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SEMIOLOGIA MÉDICA:

SÍNDROMES ARTICULARES
Aula 3

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:


 DURAÇÃO da queixa articular
 SINAIS E SINTOMAS inflamatórios/degenerativos.
 DOR:
 Qual a sua característica
 Intensidade
 Local
 Se é bilateral ou não  importante.
 RIGIDEZ:
 Verificar se tem rigidez matinal durante 1 hora, o que é característico da artrite
reumatoide, por exemplo
 MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS:
 Muitas doenças autoimunes possuem manifestações sistêmicas.
 Exemplo: lúpus. O correto é falar
 TRATAMENTOS realizados e EVOLUÇÃO PUNHO e não pulso.
 COMPROMETIMENTO EXTRA-ARTICULAR:
 Verificar se há comprometimento do olho, pulmão, coração, por exemplo.
 Verificar o número de articulações acometidas pela dor e na próxima consulta comparar com as
novas queixas.

CLASSIFICAÇÃO DAS ARTRALGIAS:


Quanto ao NÚMERO de articulações envolvidas:
 MONOARTICULAR: exemplos:
 GOTA: inflamação principalmente da articulação do hálux  PODAGRA. Entretanto,
também pode ser poliarticular.
 ARTRITE INFECCIOSA
 OLIGOARTICULAR: acometimento somatório de 2 a 4 articulações.
 OSTEOARTRITE
 ARTRITE PSORIÁTICA
 POLIARTICULAR: acometimento de 5 ou mais articulações.
 ARTRITE REUMATOIDE: entretanto, varia de caso para caso, pois pode acometer apenas
poucas articulações em alguns casos também.

Quanto ao LOCAL acometido:


 GRANDES ARTICULAÇÕES
 PEQUENAS ARTICULAÇÕES
 AXIAL: acomete a região sacroilíaca e evolui para a coluna vertebral.
 ESPONDILITE ANQUILOSANTE: doença inflamatória muito comum em homens jovens e
que surge repentinamente, possuindo caráter inflamatório. Ela melhora quando o
indivíduo está em movimento, praticando exercícios físicos por exemplo. Ela piora em
repouso, o que é bem característico de dor inflamatória.
 PERIFÉRICA: acometimento de articulações periféricas. Exemplo: de mãos, pés tornozelos.

Quanto a DURAÇÃO dos sintomas:


 AGUDO: início súbito e duração inferior a 3 meses, aproximadamente.
 TRAUMA
 ARTRITE SÉPTICA/ infecciosa
 GOTA
 CRÔNICA: início é mais insidioso e tem duração superior a 3 meses, aproximadamente.
 ESPONDILITE
 ARTRITE REUMATOIDE
 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 ESCLEROSE SISTÊMICA

Quanto a DISTRIBUIÇÃO do acometimento articular:


 SIMÉTRICO: o TIPO de articulação envolvida numa metade do corpo deve ser igual ao TIPO de
articulação envolvida na outra metade.
 ARTRITE REUMATOIDE
 LÚPUS
 ASSIMÉTRICO:
 ESPONDILITE ANQUILOSANTE
 ARTRITE PSORIÁTICA
 ARTRITE REATIVA

Quanto a EVOLUÇÃO dos sintomas:


 PROGRESSIVA/ aditiva: os sintomas começam em algumas articulações e evoluem para outras ao
longo do tempo.
 ARTRITE REUMATOIDE
 LÚPUS
 ARTRITE PSORIÁTICA
 INTERMITENTE: ataques repetidos de artrite aguda com completa remissão entre eles. Causa uma
dor em ciclos.
 GOTA

CAUSAS DA MONOARTRITE:
 ARTRITE MICROCRISTALINA:
 Gota: pode estar relacionada com um quadro de etilismo. É formada pela deposição de
cristas de urato monossódico no espaço articular.
 Pseudogota: cristais de pirofosfato de cálcio.
 ARTRITE SÉPTICA:
 Presença de microrganismos no espaço articular, causando inflamação.
 Esses microrganismos podem ter entrado no corpo por meio de traumas.
 Se a articulação for puncionada, sai PUS.
 Pode ser chamada também de ARTRITE INFECCIOSA.
 ARTRITE DE LYME: é causada por uma espiroqueta que é transmitida por artrópodes.
 SINOVITE DE CORPO ESTRANHO
 SINOVITE VILONODULAR PIGMENTADA: pode ter cor de chocolate.
 HEMARTROSE: quando puncionada sai SANGUE. Pode ser causada por:
 Trauma
 Consequência de uma doença hematológica
 NECROSE AVASCULAR Antes de realizar o diagnóstico,
 NEOPLASIAS sempre observar qual a COR do
 APRESENTAÇÃO INICIAL DE UMA ARTRITE líquido e a sua CONSISTÊNCIA.
POLIARTICULAR/SISTÊMICA
 INFECÇÃO
 PSORÍASE

REVISÃO DOS SISTEMAS:


 Serve para entendermos a doença como um todo.
 Verificar se há a existência de RASH MALAR ou RASH EM ASA DE BORBOLETA  manifestação
cutânea aguda muito comum do LÚPUS.
 Psoríase:
 Nem sempre dá dor articular. Apenas alguns pacientes é que podem ter.
 É importante ressaltar que a dor articular pode começar ANTES, DURANTE ou DEPOIS da
manifestação clínica da pele.
 Para dar o diagnóstico de ARTRITE PSORIÁTICA, obrigatoriamente deve ter
comprometimento da pele e da articulação.
 Afta: pode ser característica de uma doença autoimune chamada de DOENÇA DE BEHÇET 
doença que provoca aftas recorrentes, associadas ou não a ulceras genitais, lesões de pele, dores
articulares, inflamação no olho, etc.;
 Problemas oftálmicos:
 Muitas doenças articulares acometem o olho.
 Exemplo: ESCLERITE DA DOENÇA DE BEHÇET
 Alopecia: perda de cabelo em parte da cabeça ou do corpo.
 Acometimento intestinal
 Nefrite:
 Inflamação dos rins. É responsável pela maioria dos problemas renais.
 Exemplo: LÚPUS e outras vasculites.
 RAYNAUD:
 É ocasionado por um exagero na resposta à temperatura fria. É uma resposta anormal.
 Suas manifestações clínicas são causadas pela VASOCONSTRIÇÃO dos vasos sanguíneos
que resulta na REDUÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO para a pele, podendo levar a CIANOSE e a
ISQUEMIA.
 Mão tem regiões mais brancas e outras mais vermelhas.
 Tem pacientes que podem acabar necrosando os dedos.
 Exemplo: ESCLEROSE SISTÊMICA, COLAGENOSES, LÚPUS.
 Febre
 Fadiga
 Perda ou ganho de peso
 Histórico de cefaleia e convulsões
 Exantema
 Fotossensibilidade: exposição ao sol pode acabar desencadeando várias doenças articulares.
 Úlceras orais
 Xeroftalmia: olhos secos.
 Xerostomia: boca seca.
OBS: síndrome de SJOGREN pode ter xeroftalmia e xerostomia.
 Sinusite
 Inflamação ocular:
 Artrite reumatoide
 Espondilite
 Doença de Behçet.
 Serosite: inflamação de qualquer serosa do organismo.
 Lúpus
 Colite
 Uretrite: inflamação da uretra.
 Lesões genitais: pode estar relacionada com a Doença de Behçet
 Abortamentos
 Tromboses
 Hematológicas
DOENÇAS REUMÁTICAS:
OSTEOARTROSE:
 NÃO é autoimune.
 É uma doença muito comum na população: atinge cerca de 1/5 da população mundial.
 Atinge mais as mulheres e sua incidência aumenta com a idade. Portanto, é muito comum nos
idosos.
 É uma lesão degenerativa da cartilagem articular. Não tem a característica de afetar órgãos.
 NÃO TEM SINAIS FLOGÍSTICOS: não tem edema, calor, rubor e perda de função.
 Existe ARTRALGIA.
 Acomete as interfalanges proximais e distais:
 Nodulações nas interfalanges PROXIMAIS  NÓDULOS DE BOUCHARD.
 Nodulações nas interfalanges DISTAIS  NÓDULOS DE HEBERDEN.
OBS: isto se constitui em uma importante diferença para a artrite reumatoide, pois esta NÃO acomete
as interfalanges distais, apenas a proximal.
 MOBILIDADE ESTÁ PRESERVADA.
 Articulações mais afetadas:
 MÃOS
 JOELHOS
 QUADRIL
 COLUNA VERTEBRAL: principalmente a coluna cervical e a lombar.
 Tipos:
 Osteoartrose PRIMÁRIA: é aquela que não possui causa conhecida.
 Osteoartrose SECUNDÁRIA: é aquela que possui uma causa conhecida. Pode ser causada
por alterações no metabolismo, defeito nas articulações, etc.

ARTRITE REUMATOIDE:
 É uma doença inflamatória CRÔNICA e PROGRESSIVA.
 Acomete mais as mulheres.
 Pode ocorrer em qualquer idade. Entretanto, é mais comum a partir da 4ª década de vida.
 Sua sintomatologia é VARIÁVEL: varia desde manifestações mais brandas até uma poliartrite
progressiva e destrutiva, associada a vasculites e outras manifestações extra-articulares.
 Principais características:
 Forma NODULAÇÕES nas articulações acometidas.
 Tem dor sempre nas duas mãos = é SIMÉTRICO e ADITIVO.
 Envolvimento preferencialmente de MÃOS e PUNHOS.
 Pode ter DEDOS EM BOTOEIRA ou em PESCOÇO DE CISNE  NÃO TEM O
ACOMETIMENTO DAS INTERFALANGES DISTAIS.
 Pode apresentar desvio ulnar.
 Perda da mobilidade.
 Manifestações extra-articulares:
 CUTÂNEAS  nódulos reumatoides.
 OFTALMOLÓGICAS  Síndrome de Sjogren, episclerite, escleromalácia perfurante
 NEUROLÓGICAS
 CARDÍACAS  pericardite, nódulos reumatoides no miocárdio, distúrbios de condução.
 PULMONARES  derrame pleural, nódulos reumatoides, fibrose intersticial difusa,
pneumonite, bronquiolite constrictiva, síndrome de Caplan.
 RENAIS
 7 características IMPORTANTES DA ARTRITE REUMATOIDE:
 RIGIDEZ MATINAL MAIOR QUE 1 HORA.
 ARTRITE DE 3 OU MAIS ÁREAS
 ARTRITE DE MÃOS
 ARTRITE SIMÉTRICA
 NÓDULOS REUMATOIDES
 FATOR REUMATOIDE POSITIVO
 ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS

Para realizarmos o diagnóstico de artrite reumatoide, basta estar presente 4 dessas 7 características.

 Portanto, pode ter artrite reumatoide SEM fator reumatoide positivo, pois esta é apenas uma das
7 características importantes da AR.
 Além disso, nem todo paciente com fator reumatoide positivo tem artrite reumatoide. Ele
aparece em outras doenças também, como:
 Lúpus eritematoso sistêmico
 Hepatite crônica
 Infecções parasitárias
Entretanto, nessas outras patologias ele aparece em BAIXAS TITULAÇÕES.
 Critérios classificatórios: deve ser testado em pacientes que possuem pelo menos 1 articulação com
SINOVITE, sendo esta não mais bem explicada por outra doença.
NÚMERO DE ARTICULAÇÕES ACOMETIDAS:
 0  1 grande articulação.
 1  2-10 grandes articulações.
 2  1-3 pequenas articulações (sem contar as grandes).
 3  4-10 pequenas articulações (sem contar as grandes).
 5  mais do que 10 articulações (incluindo pelo menos 1 pequena).

TEMPO DE DURAÇÃO DOS SINTOMAS:


 0  MENOR que 6 semanas.
 1  MAIOR ou IGUAL a 6 semanas.

Além desses dois critérios, existem também o de SOROLOGIA (0-3) e de ELEVAÇÃO DAS PROVAS DE
FASE AGUDA (0-1).

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS ARTRITES:


 Infecções:  Doenças reumáticas sistêmicas:
 Virais  Lúpus
 Micobacterianas  Poliomiosite
 Fúngicas  Dermatomiosite
 Espondiloartrites:  Síndrome de Sjogren
 Artrites reativas  Doença
Doençasde Behçet
neoplásicas:
 Artropatia psoriásica  Polimialgia remática
 Doença neoplásica metastática
 Artrites enteropáticas  Vasculites sistêmicas
 Linfoma
 Artrites microcistalinas:
 Síndromes paraneoplásicas
 Gota
 Outras:
 Hemocromatose
 Amiloidose
 Sarcoidose
 Doenças por deposito de pirofosfato de cálcio
 Doenças endócrinas:
 Hipotireoidismo
 Hipertireoidismo

ARTROPATIAS POR CRISTAIS:


GOTA:
 É uma artrite inflamatória causada pela cristalização do ÁCIDO ÚRICO, o qual se deposita no
interior da articulação e está associada à HIPERURICEMIA.
 Há a formação de CRISTAIS EM FORMA DE AGULHA. Possuem birrefringência negativa.
OBS: se os cristais tiverem a forma romboide é uma PSEUDO-GOTA.
 É considerada uma das mais dolorosas formas de artrite, caracterizada pelo surgimento ABRUPTO
de dor articular de grande intensidade.
 Áreas esbranquiçadas nos dedos: ocorre devido ao acúmulo de ácido úrico.
 Epidemiologia:
 Afeta mais os homens adultos, principalmente a partir da 4ª década de vida. É rara na faixa
etária inferior a 30 anos.
 Nas mulheres, a gota costuma se associar mais tarde, geralmente APÓS a menopausa, ou
seja, após os 50 anos. É comum o seu desenvolvimento estar relacionado com o histórico
de uso de diuréticos para HAS (diuréticos favorecem o acúmulo de ácido úrico).
 Outros fatores de risco: obesidade, hipertensão, etilismo, etc.
 Fases da gota:
 HIPERURICEMIA ASSINTOMÁTICA: nível de ácido úrico no sangue é elevado. Entretanto, o
paciente NÃO apresenta sintomas. Não é necessário nenhum tratamento nessa fase.
 GOTA INTERMITENTE AGUDA: ácido úrico começa a se acumular nas articulações,
provocando dor, inchaço e vermelhidão. É chamado de “ataque da gota”, pois o início dos
sintomas e o aumento da sua intensidade ocorre muito rápido. Provoca uma dor
lancinante (absurda) que pode durar até cerca de 7 dias.
 GOTA AGUDA POLIARTICULAR
 GOTA INTERCRÍTICA: é o período de tempo entre os ataques da gota, em que o paciente
está livre dos sintomas. Entretanto, os cristais de ácido úrico continuam se acumulando
silenciosamente.
 GOTA TOFÁCEA CRÔNICA: é o estado final da gota. É um estado de dano permanente à
cartilagem e ao osso na junção.
 Pode haver o desenvolvimento de TOFOS: não existe em todas as articulações. LEMBRAR QUE NEM
TODOS OS PACIENTES COM GOTA TEM TOFO.
OBS diferenciar os TOFOS da gota dos nódulos da osteoartrose.
 Quando a gota atinge a articulação do hálux é chamada de PODAGRA.
 Dedos são bem assimétricos.
 Causas da gota:
EXCESSO NA PRODUÇÃO DE ÁCIDO ÚRICO: FALHA NA ELIMINAÇÃO DE ÁCIDO ÚRICO:
- Etilismo - Etilismo
- Dieta rica em purinas - Diuréticos
- Drogas - Medicamentos: como o AAS, pirazinamida.
- Neoplasias - Intoxicação por chumbo
- Anemia hemolítica - Cetoacidose
- Psoríase - Hipotireoidismo
- Defeitos enzimáticos - Eclampsia

 LESÃO EM SACO ABOCATO  realiza uma erosão no osso e que é bem evidente nas radiografias.
 Sempre perguntar sobre os medicamentos que o paciente está fazendo uso. Existem alguns que
aumentam o ácido úrico. Exemplos:
 Ciclosporina
 Aspirina
 Beta-bloqueadores
 Diuréticos tiazídicos
 Além disso, sempre perguntar também sobre os alimentos ingeridos. Pacientes que possuem gotas
não podem ingerir em excesso:
 Carne
 Feijão
 Cereais
 Peixe
 Frutos do mar: como camarão.
 Couve-flor

DOENÇA DE DEPOSIÇÃO DE PIROFOSFATO DE CÁLCIO:


 É uma artropatia inflamatória aguda ou crônica.
 Fase aguda  PSEUDOGOTA.
 Há a deposição de cristais de pirofosfato de cálcio  possuem FORMATO ROMBOIDE. Possuem
birrefringência positiva.
 Possui ataques agudos e autolimitados. Costuma melhorar em 1 a 3 semanas.
 Acomete principalmente os JOELHOS e os PUNHOS.
 CONDROCALCINOSE: deposição de cálcio nos MENISMOS e nas CARTILAGENS.
 Artrocentese: procedimento clínico que utiliza uma seringa para coletar líquido sinovial de uma
cápsula articular. É utilizada no diagnóstico dessa doença, mas também no de gota, artrite,
infecções sinoviais, etc.
 É mais frequente em mulheres e em pessoas com mais de 60 anos.
 Fatores de risco:
 Idade avançada
 Hereditariedade
 Doenças metabólicas: hiperparatireoidismo, hemocromatose, hipofosfatasia,
hipomagnesemia, hipotireoidismo, mixedematoso.
 Associada a trauma articular
 Osteoartrose
 Diagnóstico diferencial:
 GOTA
 OSTEOARTRITE
 INFECÇÃO ARTICULAR
 DOENÇAS RARAS DE DEPÓSITO DE CRISTAIS
 ARTRITE REUMATOIDE
 POLIMIALGIA

ESPONDILOARTRITES:
GRAUS DE ESPONDILOARTRITES:
 Espondilite anquilosante
 Artrite reativa
 Artrite psoriásica
 Artropatias enteropáticas
 Espondiloartropatias indiferenciadas

FATORES QUE REÚNEM AS ESPONDILOARTROPATIAS EM UM MESMO GRUPO:


 Acometimento das articulações axiais e periféricas.
 Lesão proeminente das ÊNTESES: local de inserção dos tendões e dos ligamentos.
 Associação a determinadas lesões sistêmicas
 Superposição em suas formas clínicas
 Tendência a hereditariedade
 AUSÊNCIA DE FATOR REUMATOIDE
 Associação com HLA-B27: é um marcador genético, mas que nem todo mundo com espondiloartrite
tem. Entretanto, se ele estiver presente sugere essa patologia.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 ARTRALGIA
 ARTRITE
 DACTILITE: dedos em salsicha.
 ENTESITE: processo inflamatório dos locais de inserção dos ligamentos nos ossos.
 UVEÍTE: doença inflamatória da úvea, a qual é composta pela íris, corpo ciliar e membrana coroide.
Faz com que o olho fique vermelho (hiperemia), pessoa tenha fotofobia, dor, visão turva.
 PSORÍASE: doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa. Possui lesões avermelhadas e
descamativas.

ESPONGILITE ANQUILOSANTE:
 Dor lombar inflamatória.
 Caráter da dor: ASCENDENTE.
 Início: INSIDIOSO
 Duração: maior que 3 meses.
 Maior intensidade: pela MANHÃ  RIGIDEZ MATINAL.
 Piora da dor: REPOUSO
 Melhora da dor: ATIVIDADE FÍSICA.
 É uma doença autoimune. Pode estar presente fator genético e familiar.
 Acomete principalmente o adulto jovem: menor que 45 anos (entre a 2ª e a 4ª décadas de vida).
 Além disso, é mais comum também em indivíduos do sexo masculino, de cor branca em indivíduos
HLA-B27 +.
 Principais características:
 ENTESOPATIA: são patologias que envolvem as inserções tendíneas, musculares e
osteoligamentares no osso. É inflamatória nesse caso.
 OLIGOARTRITES
 UVEÍTE ANTERIOR AGUDA, UNILATERAL e RECORRENTE.
 SACROILÍTE: inflamação no sacro-ilíaco  é onde
 Indivíduo pode se encontrar na POSTURA DO ESQUIADOR:
 Retificação da lordose lombar
 Acentuação da cifose dorsal
 Retificação da lordose cervical
 Paciente não consegue fazer o número 4 com a perna quando está em decúbito dorsal.

ARTRITE PSORIÁSICA:
 Também é uma artrite inflamatória.
 Acomete uma pequena proporção dos indivíduos portadores de PSORÍASE. Portanto, além da
artrite, a pessoa tem que ter também psoríase.
 A artrite pode surgir ANTES, JUNTO ou APÓS o aparecimento da psoríase.
 A psoríase pode se manifestar no couro cabeludo, nos cotovelos ou apenas na unha  se for
apenas na unha é muito difícil de diagnosticar.
 Uma manifestação importante da artrite psoriásica é a DACTILITE  DEDO EM SALSICHA.
 Classificação:
 OLIGOARTRITE SIMÉTRICA: corresponde a 70% dos casos. É a forma mais frequente de
espondilite anquilosante.
 POLIARTRITE SIMÉTRICA: corresponde a 15% dos casos.
 DISTAL: corresponde a 5% dos casos. Afetam apenas a interfalange DISTAL. Pode-se
realizar o diagnóstico diferencial com osteoartrose a partir das lesões da psoríase. Por isso
é tão importante despir o paciente.
 ARTRITE MUTILANTE: corresponde a menos de 5% dos casos. É uma forma grave,
destrutiva e deformante.
 ESPONDILITE: corresponde a cerca de 5% dos casos. Possui acometimento axial.

ARTROPATIAS ENTEROPÁTICAS:
 Pode afetar de 2 a 26% dos pacientes com DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL.
 Formas de acometimento:
 OLIGOARTRITE PERIFÉRICA
 POLIARTRITE PERIFÉRICA
 ESPONDILITE ENTEROPÁTICA

ARTRITES REATIVAS  PROVA:


 É um processo infeccioso à distância.
 Na maioria das vezes essa infecção ocorre:
 Trato digestivo  DIARREIA INFECCIOSA. Pode ser causada pela Shigella, Campylobacter.
 Genitália  URETRITE e CERVICITE. Pode ser causada pela Chlamydia trachomatis.
 Pode ser desencadeada por uma doença venérea (DST) ou infecciosa.
 É MIGRATÓRIA e NÃO simétrica
 SÍNDROME DE REITER:
 É um tipo de artrite reativa.
 Tríade clássica:
- ARTRITE
- CONJUNTIVITE
- URETRITE
 Manifestações clínicas:
 Geralmente ocorre 1 a 4 semanas APÓS infecções ou relações sexuais.
 FADIGA, MAL-ESTAR, FEBRE, PERDA PONDERAL.
 ARTRITE OLIGOARTICULAR, ASSIMÉTRICA e de acometimento principal dos MEMBROS
INFERIORES.
 DACTILITE, TENDINITE, FASCIÍTE, SACROILIÍTE  ocorre em 20% dos casos.
 BALANITE CIRCINADA, CERATODERMA BLENORRÁGICO, UVEÍTE ANTERIOR, ÚLCERA
ORAL.
 Acomete mais homens jovens, com oligoartrite periférica de grandes articulações.
 Solicitar SEMPRE SOROLOGIAS:
 HIV + está associado a formas graves da doença e pode ser a sua manifestação inicial.

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO:


 Acomete principalmente as MULHERES JOVENS. Entretanto, pode afetar os homens também.
 É uma DOENÇA:
 AUTOIMUNE
 MULTI-SISTÊMICA CRÔNICA
 Que possui focos INFLAMATÓRIOS em VÁRIOS tecidos ou órgãos.
 Pode ser grave ou não.
 Locais onde pode atingir:
 Pele: É MIGRATÓRIA e NÃO simétrica
 Articulações
 Membranas serosas
 Rins
 SNC
 Manifestações clínicas:
 Rash malar: região da bochecha e do nariz ficam vermelhas. Forma de borboleta.
 Erupção discoide
 Fotossensibilidade
 Aftas/ Úlceras orais
 Artrite
 Serosite
 Alterações renais
 Alterações neurológicas
 Alterações hematológicas
 Alterações imunológicas
 Anticorpo antinuclear +
 Pode ter bolhas.
 Pode levar a alopecia
Não precisa ter esse quadro clínico completo para ser diagnosticado com lúpus eritematoso sistêmico,
basta apenas algumas características.
 Existem formas de lúpus:
 Subaguda: possui erupções cutâneas vermelhas, elevadas, escamosas e sem cicatrizes nas
áreas expostas ao SOL.
 Discoide: erupções cutâneas de vermelha a roxa com descoloração e cicatrizes, perda de
cabelo, etc. É uma doença inflamatória crônica que afeta a pele.
 ARTRITE DE JACCOUD:
 É uma manifestação clínica muito característica do lúpus eritematoso sistêmico.
 Deforma os dedos. Entretanto, eles voltam ao normal caso sejam feitos movimentos que
estimulem eles (ao contrário da AR). É uma deformidade “móvel, não dura”.
 Doenças características que possuem:
- LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
- FEBRE REUMÁTICA
- SÍNDROME DE SJOGREN

SÍNDROME DE SJOGREN = síndrome SECA:


 Sintomas oculares  XEROFTALMIA. Pessoa refere que “não tem lágrimas”.
 Sintomas orais  XEROSTOMIA: boca anormalmente seca. Pessoa refere “ausência de saliva”.
Pode gerar CÁRIES.
 Sinais oculares  são detectados por oftalmologistas por meio de testes de olho seco.
 Histopatologia
 Envolvimento da glândula salivar
 Presença de AUTOANTICORPOS.
 Portanto, o paciente apresenta várias queixas de SECURA: na boca, pele, olhos, órgão genital.
 Precisa tomar água o tempo todo.
OBS: nem todo olho e boca seca é síndrome de Sjogren. Pode ser também causada por medicamentos
como antidepressivos e também pela hepatite C.
 Manifestações clínicas:
 Artralgias/ artrite não erosiva  eventualmente é a ARTRITE DE JACCOUD.
 Raynaud
 Linfadenopatia
 Vasculite
 Envolvimento renal, hepático, neurológico.
 Miosite
 Linfoma

POLIMIOSITE/DERMATOMIOSITE:
 Processo inflamatório na MUSCULATURA ESQUELÉTICA.
 Principais características clínicas:
 FRAQUEZA MUSCULAR PROXIMAL e SIMÉTRICA
 É mais predominante em mulheres.
 Principais queixas:
 Dificuldade para pentear os cabelos.
 Dificuldade para apanhar objetos em posição alta
 Dificuldade para subir degraus
 Dificuldade para elevar os braços acima do nível dos ombros.
 DERMATOMIOSITE:
 Possui manifestações cutâneas também.
 HELIOTROPO: é a formação de uma mácula eritemo-vinhosa e edematosa na região
periorbital.
 PÁPULAS DE GOTTRON: lesões violáceas sobre as articulações interfalangeanas ou
metacarpofalangeanas, cotovelos ou joelhos.
 Portanto, se tiver manifestações na pele é DERMATOMIOSITE. Se não houver, chamamos apenas
de POLIMIOSITE.
OBS: nem toda fraqueza muscular é polimiosite ou dermatomiosite.

ESCLEROSE SISTÊMICA:
 É o endurecimento FIBRÓTICO da pele e de outros órgãos como o esôfago, pulmões, coração e rins
 Principais características:
 A pele fica dura e esticada.
 Ocorre perda da prega cutânea dos dedos.
 Fásceis de esclerodermia:
 AFILAMENTO DE NARIZ
 RETEZAMENTO DOS LÁBIOS
 SÍNDROME DE CREST  forma limitada:
 C = CALCINOSE: deposição de cálcio em qualquer tecido mole, como na PELE.
 R = FENÔMENO DE RAYNAUD: alterações na cor da pele dos dedos após exposição ao frio.
 E = ALTERAÇÕES DA MOTILIDADE ESOFÁGICA: gera dificuldade de deglutição e/ou refluxo.
 S = ESCLERODACTILIA: rigidez e espessamento da pele dos dedos das mãos ou dos pés.
 T = TELANGIECTASIAS: pequenos vasos que causam linhas vermelhas sob a superfície da
pele.
 FENÔMENO DE RAYNAUD: sua causa mais comum é a ESCLEROSE SISTÊMICA.É tratado com
medicações vasodilatadoras. Como por exemplo o VIAGRA.

PARVOVÍRUS B19:
 É um DNA VÍRUS.
 Causa uma artrite:
 De PEQUENAS ARTICULAÇÕES
 POLIARTICULAR
 Que pode mimetizar a artrite reumatoide.
 Produz uma secreção respiratória.
 A poliartralgia é mais frequente do que uma poliartrite.
 Média de duração: 10 dias. Podemos utilizar isso para diferenciar da artrite reumatoide, a qual dura
mais tempo.
 É NÃO EROSIVA
RUBÉOLA:
 Causa uma:
 ARTRALGIA ou ARTRITE SIMÉTRICA.
 POLIARTRITE
 TENOSSINOVITE
 STC
 MIALGIA
 PARESTESIAS
 Pode ser MIGRATÓRIA.
 É AUTOLIMITADA: dura menos do que 2 semanas.
 IgM persiste até 4 a 6 semanas.
 Vacinação: principal forma de prevenção. Utiliza o vírus atenuado ou morto.

HEPATITE C CRÔNICA:
 Principais características:
 ARTRALGIA
 MIALGIA
 CRIOGLOBULINEMIA MISTA
 VASCULITE
 NEUROPATIAS
 POLIARTRITE AGUDA na fase podrômica e CRÔNICA com vasculite sistêmica.
 Crioglobulinemia:
 Crioglobulinas são proteínas que se precipitam quando resfriadas e se dissolvem quando
são aquecidas. Elas atuam como imunoglobulinas.
 Crioglobulinemia é uma síndrome inflamatória sistêmica. Causa a vasculite de pequenos e
médios vasos devido a deposição de imunocomplexos de crioglobulinas.
 TRÍADE DE MELTZER:
- PÚRPURA PALPÁVEL
- ARTRALGIA
- FADIGA

HEPATITE B:
 Pode apresentar no período podrômico:
 ARTRALGIA SIMÉTRICA
 POLIARTICULAR: mãos, punhos, joelhos e tornozelos
Ocorre em 20% dos casos.
OBS: pródromo  são os sinais ou sintomas que podem indicar o início de uma doença ANTES que os
sintomas específicos surjam.
 Além disso, pode ocorrer também RIGIDEZ MATINAL: presente em 20-50% ds casos.
 Pode se assimilar bastante com a artrite reumatoide.

HIV:
 Manifestação músculo-esquelética  é mais comum na FASE TARIDA.
 Manifestações articulares:
 ARTRALGIAS e/ou ARTRITES: são as mais comuns.
 Síndrome de Reiter: pode ser a manifestação INICIAL.
 Psoríase e APS: aumento de prevalência. Portanto, o HIV também pode se manifestar com
psoríase.
ARTRITE SÉPTICA:
 Vias de contaminação:
 Hematogênica: é a mais comum.
 Inoculação direta: por meio de traumas e injeções, por exemplo.
 Disseminação por contiguidade: osteomielite, celulite, etc.
 Verificar sempre qual a causa.
 Importante diferenciar as:
 ARTRITE GONOCÓCICA
 ARTRITE NÃO GONOCÓCICA

ENDOCARDITE INFECCIOSA:
 Infecção no endocárdio.
 Principais manifestações clínicas:
 Febre
 Fenômenos vasculares
 Fenômenos imunológicos
 Pode apresentar um SOPRO cardíaco.
 Solicitar uma hemocultura.
 Realizar um ecocardiograma, para verificar se não há sopros ou alterações nas camadas cardíacas.
 Possíveis causas:
 Condição predisponente.
 Pessoa pode ter tirado a cutícula de maneira errada e causado uma lesão, a qual serviu de
porta de entrada para a bactéria que é responsável por esse quadro clínico.
 Deve ter algum foco de entrada.

TUBERCULOSE:
 Pode acometer pulmão, pleura, articulações, coluna vertebral e etc.
 Manifestações articulares:
 ESPONDILITE = DOENÇA DE POTT: ocorre quando há o comprometimento da coluna
vertebral, sendo mais comum na torácica.
 ARTRITE
 OSTEOMIELITE e DACTILITE
 BURSITE E TENOSSINOVITE
 ARTRITE REATIVA = DOENÇA DE PONCET: é poliarticular.
 DOENÇA DE POTT:
 É mais comum em crianças e adultos jovens.
 Infecção na porção anterior do CORPO VERTEBRAL.
 Inflamação localizada de partes moles. Exemplos: abscesso no psoas ou paravertebral
acompanhado de injuria neurológica.
 É mais comum na VÉRTEBRA TORÁCICA. Depois na lombar e depois na cervical e na sacral.
 DOENÇA DE PONCET:
 É uma forma de ARTRITE REATIVA.
 Ocorre durante a TB ATIVA.
 É POLIARTICULAR: envolve principalmente as mãos e os pés.
 O fluido sinovial e amostras de tecidos são ESTÉREIS.
 Os sintomas melhoram com o tratamento antituberculostático.
 Diagnósticos diferenciais:
 Espondilodiscite = osteomielite vertebral: pode ser causada por uma bactéria piogênica.
 Outras infecções: podem ser causadas por uma outra bactéria
 Neoplasia
 Sarcoidose.

FEBRE REUMÁTICA:
 São amigdalites de repetição que evoluem para um quadro de artrite, cardite, etc.
 Ocorre geralmente em crianças de 5 a 14 anos.
 ARTRITE: está presente em 75% dos casos.
 É MIGRATÓRIA: joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos, pequenas articulações de mãos e
pés.
 Respostas dramáticas aos SALICILATOS.
 CARDITE:
 Acontecem em 50-60% dos casos.
 Endocardite: acomete a válvula aórtica e/ou a mitral.
 Miocardite: provoca uma taquicardia desproporcional a diminuição da febre.
 Pericardite: é o menos comum.
 COREIA DE SYDENHAM: distúrbio neurológico que afeta a coordenação motora. Está presente em
10 a 15% dos casos de febre reumática.
 ERITEMA MARGINATUM: lesão com presença de máculas ou pápulas avermelhadas no tronco e nas
superfícies internas dos membros.
 Rash macular serpinginoso com clareamento central
 Rash transitório ou exacerbada pelo calor.
 Pode acometer o tronco e extremidades.
 Ocorre em 2% dos casos.
 NÓDULOS SUBCUTÂNEOS: geralmente ocorrem nos pacientes com cardite grave. Características:
 Firmes
 Não dolorosos
 Menores que 2 mm
 Resolução espontânea
 Sem sequelas permanentes
 Acontecem em menos de 1% dos casos de febre reumática.
CHIKUNGUNYA:
ARBOVIROSES:  Dor e edema nas articulações:
DENGUE: ZIKA:  Mãos
 Febre ALTA  Febre LEVE  Pés
 Dores no corpo  Dor muscular  Tornozelos
 Dor retro-orbital  Dor nas articulações  Punhos.
 Náuseas  Manchas vermelhas  É a que mais causa dor articular
 Vômitos  Prurido  A artralgia pode ser incapacitante
 para o indivíduo.
CASO CLÍNICO 1:
Mulher, de 60 anos, procura atendimento médico referindo artralgia, fraqueza, olhos secos e secura na
mucosa oral exacerbada no último ano. Refere ter procurado oftalmologista no período que prescreveu
colírio umidificante. Relata ainda cáries dentais na sua consulta com dentista, apesar de escovar os
dentes diariamente.
No exame físico, observa-se aumento das glândulas parótidas, conjuntivite e membranas mucosas
ressecadas. Esta paciente é encaminhada ao ambulatório de clínica médica por suspeita de doença
autoimune.
1. Principal hipótese diagnóstica: Síndrome de Sjogren
2. Que outras situações ou doenças podem cursar com “olho seco” e/ou “boca seca”:
medicamentos, hepatite C.
3. Que outras perguntas ajudariam a fortalecer ou não, o diagnóstico em questão: histórico na
família de doença autoimune? Histórico de hepatite no passado?

CASO CLÍNICO 2:
 L.M.S., 58 anos, casado, aposentado (ex-policial), natural e residente em São Paulo
 QP: Dor no pé
 HDA: Paciente, sabidamente etilista, em tratamento em clínica de dependentes químicos, procura
ambulatório de clínica médica, referindo dor em 1º pododáctilo, de forte intensidade, com duração
de 5 dias e alívio após uso de anti-inflamatório. Relata que apresenta essa dor, com períodos de
exacerbação e remissão, há cerca de 10 anos, mas nunca procurou atendimento prévio
anteriormente. A dor, ora é em hálux, ora em dorso do pé, ora em tornozelo, sempre com duração
de poucos dias, e aliviada com medicação.
 HMP: Portador de DM e HAS descompensada. Faz uso apenas de medicação para a dor, quando
necessário. Nega cirurgias prévias. Desconhece histórico de alergia a medicamentos.
 HMF: É filho adotivo e desconhece HF.
 HFS: Etilista desde os 20 anos (bebe cerveja diariamente, mas não sabe precisar quantidade). Nega
uso de drogas. Mora em casa de alvenaria e tem 2 cães em casa.
 No pé, tem um grande TOFO no 1º pododáctilo: tem conteúdo esbranquiçado, característico do
ácido úrico.
 Cuidado para não confundir os tofos das mãos com os nódulos da osteoartrose. Eles são BEM
diferentes.
 Diagnóstico: GOTA TOFÁCEA CRÔNICA.
CASO CLÍNICO 3:
 I: C.S.F, 33 anos, branco, solteiro, pedreiro, natural e residente em Palhoça
 QP: Dores articulares e lesões na pele
 HDA: Paciente refere dores articulares com início há 1 ano (metacarpofalangianas, interfalangianas
próximas e distais), evoluindo com deformidade em mãos. Relata, concomitante ao quadro
articular, surgimento de lesões de pele distribuídas em região de dorso, abdome e membros,
algumas descamativas, não pruriginosas.
 Diagnóstico: ARTROPATIA PSORIÁSICA forma MUTILANTE.

CASO CLÍNICO 4:
 F.M.A, 62 anos, branca, casada, natural e residente de Antônio Carlos, agricultora aposentada
 QP: Dor nas mãos
 HDA: Paciente procura atendimento médico referindo intensa dor e deformidade em mãos
(inferfalangianas proximais e distais), com início há 10 anos. Apresenta rigidez matinal de 10
minutos de duração. Relata dificuldade para realizar atividades manuais como pregar botões, pela
intensidade da dor. Nega dor em outras articulações.
 Diagnóstico: OSTEOARTRITE.

CASO CLÍNICO 5:
 S. L. P, 26 anos, solteira, professora, natural e residente em São José
 QP: “Necrose na ponta dos dedos” e dor articular
 HDA: Paciente procura atendimento médico por apresentar necrose na ponta dos dedos nas
últimas semanas, associado a dor em mãos. Histórico de apresentar fenômeno de Raynaud intenso,
com início há 2 anos, quando em contato com superfícies geladas e nos dias mais frios.
Concomitante ao quadro, tem se engasgado com certa frequência e, nos últimos meses, vem
referindo sensação de “falta de ar” para subir e descer escadas.
 Diagnóstico: ESCLEROSE SISTÊMICA.

CASO CLÍNICO 6:
 Paciente feminina, 17 anos, branca, solteira, do lar, natural e procedente de Sapucaí Mirim-MG.
 Há dois meses iniciou quadro progressivo de astenia, anorexia, palidez e sonolência, tendo sido
feito diagnóstico de anemia, na cidade de origem, e instituído tratamento clínico. O quadro evoluiu
com náuseas, vômitos, edema de membros inferiores, febre (não mensurada), dispnéia e
manchas hemorrágicas subungueais, digitais e palmares, sendo internada utilizando medicação
cardiológica, antibioticoterapia e hemotransfusão (quatro bolsas), ainda na cidade de origem. Foi,
então, encaminhada ao Serviço de Clínica Médica do Hospital Escola (HE) da Faculdade de Medicina
de Itajubá-MG (FMIt), com as seguintes constatações: submeteu-se à extração dentária, em
condições inadequadas, dois meses antes do início dos sintomas; não tinha passado de infecção
frequente das vias aéreas, pneumonias, cardiopatias ou febre reumática; possuía boas condições de
moradia e alimentação; negava tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas; referia vida sexual ativa,
sem promiscuidade e nuliparidade; ciclo menstrual regular e sem perdas sanguíneas;
 Paciente consciente, orientada, anictérica, acianótica, hipocorada (++/4+), toxemiada, hipotensa
(100 x 40 mmHg), taquicárdica (120 bpm), dispnéica (44 irpm), afebril (36,5°C), apresentando
edema de membros inferiores (++/4+); ritmo cardíaco irregular, bulhas hipofonéticas, com sopro
sistodiastólico mais audível em foco aórtico; ictus palpável (três polpas digitais); turgência jugular
a 45° e batimento de vasos do pescoço; pulmões com estertores subcrepitantes em bases;
macicez à percussão e murmúrio vesicular diminuído à direita l; abdome tenso e doloroso,
principalmente em hipocôndrio direito, com fígado palpável, sem outras visceromegalias; ausência
de alterações cutâneas no momento do exame.
 O ecocardiograma demonstrou disfunção sistodiastólica global, aumento das câmaras cardíacas e
comprometimento mitro-aórtico-tricúspide. Presença de vegetações na face ventricular da valva
aórtica.
 Diagnóstico: ENDOCARDITE  pensa-se nisso devido as más condições dentárias, sangramento,
sopro cardíaco.

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