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SIMULADINHO #1

QUESTÃO 1

(ENEM - 2019) Dicen que hablamos muy alto. Algunos, incluso, piensan que no hablamos sino que gritamos. La corresponsal me-
xicana Patricia Alvarado admite que, a veces, pedimos perdón, pero es “para arrebatarle la palabra al otro y seguir hablando”. Nos

LINGUAGENS
reprochan que escuchamos poco. O nada. “Cuando dos españoles se enfrentan están más pendientes de las palabras que van a
utilizar en la réplica que en reflexionar sobre los argumentos que les están exponiendo”, opina el alemán Paul Ingendaay, del Frank-
furter Allgemeine. “Ninguna autocrítica le sirve al español para cambiar”.

Disponível em: www.larioja.com. Acesso em: 15 ago. 2012 (adaptado).

De acordo com o texto, ao participarem de um diálogo, os espanhóis habitualmente

A se enfurecem com os ouvintes e exageram no gestual.


B se apoderam do turno de fala e opinam com obstinação.
C se ofendem com a audiência e censuram os argumentos contrários.
D se desculpam com o grupo e reconhecem o tom de voz inadequado.
E se interessam por entender as considerações e preferem diálogos cordiais.

QUESTÃO 2

(ENEM - 2019)

DZWONIK, C. Disponível em: www.tarinja.net. Acesso em: 12 ago. 2013.

A palavra clave, repetida diversas vezes na tirinha de Gaturro, leva o leitor a uma reflexão sobre o(a)

A uso exaustivo das tecnologias na vida moderna.


B qualidade de vida alcançada com os avanços tecnológicos.
C praticidade da utilização dos códigos tecnológicos e sociais.
D necessidade de aprender a utilizar as novas tecnologias.
E quantidade de informações necessárias para resolver problemas.
SIMULADINHO #1

QUESTÃO 3

eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha mãe morava no Piauí
com toda família... né... meu... meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu um acidente... infelizmente morreu...
LINGUAGENS

minha mãe tinha cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho... tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi
trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava... com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro
local e pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o... o... escrivão
entendeu Paraíba... né... e meu... e minha família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga
pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram onze anos...
né... pararam algum tempo... brigaram... é lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito
interessante porque foi uma coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos...
dezessete anos de casados...

CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998.

Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição
é um(a)

A índice de baixa escolaridade do falante.


B estratégia típica de manutenção da interação oral.
C marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
D manifestação característica da fala regional nordestina.
E recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.

QUESTÃO 4

Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos
por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição sim-
plista desses grupos e à sua sucessiva destruição.

Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As
duas manifestações devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas
também como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns.

SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia.

São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.

De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados,
pois ambas compartilham o(a)

A suporte artístico.
B nível tecnológico.
C base antropológica.
D concepção estética.
E referencial temático.
SIMULADINHO #1

B confirmar o uso da norma-padrão em contexto da


QUESTÃO 5 linguagem poética.
C enfatizar um processo recorrente na transformação da
língua portuguesa.
D registrar a diversidade étnica e linguística presente no
território brasileiro.

LINGUAGENS
E reafirmar discursivamente a forte relação do falante
com seu lugar de origem.

QUESTÃO 7

Declaração de amor

Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela


não é fácil. Não é maleável. […] A língua portuguesa é um ver-
dadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem
escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de
superficialismo.

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais c omplica-


do. As vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu
gosto de manejá-la – Como gostava de estar montada num
cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a galope. Eu queria que
a língua portuguesa chegasse ao máximo em minhas mãos. E
Essa campanha se destaca pela maneira como utiliza a lin-
este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros
guagem para conscientizar a sociedade da necessidade de se
iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança
acabar com o bullying. Tal estratégia está centrada no(a)
de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazen-
A chamamento de diferentes atores sociais pelo uso do do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
recorrente de estruturas injuntivas.
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não fale do encanta-
B variedade linguística caracterizadora do português
mento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que
europeu.
recebi de herança não me chega.
C restrição a um grupo específico de vítimas ao apresentar
marcas gráficas de identificação de gênero como “o(a)”. Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me per-
D combinação do significado de palavras escritas em guntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria. inglês,
línguas inglesa e portuguesa. que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e pude es-
E enunciado de cunho esperançoso “passe à história” no crever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu que-
título do cartaz. ria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter
aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do
português fosse virgem e límpida.
QUESTÃO 6
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo

Rio de Janeiro Rocco, 1999 (adaptado).


Sítio Gerimum
Este é o meu lugar (…) O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela lín-
Meu Gerimum é com g gua portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e Sua ca-
pacidade de renovação, é
Você pode ter estranhado
Gerimum em abundância A “A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem
escreve.”
Aqui era plantado
E com a letra g
B “Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar
para sempre uma herança de língua já feita.”
Meu lugar foi registrado.
C “Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo
OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento) do pensamento alguma coisa que lhe dê Vida.”

Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra


D “Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua
que não foi aprofundada.”
“Gerimum”grafada com a letra “g” tem por objetivo
E “Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para
A Valorizar usos informais caracterizadores da norma que a minha abordagem do português fosse Virgem e
nacional. límpida.”
SIMULADINHO #1

QUESTÃO 8
TEXTO I

[...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinhão, já foi o
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tempo em que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, já foi o tempo em
que reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ‘ordem’; mas não tive sequer o sopro
necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que me empurra, são outras
agora minhas preocupações, é hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafúrdio — definitivamente fora de foco
— cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita
que paparica uma piada: impossível ordenar o mundo dos valores, ninguém arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar
naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora
ainda a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exílio, me bastando hoje o cinismo dos
grandes indiferentes [...].

NASSAR, R. Um copo de cólera. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

TEXTO II

Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a
fúria das palavras cortantes se estilhaçava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritário discurso do poder e da submissão de um
Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar.

COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009.

Na novela Um Copo de Cólera, o autor lança mão de recursos estilísticos e expressivos típicos da literatura produzida na década de
70 do século passado no Brasil, que, nas palavras do crítico Antonio Candido, aliam “vanguarda estética e amargura política”. Com
relação à temática abordada e à concepção narrativa da novela, o texto I

A é escrito em terceira pessoa, com narrador onisciente, apresentando a disputa entre um homem e uma mulher em
linguagem sóbria, condizente com a seriedade da temática político-social do período da ditadura militar.
B articula o discurso dos interlocutores em torno de uma luta verbal, veiculada por meio de linguagem simples e objetiva,
que busca traduzir a situação de exclusão social do narrador.
C representa a literatura dos anos 70 do século XX e aborda, por meio de expressão clara e objetiva e de ponto de vista
distanciado, os problemas da urbanização das grandes metrópoles brasileiras.
D evidencia uma crítica à sociedade em que vivem os personagens, por meio de fluxo verbal contínuo de tom agressivo.
E traduz, em linguagem subjetiva e intimista, a partir do ponto de vista interno, os dramas psicológicos da mulher moderna,
às voltas com a questão da priorização do trabalho em detrimento da vida familiar e amorosa.

QUESTÃO 9
Inverno! Inverno! Inverno!

Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos sempre, desesperadamente,
para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde passa uivando como uma legião de lobo, através da cidade de catedrais e tú-
mulos de cristal na planície, fantasmas que a migrarem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero
e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida.

Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses,
à espera do sol avaro que não vem.

POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013.

Reconhecido por linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a

A imprecisão no sentido dos vocábulos.


B dramaticidade como elemento expressivo.
C subjetividade em oposição à verossimilhança.
D valorização da imagem com efeito persuasivo.
E plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.
SIMULADINHO #1

QUESTÃO 10 O grupo O Teatro Mágico apresenta composições autorais que


têm referências estéticas do rock, do pop e da música folclóri-
ca brasileira. A originalidade dos seus shows tem relação com
A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. a ópera europeia do século XIX a partir da
[…] O jogo se transformou em espetáculo, com poucos pro-
A disposição cênica dos artistas no espaço teatral.

LINGUAGENS
tagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o es-
petáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos B integração de diversas linguagens artísticas.
do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para C sobreposição entre música e texto literário.
impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional D manutenção de um diálogo com o público.
foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que
E adoção de um enredo como fio condutor.
renuncia ã alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. Por
sorte ainda aparece nos campos, […] algum atrevido que sai
do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário QUESTÃO 12
inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo
puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da li- TEXTO I
berdade.

GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra.

Porto Alegre: L&PM Pockets, 1995 (adaptado).

O texto indica que as mudanças nas práticas corporais, espe-


cificamente no futebol,

A fomentaram uma tecnocracia, promovendo uma


vivência mais lúdica e irreverente.
B promoveram o surgimento de atletas mais habilidosos,
para que fossem inovadores.
Toca do Salitre - Piauí. Disponível em: http://www.fumdham.org.br.
C incentivaram a associação dessa manifestação à
Acesso em: 27 jul. 2010.
fruição, favorecendo o improviso.
D tornaram a modalidade em um produto a ser TEXTO II
consumido, negando sua dimensão criativa.
E contribuíram para esse esporte ter mais jogadores, bem
como acompanhado de torcedores.

QUESTÃO 11

Arte Urbana. Foto: Diego Singh. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br.


Acesso em: 27 jul. 2010.

O grafite contemporâneo, considerado em alguns momentos


como uma arte marginal, tem sido comparado às pinturas mu-
rais de várias épocas e às escritas pré-históricas. Observando
as imagens apresentadas, é possível reconhecer elementos
comuns entre os tipos de pinturas murais, tais como

A a preferência por tintas naturais, em razão de seu efeito


estético.
B a inovação na técnica de pintura, rompendo com
modelos estabelecidos.
C o registro do pensamento e das crenças das sociedades
em várias épocas.
D a repetição dos temas e a restrição de uso pelas classes
dominantes.
E o uso exclusivista da arte para atender aos interesses
da elite.
SIMULADINHO #1

QUESTÃO 13

As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias verdadeiras dos
seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como aquelas da onça e do macaco).
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De fato, as comunidades indígenas nas chamadas “terras baixas da América do Sul” (o que exclui as montanhas dos Andes, por
exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do português),
sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses) ou outros. Somente nas sociedades indígenas com estratificação social (ou
seja, já divididas em classes), como foram os astecas e os maias, é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece
mesmo mostrar claramente isso: que ela surge e se desenvolve – em qualquer das formas – apenas em sociedades estratificadas
(sumérios, egípcios, chineses, gregos, etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não empregavam um sistema
de escrita, mas garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das
narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se desenvolveram
assim. E não foram poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, crian-
do o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras mais (e também as desenvolveram muito; por
exemplo, somente do milho criaram cerca de 250 variedades diferentes em toda a América).

D’ANGELIS, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no Brasil.

Disponível em: www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.

A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas sociedades indígenas
brasileiras, a oralidade possibilitou

A a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.

B a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.

C a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.

D a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.

E o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.

QUESTÃO 14

O que é bullying virtual ou cyberbullying?

É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs
(os diários virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de
que as pessoas envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das
ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. “O autor, assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar
valores esquecidos ou formar novos”, explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado).

Segundo o texto, com as tecnologias de informação e comunicação, a prática do bullying ganha novas nuances de perversidade e
é potencializada pelo fato de

A atingir um grupo maior de espectadores.


B dificultar a identificação do agressor incógnito.
C impedir a retomada de valores consolidados pela vítima.
D possibilitar a participação de um número maior de autores.
E proporcionar o uso de uma variedade de ferramentas da internet.
SIMULADINHO #1

QUESTÃO 15

Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar
em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas

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de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar
este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a
ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo
Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam
organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além
do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.

Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.

O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da Re-
pública Getúlio Vargas. As opções linguísticas de Fuzeira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem

A fragmentação das ideias para o apagamento de sentido.


B narração tradicional na forma dialogal.
C supressão da estrutura poética na proposição linguística.
D separação sintática para desenrolar um fluxo de pensamentos.
E introdução de uma visão entrecortada por pausas de incertezas.

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