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FACULDADE PIO DÉCIMO

CURSO DE LETRAS – PORTUGUÊS / ESPANHOL

ARTIGO: MEDIADORES DE LEITURA – JOVENS: ACESSO E INTERESSE PELA LEITURA

DISCIPLINA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS V – FORMAÇÃO DO


MEDIDADOR DE LEITURA

PERÍODO: 6º

PROFESSORA: LUCIANA NOVAIS MACIEL

ALUNA: CAMILLA CRISTINA SANTOS CAMPELO DA SILVA


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ARTIGO: MEDIADORES DE LEITURA – JOVENS: ACESSO E INTERESSE PELA LEITURA

INTRODUÇÃO:
Leitura possui um enfoque do local ao global, do familiar ao escolar -> buscando proficiência na
mesma leitura -> gerando inserção do cidadão no mundo letrado.

A compreensão do nosso mundo, dos dilemas locais e a intervenção nos desafios surgidos
pelas práticas sociais -> exigem uma habilidade leitora -> necessidade de formação de leitores
críticos, sensíveis, éticos, responsáveis, empáticos, solidários com nosso planeta, bem como
desvendar segredos dos jogos de poder das relações sociais.

Buscar e alcançar uma habilidade leitora é um processo complexo, esse processo se inicia, no
hábito de ouvir estórias de nossos pais e avós, e discorre durante todo percurso escolar, na
construção de sua cidadania, como pensa

Incentivar o adolescente para o ato de ler proficientemente, fazendo com que este descubra e
estimulando-o ao prazer pela leitura, requer múltiplas ações didáticas e metodológicas.
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INTRODUÇÃO:
Segundo Cruz,
“aprender a ler é um processo a longo termo […]. A leitura hábil é mesmo a mais fundamental
habilidade acadêmica para todas as aprendizagens escolares, profissionais e sociais […]”.
Entretanto, a escola pública básica, principal agência governamental responsável pela formação
inicial de leitores, enfrenta inúmeros desafios no preparo do aluno para enfrentar o mundo pós-
moderno. Cruz (2007, p. 1)

Ao buscarmos possíveis causas para um fracasso de proficiência leitora, podemos observar que
alguns fatores contribuem para esse resultado:
- baixa escolaridade da população;
- contato com a leitura é restrito;
- pouco estímulo no que concerne à formação básica dos leitores infantis;
- práticas desmotivadoras em sala de aula;
- “formação precária” de grande número de profissionais da ESCRITA que NÃO SÃO LEITORES.
- Diz-se que para ser um bom escritor precisa ser um bom leitor
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RESUMO:
OBJETIVO:
- A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DA MEDIAÇÃO DA LEITURA, SUA
RELEVÂNCIA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA;

- O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE LEITORES INFANTO-JUVENIS;

- A LEITURA ENQUANTO FERRAMENTA DE CONHECIMENTO,


COMPREENSÃO DE PERSPECTIVAS E SUA IMPORTÂNCIA NA
ELABORAÇÃO DE REPERTÓRIOS E PROJETOS DE VIDA, QUE
GANHAM SENTIDO ESPECIAL NA ADOLESCÊNCIA;
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RESUMO:
OBJETIVO:
- ADOLESCÊNCIA, MOMENTO DE DESCOBERTAS E TRANSFORMAÇÕES
DOS JOVENS. COM O ADVENTO DA INTERNET, DAS NOVAS
TECNOLOGIAS DIGITAIS, AS TRANSFORMAÇÕES OCORREM EM MAIOR
VELOCIDADE, TENDO A LEITURA SEU PAPEL IMPORTANTE COMO
FORMA DE AUTOPERCEPÇÃO E ENTENDER A EXISTÊNCIA NESSE
PERÍODO DE FORMAÇÃO.
- ESTE ARTIGO LEVANTA A PRÁTICA DE MEDIAÇÃO DA LEITURA, E UMA
METODOLOGIA QUE POSSIBILITA E/OU CONTRIBUA PARA O INCENTIVO
À LEITURA E, CONSEQUENTEMENTE, À CRIAÇÃO DE UM HÁBITO DE
LEITOR.
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Alguns problemas no interesse pela leitura, principalmente a literatura clássica:

- A literatura brasileira -> ensinada nas escolas por meio das fases dos estilos literários.
- Para que os alunos sintam mais interesse pela leitura literária, há que se pensar de se
criar um modo mais explícito de demonstrar a ligação entre as fases das diferentes
“formas” de narrar e o seu momento histórico.
- Um rap, nos dias atuais, é bem compreendida pelos jovens, uma vez que estes estão
vivenciando a sua própria época em que esse estilo está sendo produzido.
- Seria importante que os jovens tivessem acesso, de modo mais natural, às biografias
dos autores, estabelecendo uma ligação afetiva entre esses autores e os jovens
leitores de hoje.
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Alguns problemas no interesse pela leitura, principalmente a literatura clássica:

- Talvez possamos pensar que uma das coisas que distancia os jovens ou
alunos da leitura podem ser as estratégias usadas para a mediação, uma vez
que a leitura feita de forma obrigatória ou sem empolgação pode causar o
desinteresse destes pela mesma,

“[...] não é o professor que ensina, é o aluno que aprende ao descobrir por si a magia e o
encanto +de literatura. Mediar esse processo de descoberta é o papel do professor, que só se
pode fazê-lo também ele como leitor” (GERALDI, 2013, p. 25)
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Alguns problemas no interesse pela leitura, principalmente a literatura clássica:

Nessa busca de orientar e incentivar os adolescentes pela leitura, induz-se aos


mesmos a darem nome aos sentimentos.

A educadora Bel Santos Mayer, coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos


e Apoio Comunitário (IBEAC), orienta:

“Deve-se encontrar uma leitura que ajuda a falar. Não um texto que vem dar respostas, mas um
texto que provoca, que nos faz indagações, nos ajuda a perguntar sobre o que a gente sente.
Há muitas questões na adolescência, e a literatura é um jeito de elaborar essas questões”,
reforça. A família e a escola são agentes centrais nessas construções, segundo a educadora.
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É preciso se inserir os livros nas atividades da família de modo a criar


vínculo de busca e interesse comum com os jovens.

Para Bel Mayer:


“É importante ter livros em casa, frequentar espaços onde os livros habitam,
participar de eventos culturais. E na escola nem se fala. Às vezes, fica muito
centrada em um currículo, insere a obra literária como complemento de outros
conteúdos, mas a direção deveria ser outra: quais são as experiências que os
adolescentes atravessam e quais livros podem ajudar a conversar sobre elas”

Bel Mayer indica também que:


“Quem lê mais escreve mais, imagina mais, conversa mais. A leitura de
literatura vai dando uma musculatura para estar presente no mundo. Quanto
mais você lê, mais repertório, mais compreensão, mais conhecimento, mais
análise. Se isso se dá em rituais coletivos, o ganho é ainda muito maior”.
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A tese de que o adolescente deve ler apenas por prazer, não tem respaldo
quando pensamos em proficiência.

É preciso ler livros para adquirir conhecimento e vocabulário. Certas palavras


de vocabulário, rebuscadas ou não, só serão encontradas num sermão do
Padre Antônio Vieira, num conto erudito de Machado de Assis, numa
descrição de paisagem alucinadamente romântica de José de Alencar e outros
autores e exemplos mais que existem em nossa literatura e naquelas, de
outras línguas, que porventura nos interessemos.

Mas é na leitura de obras da literatura brasileira que vamos conseguir acessar


o Arquivo Completo de Palavras da Língua Portuguesa.
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Um dos desafios dos mediadores de leitura da escola, na formação de leitores, é


resgatar o prazer pela leitura das séries iniciais, em que as práticas são mais
sensíveis, menos analíticas, trata-se o texto de modo mais metódico, cuja ênfase
recai na análise dos elementos linguísticos estruturais.

Deve-se ressaltar uma forma de incentivo à leitura muito importante, o mediador de


leitura deve ser um professor leitor, principalmente nos anos iniciais do ensino, um
aspecto muito relevante nesse processo das mediações de leitura, pois ele
consegue passar através da sua leitura o sentimento positivo que tem sobre a obra
ou sobre o que este está lendo, conseguindo realizar a tarefa com êxito e
empolgação contagiando assim seus alunos, já os professores que não são
leitores, sentem dificuldade em transmitir seus sentimentos diante do que está
sendo lido.
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O professor mediador precisa manter uma relação muito próxima e pertinente com
a leitura, isto é, ser um leitor assíduo pois, após ter vivenciado as sensações
despertadas, nos textos lidos, ele poderá planejar com mais eficiência e eficácia as
atividades de leitura de seus alunos, fortalecendo assim o contato deles com as
obras literárias, fomentando o desenvolvimento desses indivíduos como leitores
proficientes.

Nesse contexto de incentivo aos jovens da leitura de obras literárias, há que se


criticar que essa leitura recebe um tratamento stricto sensu. Essa abordagem
prescinde da experiência plena de leitura do texto literário pelo leitor. Em lugar da
experiência estética, os textos literários são apresentados com ênfase nas
modulações históricas e na cronologia literária, por serem considerados
exemplares de determinados estilos.
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Com essa perspectiva de revalorização do leitor nos estudos e nas práticas de


ensino da arte de ler, temos a terceira fase da moderna teoria da literatura, onde:

Na primeira fase tinha-se uma preocupação com o autor (Romantismo e século


XIX);

Na segunda fase, uma preocupação centralizada no texto, (Nova Crítica


Americana).

Na terceira fase, ocorre uma transferência da atenção para o leitor, com as


propostas da Estética da Recepção (EAGLETON, 2006), buscando-se às
interações do leitor e do texto.
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Nesse contexto de incentivo aos jovens da leitura de obras literárias, há que se


criticar que essa leitura recebe um tratamento stricto sensu. Essa abordagem
prescinde da experiência plena de leitura do texto literário pelo leitor. Em lugar da
experiência estética, os textos literários são apresentados com ênfase nas
modulações históricas e na cronologia literária, por serem considerados
exemplares de determinados estilos.

Com o renascimento do leitor, se inaugura um novo tempo na leitura, onde esse


processo de ensino de leitura na escola e de formação de leitores de literatura
clama por uma interlocução do leitor com o texto, onde essa leitura remete para o
passado, para o presente e para o futuro.
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Nesse contexto de incentivo a jovens da leitura, induz-se ao papel de alguns


mediadores de leitura:
- Mediação dos amigos Nascimento (2007, p. 70-71) destaca que:
“... estamos considerando amigo como mediador social no desenvolvimento da leitura do sujeito.
Conforme relatos de alunos, os amigos, fora do âmbito da sala de aula, também contribuem na sua
formação como leitor. Essa mediação geralmente ocorre de maneira a estimular uma determinada
leitura. Nos relatos, os alunos dizem que os amigos os incentivam a ler algum livro lido por eles
anteriormente e considerado interessante. Muitas vezes é esse amigo que faz a leitura de trechos
interessantes, ou ainda apenas relata de modo convidativo a história lida, numa conversa que ocorre
informalmente.”
- “Mediação da igreja” Nascimento constatou que a Bíblia ―[...] foi um dos
instrumentos citados pelos alunos quando questionados a respeito de materiais
disponíveis para leitura em casa‖ (NASCIMENTO, 2007, p.72). Segundo esta, era
expressivo o número de alunos que frequentavam igrejas, ficando exposto o papel
da igreja na formação de leitores.
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Embora processo de alfabetização da população brasileira melhorou, mas não existirem


bibliotecas que possibilitem um acesso direto a esse leitor, ainda está longe de ser
atingido um ideal que os incentive como leitores.

É lamentável constatar que mesmo com um número exíguo de bibliotecas no Brasil, esse
número ainda não é suficiente para dar conta dos poucos leitores existentes.

Nesse sentido é necessária a interferência dos governos federais, estaduais e municipais,


sociedade civil e organizada na reconstrução desse patrimônio de formação de cidadãos-
leitores. É necessário encontrarmos formas de fazer a ocupação desses espaços e que os
estudantes tenham identificação com os mesmos. Que sejam espaços da linguagem
compartilhada, como afirma Petit (2009b), e que permitam o exercício da liberdade de
expressão, e a prática de um desejo de expressão civil, político, uma vez que não há real
cidadania sem o uso da palavra.
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A mediação da leitura é uma prática que se caracteriza por sua versatilidade, uma
vez que pode se concretizar em diferentes espaços e, não somente na sala de
aula, mas também em bibliotecas, praças, igrejas, parques etc., visto que ela
prescinde das relações dialógicas que se estabelecem entre os sujeitos, o texto
mediador e o próprio ato mediador.

Mediação é composta por um diálogo que apresenta em sua composição uma


multiplicidade de vozes e narrativas, de natureza dinâmica, flexível e crítica, capaz
de conectar pessoas e textos.
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Há algumas sugestões de moderação que devem ser utilizadas em algumas fases


da criança e do adolescente:

– Infância: utilizar e fazer uso constante da contação de histórias que é muito


importante, pois é uma forma lúdica que traz vida ao enredo, e permite a criança
participar tanto como leitor, como personagem, deixando-as livres em seu
entendimento ajustando apenas algumas aparas do mesmo.

– Pré-adolescência e adolescência: é importante que o jovem se interesse e se


encontre no enredo, tornando-o interessante esclarecedor de suas dúvidas e
anseios quando se trata de clássicos. É essencial, neste caso, buscar-se articular
o conteúdo literário a alguns saberes afetivos.
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Finalizando esse contexto de mediadores de leitura, indico o estudo sobre o tema


e o de incentivo à leitura de Nascimento (2007, p. 138), que propõe:
a) criar políticas que incentivem uma reflexão constante aos professores sobre
sua prática, por meio de formação continuada, que lhes permitam acesso aos
instrumentos e recursos que favoreçam a sua condição de leitores e
profissionais capazes de refletir o/no processo de ensino e aprendizagem,
firmando-se como colaboradores e corresponsáveis por esse processo;
b) estabelecer políticas de valorização do professor com melhores condições
salariais e de trabalho.
c) aumentar os recursos destinados ao incentivo à leitura nas escolas, criando ou
expandindo espaços destinados a bibliotecas bem como ampliando, renovando e
diversificando o acervo.
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Finalizando esse contexto de mediação, indico o estudo sobre o tema e de


incentivo à leitura de Nascimento (2007, p. 138), que propõe:

d) conduzir o professor a levar em conta as precariedades que oferecem o


contexto desses alunos representantes das camadas populares não os
responsabilizando pelo mau desempenho na leitura, mas, ao contrário, a partir
dessa análise, buscar meios e ações para amenizar essas limitações, oferecendo
subsídios para que esse aluno tenha o prazer de verificar que conseguiu realizar
sua atividade, sentir-se respeitado perante os colegas, criando vínculos afetivos
pela leitura, mas, ao mesmo tempo, oferecer-lhe condições de avanços,
possibilitando uma visão crítica da sua realidade, incentivando-o a se apropriar da
linguagem sistematizada, com as interpretações que se fazem dela, como forma
de luta contra a desigualdade que se manifesta em seu meio social e político;
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Finalizando esse contexto de mediação, indico o estudo sobre o tema e de


incentivo à leitura de Nascimento (2007, p. 138), que propõe:

e) incluir nos projetos políticos pedagógicos das escolas propostas que


contemplem o trabalho de leitura e escrita em todas disciplinas das séries finais do
Ensino Fundamental, de forma a atender os diferentes percursos dos alunos
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CONCLUSÃO:
Ao finalizar este artigo tenho, humildemente, o entendimento que nós, estudantes
de Letras, podemos contribuir em trabalhos futuros que possam tratar de formação
e mediador de leitores. Cotidianamente podemos observar adolescentes que
muitas vezes não têm dinheiro para comprar livros, não contam com uma
mediação metodológica e sistemática do professor e nem com o auxílio de um
profissional especialista, como os bibliotecários. Além disso, são bombardeados
diariamente por uma indústria midiática e cultural que os absorvem de uma leitura
formadora. O que causa preocupação é de como tem acontecido a formação:
precária, com mediadores tão expostos e fragilizados sem recursos para poderem
não capitular a mediação da leitura.
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CONCLUSÃO:
A metodologia da grande maioria que as escolas vem desenvolvendo utiliza
práticas que engessam o texto (trabalhado em fragmentos, com análises
macroestruturais e como referência para identificação de elementos gramaticais) e
o leitor fica somente na leitura analítica, nas análises gramaticais, que não são
análises estilísticas e literárias; o texto, de forma integral não é experimentado
podendo ser explorados os desvaneios e sentimentos provocados pela leitura,
sobretudo no âmbito do ensino médio.
Após a reforma do ensino de 2017, as novas propostas metodológicas da
abordagem da leitura na escola básica têm se mostrado relevantes para a
formação de leitores, sobretudo àquelas que revalorizam o papel do leitor diante do
texto e do autor.
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CONCLUSÃO:
Para se criar esse método da leitura interativa, que revaloriza a interação do texto
com o leitor, explorando os sentimentos do leitor, o contato com o próprio texto,
sem fragmentação ou apenas leitura de material sobre o texto e o conhecimento
do autor alguns fatores são imprescindíveis, como a mediação escolar e familiar, a
presença de uma biblioteca espaçosa, de um bibliotecário, conhecedor e fascinado
pela leitura, e com acervo dinamizado na escola, a intervenção, animação e
mediação do professor.
Diante do que foi levantado em diversos autores abordados, constata-se que o uso
de uma das estratégias de mediação de leitura é na hora das contações de história
que contribuem significativamente para a formação de leitores, e ainda ajuda a
despertar não somente o hábito e sim o gosto por ler.
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CONCLUSÃO:
O fato de termos acesso a tantos suportes, formatos e plataformas de leitura, pode
ser entendido como um enorme desafio para o professor superar quando o seu
propósito for formar leitores em meio a esse contexto repleto de possibilidades tão
atraentes. Mas se observarmos, por outro ângulo, o modo como entender o
conceito de leitura e sua multiplicidade de sentidos, é possível incorporar nas
práticas docentes esses elementos de modernidade, principalmente tecnológicos
como por exemplo os ambientes virtuais, que podem ser utilizados como estratégia
voltada para o incentivo ao ato de ler. Logo, quando tratamos da complexidade que
é o processo da leitura, ela vislumbra, de algum modo, novos ambientes e leitores
para sua concretização.
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CONCLUSÃO:
Se faz necessário observar e compreender a leitura como algo que atravessa o
tempo e que pode permear diversos espaços, e isso torna mais fácil uma maior
proximidade entre ela e os novos leitores das novas gerações, que tendem a
normalmente tem um maior nível de familiaridade com as tecnologias. Logo, é
muito importante estarmos atentos ao que esse público pensa, gosta e deseja,
para que possamos durante a mediação ofertar propostas de leituras que não
estejam desconectadas a realidade e aos interesses desses indivíduos.
Contudo, ainda existe um caminho muito longo a se percorrer e diversos desafios a
superar quando o assunto é a inclusão dos indivíduos ao acesso às práticas da
escrita e da leitura no Brasil. O difícil e precário acesso ao livro, a falta ou
precariedade das bibliotecas, para acesso a leituras é evidente, especialmente em
comunidades carentes.
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CONCLUSÃO:
Para se mudar todo esse contexto é preciso investir mais na criação de políticas
públicas de acesso ao livro, o fomento da leitura, ampliando a abrangência
daquelas políticas que já existem, como por exemplo, o Programa do Plano
Nacional do Livro e da Leitura (PNLL). E não poderia deixar de lembrar da
importância de promover cada vez mais a formação de mediadores de leitura não
só no âmbito da educação formal, mas outros indivíduos que possam atuar no
incentivo à leitura fora do ambiente de sala de aula.

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