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Na essência, é uma modalidade de aposentadoria por tempo de serviço,

com redução deste, em função das especiais condições em que é prestado o


trabalho.
Art. 201, § 1º, CF: “É vedada a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime
geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando
se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei
complementar”. (EC 47/2005)

Aposentadoria Especial

Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida
nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos,
conforme dispuser a lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá


numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. (Redação
dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria


por idade, conforme o disposto no art. 49.

§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado,


perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não
ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, durante o período mínimo fixado. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes


nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.
(Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva
conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos
pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer
benefício. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da


contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas
alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade
exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada
pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) (Vide Lei nº 9.732, de 11.12.98)

§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a


remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput. (Incluído pela
Lei nº 9.732, de 11.12.98)

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§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo
que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos
constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão da
aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo.
(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita


mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do
trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos
da legislação trabalhista. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

§ 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a


existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente
agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento
respectivo. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

§ 3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes
nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de
comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à
penalidade prevista no art. 133 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo


as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato
de trabalho, cópia autêntica desse documento. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

Base Legal
Arts. 57 e 58, LBPS, e art. 201, § 1°, CF.

Titular
Empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, esse somente
quando cooperado filiado à cooperativa de trabalho ou de produção (art. 64,
RPS).

Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida,


será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte
individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou
de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos,
conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

Porém, a jurisprudência possibilita a qualquer contribuinte individual este


benefício. Desta forma, apenas o empregado doméstico e o segurado especial
não têm direito ao benefício.

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Súmula 62 da TNU:
“O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial
para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à
saúde ou à integridade física.”

• Concessão da Aposentadoria Especial ao cooperado filiado a


cooperativa de trabalho ou de produção

Por força do disposto no art. 1º, caput, da Medida Provisória n. 83, de


12.12.2002, convertida na Lei n. 10.666/2003, as disposições legais sobre
aposentadoria especial do segurado filiado ao RGPS aplicam-se, também, ao
cooperado filiado à cooperativa de trabalho e de produção que trabalha sujeito
a condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade
física. A justificativa apresentada pelo então MPAS para adoção dessa medida
foi de que:

Art. 1o As disposições legais sobre aposentadoria especial do segurado filiado ao


Regime Geral de Previdência Social aplicam-se, também, ao cooperado filiado à cooperativa
de trabalho e de produção que trabalha sujeito a condições especiais que prejudiquem a sua
saúde ou a sua integridade física.

§ 1o Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo
da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente
sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade
exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou
vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. Produção de efeito

§ 2o Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo
da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao
cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de
aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição,
respectivamente. Produção de efeito

§ 3o Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem


com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a
cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção.

Requisitos
Requisitos (art. 57, LBPS):
Tempo de serviço em condições especiais que prejudiquem a saúde ou
a integridade física.
Exposição habitual e permanente
15, 20 ou 25 anos
(TODO O PERÍODO ESPECIAL – art. 57,§ 4°, LBPS, a partir da Lei 9.032/95)

Carência
180 meses, com a regra de transição do art.
142, LBPS, para filiados até 24/09/91.
Lei 10.666/03, art. 3°, caput: a perda da qualidade de segurado não será
considerada para concessão deste benefício. Logo, não se aplica a regra do
terço (art. 42, §único).

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Sobre as mudanças nos critérios de concessão da aposentadoria
especial,por parte das Leis ns. 9.032/95 e 9.528/97,
“A Lei n. 9.032/95 redefiniu o art. 57 do PBPS:
• alterando o coeficiente do salário de benefício, unificado em 100%;
• impondo a necessidade de prova das condições ambientais;
• cometendo ao MPAS a atribuição de fixar os critérios de conversão;
• eliminando o cômputo do tempo de serviço do dirigente sindical;
• vedando a volta ao trabalho do aposentado.

A Lei n. 9.528/97, desde a MP n. 1.523/96:


• prescreveu a possibilidade de o Poder Executivo relacionar os agentes
nocivos;
• recriou o SB-40,sob o nome de DSS 8030;
• instituiu o laudo técnico;
• exigiu referência à tecnologia diminuidora da nocividade;
• fixou multa para empresa sem laudo técnico atualizado;
• instituiu o perfil profissiográfico e revogou a Lei n. 8.641/93 (telefonistas)”.

Definição de habitualidade e permanência


Art. 57, § 3º, LBPS: “A concessão da aposentadoria especial dependerá
de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–
INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o
período mínimo fixado.”

Habitualidade: não ocasional nem intermitente. É o trabalho realizado


todos os dias do mês.
Permanência: exposição aos agentes nocivos durante toda a jornada de
trabalho.
Porém, de acordo com o caso concreto, poderá haver mitigação pelo judiciário.

Em contrapartida, consideram-se como tempo de trabalho sob condições


especiais os períodos de férias fruídas por empregado sujeito a condições
nocivas, os de benefícios concedidos por incapacidade (auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez) e o período de percepção do salário-maternidade,
desde que na data do afastamento o segurado ou segurada estivesse
exercendo atividade considerada como especial.

Termo inicial (mesmas regras da aposentadoria por idade - art. 57, § 2°,
LBPS)
Segurados empregados e domésticos
Data do desligamento do emprego, se requerida em 90 dias (o benefício
retroage);
Ou data do requerimento, se requerida após 90 dias do desligamento ou
no caso de não haver desligamento do emprego;
- Demais segurados: na data do requerimento.

Termo Final

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Trata-se de benefício definitivo, podendo o aposentado voltar a trabalhar, sem
prejuízo do recebimento da prestação, salvo se o trabalho envolver agentes
nocivos a saúde.
Nesse caso, a aposentadoria será suspensa, segundo o art. 57, § 8º, LBPS.
Se deixar de exercer atividade especial, poderá reaver o benefício.
Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua
aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.

Valor do Benefício
100% do SB SB = média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo
a partir de jul/1994 (art. 29, inciso II,LB). Sem FP.

Atividade Especial
Conceito
É aquela exercida em condições que podem causar prejuízos à saúde
ou à integridade física do trabalhador, por ser perigosa, insalubre ou penosa.

Atividades Insalubres:
“Aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo
de exposição aos seus efeitos”. (CLT – Art. 189)

Entendem-se por agentes nocivos aqueles que possam trazer ou


ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes
de trabalho, em função de natureza, concentração, intensidade e fator de
exposição, considerando-se:

• físicos: os ruídos, as vibrações, o calor, as pressões anormais, as


radiações ionizantes, etc.;
• químicos: os manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos,
gases, vapores de substâncias nocivas presentes no ambiente de
trabalho, etc.;
• biológicos: os microorganismos como bactérias, fungos, parasitas,
bacilos, vírus, etc.

Atividades Perigosas:

(CLT – art. 193)

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de
2012)

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I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740,
de 2012)

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

Atividades Penosas:
Pode ser considerada penosa a atividade produtora de desgaste no
organismo, de ordem física ou psicológica, em razão de repetição dos
movimentos, condições agravantes, pressões e tensões próximas do indivíduo.
Dirigir veículo coletivo ou de transporte pesado, habitual e permanente, em
logradouros com tráfego intenso, é exemplo de desconforto causador de
penosidade.”

O art. 7o, inciso XXIII, da CF confere o direito a adicional


deremuneração pelo exercício de atividades consideradas penosas, insalubres
e perigosas.
Contudo, a legislação infraconstitucional em vigor (Lei nº 8.213/91 com
as alterações da Medida Provisória nº 1.523/96, convertida na Lei nº 9.528/97,
e Decretos nº 2.172/97 e 3.048/99) reconhece apenas as atividades insalubres
como geradoras do direito à Aposentadoria Especial.

Dessa forma, a partir do Dec. 2.172/97, houve desproteção da


penosidade e da periculosidade. Ex. eletricidade.

Rol de Agentes Nocivos

“O tempo de serviço é regido pela lei vigente à data de sua prestação” (RE
174.150-RJ, rel. Min. Octávio Gallotti, DJ 4-4-2000). Vale a legislação vigente
no dia da prestação do serviço para a definição da nocividade do trabalho
prestado (DIA A DIA). Pelo Decreto n. 4.827, de 3 de setembro de 2003, o
INSS está aplicando a legislação do dia da prestação do serviço.

A lei nova que venha a estabelecer restrição ao cômputo do tempo de


serviço não pode ser aplicada retroativamente, em razão da intangibilidade do
direito adquirido.

Dessa forma, em respeito ao direito adquirido, se o trabalhador laborou em


condições adversas e a lei da época permitia a contagem de forma mais
vantajosa, o tempo de serviço assim deve ser contado. Neste sentido: Superior
Tribunal de Justiça. Recurso Especial n. 414.083/RS. 5ª Turma. Relator:
Ministro Gilson Dipp. DJ de 2.9.2002, p. 230.

Firmou-se na jurisprudência o entendimento de que não importa o fato da

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atividade não estar descrita nos regulamentos citados, desde que a realização
da perícia comprove as condições especiais em que a atividade for
desempenhada.

Nesse sentido a súm. 198 do TFR:

“Atendidos os demais requisitos, e devida a aposentadoria especial, se


pericia judicial constata que a atividade exercida pelo segurado e perigosa,
insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em regulamento.”

A relação dos agentes especiais são definidos nos seguintes


Regulamentos (art. 58,LBPS):

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Até 05/03/1997 eram aplicados os anexos dos Decretos 53.831/64 e
83.080/79 que separavam os agentes especiais em dois tipos:

• por Categorias profissionais (até 28/04/1995): presumia-se que o


exercício destas profissões sujeitava os trabalhadores a agentes
nocivos à sua saúde (exposição ficta), tais como engenheiros,
químicos e motoristas de ônibus;

• por Rol de agentes insalubres: cuja exposição, independente da


profissão, ensejava o direito a aposentadoria especial.

Era desnecessário laudo pericial para a comprovação do agente nocivo,


bastando a apresentação de um formulário padrão preenchido pela empresa
(DSS 8030).

Apenas no caso de RUÍDO era necessário o laudo pericial;

A partir de 29/04/95 (Lei 9.032/95), não há mais o enquadramento por


Categorias profissionais, devendo ser comprovada a efetiva exposição ao
agente nocivo à saúde.

Por exemplo, o dirigente sindical que está desempenhando o mandato


respectivo, mas não está exercendo atividade em condições prejudiciais à sua
saúde, a partir de 29.4.95, não terá este tempo contado para a concessão
desse benefício (art. 57, §§ 3º e 4º, da Lei 8.213/91, com a redação dada pela
Lei n. 9.032/95).

Atualmente, os agentes especiais estão previstos Dec. 3.048/99 (Anexo


IV). Necessário o preenchimento pela empresa do PPP, sempre com base em
laudo pericial.

De acordo com o anexo IV do Decreto n. 3.048/99, o direito à concessão


de aposentadoria especial aos 15, 20 ou 25 anos, constatadas a nocividade e a
permanência, aplica-se às seguintes situações:

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I – 15 anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes de produção, com
exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos;

II – 20 anos:
a) trabalhos com exposição ao agente químico asbestos (amianto);
b) trabalhos em mineração subterrânea, afastados das frentes de produção,
comexposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos;
III – 25 anos: demais casos

Comprovação

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Comprovação judicial de período especial

Necessária a apresentação de formulário onde seja declarada a


exposição a agente nocivo, podendo ser realizada perícia judicial. Na falta do
formulário, normalmente quando a empresa não mais existe, pode ser
determinada perícia em empresa similar.

Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)


PPP (perfil profissiográfico previdenciário):
Formulário, na forma estabelecida pelo INSS, emitida pela empresa,
com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por
médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho (art. 58, § 1° e §
4°, da LBPS e art. 68, § 2°, do RPS). O PPP tem por objetivo propiciar à perícia
médica do INSS informações pormenorizadas sobre o ambiente de trabalho e
sobre doenças ocupacionais. Entre outras informações, contem registros
ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos.
O PPP deverá ser elaborado pela empresa ou equiparada à empresa, de
forma individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e
cooperados.
O PPP substituiu o “Formulário de Informações sobre Atividades com
Exposição a Agentes Agressivos”, chamado de DIRBEN 8030 (antigo SB-40,
DISES BE 5235, DSS 8030), sendo exigido a partir de 1º de janeiro de 2004.
O trabalhador tem o direito de obter da empresa cópia autenticada do
PPP em caso de demissão.

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Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho -(LTCAT)
O Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) é um
documento com caráter pericial, de iniciativa da empresa, com a finalidade de
propiciar elementos ao INSS para caracterizar ou não a presença dos agentes
nocivos à saúde ou à integridade física relacionados no Anexo IV do Decreto
3.048/99.
O LTCAT deverá ser assinado por engenheiro de segurança do trabalho ou
por médico do trabalho.
A partir de 1º de janeiro de 2004, foi dispensada a apresentação do LTCAT
ao INSS, mas o documento deverá permanecer na empresa à disposição da
Previdência Social.
Na hipótese de dúvida quanto às informações contidas no Laudo Técnico e
nos documentos que fundamentaram a sua elaboração, o INSS poderá efetuar
diligência prévia para conferência dos dados.
É importante ressaltar que, para o ruído e os agentes nocivos não
previstos em regulamento, havia a necessidade da apresentação do laudo
técnico antes mesmos da edição da MP n. 1.523-10, de 11.10.1996.
em relação ao período a partir do qual é obrigatória a apresentação do
laudo técnico das condições ambientais do trabalho, o Conselho de Recursos
da Previdência Social (CRPS) editou o Enunciado n. 20:“20 — Salvo em
relação ao agente agressivo ruído, não será obrigatória a apresentação de
laudo técnico pericial para períodos de atividades anteriores à edição da
Medida Provisória n. 1.523-10, de 11.10.96, facultando-se ao segurado a
comprovação de efetiva exposição a agentes agressivos à sua saúde ou
integridade física mencionados nos formulários SB-40 ou DSS-8030, mediante
o emprego de qualquer meio de prova em direito admitido.”

No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, foi pacificado o entendimento


de que a exigência do laudo técnico é válida somente após a edição do
Decreto n. 2.172, de 5.3.1997, que regulamentou a MP n. 1.523-10, de
11.10.1996.

Utilização de EPI e EPC


O INSS tem restringido a concessão de aposentadoria especial quando há
a utilização de EPI (equipamento de proteção individual) e/ou EPC
equipamento de proteção coletiva).
Porém, a jurisprudência tem entendido que o fornecimento destes
equipamentos não afasta o enquadramento da atividade como especial,
porquanto deve ser comprovada a efetiva utilização pelo empregado e a efetiva
exclusão da exposição ao agente nocivo. Como se trata de prova
desconstitutiva do direito do trabalhador, é ônus do INSS.
O perito judicial deverá manifestar-se acerca do EPI/EPC, podendo ser
afastada a especialidade do trabalho se constar no laudo a efetiva utilização e
eficácia da proteção.
Havendo avanço da tecnologia de proteção, pode ser elidido o
reconhecimento da especialidade do trabalho.

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Desde quando é exigido o EPI ? A partir de 14.12.1998, por força da Lei
9.732/98 que alterou a redação do § 2º do art. 58 da Lei 8.213/91, exigindo a
referência sobre a existência de tecnologia de proteção no laudo técnico.
Por sua vez, a Turma de Uniformização das decisões das Turmas Recursais
dos Juizados Especiais Federais editou recentemente a Súmula n. 9, do
seguinte teor:

“Aposentadoria Especial — Equipamento de Proteção Individual: O uso


de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a
insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de
serviço especial prestado”.

Sobre os EPIs é relevante se mencionar o Enunciado n. 21 do Conselho


de Recursos da Previdência Social (CRPS):
“O simples fornecimento de equipamento de proteção individual de
trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de exposição do trabalhador
aos agentes nocivos àsaúde, devendo ser considerado todo o ambiente de
trabalho”.

No mesmo sentido, o Enunciado n. 289 do Tribunal Superior do


Trabalho:
“Insalubridade. Adicional. Fornecimento do aparelho de proteção. Efeito:
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime
do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que
conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as
relativas ao uso efetivo do equipamento pelo
empregado”.

Conversão de Tempo de Contribuição


Até a 28/04/95 Possível converter tempo especial em comum e comum em
especial.
A partir da Lei 9.032/95, de 28/04/95
Não é possível converter tempo comum em especial. Para obter aposentadoria
especial, todo o período deverá ser especial (art. 57, §3°).

Após 28/05/98 - MP 1.663/98 e Lei 9.711/98


Jurisprudência TRF4 e STJ: não permite a conversão de tempo especial em
comum após 28/05/98.

INSS: permite a conversão de tempo especial em comum em qualquer período


(art. 70, RPS). A ACP 2000.71.00.030435-2 obrigou o INSS a esta posição,
que mantém até hoje, mesmo após a referida ACP ter sido extinta sem mérito
no STJ.

Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de


atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: (Redação dada pelo Decreto nº
4.827, de 2003)

§ 1o A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais


obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. (Incluído pelo
Decreto nº 4.827, de 2003)

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§ 2o As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de
atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer
período. (Incluído pelo Decreto nº 4.827, de 2003)

– A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema pacificou-


se no sentido de que, em face do advento da Lei n. 9.711, de
20.11.1998, a partir de 28.5.1998, passou a ser vedada a conversão do
tempo de trabalho prestado sob condições especiais em tempo comum.

Nesse sentido:

– No mesmo sentido, a Turma Nacional de Uniformização dos JEFs editou


Súmula do seguinte teor: “16 — A conversão em tempo de serviço
comum, do período trabalhado em condições especiais, somente é
possível relativamente à atividade exercida até 28.5.1998 (art. 28 da Lei
n. 9.711/98)”.

Decisão do STJ no REsp 956.110/SP, julgado em


29.08.2007, parece sinalizar com a possibilidade da conversão de
tempo especial em comum, mesmo após 28/05/1998:
“PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
JULGAMENTO EXTRA PETITA E REFORMATIO IN PEJUS. NÃO
CONFIGURADOS. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. SERVIÇO
PRESTADO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. CONVERSÃO EM TEMPO
COMUM.
POSSIBILIDADE.
1. Os pleitos previdenciários possuem relevante valor social de proteção ao
Trabalhador Segurado da Previdência Social, sendo, portanto, julgados sob tal
orientação exegética.
2. Tratando-se de correção de mero erro material do autor e não tendo sido
alterada a natureza do pedido, resta afastada a configuração do julgamento
extra petita. 3. Tendo o Tribunal a quo apenas adequado os cálculos do tempo
de serviço laborado pelo autor aos termos da sentença, não há que se falar em
reformatio in pejus, a ensejar a nulidade do julgado. 4. O Trabalhador que
tenha exercido atividades em condições especiais, mesmo que posteriores a
maio de 1998, tem direito adquirido, protegido
constitucionalmente, à conversão do tempo de serviço, de forma majorada,
para fins de aposentadoria comum. 5. Recurso Especial improvido. (RE
956.110 – SP; RELATOR :MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO; DJ:
29/08/2007)

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Esse REsp manteve a decisão do processo
2003.03.99011576-7 do TRF3. Desta decisão, trazemos parte do
voto do Relator, Juiz Federal Marcus Orione:

Na via administrativa tem sido adotada a posição de que, mesmo depois


de 28.5.1998, é possível a conversão do tempo de serviço especial em comum,
uma vez que o § 5º do art. 57 não teria sido revogado, tendo a Lei n. 9.711/98,
que remeteu seus efeitos a 28.5.1998, disciplinado situação transitória. A
adoção dessa regra ocorreu com a edição do citado Decreto n. 4.827, de
3.9.2003, que autorizou, mesmo depois de 28.5.1998, a conversão de tempo
de serviço especial em comum, nos termos da redação original do art. 57, § 5º,
da Lei n. 8.213/91.

• No que tange ainda à conversão do tempo especial, em caso de


mudança de regime jurídico laboral por parte do servidor público, o STF já
firmou posicionamento quanto à necessidade de observância da lei vigente à
época da prestação de serviços.

• Conversão do tempo especial de professor em tempo comum


Não é possível a conversão de tempo de serviço exercido na função de
magistério quando se requer aposentadoria por tempo de serviço/contribuição,
pois a EC 20/98 acrescentou a palavra “exclusivamente”.

Nesse sentido, o art. 61, § 2º, do RPS:


“É vedada a conversão de tempo de serviço de magistério, exercido em
qualquer época, em tempo de serviço comum.”

Porém, para períodos anteriores, há entendimento de que se trata de


modalidade de aposentadoria especial e como tal deve ser possível a
conversão em tempo comum. Mas essa posição não é unânime.
Uma primeira corrente defende que a atividade de professor era
enquadrada como especial no Decreto n. 53.831/64, código 2.1.4, tendo em
vista a penosidade típica da profissão, com direito a aposentadoria aos 25 anos
de trabalho.
Com a edição do novo regulamento – Decreto n. 83.080/79, entretanto,
não foi mantida tal categoria profissional no rol das atividades especiais.
Igualmente no que afeta aos novos regulamentos posteriores à Lei n. 9.032/95
(2.172/97 e 3.048/99).
A exclusão da categoria profissional dos professores do rol das
atividades profissionais ditas especiais tem amparo na existência de regras
específicas relativas à aposentadoria especial do professor. A partir da criação
deste benefício especial, pela Emenda Constitucional n. 18/1981, não mais se
cogita da conversão do tempo de serviço do professor para fins de concessão
de benefício comum.
Considerando-se que o segurado, ao prestar atividade considerada
como especial nos regulamentos da previdência social, adquire o direito à
contagem do seu tempo de serviço como tal. Porém, de acordo com essa linha
de entendimento, somente no período de vigência do Decreto n. 53.831/64 e
até a Emenda Constitucional n. 18, de 1981, afigura-se viável a conversão do
tempo especial de professor em tempo comum.

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Diante do atual entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça,
a conversão tende a ser reconhecida em relação às atividades exercidas até o
advento da Lei n. 9.032/95.

Emissão de CTC pelo INSS para fins de contagem recíproca.


Possibilidade.

Importante decisão do STF diz respeito ao direito do servidor público obter


junto ao INSS a certidão do tempo de serviço prestado como celetista em
condições especiais, nos termos que seguem:

“1. O servidor público tem direito à emissão pelo INSS de certidão de tempo de serviço
prestado como celetista sob condições de insalubridade, periculosidade e penosidade, com os
acréscimos previstos na legislação previdenciária.

2. A autarquia não tem legitimidade para opor resistência à emissão da certidão com
fundamento na alegada impossibilidade de sua utilização para a aposentadoria estatutária;
requerida esta, apenas a entidade à qual incumba deferi-la é que poderia se opor à sua
concessão.” (RE nº.433305, 1ª Turma. Relator Min. Sepúlveda Pertence, julg.14.2.2006).

Jurisprudência
RUÍDO
- TURMA NACIONAL DOS JEFs (Súmula 32)
“O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado
especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a
80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a contar de 5 de março de
1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de
novembro de 2003, quando a Administração Pública reconheceu e declarou a
nocividade à saúde de tal índice de ruído.”

- Súmula nº. 09 da Turma de Uniformização Nacional:


“O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a
insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de
serviço especial prestado”
- TRF da 4ª Região:
“O EPI não descaracteriza a atividade especial, a não ser que comprovada a
sua real efetividade por meio de perícia técnica especializada e desde que
devidamente demonstrado o uso permanente pelo empregado durante a
jornada de trabalho.”

LAUDO PERICIAL NÃO CONTEMPORÂNEO:

- O laudo pericial não contemporâneo, realizado por profissional especializado,


consubstancia início razoável de prova material para comprovação das
condições especiais de trabalho a que foi submetido o trabalhador. TNU-Proc.
n. 200483200008814, DJU de 14/05/2007.

- O fato de o laudo pericial que atestou a atividade insalutífera ter sido


elaborado após o término do período postulado em juízo não impede o

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reconhecimento da atividade especial, até porque como as condições do
ambiente de trabalho tendem a aprimorar-se com a evolução tecnológica, é
razoável supor que em tempos pretéritos a situação era pior ou quando menos
igual à constatada na data da elaboração.

MECÂNICO - evidenciado o desempenho da atividade de mecânico, com


manuseio de soldas (elétrica e a oxigênio) e esmeril, e ainda contato com
graxas, combustíveis, óleos minerais e derivados de hidrocarbonetos e outros
agentes insalutíferos, é de ser reconhecido o tempo como especial.

Precedentes do STJ
(RESP 178139-SP, 5a TURMA, REL. MIN. EDSON VIDIGAL) e do TRF 4a R.
(AC 239964-RS, 6a TURMA, REL. DES. FEDERAL NYLSON PAIM DE ABREU
E AC 299664-SC, 6a TURMA, REL. JUÍZA ELIANA P. MARINHO).

ENGENHEIROS - Os engenheiros estavam protegidos por diploma


específico, in casu, a Lei nº 5.527/68, revogada somente com a redação do art.
6º da Medida Provisória nº 1.523/96, posteriormente convertida na Lei nº
9.528/97, fazendo jus o recorrido à contagem do tempo de serviço especial
sem a exigência de demonstração de efetiva exposição a agentes nocivos no
período pleiteado, mostrando-se suficiente a comprovação da atividade com a
Carteira de Trabalho e Previdência
Social – CTPS. STJ - SEXTA TURMA DJ 17.10.2005

PEDREIRO – Tendo o segurado logrado comprovar que, no exercício de


suas atividades como pedreiro, ficava exposto ao agente insalutífero cimento,
devem os períodos ser convertidos de especial para comum, pelo fator 1,40.
TRF/4 – EIAC
2000.04.01.034145-6 – DJ de 13/10/2005.

MOTORISTA DE CAMINHÃO E AJUDANTE


Enquadramento por categoria profissional, até 28.04.1995. Após Lei 9.032/95,
impossibilidade de enquadramento por categoria profissional. (TNU Processo
nº. 2005.63.06.012653-2, DJU 26/02/2007).

MOTORISTA DE ÔNIBUS – A presença conjunta de vários agentes


nocivos à saúde, como graxa, óleo diesel, calor e poeira, de modo habitual e
permanente, comprovada por formulário preenchido pela empresa, assegura a
natureza especial da atividade até 05-03-1997, quando se passou a exigir
perícia técnica, inexistente no caso. TRF 4 – EIAC – 2000.04.01.062649-9 – DJ
de 20/04/2006
PERÍODO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA. POSSIBILIDADE DO
CÔMPUTO PRIVILEGIADO. TRSC. Processo nº 2003.72.04.000988-5, Sessão
de 27.05.2004. Será computado para fins de aposentadoria especial quando a
incapacidade decorre do exercício da própria atividade especial. TRF/4 - AC
2003.04.01.048611-3. DE 06/07/2007

VIGILANTE – A atividade de vigilante enquadra-se como especial,


equiparando-se à de guarda, elencada no item 2.5.7 do Anexo III, do Decreto n.
53.831/64. TNU – SÚMULA 26. A partir 29/04/1995, passou a ser necessária a

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comprovação da exposição aos agentes nocivos previstos nos decretos
regulamentadores. O uso de arma de fogo é irrelevante. TNU -
200360840020776 – DJU de 19/03/2007.

COZINHEIRA. HOSPITAL: “Em que pese a potencialidade da parte autora


entrar em contato com agentes biológicos no ambiente hospitalar, exercendo a
função de cozinheira, não se pode concluir que esta exposição ocorria de modo
habitual e permanente, para fins de contagem diferenciada de tempo de
serviço, haja vista não estar enquadrada nos Decretos nºs 53.831/64 e
83.080/79.” TRF/4 – AC 2001.71.00.026987-3/RS – DE 09/03/2007.

CONTAGEM RECÍPROCA. SERVIDOR PÚBLICO. MUDANÇA DE


REGIME. O direito à contagem especial do tempo de serviço prestado sob
condições insalubres pelo servidor público celetista, à época em que a
legislação então vigente permitia tal benesse, incorporou-se ao seu patrimônio
jurídico. Não obstante, para o período posterior ao advento da Lei 8.112/90 é
necessária a regulamentação do art. 40, § 4o da Carta Magna. STF. RE nº.
352322/SC.DJ de 26.08.2003.

CONTAGEM RECÍPROCA. A autarquia não tem legitimidade para opor


resistência à emissão da certidão com fundamento na alegada impossibilidade
de sua utilização para a aposentadoria estatutária; requerida esta, apenas a
entidade à qual incumba deferi-la é que poderia se opor à sua concessão. STF
- RE nº. 433305, 1ª Turma. Relator Min. Sepúlveda Pertence, julg. 14.2.2006.

TEMPO ESPECIAL. LEI Nº 3.807/60. O reconhecimento do tempo


especial pode ser feito a partir de 05.09.1960, uma vez que, somente a partir
da Lei nº 3.807, de 05.09.1960, foi introduzida a aposentadoria especial no
ordenamento jurídico Pátrio.
TRSC - Processo nº 2003.72.03.201967-8, Sessão de 02.09.2004.

FRENTISTA. O enquadramento como atividade especial do período


laborado como frentista não decorre da categoria profissional, mas sim da
comprovada exposição a diversos agentes agressivos prejudiciais à saúde,
além da periculosidade inerente ao ambiente do trabalho. STJ - Frentista, junto
à bombas de combustíveis, atividade reconhecidamente insalubre. – REsp. n.
422616 DJU DE 24/05/2004.

ATIVIDADE PRESTADA APÓS O DECRETO Nº 2.172/97.


PERICULOSIDADE.
1. Apesar da omissão dos Decretos nºs 2.172/97 e 3.048/99 acerca do
enquadramento especial do tempo de serviço em decorrência da exposição a
agentes periculosos, mesmo após 06-03-1997 persiste a possibilidade daquela
contagem privilegiada, pois tanto a CF/1988 como a Lei nº 8.213/91 – redação
original e alterada pela Lei nº 9.032/95 --, consideram especial a atividade
exercida sob condições especiais que prejudiquem a integridade física do
segurado, conceito típico de periculosidade.

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2. Omissão que é suprida mediante utilização dos critérios traçados pela
legislação trabalhista, com os limites impostos pelas peculiaridades das normas
previdenciárias.

3. Enquadramento como atividade especial do tempo de serviço do eletricista


que trabalha na construção e manutenção de redes de transmissão de energia
elétrica, onde a exposição ao risco está presente de forma contínua e acarreta
pressão psicológica suficiente para causar algum prejuízo, a longo prazo, ao
segurado.
TRSC. Processo nº 2003.72.07.000700-3, Sessão de 16.09.2004.

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