cientificamente, com reconhecimento da legislação brasileira e métodos internacionais também
reconhecidos.
Segundo as questões comentadas na entrevista com o pedagogo Dreyfus Bertoli, o ambiente de
trabalho não possui as exigências necessárias para um bom desempenho profissional, além de
não respeitas muitas das NRs referente a saúde física e mental do trabalhador, em muitos
quesitos, entre eles a climatização do local, a presença de ruivos elevados e que podem
ocasionar em problemas cardiovasculares, o estresse, a depressão e a perda auditiva. Também a
falta de mobílias com um padrão maior e mais espaçoso, para a melhor acomodação e posição
correta de pessoas mais altas, como é o caso do pedagogo que possui 1,89 metros de altura;
além de o profissional muita das vezes desempenhar papeis naqueles não citados em seu
contrato de trabalho, e ocasionalmente exceder a sua carga horaria trabalhada, resultando em
grande tensão física.

Resp. Técnico pela Elaboração:


Natalia C.Almeida Natália Cristina de Almeida
Engenheira de Segurança do Trabalho
CREA/SP 0501955035

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