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Fundamentação Jurídica:
-CF art. 201, § 1º, Art. 19 e 21 da EC 103/19;
EC 103/19. Art. 19. § 1º Até que lei complementar disponha sobre a redução de idade mínima ou tempo de
contribuição prevista nos §§ 1º e 8º do art. 201 da Constituição Federal, será concedida aposentadoria:
I – aos segurados que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional
ou ocupação, durante, no mínimo, 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, nos termos do disposto nos
arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, quando cumpridos:
a) 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 (quinze) anos de
contribuição;
b) 58 (cinquenta e oito) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 (vinte) anos de
contribuição; ou
c) 60 (sessenta) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 (vinte e cinco) anos de
contribuição;
APOSENTADORIA ESPECIAL
REGRA DE TRANSIÇÃO
EC 103/19. Art. 21. O segurado ou o servidor público federal que se tenha filiado ao Regime Geral de Previdência
Social ou ingressado no serviço público em cargo efetivo até a data de entrada em vigor desta Emenda
Constitucional cujas atividades tenham sido exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação,
desde que cumpridos, no caso do servidor, o tempo mínimo de 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço
público e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria, na forma dos arts. 57 e 58 da Lei
nº 8.213, de 24 de julho de 1991, poderão aposentar-se quando o total da soma resultante da sua idade e do
tempo de contribuição e o tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, de:
I - 66 (sessenta e seis) pontos e 15 (quinze) anos de efetiva exposição;
II - 76 (setenta e seis) pontos e 20 (vinte) anos de efetiva exposição; e
III - 86 (oitenta e seis) pontos e 25 (vinte e cinco) anos de efetiva exposição.
§ 1º A idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o cálculo do somatório de pontos a que se refere
o caput .
Regulamentada pelo Decreto 10.410/20, Art. 188-P
APOSENTADORIA ESPECIAL -CÁLCULOS
EC 103/19. Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio de previdência social da União e
do Regime Geral de Previdência Social, será utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e das
remunerações adotados como base para contribuições a regime próprio de previdência social e ao Regime Geral de
Previdência Social, ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e
142 da Constituição Federal, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do período
contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
(...)
§ 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta por cento) da média aritmética definida
na forma prevista no caput e no § 1º, com acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para cada ano de contribuição
que exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição nos casos: (...)
IV - do § 2º do art. 19 e do § 2º do art. 21, ressalvado o disposto no § 5º deste artigo.(...)
§ 5º O acréscimo a que se refere o caput do § 2º será aplicado para cada ano que exceder 15 (quinze) anos de
tempo de contribuição para os segurados de que tratam a alínea "a" do inciso I do § 1º do art. 19 e o inciso I do
art. 21 e para as mulheres filiadas ao Regime Geral de Previdência Social. (obs: mineiro afastado das frentes de
produção e mulheres)
A CONVERSÃO DE TEMPO NA EC 103/19
Art. 25 § 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar
tempo de efetivo exercício de atividade sujeita a condições especiais que efetivamente
prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, vedada
a conversão para o tempo cumprido após esta data.
(...)
§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade
física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. ( acrescentado pela Lei
9.032/95)
ENQUADRAMENTO PELO RUÍDO
TEMA 694 STJ
“As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os limites de
tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os procedimentos de
avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho-FUNDACENTRO." (NR).
TESE FIXADA PELA TNU APÓS JULGAMENTO
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – TEMA 174
● (a) "a partir de 19/11/2003, para aferição de ruído contínuo ou intermitente, é obrigatória a utilização das
metodologias contidas na NHO-01 da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a medição de exposição
durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo constar do Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP) a técnica utilizada e a respectiva norma;
●
● Conceito: pode trazer o ocasionar danos à saúde ou à integridade física, em razão de sua
concentração, manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos, gazes, vapores de substâncias
nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratória ou outras vias.
● Art. 57, §3º. “A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente,
em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado.”
● Conceito de permanência
“Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no
qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da
produção do bem ou da prestação do serviço”.
PERMANÊNCIA. PERÍODOS DE
AFASTAMENTO
Decreto 3.048/99. Art. 65: (...)
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação
trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-maternidade, desde
que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de que trata o art. 68”.
Decreto 3.048/99. Art. 65: com alterações do Decreto 10.410/20:
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação
trabalhista, inclusive ao período de férias, e aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data
do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de que trata o art. 68." (NR)
STF NO TEMA 709
I) É constitucional a vedação de continuidade da percepção de aposentadoria especial se o beneficiário
permanece laborando em atividade especial ou a ela retorna, seja essa atividade especial
aquela que ensejou a aposentação precoce ou não.
O PPP é o histórico-laboral das atividades exercidas pelo trabalhador, sendo o formulário atual exigido para comprovação da exposição
aos agentes nocivos.
Artigo 58, §1º, da Lei 8.213/1991, com as alterações da Lei 9.528/97 e da Lei 9.732/98:
“A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma
estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto,
com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho
ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista.”
PPP ELETRÔNICO: Art.68, §8º, do Decreto 3.048/99, com redação do Decreto 10.410/20:
“A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico previdenciário, ou o documento eletrônico que venha a
substituí-lo, no qual deverão ser contempladas as atividades desenvolvidas durante o período laboral,
garantindo ao trabalhador o acesso às informações nele contidas, sob pena de sujeição às sanções
previstas na alínea “h” do inciso I do caput do art. 283.”
PPP – ELETRÔNICO
Art. 1º A partir do início da obrigatoriedade dos eventos de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) no
Sistema Simplificado de Escrituração Digital das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais -
eSocial, o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP será emitido exclusivamente em meio
eletrônico para os segurados das empresas obrigadas.
Art. 2º O PPP em meio eletrônico corresponde ao histórico laboral do trabalhador a partir do início da
obrigatoriedade dos eventos de SST no eSocial, conforme cronograma estabelecido.
ENUNCIADO 11 DO CRPS. PPP E LAUDO TÉCNICO
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é documento hábil à comprovação da efetiva exposição do segurado a todos os
agentes nocivos, sendo dispensável o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) para
requerimentos feitos a partir de 1º/1/2004, inclusive abrangendo períodos anteriores a esta data.
I – Considera-se trabalho permanente aquele no qual o trabalhador, necessária e obrigatoriamente, está exposto ao agente nocivo
para exercer suas atividades, em razão da indissociabilidade da produção do bem ou da prestação do serviço,
mesmo que a exposição não se dê em toda a jornada de trabalho.
II – A nocividade será caracterizada quando a exposição ultrapassar os limites de tolerância para os agentes nocivos
avaliados pelo critério quantitativo, sendo suficiente para os agentes avaliados pelo critério qualitativo a sua efetiva
presença no ambiente de trabalho.
III – A avaliação quanto à existência de permanência e nocividade será realizada com base nas informações descritas no PPP ou
no LTCAT.
IV – Poderá ser solicitado o LTCAT em caso de dúvidas ou divergências em relação às informações contidas no PPP ou no
processo administrativo.
V – O LTCAT ou as demonstrações ambientais substitutas extemporâneos que informem quaisquer alterações no meio ambiente
do trabalho ao longo do tempo são aptos a comprovar o exercício de atividade especial, desde que a empresa informe
expressamente que, ainda assim, havia efetiva exposição ao agente nocivo.
VI – Não se exigirá o LTCAT para períodos de atividades anteriores 14/10/96, data da publicação da Medida
Provisória nº 1.523/96, facultando-se ao segurado a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos por qualquer meio
TNU TEMA 208
RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
● 1. Para a validade do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) como prova do tempo trabalhado em condições
especiais nos períodos em que há exigência de preenchimento do formulário com base em Laudo Técnico das
Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), é necessária a indicação do responsável técnico pelos registros
ambientais para a totalidade dos períodos informados, sendo dispensada a informação sobre monitoração
biológica. 2. A ausência total ou parcial da indicação no PPP pode ser suprida pela apresentação de LTCAT ou
por elementos técnicos equivalentes, cujas informações podem ser estendidas para período anterior ou posterior à
sua elaboração, desde que acompanhados da declaração do empregador ou comprovada por outro meio a
inexistência de alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização ao longo do tempo. Tese
com redação alterada em sede de embargos de declaração.
TNU TEMA 213
EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
● "1) Se, para provar a eficácia ou ineficácia do EPI (Equipamento de Proteção Individual) para a neutralização dos
agentes nocivos à saúde e integridade física do trabalhador, para fins de reconhecimento de tempo especial, basta o
que consta do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), ou se a comprovação pode ser por outros meios
probatórios e, nessa última circunstância, se a prova pericial é obrigatória;
● 2) Se é possível impor rito judicial instrutório rígido e abstrato para apuração da ineficácia do EPI, como fixado
pelo tribunal de origem, ou se o rito deve ser orientado conforme os elementos de cada contexto e os mecanismos
processuais disponíveis na legislação adjetiva;
● 3) Se a corte regional ampliou o tema delimitado na admissão do IRDR e, se positivo, se é legalmente praticável a
ampliação;
● 4) Se é cabível fixar de forma vinculativa, em julgamento de casos repetitivos, rol taxativo de situações de
ineficácia do EPI e, sendo factível, examinar a viabilidade jurídica de cada hipótese considerada pelo tribunal de
origem (enquadramento por categoria profissional, ruído, agentes biológicos, agentes cancerígenos e
periculosidade);
● 5) Se é admissível inverter, inclusive genericamente, o ônus da prova para que o INSS demonstre ausência de
dúvida sobre a eficácia do EPI atestada no PPP". (Resp 1828606/RS. DJ 20/04/2021)
1.
JULGAMENTO DOS
(...)Efetivada, contudo, seja na via administrativa, seja na judicial a
implantação do benefício, uma vez verificado o retorno ao labor nocivo ou
sua continuidade, EMBARGOS previdenciário em questão;
cessará o pagamento do benefício