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DISTRITO FEDERAL.
D. Da Perícia
Data e hora da perícia:
A perícia realizou-se no dia 19/09/2022
Local da Perícia:
Endereço: Lago Sul, Brasília - DF.
CEP: 71.608-900
Objetivo da Perícia:
Trata-se de Laudo Pericial de Periculosidade de Assistente Técnico Oficial de Engenharia,
Sr. Rubens Moreira Paixão, por meio da qual apresenta os critérios técnicos utilizados,
para apuração de indevido direito de concessão de benefício de adicional de
periculosidade durante o contrato laborativo do Reclamante com a Reclamada.
Metodologia:
Os trabalhos aqui apresentados basearam se em levantamento e inspeção técnica, in loco,
em local de trabalho onde a Reclamante laborava. As análises qualitativas foram
realizadas de acordo com as legislações e normas técnicas vigentes para a Segurança e
Medicina do Trabalho.
Histórico
A. Dados Documentais:
Da documentação que nos foi facultada e é pertinente à perícia de periculosidade
constam:
Conforme está na inicial do processo o reclamante foi admitido pela primeira vez em
26/12/2016 dispensado sem aviso prévio em 24/08/2021 na função de comandante de
aeronave, rescisão indireta do contrato 30/06/2017. Relata que trabalhou em condições
perigosas percebendo adicional de periculosidade.
B. Das atividades da Reclamada:
A Reclamada tem sua atividade reconhecida como enquadramento de CONSTRUTORA,
atendendo pela Razão Social CONSTRUTORA MEIRELLES.
Da Perícia de Local
Introdução
A Constituição Federal de 1988, nos termos do seu artigo 7º, caput e inciso XXII,
assegurou, definitivamente, aos trabalhadores urbanos e rurais, o direito a um ambiente
de trabalho mais saudável e mais seguro e o fez determinando a publicação de normas de
saúde, higiene e segurança. O objeto de proteção da norma constitucional é a saúde do
trabalhador na sua forma mais ampla, é a busca do completo “bem-estar físico, mental e
social”.
Da mesma forma, em seu inciso XXIII, garantiu a todos os trabalhadores, o direito à
percepção de adicionais de remuneração, diante da impossibilidade de oferta de um
ambiente livre de agentes nocivos e diante do exercício de atividades classificadas como
penosas, insalubres ou perigosas.
A legislação define as atividades ou operações perigosas como todas aquelas que, pela
natureza ou métodos de trabalho, coloquem o trabalhador em contato permanente com
explosivos, eletricidade, materiais que dispersem radiações ionizantes, substâncias
radioativas ou materiais inflamáveis em condições de risco acentuado, ou ainda, que
envolvam a necessidade de utilização de motocicleta como meio de transporte. As
atividades laborais insalubres são aquelas que expõem os empregados a agentes nocivos
à saúde, acima dos limites legais permitidos, são classificados como de grau máximo,
médio ou mínimo e o conferem adicionais é de 40%, 20% e 10%, respectivamente, sobre
o salário mínimo.
Qualquer dessas exposições pode determinar agravos à saúde do trabalhador. Para efeito
jurídico uma atividade somente é reconhecida como insalubre ou perigosa quando
incluída no rol editado pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
A CLT, através dos artigos 189 a 192 e 193 a 197, assim disciplina questões relacionadas
à insalubridade e periculosidade:
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos
à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977).
....................................................................................................................
Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações
insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os
limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de
exposição do empregado a esses agentes. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do
organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos,
irritantes, alérgicos ou incômodos. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
Art. 191. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente do trabalho dentro dos limites de
tolerância; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectiva-
mente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-
mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sin-
dicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste
artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Tra-
balho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
Partindo desse princípio, a Constituição Federal instituiu, como regra, a oferta de ambiente
de trabalho isento de agentes prejudiciais à saúde do trabalhador, devendo ser, os adicio-
nais de insalubridade e periculosidade, compensações pecuniárias reparatórias e temporá-
rias, cuja duração seja mínima e apenas suficiente para a identificação e exclusão dos agen-
tes nocivos físicos, químicos e/ou biológicos ou ainda a associação desses agentes.
Fundamentação Legal
1. Constituição Federal;
2. Consolidação das Leis do Trabalho;
3. Decreto 3.048/99 (RGPS);
4. Decreto Nº 93.412/86;
5. Portaria 3.214/78 MTE – Normas Regulamentadoras 15 e seus anexos e 16;
6. ABNT NBR 5413 – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
7. Normas OSHA – Occupational Safety & Health Administration;
8. Normas ANSI – American National Standards Institute;
9. Normas ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists;
10. Resolução OIT – Organização Internacional do Trabalho;
11. Normas NIOSH – National Institute Occupational Safety and Health;
12. Portaria 3.311 de30/09/2009;
13. Portaria 121 de 29/11/1989;
14. ABNT NBR’s - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
15. Portaria SIT 371, de 26 de abril de 2013
16. CLT – Consolidação das leis trabalhistas.
Conceitos e Definições
Metodologia de Avaliação
E o item 156.129 que trata da Liberação da aeronave, em suas alínea (a) e (b),
pontua que a liberação do desacoplamento da aeronave da ponte de
embarque/desembarque, bem como a retirada da escada de
embarque/desembarque somente podem se dar após a conclusão do
abastecimento, de onde se apreende que o piloto e demais tripulantes,
especialmente o comandante, devem estar na cabine quando do abastecimento.
Vejamos:
Conclusão: