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SÍNDROMES ARTICULARES
Aula 3
CAUSAS DA MONOARTRITE:
ARTRITE MICROCRISTALINA:
Gota: pode estar relacionada com um quadro de etilismo. É formada pela deposição de
cristas de urato monossódico no espaço articular.
Pseudogota: cristais de pirofosfato de cálcio.
ARTRITE SÉPTICA:
Presença de microrganismos no espaço articular, causando inflamação.
Esses microrganismos podem ter entrado no corpo por meio de traumas.
Se a articulação for puncionada, sai PUS.
Pode ser chamada também de ARTRITE INFECCIOSA.
ARTRITE DE LYME: é causada por uma espiroqueta que é transmitida por artrópodes.
SINOVITE DE CORPO ESTRANHO
SINOVITE VILONODULAR PIGMENTADA: pode ter cor de chocolate.
HEMARTROSE: quando puncionada sai SANGUE. Pode ser causada por:
Trauma
Consequência de uma doença hematológica
NECROSE AVASCULAR Antes de realizar o diagnóstico,
NEOPLASIAS sempre observar qual a COR do
APRESENTAÇÃO INICIAL DE UMA ARTRITE líquido e a sua CONSISTÊNCIA.
POLIARTICULAR/SISTÊMICA
INFECÇÃO
PSORÍASE
ARTRITE REUMATOIDE:
É uma doença inflamatória CRÔNICA e PROGRESSIVA.
Acomete mais as mulheres.
Pode ocorrer em qualquer idade. Entretanto, é mais comum a partir da 4ª década de vida.
Sua sintomatologia é VARIÁVEL: varia desde manifestações mais brandas até uma poliartrite
progressiva e destrutiva, associada a vasculites e outras manifestações extra-articulares.
Principais características:
Forma NODULAÇÕES nas articulações acometidas.
Tem dor sempre nas duas mãos = é SIMÉTRICO e ADITIVO.
Envolvimento preferencialmente de MÃOS e PUNHOS.
Pode ter DEDOS EM BOTOEIRA ou em PESCOÇO DE CISNE NÃO TEM O
ACOMETIMENTO DAS INTERFALANGES DISTAIS.
Pode apresentar desvio ulnar.
Perda da mobilidade.
Manifestações extra-articulares:
CUTÂNEAS nódulos reumatoides.
OFTALMOLÓGICAS Síndrome de Sjogren, episclerite, escleromalácia perfurante
NEUROLÓGICAS
CARDÍACAS pericardite, nódulos reumatoides no miocárdio, distúrbios de condução.
PULMONARES derrame pleural, nódulos reumatoides, fibrose intersticial difusa,
pneumonite, bronquiolite constrictiva, síndrome de Caplan.
RENAIS
7 características IMPORTANTES DA ARTRITE REUMATOIDE:
RIGIDEZ MATINAL MAIOR QUE 1 HORA.
ARTRITE DE 3 OU MAIS ÁREAS
ARTRITE DE MÃOS
ARTRITE SIMÉTRICA
NÓDULOS REUMATOIDES
FATOR REUMATOIDE POSITIVO
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
Para realizarmos o diagnóstico de artrite reumatoide, basta estar presente 4 dessas 7 características.
Portanto, pode ter artrite reumatoide SEM fator reumatoide positivo, pois esta é apenas uma das
7 características importantes da AR.
Além disso, nem todo paciente com fator reumatoide positivo tem artrite reumatoide. Ele
aparece em outras doenças também, como:
Lúpus eritematoso sistêmico
Hepatite crônica
Infecções parasitárias
Entretanto, nessas outras patologias ele aparece em BAIXAS TITULAÇÕES.
Critérios classificatórios: deve ser testado em pacientes que possuem pelo menos 1 articulação com
SINOVITE, sendo esta não mais bem explicada por outra doença.
NÚMERO DE ARTICULAÇÕES ACOMETIDAS:
0 1 grande articulação.
1 2-10 grandes articulações.
2 1-3 pequenas articulações (sem contar as grandes).
3 4-10 pequenas articulações (sem contar as grandes).
5 mais do que 10 articulações (incluindo pelo menos 1 pequena).
Além desses dois critérios, existem também o de SOROLOGIA (0-3) e de ELEVAÇÃO DAS PROVAS DE
FASE AGUDA (0-1).
LESÃO EM SACO ABOCATO realiza uma erosão no osso e que é bem evidente nas radiografias.
Sempre perguntar sobre os medicamentos que o paciente está fazendo uso. Existem alguns que
aumentam o ácido úrico. Exemplos:
Ciclosporina
Aspirina
Beta-bloqueadores
Diuréticos tiazídicos
Além disso, sempre perguntar também sobre os alimentos ingeridos. Pacientes que possuem gotas
não podem ingerir em excesso:
Carne
Feijão
Cereais
Peixe
Frutos do mar: como camarão.
Couve-flor
ESPONDILOARTRITES:
GRAUS DE ESPONDILOARTRITES:
Espondilite anquilosante
Artrite reativa
Artrite psoriásica
Artropatias enteropáticas
Espondiloartropatias indiferenciadas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
ARTRALGIA
ARTRITE
DACTILITE: dedos em salsicha.
ENTESITE: processo inflamatório dos locais de inserção dos ligamentos nos ossos.
UVEÍTE: doença inflamatória da úvea, a qual é composta pela íris, corpo ciliar e membrana coroide.
Faz com que o olho fique vermelho (hiperemia), pessoa tenha fotofobia, dor, visão turva.
PSORÍASE: doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa. Possui lesões avermelhadas e
descamativas.
ESPONGILITE ANQUILOSANTE:
Dor lombar inflamatória.
Caráter da dor: ASCENDENTE.
Início: INSIDIOSO
Duração: maior que 3 meses.
Maior intensidade: pela MANHÃ RIGIDEZ MATINAL.
Piora da dor: REPOUSO
Melhora da dor: ATIVIDADE FÍSICA.
É uma doença autoimune. Pode estar presente fator genético e familiar.
Acomete principalmente o adulto jovem: menor que 45 anos (entre a 2ª e a 4ª décadas de vida).
Além disso, é mais comum também em indivíduos do sexo masculino, de cor branca em indivíduos
HLA-B27 +.
Principais características:
ENTESOPATIA: são patologias que envolvem as inserções tendíneas, musculares e
osteoligamentares no osso. É inflamatória nesse caso.
OLIGOARTRITES
UVEÍTE ANTERIOR AGUDA, UNILATERAL e RECORRENTE.
SACROILÍTE: inflamação no sacro-ilíaco é onde
Indivíduo pode se encontrar na POSTURA DO ESQUIADOR:
Retificação da lordose lombar
Acentuação da cifose dorsal
Retificação da lordose cervical
Paciente não consegue fazer o número 4 com a perna quando está em decúbito dorsal.
ARTRITE PSORIÁSICA:
Também é uma artrite inflamatória.
Acomete uma pequena proporção dos indivíduos portadores de PSORÍASE. Portanto, além da
artrite, a pessoa tem que ter também psoríase.
A artrite pode surgir ANTES, JUNTO ou APÓS o aparecimento da psoríase.
A psoríase pode se manifestar no couro cabeludo, nos cotovelos ou apenas na unha se for
apenas na unha é muito difícil de diagnosticar.
Uma manifestação importante da artrite psoriásica é a DACTILITE DEDO EM SALSICHA.
Classificação:
OLIGOARTRITE SIMÉTRICA: corresponde a 70% dos casos. É a forma mais frequente de
espondilite anquilosante.
POLIARTRITE SIMÉTRICA: corresponde a 15% dos casos.
DISTAL: corresponde a 5% dos casos. Afetam apenas a interfalange DISTAL. Pode-se
realizar o diagnóstico diferencial com osteoartrose a partir das lesões da psoríase. Por isso
é tão importante despir o paciente.
ARTRITE MUTILANTE: corresponde a menos de 5% dos casos. É uma forma grave,
destrutiva e deformante.
ESPONDILITE: corresponde a cerca de 5% dos casos. Possui acometimento axial.
ARTROPATIAS ENTEROPÁTICAS:
Pode afetar de 2 a 26% dos pacientes com DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL.
Formas de acometimento:
OLIGOARTRITE PERIFÉRICA
POLIARTRITE PERIFÉRICA
ESPONDILITE ENTEROPÁTICA
POLIMIOSITE/DERMATOMIOSITE:
Processo inflamatório na MUSCULATURA ESQUELÉTICA.
Principais características clínicas:
FRAQUEZA MUSCULAR PROXIMAL e SIMÉTRICA
É mais predominante em mulheres.
Principais queixas:
Dificuldade para pentear os cabelos.
Dificuldade para apanhar objetos em posição alta
Dificuldade para subir degraus
Dificuldade para elevar os braços acima do nível dos ombros.
DERMATOMIOSITE:
Possui manifestações cutâneas também.
HELIOTROPO: é a formação de uma mácula eritemo-vinhosa e edematosa na região
periorbital.
PÁPULAS DE GOTTRON: lesões violáceas sobre as articulações interfalangeanas ou
metacarpofalangeanas, cotovelos ou joelhos.
Portanto, se tiver manifestações na pele é DERMATOMIOSITE. Se não houver, chamamos apenas
de POLIMIOSITE.
OBS: nem toda fraqueza muscular é polimiosite ou dermatomiosite.
ESCLEROSE SISTÊMICA:
É o endurecimento FIBRÓTICO da pele e de outros órgãos como o esôfago, pulmões, coração e rins
Principais características:
A pele fica dura e esticada.
Ocorre perda da prega cutânea dos dedos.
Fásceis de esclerodermia:
AFILAMENTO DE NARIZ
RETEZAMENTO DOS LÁBIOS
SÍNDROME DE CREST forma limitada:
C = CALCINOSE: deposição de cálcio em qualquer tecido mole, como na PELE.
R = FENÔMENO DE RAYNAUD: alterações na cor da pele dos dedos após exposição ao frio.
E = ALTERAÇÕES DA MOTILIDADE ESOFÁGICA: gera dificuldade de deglutição e/ou refluxo.
S = ESCLERODACTILIA: rigidez e espessamento da pele dos dedos das mãos ou dos pés.
T = TELANGIECTASIAS: pequenos vasos que causam linhas vermelhas sob a superfície da
pele.
FENÔMENO DE RAYNAUD: sua causa mais comum é a ESCLEROSE SISTÊMICA.É tratado com
medicações vasodilatadoras. Como por exemplo o VIAGRA.
PARVOVÍRUS B19:
É um DNA VÍRUS.
Causa uma artrite:
De PEQUENAS ARTICULAÇÕES
POLIARTICULAR
Que pode mimetizar a artrite reumatoide.
Produz uma secreção respiratória.
A poliartralgia é mais frequente do que uma poliartrite.
Média de duração: 10 dias. Podemos utilizar isso para diferenciar da artrite reumatoide, a qual dura
mais tempo.
É NÃO EROSIVA
RUBÉOLA:
Causa uma:
ARTRALGIA ou ARTRITE SIMÉTRICA.
POLIARTRITE
TENOSSINOVITE
STC
MIALGIA
PARESTESIAS
Pode ser MIGRATÓRIA.
É AUTOLIMITADA: dura menos do que 2 semanas.
IgM persiste até 4 a 6 semanas.
Vacinação: principal forma de prevenção. Utiliza o vírus atenuado ou morto.
HEPATITE C CRÔNICA:
Principais características:
ARTRALGIA
MIALGIA
CRIOGLOBULINEMIA MISTA
VASCULITE
NEUROPATIAS
POLIARTRITE AGUDA na fase podrômica e CRÔNICA com vasculite sistêmica.
Crioglobulinemia:
Crioglobulinas são proteínas que se precipitam quando resfriadas e se dissolvem quando
são aquecidas. Elas atuam como imunoglobulinas.
Crioglobulinemia é uma síndrome inflamatória sistêmica. Causa a vasculite de pequenos e
médios vasos devido a deposição de imunocomplexos de crioglobulinas.
TRÍADE DE MELTZER:
- PÚRPURA PALPÁVEL
- ARTRALGIA
- FADIGA
HEPATITE B:
Pode apresentar no período podrômico:
ARTRALGIA SIMÉTRICA
POLIARTICULAR: mãos, punhos, joelhos e tornozelos
Ocorre em 20% dos casos.
OBS: pródromo são os sinais ou sintomas que podem indicar o início de uma doença ANTES que os
sintomas específicos surjam.
Além disso, pode ocorrer também RIGIDEZ MATINAL: presente em 20-50% ds casos.
Pode se assimilar bastante com a artrite reumatoide.
HIV:
Manifestação músculo-esquelética é mais comum na FASE TARIDA.
Manifestações articulares:
ARTRALGIAS e/ou ARTRITES: são as mais comuns.
Síndrome de Reiter: pode ser a manifestação INICIAL.
Psoríase e APS: aumento de prevalência. Portanto, o HIV também pode se manifestar com
psoríase.
ARTRITE SÉPTICA:
Vias de contaminação:
Hematogênica: é a mais comum.
Inoculação direta: por meio de traumas e injeções, por exemplo.
Disseminação por contiguidade: osteomielite, celulite, etc.
Verificar sempre qual a causa.
Importante diferenciar as:
ARTRITE GONOCÓCICA
ARTRITE NÃO GONOCÓCICA
ENDOCARDITE INFECCIOSA:
Infecção no endocárdio.
Principais manifestações clínicas:
Febre
Fenômenos vasculares
Fenômenos imunológicos
Pode apresentar um SOPRO cardíaco.
Solicitar uma hemocultura.
Realizar um ecocardiograma, para verificar se não há sopros ou alterações nas camadas cardíacas.
Possíveis causas:
Condição predisponente.
Pessoa pode ter tirado a cutícula de maneira errada e causado uma lesão, a qual serviu de
porta de entrada para a bactéria que é responsável por esse quadro clínico.
Deve ter algum foco de entrada.
TUBERCULOSE:
Pode acometer pulmão, pleura, articulações, coluna vertebral e etc.
Manifestações articulares:
ESPONDILITE = DOENÇA DE POTT: ocorre quando há o comprometimento da coluna
vertebral, sendo mais comum na torácica.
ARTRITE
OSTEOMIELITE e DACTILITE
BURSITE E TENOSSINOVITE
ARTRITE REATIVA = DOENÇA DE PONCET: é poliarticular.
DOENÇA DE POTT:
É mais comum em crianças e adultos jovens.
Infecção na porção anterior do CORPO VERTEBRAL.
Inflamação localizada de partes moles. Exemplos: abscesso no psoas ou paravertebral
acompanhado de injuria neurológica.
É mais comum na VÉRTEBRA TORÁCICA. Depois na lombar e depois na cervical e na sacral.
DOENÇA DE PONCET:
É uma forma de ARTRITE REATIVA.
Ocorre durante a TB ATIVA.
É POLIARTICULAR: envolve principalmente as mãos e os pés.
O fluido sinovial e amostras de tecidos são ESTÉREIS.
Os sintomas melhoram com o tratamento antituberculostático.
Diagnósticos diferenciais:
Espondilodiscite = osteomielite vertebral: pode ser causada por uma bactéria piogênica.
Outras infecções: podem ser causadas por uma outra bactéria
Neoplasia
Sarcoidose.
FEBRE REUMÁTICA:
São amigdalites de repetição que evoluem para um quadro de artrite, cardite, etc.
Ocorre geralmente em crianças de 5 a 14 anos.
ARTRITE: está presente em 75% dos casos.
É MIGRATÓRIA: joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos, pequenas articulações de mãos e
pés.
Respostas dramáticas aos SALICILATOS.
CARDITE:
Acontecem em 50-60% dos casos.
Endocardite: acomete a válvula aórtica e/ou a mitral.
Miocardite: provoca uma taquicardia desproporcional a diminuição da febre.
Pericardite: é o menos comum.
COREIA DE SYDENHAM: distúrbio neurológico que afeta a coordenação motora. Está presente em
10 a 15% dos casos de febre reumática.
ERITEMA MARGINATUM: lesão com presença de máculas ou pápulas avermelhadas no tronco e nas
superfícies internas dos membros.
Rash macular serpinginoso com clareamento central
Rash transitório ou exacerbada pelo calor.
Pode acometer o tronco e extremidades.
Ocorre em 2% dos casos.
NÓDULOS SUBCUTÂNEOS: geralmente ocorrem nos pacientes com cardite grave. Características:
Firmes
Não dolorosos
Menores que 2 mm
Resolução espontânea
Sem sequelas permanentes
Acontecem em menos de 1% dos casos de febre reumática.
CHIKUNGUNYA:
ARBOVIROSES: Dor e edema nas articulações:
DENGUE: ZIKA: Mãos
Febre ALTA Febre LEVE Pés
Dores no corpo Dor muscular Tornozelos
Dor retro-orbital Dor nas articulações Punhos.
Náuseas Manchas vermelhas É a que mais causa dor articular
Vômitos Prurido A artralgia pode ser incapacitante
para o indivíduo.
CASO CLÍNICO 1:
Mulher, de 60 anos, procura atendimento médico referindo artralgia, fraqueza, olhos secos e secura na
mucosa oral exacerbada no último ano. Refere ter procurado oftalmologista no período que prescreveu
colírio umidificante. Relata ainda cáries dentais na sua consulta com dentista, apesar de escovar os
dentes diariamente.
No exame físico, observa-se aumento das glândulas parótidas, conjuntivite e membranas mucosas
ressecadas. Esta paciente é encaminhada ao ambulatório de clínica médica por suspeita de doença
autoimune.
1. Principal hipótese diagnóstica: Síndrome de Sjogren
2. Que outras situações ou doenças podem cursar com “olho seco” e/ou “boca seca”:
medicamentos, hepatite C.
3. Que outras perguntas ajudariam a fortalecer ou não, o diagnóstico em questão: histórico na
família de doença autoimune? Histórico de hepatite no passado?
CASO CLÍNICO 2:
L.M.S., 58 anos, casado, aposentado (ex-policial), natural e residente em São Paulo
QP: Dor no pé
HDA: Paciente, sabidamente etilista, em tratamento em clínica de dependentes químicos, procura
ambulatório de clínica médica, referindo dor em 1º pododáctilo, de forte intensidade, com duração
de 5 dias e alívio após uso de anti-inflamatório. Relata que apresenta essa dor, com períodos de
exacerbação e remissão, há cerca de 10 anos, mas nunca procurou atendimento prévio
anteriormente. A dor, ora é em hálux, ora em dorso do pé, ora em tornozelo, sempre com duração
de poucos dias, e aliviada com medicação.
HMP: Portador de DM e HAS descompensada. Faz uso apenas de medicação para a dor, quando
necessário. Nega cirurgias prévias. Desconhece histórico de alergia a medicamentos.
HMF: É filho adotivo e desconhece HF.
HFS: Etilista desde os 20 anos (bebe cerveja diariamente, mas não sabe precisar quantidade). Nega
uso de drogas. Mora em casa de alvenaria e tem 2 cães em casa.
No pé, tem um grande TOFO no 1º pododáctilo: tem conteúdo esbranquiçado, característico do
ácido úrico.
Cuidado para não confundir os tofos das mãos com os nódulos da osteoartrose. Eles são BEM
diferentes.
Diagnóstico: GOTA TOFÁCEA CRÔNICA.
CASO CLÍNICO 3:
I: C.S.F, 33 anos, branco, solteiro, pedreiro, natural e residente em Palhoça
QP: Dores articulares e lesões na pele
HDA: Paciente refere dores articulares com início há 1 ano (metacarpofalangianas, interfalangianas
próximas e distais), evoluindo com deformidade em mãos. Relata, concomitante ao quadro
articular, surgimento de lesões de pele distribuídas em região de dorso, abdome e membros,
algumas descamativas, não pruriginosas.
Diagnóstico: ARTROPATIA PSORIÁSICA forma MUTILANTE.
CASO CLÍNICO 4:
F.M.A, 62 anos, branca, casada, natural e residente de Antônio Carlos, agricultora aposentada
QP: Dor nas mãos
HDA: Paciente procura atendimento médico referindo intensa dor e deformidade em mãos
(inferfalangianas proximais e distais), com início há 10 anos. Apresenta rigidez matinal de 10
minutos de duração. Relata dificuldade para realizar atividades manuais como pregar botões, pela
intensidade da dor. Nega dor em outras articulações.
Diagnóstico: OSTEOARTRITE.
CASO CLÍNICO 5:
S. L. P, 26 anos, solteira, professora, natural e residente em São José
QP: “Necrose na ponta dos dedos” e dor articular
HDA: Paciente procura atendimento médico por apresentar necrose na ponta dos dedos nas
últimas semanas, associado a dor em mãos. Histórico de apresentar fenômeno de Raynaud intenso,
com início há 2 anos, quando em contato com superfícies geladas e nos dias mais frios.
Concomitante ao quadro, tem se engasgado com certa frequência e, nos últimos meses, vem
referindo sensação de “falta de ar” para subir e descer escadas.
Diagnóstico: ESCLEROSE SISTÊMICA.
CASO CLÍNICO 6:
Paciente feminina, 17 anos, branca, solteira, do lar, natural e procedente de Sapucaí Mirim-MG.
Há dois meses iniciou quadro progressivo de astenia, anorexia, palidez e sonolência, tendo sido
feito diagnóstico de anemia, na cidade de origem, e instituído tratamento clínico. O quadro evoluiu
com náuseas, vômitos, edema de membros inferiores, febre (não mensurada), dispnéia e
manchas hemorrágicas subungueais, digitais e palmares, sendo internada utilizando medicação
cardiológica, antibioticoterapia e hemotransfusão (quatro bolsas), ainda na cidade de origem. Foi,
então, encaminhada ao Serviço de Clínica Médica do Hospital Escola (HE) da Faculdade de Medicina
de Itajubá-MG (FMIt), com as seguintes constatações: submeteu-se à extração dentária, em
condições inadequadas, dois meses antes do início dos sintomas; não tinha passado de infecção
frequente das vias aéreas, pneumonias, cardiopatias ou febre reumática; possuía boas condições de
moradia e alimentação; negava tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas; referia vida sexual ativa,
sem promiscuidade e nuliparidade; ciclo menstrual regular e sem perdas sanguíneas;
Paciente consciente, orientada, anictérica, acianótica, hipocorada (++/4+), toxemiada, hipotensa
(100 x 40 mmHg), taquicárdica (120 bpm), dispnéica (44 irpm), afebril (36,5°C), apresentando
edema de membros inferiores (++/4+); ritmo cardíaco irregular, bulhas hipofonéticas, com sopro
sistodiastólico mais audível em foco aórtico; ictus palpável (três polpas digitais); turgência jugular
a 45° e batimento de vasos do pescoço; pulmões com estertores subcrepitantes em bases;
macicez à percussão e murmúrio vesicular diminuído à direita l; abdome tenso e doloroso,
principalmente em hipocôndrio direito, com fígado palpável, sem outras visceromegalias; ausência
de alterações cutâneas no momento do exame.
O ecocardiograma demonstrou disfunção sistodiastólica global, aumento das câmaras cardíacas e
comprometimento mitro-aórtico-tricúspide. Presença de vegetações na face ventricular da valva
aórtica.
Diagnóstico: ENDOCARDITE pensa-se nisso devido as más condições dentárias, sangramento,
sopro cardíaco.