Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portuguesa
I) A autora do texto declara ter uma admiração especial por Woody Allen não só pela obra
filmográfica, mas também pelo músico que ele é.
II) A admiração de Mariliz por Ivete deve-se, entre outros, ao fato de a cantora não parecer ser
alguém intocável ou divina, mas real.
III) O termo descobrir é posto entre aspas para ressaltar que o ano 2000 foi o momento em que a
autora teve seu primeiro acesso à referida cantora.
5)
BECK. Alexandre. Armandinho. Disponível em: <http://tirasarmandinho.tumblr.com>. Acesso em: 26 out. 2016.
O trecho a seguir faz parte do discurso proferido pelo moçambicano Mia Couto na abertura do
ano letivo do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique e foi publicado em um
livro de Ensaios desse mesmo escritor.
“A pressa em mostrar que não se é pobre é, em si mesma, um atestado de pobreza. A nossa
pobreza não pode ser motivo de ocultação. Quem deve sentir vergonha não é o pobre mas quem
cria pobreza.
2
Vivemos hoje uma atabalhoada preocupação em exibirmos falsos sinais de riqueza. Criou-se a
ideia que o estatuto do cidadão nasce dos sinais que o diferenciam dos mais pobres.
Recordo-me que certa vez entendi comprar uma viatura em Maputo. Quando o vendedor reparou
no carro que eu tinha escolhido quase lhe deu um ataque. “Mas esse, senhor Mia, o senhor
necessita de uma viatura compatível”. O termo é curioso: “compatível”.
Estamos vivendo num palco de teatro e de representações: uma viatura já é não um objeto
funcional. É um passaporte para um estatuto de importância, uma fonte de vaidades. O carro
converteu-se num motivo de idolatria, numa espécie de santuário, numa verdadeira obsessão
promocional.
Esta doença, esta religião que se podia chamar viaturolatria atacou desde o dirigente do Estado
ao menino da rua. Um miúdo que não sabe ler é capaz de conhecer a marca e os detalhes todos
dos modelos de viaturas. É triste que o horizonte de ambições seja tão vazio e se reduza ao brilho
de uma marca de automóvel.
É urgente que as nossas escolas exaltem a humildade e a simplicidade como valores positivos.
A arrogância e o exibicionismo não são, como se pretende, emanações de alguma essência da
cultura africana do poder. São emanações de quem toma a embalagem pelo conteúdo.”
Couto, Mia. E se Obama fosse africano? E outras interinvenções. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
7) Explique
a) o sentido do termo viaturolatria;
b) o modo como o termo viaturolatria foi formado.
8) O texto a seguir foi postado na página do Facebook do Cemitério Jardim Parque da Ressureição.
Leia-o para resolver os itens a e b.
postar1 (pos.tar) v.
1. Pôr ou ficar (em determinado lugar), ger. de pé: O noivo postou o amigo na entrada da igreja: O
infeliz postou-se ao meu lado.
3
[F.: posto + -ar2. Hom./Par.: posta (s) (fl.), posta(s) (sf.[pl.]); postais (fl.), postais (pl. postal
[a2g.sm.]); poste(s) (fl.), poste (sm.[pl.]); posto (fl.), posto [ô] (a. conj. e sm.).]
Citonho: Isso é assim mesmo, minha gente. Eu também estou no fim da vida, era um rapaz
morigerado e nunca encontrei quem quisesse matrimoniar-se comigo.
Jaborandi: Quisesse o quê, Citonho?
Citonho: Se casar comigo, rapaz. Ora que você não sabe nada!
Testa-Seca: Eu só estou e ele anda por aí, fazendo essa miséria toda, e nunca teve um pai de
moça que capasse ele.
Ten. Guedes: É como lhe digo, morrer não é o que existe de pior. Você já pensou? Um sujeito
assim feito capão?... (Após um instante, os presos compreendem, há risadas. Testa-Seca e
Paraíba trocam tapas, este finge bater e canta como galo.)
Jaborandi: Tenente! O homem vem aí com Juvenal e o Cabo Heliodoro. Parece até que vem mais
gordo! (Toca alegremente a corneta.)
Ten. Guedes: Pare com isso! (Jaborandi continua.) Silêncio. (Ele para.)
Leléu: (Entrando, acompanhado do soldado Juvenal e do Cabo Heliodoro. Está com a camisa
rasgada e meio suja de terra.) Epa, minha gente, como vão as coisas por aqui? Que é que há,
Jaborandi? Citonho velho! Sempre firme, hein? (Aos presos.) Aí, meninos! Nunca se metam a fugir,
que esse homem é de morte. Me agarrou.
Ten. Guedes: Preso... ajoelhe-se.
Leléu: Por quê? E aqui agora é igreja, é?
Ten. Guedes: Ajoelhe-se, peça perdão.
Leléu: Eu não fiz nada.
Ten. Guedes: (Batendo-lhe) Ajoelhe-se, peça perdão por ter traído a minha confiança, fugindo de
minha casa, procurando me desmoralizar...
Leléu: Não. E o senhor não pode me bater. Só por que estou preso? Eu tinha o direito de fugir.
Agora o senhor não tem o direito de bater em mim, como não podia me tirar daqui e levar pra sua
casa.
Ten. Guedes: Tanto podia que levei.
Leléu: Tanto não podia que o juiz está querendo metê-lo na cadeia. Pensa que eu não sei, é?
LINS, Osman. Lisbela e o Prisioneiro. São Paulo: Planeta, 2015.
a) No trecho apresentado, está presente uma atitude característica do Tenente Guedes com
implicações morais, que são desmascaradas pelo efeito cômico do texto. Que atitude é essa?
Justifique a partir dos fatos apresentados no trecho.
b) No texto teatral, qual a finalidade das passagens escritas em itálico, entre aspas, em caixa alta
ou entre parênteses?
10) Agora, escreva seu entendimento sobre os textos I e II lidos no início das atividades.