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MONITORIA: UMA EXPERIÊNCIA DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA

APRENDIZAGEM E ENSINO DA LÍNGUA NHEENGATU

Marcela Fernanda de Jesus Oliveira¹

João Miguel dos Santos Franco²

Zair Henrique Santos³

O presente trabalho é resultado de um Projeto de extensão vinculado a Ufopa


(Universidade Federal do Oeste do Pará), e ao CITA (Conselho Indígena Tapajós
Arapiuns) que tem como proposta a formação contínua de professores que atuam no
ensino de Nheengatu nos municípios de Santarém O estudo continuado na língua deu-se
no início da década de 90, mas somente em 2010 a língua Nheengatu começou a ser
ofertada nas escolas das aldeias da região do Baixo Tapajós, inicialmente através de
projetos. O curso de formação continuada em Nheengatu tem a proposta de trazer o
professor da aldeia para participar de forma coletiva de uma formação, relatando suas
experiências em sala de aula para serem partilhadas, expondo os métodos exitosos que
usam e suas dificuldades pedagógicas, além de aprimorar a linguística e exercitar a
pronúncia da língua. O indígena professor tem desenvolvido atividades que ajudam a
fortalecer e divulgar a sua cultura e o modo de ser dos povos indígenas do baixo Rio
Tapajós. Para realização das atividades pedagógicas, inicialmente vieram ministrar as
aulas, dois professores indígenas falantes naturais da língua, que são da etnia Baniwa e
possuem experiência com a formação de professores, também estiveram com a turma as
Dras. Patrícia Regina Vannetti e Sâmela Ramos da Silva Meirelles (UFAC).
Desenvolvemos atividades de monitoria com os professores-alunos usando a
metodologia da intervenção participante através das rodas de conversas, exposição oral
na língua, formulação de exercícios e correção, estas atividades contaram com a
supervisão dos professores indígenas e não indígenas do curso. Os referenciais teóricos
do Projeto são: José Ribamar Freire (2003), textos do professor Dr.Florêncio Almeida
Vaz Filho (2010), entre outros, que contribuíram como embasamento teórico na
formação. Obtivemos bons resultados no decorrer do curso, e alguns não tão bons:
Conhecimento de práticas em Nheengatu do Baixa Tapajós; Contato produtivo dos
professores do Baixo Tapajós com os professores falantes naturais da Língua
Nheengatu; Maior léxico e semântica do Nheengatu; Experiência monitora fundamental
para formação da docência; Falta de reconhecimento por parte da Semed, com relação a
educação escolar indígena. As atividades desenvolvidas nesta monitoria foram
desafiadoras e recompensadoras ao mesmo tempo, a aprendizagem não está circunscrita
apenas a área de Letras, mas se estende a outras Licenciaturas, pois o desafio de ensinar
a nossa língua materna não cabe apenas aos professores de Notório saber ou de língua
Nheengatu, mas sim a todo o corpo docente da escola formal indígena. Ajudando a nós,
futuros educadores a adquirir novos conhecimentos para que nós consigamos
desempenhar melhor nosso papel dentro da escola e da sala de aula indígena, visto que
o ensino deve ser contínuo.
¹Graduanda do Curso de Licenciatura Integrada em Matemática e Física da Universidade
Federal do Oeste do Pará, marcela.olivei2@gmail.com

²Graduando do Curso de licenciatura em História da Universidade Federal do Oeste do Pará,


francojoaomiguel2@gmail.com

³Doutor em Educação-Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará/Ufopa,


zair.santos@ufopa.edu.br
Palavras chaves: Língua Nheengatu, educação indigena, formação continuada.

¹Graduanda do Curso de Licenciatura Integrada em Matemática e Física da Universidade


Federal do Oeste do Pará, marcela.olivei2@gmail.com

²Graduando do Curso de licenciatura em História da Universidade Federal do Oeste do Pará,


francojoaomiguel2@gmail.com

³Doutor em Educação-Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará/Ufopa,


zair.santos@ufopa.edu.br

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