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Metodologia para
Elaboração de Perícia
Trabalhista
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Esta unidade é dedicada à Metodologia para Ela-
boração de Perícia Trabalhista. Considerando que a pe-
rícia fornece ao Juiz dados que lhe permitam decidir a
respeito de uma dada situação, cabe ao Perito apresen-
tar-lhe as informações solicitadas.
No intuito de auxiliá-lo a desenvolver mais uma
das possíveis atribuições do profissional de Segurança
do trabalho, vamos abordar apenas a metodologia para
perícia, sem nos estendermos no conhecimento técni-
co necessário para produção do laudo pericial e outras
avaliações relacionadas.
Conteúdos da Unidade
A unidade vai apresentar a metodologia para ela-
boração de perícia trabalhista e, apresentando os con-
ceitos de insalubridade e periculosidade, torná-los mais
sólidos para serem considerados na elaboração do lau-
do pericial.
Verifique as etapas para o desenvolvimento de
Laudo Pericial para Ações de Cobrança de Adicional de
Insalubridade e de Periculosidade e para Ação Indeni-
zatória por Acidente de Trabalho.
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2.1 Insalubridade e Periculosidade
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de é caracterizada por LT e inspeção no local de
trabalho;
○ Anexo 12 – Limites de Tolerância para poeiras
minerais;
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○ 40% para insalubridade de grau máximo;
○ 20% para insalubridade de grau médio;
○ 10% para insalubridade grau mínimo.
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§ 4º O segurado (deverá comprovar, além do
tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agen-
tes prejudiciais à saúde ou integridade física, pelo
período exigido para à concessão do benefício.
§ 5º O tempo de trabalho exercido sob con-
dições especiais que sejam ou venham a ser consi-
deradas prejudiciais à saúde ou à integridade física
será somado, após a respectiva conversão ao tempo
de trabalho exercido em atividade comum, segundo
critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdên-
cia e Assistência Social, para efeito de concessão de
qualquer benefício.
§ 6º É vedado ao segurado aposentado nos ter-
mos deste artigo continuar no exercício de atividade
ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos
constantes da relação referida no art. 58 desta Lei.
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nas atividades profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial;
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2.2 Perícia
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fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas
que motivaram determinado evento, avaliar bens, seus
custos, frutos ou direitos.” (IBAPE, 2002, p.17);
Perito: “Profissional legalmente habilitado, idôneo
e especialista, convocado para realizar uma perícia.”
(IBAPE, 2002, p.17);
Assistente Técnico: “Profissional legalmente habili-
tado, indicado e contratado pela parte para orientá-la,
assistir os trabalhos periciais em todas as fases da pe-
rícia e, quando necessário, emitir seu parecer técnico.”
(IBAPE, 2002, p.3);
Laudo: “Parecer técnico escrito e fundamentado, emi-
tido por um especialista indicado por autoridade, re-
latando resultado de exames e vistorias, assim como
eventuais avaliações com ele relacionados.” (IBAPE,
2002, p.14).
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de audição, comprometimento de coluna cervical ou
lombar, indenização por acidente ou outra queixa por
incapacidade laborativa.
Normalmente, a perícia trabalhista é determinada
pelo Juiz de Direito, que, através de um Perito desig-
nado por ele, especialista no assunto, realiza uma visita
técnica pericial na empresa do Requerente, para a inves-
tigação dos fatos, conforme o processo instaurado. O
objetivo da perícia trabalhista é provar ou não os pedi-
dos judiciais de enquadramento das atividades ou bene-
fícios do Requerente mediante evidências de exposição
às atividades insalubres, nocivas, condição de incapaci-
dades permanente total ou parcial devido a acidente do
trabalho ou doença ocupacional.
A empresa, por sua vez, tem o direito de contes-
tar e provar a inconsistência da reivindicação do Re-
querente e para tanto deve reunir provas que julgue
necessárias e suficientes para sua defesa. A empresa
poderá nomear Assistente Técnico, que tem como in-
cumbência prestar esclarecimentos necessários, refu-
tar inverdades, quando for o caso, e esclarecer dúvidas
do Perito nomeado pelo Juiz.
Tanto o Perito como o Assistente Técnico devem
conhecer o processo, as legislações trabalhista e previ-
denciária, apresentando imparcialidade para elaboração
de seus relatórios, que fundamentarão a decisão do Juiz.
Ao Assistente Técnico cabe aceitar ou contradi-
zer a versão apresentada pelo Requerente por meio de
sua representação jurídica, fornecendo elementos para
a decisão final.
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Com base na reclamação apresentada pelo traba-
lhador, o Juiz poderá determinar a realização de perícias
de Engenharia de Segurança do Trabalho para Ações de
Cobrança de Adicional de Insalubridade e de Periculo-
sidade, bem como de Ação Indenizatória por Acidente
de Trabalho.
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