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INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

SUMÁRIO
1. Conceitos......................................................................................................................3
2. Embasamento legal e agentes.....................................................................................4
3. Equipamentos de Proteção Individual..........................................................................8
4. Normas Regulamentadoras..........................................................................................9
5. Sinopse.......................................................................................................................10

Travessa Francisco de Leonardo Truda, n° 40 – 10° andar – Centro Histórico


Porto Alegre, RS – CEP 90010-050 Fone/Fax: 3301-1600 – www.garrastazu.com.br
1. CONCEITOS

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

É pago ao trabalhador que exerce sua atividade em ambiente


nocivo a saúde. É o tipo de exposição que pode causar males como doenças
a médio e longo prazo.

A insalubridade é definida nos termos da CLT (Consolidação das


Leis do Trabalho) do artigo 189 ao 196, e da Norma Regulamentadora (do
Ministério do Trabalho e Emprego) número 15.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

É pago ao trabalhador que exerce sua atividade em ambiente


perigoso à vida. Em ambiente de trabalho onde há risco de morte imediata.

A periculosidade é definida nos termos da CLT (Consolidação das


Leis do Trabalho) do artigo 193 ao 196, e da Norma Regulamentadora (do
Ministério do Trabalho e Emprego) número 16.

Os artigos 189 e 193 da CLT assim definem estas atividades:

Consideram-se atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua


natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados
a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição
aos seus efeitos;
Consideram-se atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente
com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
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2. EMBASAMENTO LEGAL E AGENTES

Existem determinados trabalhos que podem prejudicar a saúde do


trabalhador e outros em que há risco de morte. Nesses casos, são devidos,
pelo empregador, os adicionais de insalubridade ou de periculosidade.

2.1. DA INSALUBRIDADE

A Insalubridade refere-se a um dos aspectos físicos do meio ambiente


do trabalho que pode acarretar danos à saúde do trabalhador, a curto ou longo
prazo, dependendo do agente insalubre ao qual o trabalhador é exposto.

Os agentes insalubres são divididos em três categorias:

Agentes físicos: Ruído, calor, radiações, frio, vibrações e umidade.


Agentes químicos: Poeira, gases e vapores, névoas e fumos.
Agentes biológicos: micro-organismos, vírus e bactérias.

A insalubridade ataca diretamente a saúde do trabalhador, de forma


imediata ou vagarosa, perdendo o trabalhador a sua saúde dia após dia. Isto
porque, caso o empregado seja exposto diariamente a níveis de ruídos
elevados durante a sua jornada de trabalho, por meses ou anos, poderá
desenvolver perda auditiva, sendo esta uma doença profissional das mais
comuns em ambientes industriais.

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Conforme previsto no artigo 189 da CLT, são consideradas atividades ou
operações insalubres as que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente
e do tempo de exposição a seus efeitos.

Art . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres


aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Podemos depreender do texto legal que para a caracterização de um


ambiente de trabalho insalubre, não basta apenas a exigência do agente
insalubre, mas que referido agente esteja presente acima do limite de
tolerância permitido pela legislação e que o trabalhador esteja exposto ao
mesmo acima de um tempo superior ao permitido.

Quando existe a insalubridade, é devido um adicional de 10% (dez por


cento), 20% (vinte por cento) ou 40% (quarenta por cento), respectivamente, –
que incide sobre o salário mínimo, conforme decisão do Tribunal Superior do
Trabalho – segundo se classifiquem nos graus mínimo, médio ou máximo.

O adicional de insalubridade visa tanto remunerar o trabalhador pelas


condições ambientais ao qual o mesmo é exposto, como também, através do
ônus financeiro, forçar o empregador a neutralizar o agente insalubre. Isto
porque, uma vez neutralizada a insalubridade, perde o trabalhador o direito ao
recebimento do adicional.

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A eliminação ou neutralização da insalubridade pode ocorrer, tanto com
a adaptação do ambiente de trabalho de forma a atender aos limites técnicos
de exposição do trabalhador à insalubridade, conforme definido nas Normas
Regulamentadoras, como também através da utilização de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI’s).

Como exemplo: caso o trabalhador, durante sua jornada de trabalho,


seja exposto a ruído acima do limite de tolerância previsto na legislação,
deverá o empregador fornecer o Equipamento de Proteção Individual (EPI)
mais adequado – protetor auricular – de forma a, ou eliminar o ruído, ou reduzi-
lo de forma a que o trabalhador seja exposto ao nível de ruído aceito pela
legislação.

2.2. DA PERICULOSIDADE

Diferente da insalubridade que atinge a saúde, a periculosidade está


diretamente relacionada à vida do trabalhador. Isto porque, a periculosidade é
caracterizada pelo contato ou exposição do trabalhador a produtos
inflamáveis (como gasolina, álcool, entre outros) ou explosivos em condições
de risco, os quais podem tirar a vida do trabalhador na ocorrência de um único
acidente, como uma explosão. Nesse caso, o adicional é de 30% sobre a
remuneração e não sobre o salário mínimo.

O contato do trabalhador com energia elétrica também pode ser um


agente de periculosidade, desde que observadas as determinações da Lei
7.369/85.

Através da Portaria nº 3393 de 17.1287, O Ministério do Trabalho


instituiu o direito ao adicional de periculosidade para os trabalhadores expostos
a radiações ionizantes e substâncias radioativas.

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A legislação determina alguns pressupostos para que a periculosidade
seja reconhecida, quais sejam:
Contato com inflamáveis e explosivos;
Caráter permanente, e
em condições de risco acentuado.

Tal como ocorre com a insalubridade, a exposição do trabalhador a


agentes perigosos também confere o direito ao recebimento de um adicional
salarial, denominado de adicional de periculosidade. Contudo, a partir do
momento em que o trabalhador não se encontra mais exposto ao agente
perigoso, cessa o direito ao recebimento de referido adicional.

O Ministério do Trabalho e Emprego, através das Normas


Regulamentadoras, estabeleceu condições técnicas que devem ser
observadas pelos empregadores, com o intuito de minimizar os riscos aos
quais os empregados estão expostos.

Dentre estas regras, temos como exemplo, determinações técnicas para


o estoque de líquidos inflamáveis, os quais estabelecem tanto o volume do
produto que pode ser estocado, quanto as condições em que este líquido
deverá permanecer, quando estocado, utilizado na linha de produção ou
manipulado pelo trabalhador.

IMPORTANTE: Os adicionais de Insalubridade e o de Periculosidade


podem ser cumulados, tendo em vista que a acumulação se justifica em
virtude de os fatos geradores dos direitos serem diversos e não se
confundirem. Não implicando isso em pagamento dobrado, pois a
insalubridade diz respeito à saúde do empregado quanto às condições
nocivas do ambiente de trabalho, enquanto a periculosidade “traduz
situação de perigo iminente que, uma vez ocorrida, pode ceifar a vida do
trabalhador, sendo este o bem a que se visa proteger”.

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3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) são instrumentos que


objetivam prevenir acidentes de trabalho e proteger a saúde do trabalhador
contra os agentes insalubres ou perigosos constantes do meio ambiente de
trabalho.

O Ministério do Trabalho e Emprego fiscaliza EPI’s comercializados no


mercado, conferindo um certificado de aprovação para os que atendam a todos
os aspectos técnicos requeridos pelo órgão. Caso uma empresa forneça a seus
trabalhadores um EPI não certificado, a entrega será considerada como não
realizada e a empresa autuada pelo órgão.

Constituem exemplos de EPI’s: protetores auriculares, máscaras, luvas


para manipulação de produtos químicos, capacetes, cabos de segurança, etc.

Os EPI’s devem ser fornecidos gratuitamente pelo empregador, sem


qualquer ônus aos trabalhadores, bem como devem ser substituídos
periodicamente, de acordo com a orientação do fabricante e do Ministério do
Trabalho e Emprego.

O empregado é obrigado a utilizar seus EPI de maneira correta, sendo


que sua má utilização ou negar-se a usar caracteriza-se como falta grave, e
pode justificar advertência, suspensão ou até mesmo demissão por justa
causa, configurando tanto desídia quanto ato de indisciplina ou insubordinação.

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4. NORMAS REGULAMENTADORAS

A Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego estabeleceu


as Normas Regulamentadoras citadas anteriormente, que disciplinam questões
técnicas complementares às previstas na CLT relativas ao meio ambiente do
trabalho, especificamente no tocante às condições de segurança.

Vejamos, de maneira resumida, do que dispõe referidas Normas


Regulamentadoras:

- Norma Regulamentadora Nº 15 – Atividades e Operações Insalubres

Complementa as disposições constantes da CLT em relação ao trabalho


em locais insalubres, estabelecendo critérios técnicos para que um
determinado ambiente de trabalho seja considerado insalubre ou não. Possui
referida Norma diversos anexos, que determinam de forma objetivas quais os
agentes insalubres, em que condições os mesmos são considerados
prejudiciais à saúde, em termos de tempo e exposição e intensidade do agente.

- Norma Regulamentadora Nº 16 – Atividades e Operações Perigosas

Determina as condições técnicas para que um ambiente seja


considerado perigoso, tal como o volume de líquido inflamável estocado que
caracteriza a periculosidade, bem como medidas preventivas que as empresas
devem adotar a fim de evitar explosões.

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5. SINOPSE

- Adicional de insalubridade é pago ao trabalhador que exerce sua atividade


em ambiente nocivo a saúde e seu percentual é calculado de acordo com a
classificação do grau com divergência na base de cálculo –
predominantemente sendo calculado sobre o salário mínimo, dada a base legal
supa informada.

- Adicional de periculosidade é pago ao trabalhador que exerce sua atividade


em ambiente perigoso à vida e seu percentual é de 30% sobre a
remuneração.

- O uso de EPI’s é obrigação do empregado quando fornecido pelo


empregador, sendo que sua má utilização ou negar-se a usar caracteriza-se
como falta grave.

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