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EGYTO

EGIPTO

EGITO

INTRODUÇÃO:
 http://www.pucrs.br/edipucrs/erematsul/comunicacoes/
38VINICIUSCARVALHOBECK.pdf

 O historiador grego do século V a.C., Heródoto, se referia


ao Egito como “uma dádiva do Nilo”. Isto porque o Egito,
na época, era um extenso oásis localizado no NORDESTE
DA ÁFRICA às margens do RIO NILO, com cerca de 1000 Km
de comprimento e entre 10 e 20 Km de largura cercado
por desertos e mares. Até 1798, as únicas fontes históricas
do Egito faraônico eram os escritos de Heródoto e do
escrivão de Ptolomeu II, Menetão. No entanto, estes
documentos, por razões desconhecidas, continham muitas
informações pouco precisas ou incorretas.
EXPEDIÇÃO NAPOLEÔNICA
 Em 1798, o general Napoleão Bonaparte comandou uma
expedição, cercado por especialistas, com o objetivo de
desvendar os mistérios da civilização egípcia. Por isso esta
data é conhecida como a “redescoberta do Egito Antigo”.
 Em 1822, o francês Jean-François Champollion decifrou o
sistema de escrita egípcio, os hieróglifos contidos na
PEDRA DE ROSETA. Desde então, muitos segredos do Egito
Antigo foram descobertos por meio de fontes confiáveis.
Através desses escritos, sabemos hoje que os egípcios
eram governados de forma absoluta por seu líder político,
militar e religioso, o faraó, que adoravam diversos deuses,
que eram hábeis escultores e que já naquela época
utilizavam a razão para resolver problemas práticos.
A PEDRA DE ROSETA
¾ TONELADAS – 118 CM DE
ALTURA – 77 DE LARGURA E
30 DE ESPESSURA OS ESCRITOS DA PEDRA
HISTÓRIA DO EGITO
 Terra dos faraós, das pirâmides, do papiro, das
múmias, da esfinge, da escrita, da matemática, da
medicina, da astronomia e astrologia, dentre outras
criações, o Egito antigo despertava grande interesse já
entre seus contemporâneos. Essa riquíssima herança
cultural ainda hoje estimula o imaginário das pessoas e
continua a despertar o interesse de arqueólogos e
historiadores. O que houve de tão significativo na
cultura egípcia? Veremos a seguir:
 O Egito antigo é uma das regiões do crescente
fértil, que contava com terras férteis devido as
enchentes de seus principais rios, favorecendo a
fixação de grupos humanos em suas cercanias.
 No caso do Egito, o RIO NILO foi o responsável
pelo progresso da região e pela habitação de
O SEGUNDO MAIOR RIO DO MUNDO
 O rio Nilo é um dos maiores rios do mundo, com cerca de 6.650
km de extensão. Localiza-se na porção nordeste do
continente africano. Sua nascente é o rio Kagera, em Burundi,
que desemboca no lago Vitória, em Uganda. Do lago Vitória, o
Nilo segue por Uganda, Sudão do Sul e Sudão. Recebe o nome
de Nilo Branco ao sair do Sudão do Sul, e na cidade de Cartum
(capital do Sudão) se une ao Nilo Azul, depois recebe o rio
Atbara. Então o Nilo prossegue até o Cairo, no Egito, onde
forma o Delta do Nilo, que deságua no Mar Mediterrâneo.
 O Delta do Nilo é uma planície com forma triangular, onde o
Nilo bifurca-se em dois canais principais que levam suas águas
ao Mediterrâneo: o canal de Roseta e o de Diameta. Essa região
é densamente povoada.
 A bacia hidrográfica do Nilo ocupa uma área 3.349.000 km²,
abrange os territórios de Uganda,Tanzânia, Ruanda, Quênia,
República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e
O RIO NILO: UMA BENÇÃO DOS DEUSES
O NILO CORTANDO O TERRITÓRIO EGIPCIO O NILO E O CRESCENTE FÉRTIL
SECAS E CHEIAS: O DESAFIO DE DOMAR O
RIO NILO PARA SOBREVIVER
 Na época das cheias este rio inundava suas margens,
fertilizando o solo (HÚMUS), que ficava propício para a
agricultura na época das secas.
 Na época das secas a agricultura estava garantida, porém não
se tinha água para as atividades básicas de sobrevivência
como: Cozinhar – Alimentar os animais - Tomar banho – Lavar
roupas – Construir.
 INUNDAÇÃO: por menor que fosse não possibilitava o cultivo do
solo, provocando escassez de alimentos.
 ENCHENTE: provocava destruições, ou seja, a força das águas
levava tudo o que estivesse no seu caminho, porém os egípcios
precisavam ficar próximos da água para facilitar a vida deles e
esse desafio fez com que os egípcios tivessem que interagir
com a natureza ( meio em que vivem) e trabalhar muito.
ASTRONOMIA E ASTROLOGIA

 Além de estudiosos da Terra, os egípcios gostavam de


desvendar os mistérios do céu. O mapeamento celeste foi
feito por egípcios e mesopotâmicos. Aos egípcios coube o
reconhecimento das estrelas para contar as horas de noite
e a montagem do primeiro calendário solar, com 365 dias
em 12 meses. Foram eles também que dividiram o dia em
24 horas, 12 para a noite e 12 para o dia. e Identificaram
planetas como Vênus Marte e estrelas como Sirius e Órion
e localizaram o norte pelo posicionamento das estrelas.
CALENDÁRIO
 Você consegue imaginar a bagunça que seria o mundo sem um sistema de
contagem de dias, meses e anos? Um caos! No antigo Egito também era,
até que eles inventaram o sistema como uma forma de sobrevivência, a
princípio. Isso porque não saber o período da inundação anual do rio Nilo
poderia acarretar nas mais diversas tragédias, começando pela perda de
plantações e, consequentemente, fome. Por essa razão, eles criaram um
calendário que era intimamente ligado à agricultura, dividindo-se em três
estações principais: inundação, crescimento e colheita. Cada uma dessas
estações tinha quatro meses, sendo que cada um era dividido em 30 dias.
A soma de todos esses períodos
dava 360 dias, um pouco menos do que um ano real. Para compensar a
diferença, os egípcios acrescentaram cinco dias entre as temporadas de
colheita e inundação. Estes cinco dias foram designados como feriados
religiosos reservados para homenagear os filhos dos deuses. O calendário
solar do Egito Antigo Os astrônomos da Grécia utilizaram o calendário
egípcio como referência para seus estudos astronômicos, e por influência
destes o ocidente também passou a utilizá-lo.
CANAIS DE IRRIGAÇÃO
 Para os que moravam mais distante das margens do Nilo, a
solução para a sua sobrevivência era a construção de
canais de irrigação, que levavam as águas até essas terras
construíram canais e diques para proteger vilas e casas
das inundações.
 Por volta de 2300 a.C. eles já aplicavam técnicas de
irrigação artificial, por meio de canais com vazão
controlada. Criaram um sistema de bombeamento de água
chamado shaduf. Consistia em um processo elevatório que
levava a água até locais naturalmente não inundados, para
aumentar a área produtiva. O shaduf é usado até hoje.
ARADO PARA PLANTAÇÃO
 Como bons agricultores que eram, os egípcios foram aprimorando o
sistema de plantio, sendo que o arado pode ter vindo dessa época,
embora os historiadores não tenham certeza absoluta desse fato. As
evidências sugerem que os egípcios e sumérios estavam entre as
primeiras sociedades a empregar o seu uso por volta de 4 mil anos
antes de Cristo.
 Pinturas antigas em murais ilustram um grupo de quatro homens
puxando um arado através de um campo, o que não era uma boa ideia
no sol escaldante do Egito.
 Tudo isso mudou por volta de 2 mil anos antes de Cristo, quando os
egípcios tiveram a ideia de amarrar os seus arados em bois. Os
primeiros modelos eram conectados aos chifres de gado, mas eles
verificaram que interferia na habilidade do animal respirar. Já as
versões posteriores incorporaram um sistema de correias e foram
muito mais eficazes. O arado revolucionou a agricultura no antigo
Egito e, combinado com o ritmo constante do rio Nilo, fez o cultivo
mais fácil para os egípcios do que talvez qualquer outra sociedade da
época.
ORIGEM DOS REINOS DO ALTO E BAIXO EGITO:

 Desde cerca de 5000a.c. O Egito era habitado por povos que


viviam em clãs (nomos). Estes povos praticavam a agricultura
e dominavam a técnica em cerâmicas, posteriormente
também desenvolveram a metalurgia.
 Provavelmente, a necessidade de enfrentar problemas comuns
(abrir canais de irrigação, construir diques, organizar
atividades agrícolas), levou parte deles a se reunir em aldeias,
processo que prosseguiu, formando cidades, que também se
reuniram e deram origem a dois reinos:
 BAIXO EGITO: Situado no Norte, na região mais próxima ao
mar mediterrâneo, onde o rio Nilo forma um grande delta, de
terras muito férteis.
 ALTO EGITO: situado ao sul do delta, a partir da cidade de
Memphis, com uma estreita faixa de terras férteis ao longo do
Nilo
UM ÚNICO REINO E UM ÚNICO REI:
O SURGIMENTO DA FIGURA DO FARAÓ
 Por volta de 3100a.c. Os governantes do alto Egito (sul),
conquistaram o baixo Egito (norte), unificando os reinos,
tendo no comando um único rei: O FARAÓ (Menes ou
Narmer) foi o 1º faraó (dinastia), faraó: grande casa
(palácio) ou ainda rei.
DIVISÃO SOCIAL NO ANTIGO EGITO
A CRENÇA NA VIDA APÓS A MORTE
 A religiosidade tinha importância para os egípcios até após
a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esses
motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação
(a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser
humano era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No
momento da morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia
continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a
volta da alma para o corpo dependia do julgamento no
Tribunal de Osíris.
 Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao
corpo, o morto voltaria à vida no reino de Osíris; se não, a
alma ficaria no reino de Amon-Rá. Daí a importância da
conservação dos corpos pela mumificação, se a alma
retornasse ao corpo, este não estaria decomposto.
 http://covenmisteriosdocarvalho.blogspot.com.br/2015/0
PERÍODOS DA HISTÓRIA EGÍPCIA
 PERÍODO DINÁSTICO: No decorrer dos cerca de 3000 anos
de história (3100 a 30a.c.), o Egito teve várias fases de
prosperidade, crise econômica, guerras internas, invasões
e centralização e descentralização do poder, o que levou
os egiptólogos a dividir a história do Egito em três
períodos principais:
 ANTIGO IMPÉRIO (c. 2600 – 2400a.c.) capital era Memphis,
centralização do poder político nas mãos do Faraó.
 Grandes pirâmides;
 Declínio a partir de 2150 a2040a.c(com a perda do poder
pelos faraós, para os representantes das províncias,
descentralização do poder, distúrbios sociais e
instabilidade política.
PERÍODOS DA HISTÓRIA EGÍPCIA
 MÉDIO IMPÉRIO: (c. 2040 – 1550a.c.) A nobreza de Tebas retoma o
poder dos provincianos e entrega para os faraós.
 Estabilidade política e prosperidade econômica.
 Invasão de Hicsos (povo de origem asiática) + ou – em 1750a.c.,
na região norte (tinham tecnologia militar superior à dos
egípcios, utilizavam o cavalo em carros de combate e armas de
bronze), ficaram no Egito quase dois séculos.

 NOVO IMPÉRIO C. 1550 – 1075A.C.: Novamente os nobres de Tebas


conseguem restabelecer o poder do faraó, expulsando os Hicsos.
 Apogeu econômico
 Refinamento artístico;
 Expansão militar;
 Declínio do período marcado por: revoltas, perdas territoriais,
más colheitas, fome.
DECLÍNIO E FIM DO EGITO ANTIGO:

 Depois do século XIIa.c., o Egito foi sucessivamente


invadido por diferentes povos:
 670a.c., chegaram os Assírios que ficam no poder por oito
anos.
 Se libertam dos Assírios com a ajuda dos saítas (cidade de
Sais), e iniciam uma fase de recuperação econômica e
cultural.
 A prosperidade acaba em 525a.c., quando os Persas
conquistam o Egito que ficam no poder quase dois séculos.
 Os Macedônios sob o comando de Carlos Magno ( pai de
alexandre o Grande), derrotaram os persas.
 Em 30a.c.o Egito foi dominado pelos romanos, encerrando
a civilização egípcia de maneira como era conhecida até
então.
INVENÇÕES QUE PERDURAM ATÉ HOJE

 Todos nós sabemos como os antigos egípcios foram de grande


importância em toda a humanidade, contribuindo para o
desenvolvimento das mais diversas áreas, como: arquitetura,
engenharia, escrita e contagem dos períodos por calendários.
É claro que as pirâmides e todo o seu legado formam o
destaque desse povo da antiguidade. Mas não foram apenas
elas que tornaram os egípcios conhecidos por suas invenções,
sendo que muitas outras perduram até hoje.

 Essa que talvez tenha sido a civilização mais avançada que o


mundo já conheceu e nos trouxe artefatos, dispositivos e
formas de fazer algumas coisas que muita gente nem imagina
que foram eles que criaram. Confira abaixo quais foram
algumas delas, de acordo com um artigo do How Stuff Works:
EGYTO
Criações e descobertas de um povo milenar
A MATEMÁTICA NO EGITO ANTIGO
 No Egito Antigo, o homem foi capaz de grandes realizações. Dentre elas, a construção das pirâmides, a
invenção de um calendário solar, a criação de um sistema de numeração, só para citar algumas.
Certamente nenhuma destas grandes realizações seria possível sem o avanço da matemática. A maior
parte daquilo que sabemos sobre a matemática do Egito Antigo se deve a existência de três
documentos importantes: o Papiro Rhind, o Papiro de Moscou e o Papiro de Berlim.

 1 – O Papiro Rhind Também conhecido como Papiro Ahmes, em homenagem ao escriba que o copiou.
Acredita-se que o texto original tenha sido escrito por volta de 1850 a.C. O papiro tem 32 cm de
largura por 513 cm de comprimento, foi escrito em hierático (uma simplificação dos hieróglifos, lia-se
da direita para a esquerda), e contém uma série de tabelas nas quais constam os quocientes de vários
tipos de divisão de números naturais, e ainda 84 problemas envolvendo fatos da vida cotidiana
acompanhados de suas soluções.
 2 – O Papiro de Moscou Escrito aproximadamente em 1890 a.C. por um escriba desconhecido. Contém
25 problemas, dos quais muitos se parecem com os do Papiro Rhind. No entanto, alguns problemas são
bastante distintos, como um que se refere à área de uma superfície curva e outro que se refere à área
de uma pirâmide truncada, além de problemas que resultarão na equação 2x + x = 9.
 3 – O Papiro de Berlim Acredita-se que tenha sido escrito aproximadamente em 1800 a.C. Dois dos
problemas contidos neste Papiro dão origem a sistemas de equações nos quais uma das equações é de
1º grau e a outra é de 2º grau. Portanto, pela primeira vez na história (pelo que se sabe até hoje), é
apresentada uma solução para uma equação de 2º grau.
RHIND

BERLIM

MOSCOU
O ESTUDO DA MEDICINA
 Os médicos egípcios aprenderam sobre a anatomia humana a partir do processo
de mumificação. Os principais órgãos eram removidos durante o processo, e os
médicos antigos descreviam com precisão as funções da maioria dos órgãos. A
prática médica era altamente organizada, pelo menos para a elite da
sociedade. Os médicos chamados swnu eram especializados em determinados
órgãos do corpo ou doenças. Alguns, por exemplo, tratavam dos olhos, alguns
dos dentes, alguns dos intestinos. Havia swnu mulheres também. Registros do 3º
milênio a.C. descrevem uma pessoa chamada Pesheshet como a “mulher que
supervisiona as médicas mulheres. ” Essa é a primeira referência histórica a
médicos do sexo feminino. Os feiticeiros eram outra classe de curandeiros.
No topo da hierarquia estavam os médicos-sacerdotes. O mais celebrado foi
Imhotep, que servia como vizir-chefe ao faraó Zoserno início do 3º milênio a.C.
Ele era sacerdote e astrólogo, projetista de pirâmides, e um médico renomado.
Imhotep posteriormente recebeu status de divindade. Os santuários dedicados a
sua devoção se tornaram centros de cura. Os documentos descrevem cirurgias
delicadas, o engessamento de membros com ossos quebrados e todo o sistema
circulatório do corpo humano. Os egípcios dominavam métodos avançados para
amputação de membros e cauterização e davam pontos para fechar incisões.
Acredita-se que foram os primeiros a utilizar essa técnica. Os médicos eram
especializados como nos dias de hoje. Quem cuidava de fraturas não mexia com
problemas de pele. A especialização incluiu o aparecimento dos odontólogos.
Os dentistas já usavam brocas, drenavam abscessos e faziam próteses de ouro.
PLANO DE SAÚDE

 E para quem pensa que a medicina egípcia era coisa para poucos, aí vai uma
nova: os trabalhadores braçais – os mesmos que empurraram pedras
monumentais para construir as pirâmides – possuíam uma espécie de plano de
saúde. Escavações na Cidade dos Trabalhadores – um conjunto de casas
encontrado na planície de Gizé, à sombra da grande pirâmide – revelaram
múmias com até 4 500 anos que receberam tratamento médico. “Eram
pessoas comuns que se curaram e voltaram ao trabalho”, afirma Zahi Hawass,
diretor do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito. “Alguns corpos
apresentavam marcas de fraturas consolidadas, membros amputados e até
cirurgias cerebrais.”
DA ASPIRINA AO TESTE DE GRAVIDEZ

 Uma das revelações mais impressionantes ao estudar a herança do Antigo


Egito é seu desenvolvimento em medicina e farmacologia. Em O Legado do
Antigo Egito, o egiptólogo Warren R. Dawson, da Universidade de Oxford, na
Inglaterra, cita papiros médicos datados de até mais de 40 séculos atrás
retratando procedimentos médicos e remédios usados até hoje por
profissionais da área de saúde. Substâncias como óleo de rícino, ácido
acetilsalicílico, própolis para cicatrização e anestésicos já eram conhecidas.
 Quando havia suspeita de gravidez eram feitos testes com a urina. “A mulher
urinava em um recipiente em que havia uma variedade de cevada. Se ela
germinasse, a gravidez estava confirmada”, diz Antonio Brancaglion. Para o
especialista, independentemente do percentual de acertos, o mais notável é
o conhecimento da relação entre a composição da urina e a gravidez.
MÉTODO CONTRACEPTIVO (evitar gravidez)

 Outro avanço da medicina egípcia foram os métodos contraceptivos. A


egiptóloga Margaret Marchiori Bakos, da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul, diz que a maioria deles consistia na aplicação de
emplastros espermicidas na vagina. O papiro Ebers relata que “para permitir
à mulher cessar de conceber por um, dois ou três anos: partes iguais de
acácia, caroba e tâmaras; moer junto com um henu de mel, um emplastro é
molhado nele e colocado em sua carne. ” Um “henu” equivale a cerca de 450
mililitros. “A acácia continha goma arábica, que com a fermentação e a
dissolução em água resulta em ácido lático, ainda hoje utilizado em algumas
geléias contraceptivas. O mel, que também aparece no papiro Kahun, pode
ter tido alguma eficácia. “Seu efeito tende a diminuir a mobilidade do
espermatozóide”, diz Margaret.
MAQUIAGEM DOS OLHOS
 Em todas as ilustrações contidas em sarcófagos, nas
tumbas dos faraós, qualquer outro tipo de local e
documentos dos antigos egípcios em que se mostram
pessoas, é possível observar com clareza que os olhos
deles são destacados por um tipo de maquiagem com
contorno definido. Calcula-se que a criação da maquiagem
dos olhos pelos antigos egípcios tenha acontecido por
volta de mais de 3 mil anos antes de Cristo. E, desde
então, pode-se dizer que o estilo nunca saiu de moda. O
que é ainda mais interessante é que algumas culturas
ainda utilizam técnicas egípcias de milhares de anos para
criar os seus pigmentos para os olhos.
A PRÁTICA DE BARBEAR E CORTAR O
CABELO
 Os egípcios não tinham muito paciência com pelos ou cabelos, por questão de
higiene ou mesmo por não suportar o calor que eles podiam causar, devido ao
local quente em que viviam. Possivelmente devido a essas questões, eles
cortavam os cabelos bem curtos ou raspavam a cabeça regularmente. Por
essas razões, os egípcios foram pioneiros na invenção dos primeiros
instrumentos de barbear, sendo que um deles era um conjunto de lâminas de
pedra afiadas fixadas em cabos de madeira, sendo mais tarde substituídas por
lâminas de cobre. Como não podia deixar de ser, os egípcios também criaram
a profissão de barbeiro.
BALAS DE MENTA

 O desejo por um hálito fresco não é de hoje. Além da criação da pasta de


dente (que veremos mais adiante), os egípcios podem realmente ter sido os
responsáveis pela invenção das balinhas refrescantes de menta. Naquela
época, o mau hálito também era um sintoma de má saúde dental e de
descuido. Eles não tinham bebidas açucaradas e doces que causavam cáries,
mas havia outras coisas que estragavam os dentes. Então, os egípcios sofriam
com dentes desgastados, gengivas doentes e dores, fatores que geravam um
inevitável mau hálito. Para lidar com isso, eles inventaram as primeiras
balinhas, que eram uma combinação de incenso, mirra e canela fervidos com
mel e que eram moldadas em forma em pelotas.
PASTA DE DENTE

 De acordo com o How Stuff Works, os arqueólogos encontraram palitos


enterrados ao lado das múmias, que foram aparentemente colocados lá para
que eles pudessem limpar restos de comida entre os dentes na vida após a
morte. Os egípcios também levam o título de inventores, junto com os
babilônios, das primeiras escovas de dentes, que eram pontas desfiadas de
galhos de madeira no princípio. Porém, além de tudo isso, se tinha escova,
tinha que ter pasta, então eles também foram creditados como os criadores
do creme dental.
MADEIRA COMPENSADA

 A primeira ocorrência conhecida do uso de madeira compensada é do Antigo


Egito, por volta de 3.500 a.C, quando os artigos de madeira foram feitos a
partir de folheados colados transversalmente. Isso aconteceu devido a uma
escassez de madeira nobre. Folhas finas de madeira de alta qualidade eram
coladas sobre um substrato de madeira de qualidade inferior, para efeito
estético. Esse modo de usar o compensado ocorreu várias vezes ao longo da
história.
CIRCUNAVEGAÇÃO DA ÁFRICA

 A medicina não foi a única ciência em que os egípcios se desenvolveram. Eles foram
engenheiros notáveis em química, construção civil, naval e hidráulica. “Nem sempre é
possível afirmar que tenham sido precursores nesta ou naquela descoberta”, afirma Antonio,
“pois a pesquisa nunca termina. Baseando-se no que se encontrou até hoje, dá para concluir
que eles foram os primeiros em diversas tecnologias.”
Na navegação, há fortes indícios de que alguns dos
louros atribuídos aos fenícios precisam ser divididos com os egípcios. A vela mais antiga de
que se tem notícia, por exemplo, é egípcia e foi encontrada dobrada dentro de uma múmia
em Tebas, de cerca de 1000 a.C. Os mais antigos modelos de barcos a vela dos fenícios de
Tiro e Cartago datam do século 8 a.C. Os egípcios foram os primeiros a projetar barcos
pensando previamente no destino que eles teriam. Modelos militares eram diferentes dos
cargueiros, que por sua vez não se pareciam com os utilizados para lazer ou cerimônias
religiosas. Eles criaram os melhores barcos militares e a frota mais veloz. A chamada nau de
Quéops, com 47 metros de comprimento e datada da Quarta Dinastia (2589 a 2566 a.C.), é a
mais antiga embarcação desse porte encontrada até hoje. Num barco ainda maior, durante o
governo do Necho II (610 a 595 a.C.), eles já haviam realizado a circunavegação da África.
CERVEJARIA
 A criação da cerveja, por exemplo, costuma ser atribuída a eles, mas os
mesopotâmicos também conheciam o método de fermentação e fabricavam
bebida semelhante. “Só que ninguém se aperfeiçoou tanto nos aromas e na
variedade de sabores como os egípcios.
BOLICHE

 Em Narmoutheos, um assentamento que fica a cerca de 90 quilômetros ao sul


de Cairo (datado do segundo e terceiro séculos depois de Cristo), foi
descoberta uma sala contendo um conjunto de pistas e uma coleção de bolas
de granito de vários tamanhos. De acordo com o How Stuff Works, o lugar
parecia um protótipo de um salão de boliche da era moderna.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
 Instrumentos como harpa, flauta, trombeta de metal, oboé e dois tipos de alaúdes,
o menor com um som parecido ao do violino, também são originários da terra dos
faraós, bem como jogos de tabuleiro e brincadeiras infantis como cabra-cega e
amarelinha. Com toda essa herança, por mais que as origens de cada um de nós não
passem nem perto das etnias do Antigo Egito, essa civilização faz parte dos nossos
hábitos e costumes.

GREVES DE TRABALHADORES

 O Antigo Egito foi palco das mais antigas greves de que se tem notícia. O registro
mais remoto de uma paralisação desse tipo aconteceu no Novo Império (entre 1570
e 1070 a.C.), durante o reinado de Ramsés III.

POLICIAMENTO

 Se por um lado fizeram greves, por outro criaram técnicas de policiamento


utilizadas até hoje, como o uso dos animais na captura de malfeitores. Há
registros de policiais fazendo patrulhamento acompanhados por macacos e
cenas de babuínos pegando ladrões em mercados.
BIBLIOGRAFIA,LINKS E REFERÊNCIAS

 http://www.pucrs.br/edipucrs/erematsul/comunicacoes/
38VINICIUSCARVALHOBECK.pdf
 http://www.suapesquisa.com
 http://www.infoescola.com
 http://www.megacurioso.com.br
 http://super.abril.com.br
 https://www.youtube.com/watch?v=uwsDDzyF-sA
 http://www.hsw.uol.com.br
 https://www.youtube.com/watch?v=dzts7pFyYFc (construindo um Império:
Egito)

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