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“Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes
prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão da
aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo.
§1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, emitido pela
empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho
expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da
legislação trabalhista.
§3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos
existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de
comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à
penalidade prevista no art. 133 desta Lei.“
Conforme se observa no artigo 152 da Instrução Normativa nº 99 de 2003, o LTCAT deve ser
elaborado por toda e qualquer empresa independentemente da condição de trabalho dar ou
não o direito à aposentadoria especial:
“Art. 152. As condições de trabalho, que dão ou não direito à aposentadoria especial, deverão
ser comprovadas pelas demonstrações ambientais, que fazem parte das obrigações acessórias
dispostas na legislação previdenciária e trabalhista.
(…)
Essa Instrução Normativa expõe ainda que o Perfil Profissiográfico Previdenciário deverá ser
preenchido para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa, a
partir de sua implantação em meio digital (e-Social). Nesse sentido:
“Art. 266. A partir de 1º de janeiro de 2004, conforme estabelecido pela Instrução Normativa
INSS/DC nº 99, de 5 de dezembro de 2003, a empresa ou equiparada à empresa deverá
preencher o formulário PPP, conforme Anexo XV, de forma individualizada para seus
empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais cooperados, que trabalhem
expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à
saúde ou à integridade física, ainda que não presentes os requisitos para fins de caracterização
de atividades exercidas em condições especiais, seja pela eficácia dos equipamentos de
proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a permanência.
§ 1º A partir da implantação do PPP em meio digital, este documento deverá ser preenchido
para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa, da exposição
a agentes nocivos e deverá abranger também informações relativas aos fatores de riscos
ergonômicos e mecânicos. “
Considerando que o LTCAT é base para a confecção do PPP, podemos concluir que todas as
empresas independentemente do seu ramo de atividade precisarão elaborar o LTCAT.
Além disso, o §1º do Art. 58 da lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, dispõe que:
“Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes
prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão da
aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo.
§1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, emitido pela
empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho
expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da
legislação trabalhista.
§2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a
existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do
agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo
estabelecimento respectivo.
§3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos
existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de
comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à
penalidade prevista no art. 133 desta Lei.
Vale destacar, que conforme a hierarquia das leis, as instruções normativas não tem o poder
de revogar um dispositivo de lei federal, por ser hierarquicamente superior. Portanto, apesar
de existirem instruções normativas que autorizem essa substituição, o LTCAT ainda continua
sendo obrigatório aos empregadores e instituições.
Dessa forma, deve-se elaborar o LTCAT e evitar a substituição do mesmo, abstendo-se assim,
de possíveis transtornos e penalidades.
Via de regra, o LTCAT não precisará ser revisto enquanto não houver alteração no ambiente de
trabalho ou em sua organização ao longo do tempo.
O §4º do artigo 261 da Instrução Normativa nº 77 de 2015, elenca quais são essas alterações
no ambiente de trabalho:
I – mudança de layout;
IV – alcance dos níveis de ação estabelecidos nos subitens do item 9.3.6 da NR-09, aprovadas
pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, do MTE, se aplicável. “
Portanto, sempre que ocorrer alguma dessas alterações no ambiente de trabalho deverá a
empresa atualizar o LTCAT.
Por fim, o LTCAT deverá ser assinado pelo engenheiro de segurança do trabalho, com o
respectivo número da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART junto ao Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia – CREA ou pelo médico do trabalho, indicando os
registros profissionais para ambos.