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HISTÓRIA GERAL

Egito

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EGITO

RELEMBRANDO
Os assírios, povo bastante violento da região mesopotâmica, fizeram dominação inclusive
sobre o Egito.

A região presente dentro do crescente fértil é muito importante para a percepção da pro-
dutividade relacionada à proximidade às águas. Quando se trabalha a ideia do Egito, deve-se
falar do Rio Nilo. Uma das maiores civilizações da antiguidade também surge às margens
desse rio.

As cheias do Rio Nilo faziam com que o fertilizante ficasse em suas margens, o que
origina um adubo natural para o cultivo da agricultura. O rio e a capacidade inventiva do
egípcio faziam com que irrigações saíssem do Rio Nilo e fossem a quilômetros de distância,
levando além da margem do rio a possibilidade de se cultivar, a possibilidade da Revolução
Neolítica, a possibilidade da agricultura, que tem um papel importante para a sedentarização
das pessoas.

Serão abordados o período antes das dinastias faraônicas, alto império, médio império,
baixo império e a dominação do Egito por outros povos.

Na era pré-dinástica ainda não se tem aquela divisão de faraó, sacerdote, etc. Esse é o
período do que é chamado de nomos, que são comunidades primitivas. Com a junção dos
nomos surgem os reinos, e por conta da unificação de tudo isso se tem o império.

O alto império é marcado pelo fechamento, em que o Egito não tem ligações com outras
regiões. Já no médio império se trabalha com a perspectiva da ruptura desse isolamento. No
baixo império se fala até de invasões de outros povos.

No médio império, o Egito vira, conforme alguns historiadores chamam, o celeiro do


Oriente Médio de tão grande era a sua capacidade produtiva.
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No mapa é possível visualizar o Mar Vermelho, a famosa travessia que tira os hebreus do
Egito para a região da Palestina.
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Quando se fala em Alto Egito, faz-se referência ao Egito do Sul, enquanto que o Baixo
Egito é o Egito do Norte. Em uma escala plana, deveria ser ao contrário, mas a referência que
se usa é do alto da nascente do Rio Nilo até onde ele desagua no Mar Mediterrâneo.

ATENÇÃO
A prova pode cobrar questão sobre Alto Egito e Baixo Egito.
5m

Hérodoto disse que o Egito era uma dádiva do Rio Nilo.

O Egito está situado no Nordeste da África, em meio a dois imensos desertos: o da Líbia
e o da Arábia.

O Alto Egito corresponde à região do vale (nascente) e o Baixo Egito corresponde à


região do Delta do Nilo.

Alguns livros didáticos retiravam o Egito da condição de pertencente ao Continente Afri-


cano. O Egito é uma contribuição africana; uma das maiores civilizações do mundo surgiu
nesse continente, que nem sempre os historiadores quiseram dar a ele méritos de desenvol-
vimento. Do fruto de nomadismo e de interação étnica surgiu o Egito no Nordeste da África
inserido dentro do contexto do crescente fértil.

ATENÇÃO
A perspectiva do Egito como pertencente ao continente africano é cobrada em inúmeros
concursos.

EGITO, DÁDIVA DO NILO?

Por que alguns colocam a frase “Egito, dádiva do Nilo?” como algo a ser debatido e
questionado?
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Heródoto representava o continente europeu. Quando ele traz essa fala do Rio Nilo,
faz-se referência, logicamente, à importância que o rio teve para a constituição da civilização,
porque se os egípcios se sedentarizaram, conseguiram praticar a agricultura, criar os animais
e domesticá-los, etc., foi justamente por conta do rio. A sua sobrevivência estava ligada ao
rio. Nesse contexto, o Egito é uma dádiva do Nilo.

Mas, em um contexto etnocêntrico, Heródoto diz única e exclusivamente que naquela


região só existia pelo rio e não pela ideia dos povos que ali estavam, já que no mundo existiam
tantos outros rios, mas quantas civilizações foram tão grandes quanto à civilização egípcia?

Os egípcios, à frente de muitas pessoas, tinham contribuições além das obras de irriga-
ção, de transporte de água para regiões mais distantes. Observando a ciência, a observação
dos astros na contagem matemática, na divisão dos dias, no dia com 24 horas, o ano com
365 dias, meses com 3 semanas com 10 dias cada uma, o que somados resultavam em 30
dias por mês — e, geralmente, fazia-se 5 a mais para poder fechar o ciclo solar —, percebe-
-se que os egípcios estavam à frente do seu tempo.

Pirâmides gigantescas, conhecimentos matemáticos fantásticos, a escrita sagrada, essas


são contribuições que eram ímpares e nem eram valorizadas, justamente por não se tratar de
uma sociedade europeia, grega ou romana.
10m

ATENÇÃO
O fertilizando natural é geralmente cobrado em prova.

O humus era uma ajuda da natureza. Depois que o rio subia e voltava à sua normalidade,
as margens ficavam repletas de humus por conta dos animais que tinham morrido, dos deje-
tos naturais, etc., e isso fazia com que a agricultura fosse bem trabalhada.
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Nesse primeiro momento, no período pré dinástico, trabalha-se com a perspectiva dos
nomos, que são comunidades. Quando se trabalha a ideia da revolução neolítica, que essa
sedentarização foi fazendo com que a produção fosse crescendo, aumentando a expectativa
de vida, porque as pessoas se alimentam melhor, e cria uma organização maior: uma aldeia
vira uma vila, chegando quase ao status de cidade.

No Egito, nesse período primitivo, tem-se o nomo e alguns administradores, que serão
os nomarcas, sendo uma espécie de líder, como aconteceu na Mesopotâmia, onde havia as
pessoas mais velhas ligadas à sabedoria ou a um poder espiritual.

É no período pré dinástico também que se uma raiz da própria religião egípcia com a
representação dos animais sendo como sagrados, das forças da natureza como um deus.

Quando o Egito se torna um império, há uma figura maior da religião voltada para os
deuses e para o faraó deus, o homem que é a reencarnação de um dos deuses.

O Nilo corta o Egito de Sul a Norte e deságua no mar Mediterrâneo. Ficava armazenado
nas margens um precioso fertilizante, o húmus, que permitiu o surgimento de uma agricultura
de alta produtividade.

O Nilo tinha um enorme desenvolvimento de rede de canais, o que fez ser possível levar
água para regiões não próximas do rio Nilo, o que fez com que a alta produtividade fosse
uma realidade.

Datados de 2.100 a.C., existem vestígios de elaborados sistemas de canais, um dos


quais, com cerca de 19 km, transportava a água do Nilo até ao Lago Moeris. Com isso, obser-
va-se a perspicácia desse povo de tratar uma ideia de fazer com que a água não ficasse
apenas em uma região.
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FORMAÇÃO DO ESTADO DO EGITO ANTIGO

Os líderes dos nomos, os nomarcas, foram guerreando entre si, em que um dominava o
outro, até que chegou um momento em que se tem no Egito a parte norte (Baixo Egito) e a
parte sul (Alto Egito), em que se tem um líder para cada segmento. Quando os segmentos
se juntam é que ocorre a unificação do Egito, mas a formação do Estado egípcio passa pelas
disputas entre monarcas e depois pela ideia de unificar as áreas e as duas partes do Egito.

Nomos: conjuntos de aldeias governadas pelo nomarcas, nome dado aos chefes mais
poderosos, que disputavam entre si. Alguns deles, ao vencerem os demais, tornavam-se reis,
passando a controlar vários nomos. Surgiram, então, no Egito, reinos: o Alto Egito (no vale do
Nilo) e o Baixo Egito (no Delta do Nilo). Esses Estados não estão organizados sob a mesma
administração, havendo um poder descentralizado.
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A UNIFICAÇÃO DO EGITO

Mesmo quando se tem o Alto Egito e o Baixo Egito, o Estado egípcio ainda está des-
centralizado.

Por volta do ano 3.200 a.C., o rei Menés, do Alto Egito (no vale do Nilo), conquistou o
Baixo Egito (no delta do Nilo). Menés se tornou o primeiro faraó (nome que se dava ao rei
entre os egípcios) e o fundador da primeira dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma
mesma família).

Com o faraó uma utilização muito característica da história do Egito, a religião, ganha
muita força. A espiritualidade, os mitos de criação, das cheias, das enchentes, das chuvas e
dos ventos, que eram explicados pelos contextos mitológicos, por mais que se tivesse conhe-
cimento dessas áreas, ainda eram muito fortes nessa região.
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O mito era muito utilizado para a dominação. Se não se ao certo o que é e se cria uma
história convincente que coloca medo nas pessoas, tem-se a dominação.

Quando nasce o Antigo Império, a figura do faraó vai funcionar com apoio e afirmação da
classe sacerdotal, que possui muito poder. Seguir um homem é uma coisa, mas seguir um
homem-deus dentro de toda uma história religiosa, onde os mitos corroboram com a versão
difundida é totalmente diferente.

No Antigo Império se tem a característica do isolamento, enquanto que no Médio Império


se tem maior perspectiva produtiva e de abertura, e no Novo Império há situações de inva-
sões, o que leva ao declínio das dinastias egípcias.
20m

Ao se tratar dos egípcios, símbolos e significados são muito comuns. Os egípcios possu-
íam uma representatividade muito iconográfica.

Antes da unificação, o soberano do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha
era usada no Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o
faraó, a coroa tornou-se dupla: vermelha e branca, simbolizando a união dos dois reinos. Ao
comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa Santos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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