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ANÁLISE ERGONÔMICA

Portaria N° 3.751, de 23 de novembro de 1990.


Diário Oficial da União de 26 de novembro de 1990

NR-17

Profa.: Dra. Luciane de Paula


Técnicas em Segurança do Trabalho:
• Deusângela G. Fernandes
• Roselange A. C. Macedo

Palmas/TO, 07 de Dezembro de 2023.


RAZÃO SOCIAL: Pregão Central Varejista de móveis
ENDEREÇO: Rua: Perimetral 4 Qd 07 Lt 21 Jardim Aureny 2
BAIRRO: Taquaralto
CIDADE: Palmas
ESTADO: TO
CEP.: 77.060-195
TELEFONE: (63)3571-1795 | (63) 99216-3592
CNPJ: 10.417.696/0001-00
HORARIO: 8:00hs às 18:00hs
E-MAIL: moveicentralpalmas@gmail.com
INTRODUÇÃO
O objeto do presente trabalho, de acordo com o solicitado, é a Análise
Ergonômica do meu posto de trabalho, em uma loja de vender e comprar
móveis e eletrodomésticos, para que venha alavancar a implementação de
um PROCESSO DE ERGONOMIA.
Portanto, este processo é uma sequência de eventos ou atividades que irá
garantir como as coisas irão mudar no tempo, na realidade da empresa,
modificando-se Condições de trabalho inadequadas, causadoras de lesões
ou de outras formas de perdas, para Condições de trabalho melhores, mais
confortáveis para o trabalhador e consequentemente mais produtivas.
APRESENTAÇÃO
A importância da determinação de um diagnóstico correto, que envolve
aspectos clínicos, psicossociais e organizacionais, como fatores
multicausais na identificação de agravos à saúde, incluindo as Lesões por
Esforços Repetitivos (LER). As LER são condições médicas causadas por
atividades repetitivas, posturas inadequadas e esforço excessivo, que
podem afetar os músculos, tendões, nervos e outras estruturas do corpo. É
fundamental considerar todos esses aspectos ao diagnosticar e tratar as
LER, garantindo uma abordagem abrangente para a recuperação e
prevenção dessas lesões.
0 uso ininterrupto e permanente do microcomputador e levantamento de
peso hoje como ferramenta fundamental no processo de trabalho merece
atualmente um enfoque mais abrangente englobando outras tarefas
inerentes as atividades executadas por estes colaboradores.
Esta Laudo fará uma avaliação ergonômica da empresa, o que dará
subsídios para, um diagnóstico, sugestão do PROGRAMA DE
ERGONOMIA, viabilizando o monitoramento das medidas a serem
implementadas e para tomada de decisão no sentido de melhor gerenciar a
saúde e a qualidade de vida dos colaboradores.

OBJETIVO
A ergonomia se aplica ao projeto de postos de trabalho, máquinas,
equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança,
a saúde, o conforto e a eficiência do trabalho, de acordo com as
habilidades, capacidades e limitações individuais.
São considerados riscos ergonômicos os seguintes fatores: esforço físico
intenso, levantamento e transporte manual de peso, controle rígido de
produtividade, imposição de ritmo excessivo, jornadas de trabalho
prolongadas e monotonia e receptividade.
No processo de análise dos dados encontrados nesta avaliação foi
utilizada metodologia preconizada pela AET (Análise Ergonômica do
Trabalho), que consiste de cinco etapas: análise da demanda, análise da
tarefa, análise da atividade, diagnóstico ergonômico e recomendação
ergonômica

MÉTODO DE ANÁLISE: RULA

Trabalho no escritório

Observação: Este método foi aplicado para as atividades que requerem


tempo maior de exposição à postura, com esforço maior 4 horas. Durante
esta função que se refere ao manuseio do computador.
Braço: 45º
Pescoço: 20º
Antebraço: 90º
Tronco: 20º
Punho: 15º
Pernas: não estão bem apoiados e
equilibrados
Desvio do Punho: não
Contração Muscular do Tronco: Estática
Braço cruza Linha média do Corpo: não
Carga/Esforço (Total horas/dias no computador): de 4-6 Horas/dia
Estática sem apoio Força Muscular: + ou - 2 horas ao computador
sem levantar.
Obs: Deve realizar mudanças rapidamente
MÉTODO DE ANÁLISE: CHECK-LIST
Elementos Avaliados Resultado Condição Ergonômica
Cadeira 90,47% Boa
Mesa de Trabalho 64,70% Razoável
Notebook 85,71% Boa
Conclusão quanto ao risco ergonômico:
Para analisar os principais fatores de risco para o trabalho na posição
sentada foram utilizados o método para avaliação Postural associado à
aplicação de força Muscular e Carga/Esforço – RULA, através desta
análise, deverá realizar mudanças rapidamente ao posto de trabalho.
Os fatores
A distância do mouse, com angulo de 45° de flexão para o ombro e a
regulagem da altura da cadeira e monitor de vídeo o qual proporciona
postura inadequada para o tronco e cervical.
Recomendações Ergonômicas:
- Proporcionar oxigenação, alternância de postura e repouso do tecido
muscular durante demandas extensas de digitação e postura prolongada,
deverá ter pequenas pausas de 1 a 2 minutos a cada 1 hora;
Para o bom apoio do punho no teclado e Mouse;
- Manter o teclado sem inclinação;
Aquisição de suporte regulável para monitor de vídeo;
- Manter o posicionamento do mouse de forma que o cotovelo esteja a 90°
próximo ao tronco;
- Adequar à altura da cadeira e monitor conforme as medidas
antropométricas;
Após o início deste curso, Técnico em Segurança do Trabalho, temos que
ver possibilidade de promover treinamento em ergonomia, abordando
orientações posturais no posto de Trabalho como medidas de prevenção às
doenças ocupacionais, ajustes antropométricos da cadeira e monitor
conforme medidas descritas nas características antropométricas, com
distância horizontal olhos- monitor de 45 a 70 cm, levando em
consideração o conforto visual e o posicionamento do tronco no eixo
vertical natural do trabalhador.

MONTADOR DE MÓVEIS
Este trabalho realizado na empresa que é do ramo varejista justifica-se
pela necessidade de entrega de móveis que carecem de montagem e entrega
tanto para reposição de amostra da loja, quanto para o cliente final, o que
deve ser feito de forma rápida, com qualidade e que atenda a um “mix”
variado de produtos, além de oferecer ao operador a oportunidade de
efetuar suas atividades de forma ergonômica. Dessa forma, isso contribui
com a empresa oferecendo-lhe uma saída no que consiste a solução desta
demanda de forma eficaz, proporcionando uma melhor experiência aos
seus clientes, facilitando o processo de fidelização. Além de conferir um
melhor aspecto visual para o setor em questão.
Mas se falando em análise ergonômica evidenciou que, em relação à
organização do posto de montagem, existe pouca utilização do
gerenciamento visual ligado ao tipo de layout atual, visto que o trabalhador
utiliza parte do tempo útil na procura de materiais necessários à montagem.
No local também não há espaço definido e identificado para a guarda do
ferramental. Neste contexto, pode-se ainda identificar a ausência de
marcações que sinalizem área de montagem. As áreas de risco também não
são identificadas, o que pode contribuir para a ocorrência de acidentes de
trabalho. Os fios elétricos, dispostos ao longo do espaço, oferecem risco à
saúde do trabalhador, além de dificultar a movimentação e o transporte de
mercadorias.
A análise ergonômica das atividades desempenhadas pelo montador
contribuiu significativamente para a tomada de ações no sentido de
organizar este posto de trabalho. A quantificação dos perigos mostrou-se
eficaz para mostrar à gerência da empresa a importância da implementação
das ações que possam evitar acidentes . Com o diagnóstico e a análise
realizados nessa pesquisa, sugere-se algumas mudanças ergonômicas, de
layout e na organização do trabalho. Em relação ao ambiente de trabalho,
recomenda-se uma limpeza na oficina para aumentar espaço de trabalho e
retirar materiais desnecessários e sujeiras. Implementar como requisito de
organização a não utilização do espaço em agregar outros materiais, como
motocicletas. Utilizar um depósito para equipamentos e matéria-prima com
dimensões maiores para separar do posto de trabalho, tendo uma melhor
organização do ambiente para movimentações. Para isso, também é
necessária uma gestão do estoque das matérias-primas. Essas ações visam
fazer com que a oficina seja apenas para o espaço do processo produtivo
com maior efetividade. Inserir prateleiras de disposição para os materiais
menores com ajuste de altura dos montadores a fim de evitar a inclinação e
torção na busca por esses materiais, além do ambiente ficar com maior
espaço. Além disso, dispor as ferramentas em suportes na parede,
separando por tamanho e funcionalidade na altura dos trabalhadores,
evitando agachar ou colocar braços acima da cabeça. A mesa construída
pelos montadores é essencial em facilitar As tarefas realizadas,
principalmente na montagem dos móveis menores, assim deve-se ser
reformada com objetivo se estar mais segura e ter melhor espaço de uso.

Uma das principais recomendações e com maior urgência é


implementação de uma Gestão de risco para utilização de EPI adequados. É
crucial para os montares esses equipamentos para garantir sua segurança e
saúde. Além disso, atualização da NR01, obriga as empresas possuírem
programa de prevenção a riscos ocupacionais. Para realização das
atividades é sugerida a rotação das atividades devido aos projetos serem
únicos e terem diferentes demandas ergonômicas e riscos. Como no caso
dos móveis maiores, em que se mostrou exigir maiores esforço físicos,
podem ser realizados por dois ou mais montadores. Nesse sentido, é
importante ser realizado uma inspeção para adaptar o mobiliário a NR 17.
Também sugere-se implementar programas de atividade física, que podem
aliviar as dores, estresse na execução das atividades.

ENTREGADOR.

• O entregador, em seu trabalho, deve ser feito onde o carro posso


encostar ou ficar próximo, onde há uma elevação para que o baú do
caminhão fique no mesmo nível do chão onde está o colaborador. Dessa
forma, o trabalhador pode entrar e sair facilmente do caminhão, sem
precisar se esticar para carregar ou descarregar.
Além disso, também é necessária a utilização de EPIs (Equipamentos de
Proteção Individual), como luvas e botas. As luvas evitam machucados nas
mãos, que podem comprometer a estabilidade da carga. As botas evitam
que os pés fiquem prensados por cargas se estas caírem das mãos do
trabalhador. Não force sua capacidade de carregar peso, em hipótese
alguma. As lesões que isso pode ocasionar são permanentes, podendo
deformar a coluna e incapacitar a pessoa para atividades simples, como
caminhar. A conscientização é extremamente importante. Em um momento
de motivação excessiva, o trabalhador pode se machucar permanentemente.
Tenha cautela e seja consciente.

Um dos EPI’s fundamenta para quem atua em atividades que exigem o


carregamento de peso está sujeito a riscos de lesão ou machucados na
coluna vertebral ou membros, é a cinta ergonômica. Afinal, o trabalhador
precisa fazer força repetidamente, várias vezes por dia e, caso faça isso de
forma equivocada, pode se machucar ou desenvolver lesões ao longo do
tempo e ela garante a maior proteção do trabalhador. Em primeiro lugar, ela
auxilia na imobilização de certas partes do corpo, o que propicia a postura
correta do trabalhador enquanto realiza as atividades, reduzindo as chances
de lesão por movimento equivocado.
MOTORISTA

O motorista deve ficar com um ângulo do encosto deve ficar entre 100 e
120 graus, ligeiramente inclinado, ou seja, nunca reto ou deitado demais.
Além disso, o volante precisa ficar a uma distância compatível com a
estatura e as características físicas do condutor. As pernas devem estar
levemente dobradas, bem como os braços. Ajuste o banco para que os
movimentos na direção sejam leves, evitando sobrecarga nos músculos.
Ademais, um encosto para a cabeça é indispensável para evitar lesões à
região cervical, aquelas que quando surgem demoram muito tempo para
serem tratadas.

Como já visto neste trabalho a maior parte dos problemas existentes em


uma Empresa pode ser resolvida com o auxílio de ferramentas ou técnicas
para melhoria e controle. Cada ferramenta tem sua própria utilização, sendo
que não existe uma receita adequada para saber qual a ferramenta que será
utilizada em cada fase.
Algumas etapas para correções ergonômica no ambiente de trabalho:
Concepção: quando a contribuição se faz durante o projeto do produto,
da máquina de uma estação de trabalho e equipamentos, ambiente ou
sistema. Esta é melhor fase para aplicação da ergonomia, por que ganha
mais conhecimento e experiência em função das dificuldades, problemas
que aparecerão durante a implementação do projeto, leva a equipe a fazer
buscar solução e a tomar decisões que geralmente são tomadas com base
em situações hipotéticas.
Correção: é aplicada em situações reais, já existente, para resolver
problemas que se refletem na segurança, fadiga excessiva, doenças do
trabalhador ou qualidade da produção para alterar locais ou condições de
trabalhos.
Conscientização: procura capacitar o próprio trabalhador para a
identificação e correção dos problemas do dia-a-dia ou casos emergências.
Fase em que procura apenas manter os trabalhadores informados.
Participação: procura envolver o próprio usuário do processo, ou seja, o
trabalhador, na solução de problemas ergonômicos, baseado na confiança
de que possuem um conhecimento prático. Nesta fase o trabalhador
solucionar problemas em posto de trabalho, consumidor e de produtos de
consumo.

Conclusão:
A partir dos levantamentos apontados no estudo ergonômico, foram
propostas sugestões de melhorias para o posto de trabalho, tais como que os
motoristas se alonguem e aqueçam antes do início da jornada de trabalho.

Considerações finais
É muito importante destacar a necessidade da orientação aos
trabalhadores, passando para os mesmos o porquê de se fazer o esforço da
forma correta, considerando-se então as más práticas como não
conformidade e, portanto, sujeita às devidas medidas administrativas de
correção de desempenho

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