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Nome: 6º ano:

Texto 1

Que tal tirar uma 'selfie' com um E.T.? Veja tirinhas da 'Folhinha' - 03/05/2014 - Folhinha - Folha de S.Paulo
(uol.com.br)

1) Essa tirinha, composta de apenas um quadro, parece sugerir uma história, imagine
que história pode ser contada com base nela.
2) A tirinha destaca uma prática comum nos dias atuais. Com base nessa informação,
como você interpretaria o humor da cena representada?
3) Compare a linguagem verbal, que você usou para imaginar uma história sugerida
pela tira, com a linguagem própria da tira. Mostre por que elas são diferentes.
4) Examine o título da tira. De que modo ele ajuda a interpretá-la?

Texto 2 - A ilha – Lázaro Ramos


Minha história começa numa ilha com pouco mais de duzentos Glossário
habitantes, na Baía de Todos os Santos. Uma fração de Brasil Infalível: que não
praticamente secreta, ignorada pelas modernidades e pelos mapas: nem falha, que nunca
o (quase) infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa terra se engana.
minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas raízes. O lugar é um distrito
de São Francisco do Conde — município a 72 quilômetros de Salvador, próximo a Santo
Amaro conhecido por sua atual importância na indústria do petróleo. Na ilha, as principais
fontes de renda ainda são a pesca, o roçado e ser funcionário da prefeitura.
No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios dispensáveis. Para atravessar de um
lado para o outro na maré de águas verdes, o transporte oficial é a canoa, apesar de já
existirem um ou outro barco, cedidos pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem os
moradores, em coro. Quando alguém está no "porto" e quer chegar até o Paty, só precisa
gritar: "Tomaquê!"
Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê". É uma
redução, como “oxente", que quer dizer "O que é isso, minha gente". ou “IÓ paí, ó", que é
“Olhe pra isso, olhe", ou seja simplesmente “me tome aqui, do outro lado da margem". É
muito gostoso gritar “Tomaquê!".
Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a remo, um quilômetro nas águas
verdes e calmas. Entre os dois pontos da travessia se gastam uns quarenta minutos. Essa
carona carrega, na verdade, um misto de generosidade e curiosidade. Num lugar daquele
tamanho, qualquer visita vira assunto, e é justamente o remador quem transporta a
novidade.
Até hoje procuro visitar a ilha todos os anos. Gosto de entender minha origem e receber
um abraço afetuoso dos mais velhos. Vou também para encontrar um sentimento de
inocência, urna felicidade descompromissada, que só sinto por lá.
Graças à sua refinaria de petróleo, São Francisco do Conde é um dos municípios mais
ricos do país. [...] Essa dinheirama, porém, não chega até o cotidiano de quem mora no Paty.
Eles até conseguem ver vantagens na vida simples que levam: como não há violência, não
há polícia na ilha, e as portas das casas estão sempre abertas para quem quiser entrar. O
que faz falta mesmo é a água encanada. Para tudo: dar descarga nos banheiros, lavar pratos
e roupas, tomar banho.
Não faz muito tempo, luz também era luxo. Na minha infância, a energia elétrica vinha
de um único gerador, usado exclusivamente à noite, quando os televisores eram ligados
nas novelas. As janelas da casa de meu avô, que teve uma das primeiras TVs do Paty,
ficavam sempre cheias de gente. Era o nosso cineminha.

Fotografia se satélite da ilha do Paty, São Francisco do Conde, Salvador, 2018 – Lázaro
Ramos. Na minha pele, 2017.
1) O texto está organizado em parágrafos, marcados por uma entrada em branco na
mudança de linha e um sinal de pontuação final. Releia o primeiro parágrafo.

a) A qual localidade referem-se as passagens abaixo?


• “[...] ilha com pouco mais de duzentos habitantes, na Baía de Todos os Santos"
• “Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada pelas modernidades e pelos
mapas
• "[...] nem o (quase) infalível Google Maps consegue encontrá-la'
• “[...] terra minúscula [...]"

b) Que características do lugar são reforçadas pela caracterização feita pelo autor nas
passagens acima?

c) Com base em seu conhecimento de mundo, explique o que vem a ser o Google Maps.
por ele seria "(quase) infalível", segundo o autor?

d) O modo detalhado pelo qual o autor apresenta seu local de nascimento é importante
para o leitor? Por quê?

2) Identifique no texto mais algumas informações sobre o autor.

a) Ele ainda mora na ilha? Justifique sua resposta com uma passagem do texto.

b) No último parágrafo, o autor fala de um tempo passado. Que lembranças ele traz
para o texto?

c) Com base nas informações do texto, como você imagina a infância do autor?

d) Que sentimentos ele parece ter em relação à ilha? Escolha elementos do texto
para explicar sua resposta.

3) O estilo de vida dos moradores da ilha é o mesmo da época em que o autor era criança?
Justifique sua resposta.

4) Nas frases a seguir, aparecem elementos linguísticos, como verbos e pronomes, que
indicam o próprio autor quem relata sua história.

Minha história começou numa ilha.


Até hoje procuro visitar a ilha todos os anos.
a) Em que pessoa verbal foi escrito o relato?

b) Destaque do texto mais uma passagem que confirme o uso dessa pessoa verbal.

c) Indique as duas alternativas corretas sobre esse tipo de relato:


➢ produz um efeito de verdade, de que o autor conta o que de fato aconteceu na vida
dele;
➢ tem efeito de dissimulação e incerteza, porque o autor admite estar inventando tudo;
➢ afasta autor e leitor, porque este último desconfia do que lê, já que tudo parece
invenção;
➢ constrói efeito de fantasia e ficção, porque nada do que se conta parece ter
verdadeiramente acontecido
➢ aproxima autor e leitor, porque este último acredita na sinceridade do relato pessoal.

5) No texto aparecem algumas formas abreviadas, ou seja, reduzidas, de expressões,


como oxente, que significa "O que é isso, minha gente", e Ó paí, ó em vez de "Olhe
pra isso, olhe'

a) As expressões abreviadas usadas pelos habitantes da ilha mostram um uso próprio


da região.
Em que situações essas expressões são empregadas por eles?
• O autor diz que é 'mais gostoso" usar a forma abreviada tomaquê do que a frase
completa "me tome aqui, do outro lado da margem' Quem são os falantes que usam
a abreviação?
• Em que situação o fazem?

b)Você provavelmente utiliza expressões como essas ou outras abreviações em seu dia
a dia. Discorra sobre algumas situações em que você as utiliza.

6) Releia a seguinte passagem do texto.


Graças à sua refinaria de petróleo, São Francisco do Conde é um dos municípios
mais ricos do país. Essa dinheirama, porém, não chega até o cotidiano de quem
mora no Paty.

a)Em vez de usar a palavra dinheiro, o autor preferiu dizer dinheirama. O que significa
a palavra empregada?

b) O autor usa a palavra num contexto em que está criticando a distribuição do dinheiro
arrecadado pelo município. Qual é a crítica que ele faz?

c) Pode-se dizer que o aumentativo empregado ajuda a construir a crítica? Por quê?
7) Releia outro fragmento do texto.

As janelas da casa de meu avô, que teve uma das primeiras TVs do Paty, ficavam
sempre cheias de gente. Era o nosso cineminha.

a) Identifique a forma diminutiva empregada nesse trecho.

b) Formule uma explicação para o emprego da forma diminutiva em lugar da forma


normal da palavra.

Fique atento: -

A linguagem que empregamos ao escrever


um recado a um amigo em uma rede social é
diferente da linguagem empregada em um
trabalho escolar.
Quando conversamos com amigos ou
quando estamos em família, usamos o
registro informal da linguagem, próprio do dia
a dia.
Quando apresentamos oralmente uma
pesquisa na escola ou vamos a uma
entrevista de emprego, porém, empregamos
o registro formal.
Registros são os diferentes usos da
linguagem de acordo com a situação de
comunicação.
No relato pessoal que você leu no texto
deste capítulo, a informalidade da linguagem
é um recurso usado para criar proximidade
entre autor e leitor. Quem escreve parece
estar conversando, trocando ideias com um
amigo, nesse caso, o leitor.
8) No relato pessoal que você leu, o emprego de formas abreviadas e de diminutivos e
aumentativos parece ser próprio:
. do registro formal? ou
. do registro informal da língua?
➢ Justifique sua resposta.

9) Compare o trecho do texto que você leu com o trecho da apresentação de uma
entrevista feita com Lázaro Ramos.
l. Até hoje procuro visitar a ilha todos os anos. Gosto de entender minha origem e
receber um abraço afetuoso dos mais velhos. vou também para encontrar um
sentimento de inocência, uma felicidade missada, que só sinto por lá
II. No livro, Ramos narra episódios de discriminação, reflete sobre a questão racial,
sabe que fala de uma posição de exceção, mas também dá voz aos outros, incorpora
depoimentos e enriquece o debate. Das entrevistas realizadas para o programa
Espelho, no qual conversa com personalidades sempre enfatizando aspectos da
cultura negra, o ator trouxe muitos depoimentos preciosos.
Nahima Maciel, Lázaro Ramos lança livro sobre pluralidade cultural e estigmatização

a) Que diferença você pode assinalar entre os dois fragmentos (I e II) em relação à
pessoa do discurso e o tipo de texto?

b) Em qual dos trechos ocorre maior grau de afetividade e expressão pessoal do modo
de ser do autor?

10) O Releia o trecho a seguir.

Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer "tomaquê"

a) A quem o autor se dirige ao usar a expressão "minha companhia de viagem"?

b) Que forma de tratamento o autor usa para dirigir-se a essa companhia?

c) com base nesses elementos, que relação o autor estabelece com o leitor?

d) Pense na palavra viagem e em seus diferentes sentidos. Por que o autor considera que
está fazendo uma viagem?

e) Após responder a atividade, faça um pequeno relato sobre você, como a do Lázaro
Ramos, fale sobre as suas relações com o espaço, com a família e amigos. Capriche.
(Alunos que estão frequentando as aulas já fizeram).
Observações:
Essas atividades são para os alunos que não estão frequentando as aulas presenciais,
tente compreender o que é linguagem verbal e não verbal e responda:

Linguagem verbal e linguagem não verbal

Você observou que na tira acima, que trata da selfie, assim como nas histórias em
quadrinhos [HQ], uniu duas linguagens: a verbal e a não verbal? A linguagem verbal é feita
de palavras. A linguagem não verbal pode utilizar desenho, pintura, gestos, esculturas etc.
Algumas placas de sinalização utilizam apenas imagens e podem ser compreendidas por
pessoas de quase todas as partes do mundo.
Algumas placas de sinalização utilizam apenas as imagens, mas podem ser compreendidas
por pessoas de quase todas as partes do mundo.

1) Indique as mensagens que as placas a seguir transmitem.

a) Em que situações essas placas poderiam ser usadas?


b) Na placa que transmite a ideia de proibição, que elemento é usado para essa
finalidade?
2) Observe a fachada de um museu muito importante da Holanda, o Rijksmuseum, na cidade
de Amsterdã.

Rijksmuseum, na Holanda, 2015.

a) O que a placa acima da porta de entrada avisa aos visitantes?


b)Toda mensagem tem uma finalidade, um objetivo de comunicação. Por que, em sua
opinião, o museu colocou a placa na entrada?

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