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3ª Série
Ensino Médio
Noite
NOITE
Nome do aluno:
Nome da escola:
3ª SÉRIE EM
2007
Prezado aluno, prezada aluna:
Para que a Secretaria da Educação possa melhorar o ensino, precisamos saber o que você realmente sabe.
Para tanto, pedimos que você responda às questões de Língua Portuguesa que estão no Caderno de Prova
e elabore uma redação. A finalidade desta avaliação é melhorar o ensino de sua escola. Assim, você deve
procurar mostrar o que realmente sabe sobre o conteúdo avaliado, respondendo com cuidado às questões,
não deixando questões em branco e considerando esta prova, enfim, como instrumento importante que lhe
trará benefícios. Antes de dar suas respostas, leia as instruções abaixo.
INSTRUÇÕES GERAIS
1. As questões da prova estão numeradas e apresentam diferentes alternativas de resposta para você
escolher.
2. Antes de responder a cada questão, é importante que você pense sobre as alternativas.
3. Para cada questão, escolha uma única resposta e marque-a no Caderno de Prova.
8. Para cada questão da Folha de Respostas, preencha o espaço correspondente à letra que indica a
resposta que você assinalou no Caderno.
9. Exemplo: se, na questão 1, você escolheu a letra A, marque sua resposta da seguinte maneira:
01 A B C D
10. Escreva, na capa do Caderno de Prova, seu nome completo, o nome da sua escola, o nome da sua
turma e o seu número triângulo (número que aparece em sua Folha de Respostas entre dois triângulos).
11. A Folha de Respostas não poderá ser devolvida em branco, nem deverá ser rabiscada, amassada,
alterada ou rasurada.
12. Elabore a redação a partir do tema proposto. Faça um rascunho. Passe o rascunho a limpo, no espaço
reservado para a redação.
Obrigado
LÍNGUA PORTUGUESA
Atenção: As questões de números 1 a 6 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Cascas de barbatimão
Eu ia para Araxá, isto foi em 1936, ia fazer uma reportagem para um jornal de Belo Horizonte.
O trem parou numa estação, ficou parado muito tempo, ninguém sabia por quê.
Saltei para andar um pouco lá fora. Fazia um mormaço chato. Vi uma porção de cascas de
árvores. Perguntei o que era aquilo, e me responderam que eram cascas de barbatimão que
estavam ali para secar. Voltei para meu assento no trem e ainda esperei parado algum tempo. A
certa altura peguei um lápis e escrevi no meu caderno: “Cascas de barbatimão secando ao sol.”
Perguntei a algumas pessoas para que serviam aquelas cascas. Umas não sabiam; outras
disseram que era para curtir couro, e ainda outras explicaram que elas davam uma tinta
avermelhada muito boa.
Como repórter, sempre tomei notas rápidas, mas nunca formulei uma frase assim para abrir a
matéria - “cascas de barbatimão secando ao sol.” Não me lembro nunca de ter aproveitado esta
frase. Ela não tem nada de especial, não é de Euclides da Cunha, meu Deus, nem de Machado de
Assis; podia ser mais facilmente do primeiro Afonso Arinos, aquele do buriti. Ela me surgiu ali,
naquela estaçãozinha da Oeste de Minas, não sei se era Divinópolis ou Formiga.
Um dia, quando eu for chamado a dar testemunho sobre a minha jornada na face da terra, que
poderei afirmar sobre os homens e as coisas do meu tempo? Talvez me ocorra apenas isto, no meio
de tantas fatigadas lembranças: “cascas de barbatimão secando ao sol.”
(Rubem Braga. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, p.175)
1. Considere os três primeiros parágrafos do texto. É correto afirmar que o elemento que
desencadeia o desenvolvimento da história está
(A) na necessidade de esclarecer os leitores de um jornal, com informações exatas a respeito
de um fato qualquer.
(B) na parada do trem por um tempo além do previsto, numa das estações do percurso feito
regularmente.
(C) no desconhecimento dos demais viajantes sobre as propriedades oferecidas pelas cascas
de certas árvores.
(D) na falta de informações precisas dos responsáveis, a respeito de problemas ocorridos
durante uma viagem.
(A) No final do texto, o cronista atribui a ela um sentido figurado, relacionando-a ao sentido da
vida, diferente do sentido com que aparece no final do 1o parágrafo.
(B) A frase está empregada sempre em seu sentido próprio, como cascas de um tipo de árvore,
todas as vezes em que surge no contexto.
(C) A frase apresenta sentido figurado, sempre que é repetida no contexto, simbolizando as
dificuldades da vida.
(D) O cronista não consegue atribuir sentido à frase, por ignorar a utilidade das cascas de
barbatimão.
5. A intenção do autor, insistindo no uso das aspas, em uma das frases do texto, é:
(A) avalia com ironia a si mesmo e aquilo que escreve, como se sua obra não tivesse valor literário.
(B) cria uma situação de humor involuntário, atribuindo algo sem importância a Machado de Assis.
(C) sabe, com desprezo, que não consegue escrever uma obra longa e de vulto, como o fez
Euclides da Cunha.
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Instruções: O poema abaixo é referência para as questões de números 7 a 10.
Canção de todos
”Duas almas deves ter... Vocabulário:
É um conselho dos mais sábios; Volúvel: instável
Uma, no fundo do Ser, Torvelinhos: redemoinhos
Outra, boiando nos lábios! Entranhas: profundezas
Uma, para os circunstantes, Erradias: sem direção definida
Solta nas palavras nuas Jazida: depósito de minérios
Que inutilmente proferes, Esteiros: partes estreitas de rio ou mar
Entre sorrisos e acenos:
A alma volúvel das ruas,
Que a gente mostra aos passantes,
Larga nas mãos das mulheres,
Agita nos torvelinhos,
Distribui pelos caminhos
E gasta sem mais nem menos,
Nas estradas erradias,
Pelas horas, pelos dias...
(...)
A outra alma, pérola rara,
Dentro da concha tranqüila,
Profunda, eterna e tão cara
Que poucos podem possuí-la,
É alma que nas entranhas
Da tua vida murmura
Quando paras e repousas.
A que assiste das Montanhas
As livres desenvolturas
Do panorama das cousas
(...)
Fonte do Sonho, jazida
Que se esconde aos garimpeiros,
Guardando, em fundos esteiros,
O ouro da tua Vida.”
(LEÔNI, Raul de. Canção de todos. Obtido em
http://www.jornaldepoesia.jor.br/ra.html#cancao com cortes)
Pesquisadores extraíram DNA dos pesados casacos de pêlo dos mamutes, em um esforço
para entender melhor esses gigantes extintos. Ninguém sabe o que levou esses animais a
desaparecer se mudança climática, humanos famintos ou alguma outra coisa mas eles deixaram
vestígios, muitos congelados sob a vegetação do Ártico.
Tentativas já foram feitas para seqüenciar o DNA dos mamutes a partir de exemplares
congelados, mas o processo é complicado por contaminações.
Na edição desta sexta-feira da revista Science, no entanto, cientistas afirmam que os pêlos
parecem ser uma excelente fonte de material genético bem conservado.
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"É importante entender a composição genética de um organismo antes de sua extinção",
explica o principal pesquisador envolvido no trabalho, Stephan C. Schuster, da Universidade
Estadual da Pensilvânia. Os cientistas tentam compreender o parentesco entre diferentes grupos de
animais, especialmente os em grave risco de extinção, para ver se as espécies poderão enfrentar
um destino comum, disse Schuster.
"Queremos usar isso para seqüenciar (DNA de) espécimes de museu e, assim, entender a
evolução da espécie, usando coleções de museus que datam de vários séculos atrás", disse ele.
DNA extraído do pêlo é muito mais limpo e menos danificado que o de outras partes dos
mamutes, disse Schuster, e, portanto, é mais econômico de seqüenciar.
Ele explica que a queratina, a cobertura rígida do pêlo, pode proteger o DNA. Também é mais
simples remover contaminantes, como bactérias, dos pêlos.
(http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid57534,0.htm, com cortes)
12. O artigo traz um subtítulo (trecho em negrito logo após o título). Sobre sua função, afirma-se que
ele apresenta
(A) a informação principal do artigo.
(B) um desdobramento secundário das informações.
(C) uma conclusão que não está apresentada no texto.
(D) a idéia de um dos pesquisadores a respeito do tema.
13. Assinale a alternativa que apresenta o motivo pelo qual os cientistas justificam suas tentativas
de seqüenciamento do DNA de mamutes.
(A) Entender por que os pêlos de animais preservam o DNA.
(B) Compreender como os mamutes evoluíram em um período anterior à extinção.
(C) Reconhecer os processos pelos quais certos microorganismos interferem na preservação
do DNA.
(D) Compreender a evolução de espécies parasitas, como bactérias, em animais de grande porte.
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Instruções: Para responder às questões de números 15 e 16, leia o texto abaixo.
(Dik Browne. O melhor de Hagaro Horrível. L&PM Pocket2. Porto Alegre. 2006. p.75)
16. O humor dessa tirinha, cujos protagonistas são vikings, deve-se ao fato de que
(A) os europeus souberam como conter a invasão dos bárbaros.
(B) a civilização é uma barreira capaz de enfrentar qualquer violência.
(C) nenhuma muralha é obstáculo real para um guerreiro.
(D) o conceito de barbárie é uma questão de ponto de vista.
21. Frases como Estamos deixando a máquina interferir demais na nossa vida e Precisamos resistir
atestam que um cronista de jornal
(A) conta com a influência que pode exercer sobre o leitor.
(B) sabe que uma opinião subjetiva não tem efeito social.
(C) deve abster-se de opinar sobre questões polêmicas.
(D) evita comentários que manifestem um gosto pessoal.
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22. As informações referentes à Inglaterra servem ao autor do texto para
(A) dar como exemplar o estado avançado da tecnologia naquele país.
(B) negar a eficácia dos meios modernos de comunicação.
(C) demonstrar a excelência do nível de segurança pública.
(D) alertar sobre as intromissões na vida íntima dos cidadãos.
23. Sobre o fato expresso em ......, o autor manifesta sua opinião, que é a de que .......
Preenchem adequadamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) resolvi comprar um DVD mandei ver um filme italiano de terror.
(B) só sabem que sou louco eu era um especialista em filmes de terror.
(C) contém mais de 150 informações é preciso resistir.
(D) Estamos deixando a máquina interferir demais bastou essa compra.
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26. Percebe-se que a propaganda é dirigida ao leitor pela frase:
(A) atendimento@superpedido.com.br.
(B) A superpedido é sempre mais.
(C) de 35 mil títulos para pronta entrega.
(D) A sua distribuidora de livros em todo o Brasil.
27. O sinal de adição e a figura que sugere um raio
(A) chamam a atenção do leitor, embora guardem pouca relação com a mensagem verbal.
(B) são imagens que dão ênfase aos aspectos mais importantes da mensagem verbal.
(C) contrapõem-se ao sentido da mensagem verbal, causando maior impacto no leitor.
(D) são recursos gráficos intimamente relacionados com o tipo de livros à venda.
Atenção: As questões de números 28 a 30 baseiam-se na bula apresentada abaixo.
TEMA I
O texto acima apresenta uma discussão sobre a defesa do orgulho nacional, a necessidade de
uma visão crítica dos problemas brasileiros. Reflita sobre esse assunto e redija uma dissertação,
apresentando argumentos consistentes para a defesa de um ponto de vista sobre o tema:
Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão (norma culta) da língua portuguesa.
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TEMA II
"Conheço os males do cigarro. Mas, hoje em dia, o que não faz algum mal para a
saúde? Não é possível que eu tenha que me privar de tudo para poder chegar aos
80 anos. Prefiro morrer com 50 e ter aproveitado muito bem a vida", diz a carioca Milena
(nome fantasia), 17. Ela fuma regularmente desde os 15 e colocou o primeiro cigarro na
boca aos 12. E não está sozinha.
O depoimento dela reflete a maneira de pensar de muitos jovens que vão contra a
corrente da geração saúde e que entraram na cortina de fumaça antes de completar a
maioridade. É o que comprova um dos estudos mais amplos já feitos no Brasil, cujos
dados começam a ser divulgados nesta quarta. Realizada pela equipe da Umidade de
Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a pesquisa mostra
que 20,8% da população brasileira é dependente de tabaco, e a experiência com o
cigarro começa aos 13,5 anos."
(ARAÚJO, Tarso. Folha de S.Paulo, Caderno Folhateen, 03/09/2007, p. 4)
O texto acima aborda o problema da dependência química que o cigarro provoca. Reflita sobre
esse assunto e redija uma dissertação, apresentando argumentos consistentes para a defesa de um
ponto de vista sobre o tema:
Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão (norma culta) da língua portuguesa.
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2007
Fundação
Carlos Chagas