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A LÍNGUA NHEENGATU: UMA EXPERIÊNCIA DE PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS NA APRENDIZAGEM E ENSINO DA LÍNGUA.

Marcela Fernanda de Jesus Oliveira¹, João Miguel Santos Franco²,


³Orientador Zair Henrique Santos ,
Estudante do Curso de Licenciatura Integrada em Matemática e Física -ICED- Ufopa- e-mail mrcela.olivei2@gmail.com , ²Estudante
1

do Curso de Licenciatura em História- ICED – Ufopa - e-mail: francojoaomiguel2@gmail.com ; ³Docente Zair Henrique Santos- ICED –
Ufopa- E-mail: zair.santos@ufopa.edu.br

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO


Este trabalho é referente ao projeto de extensão vinculado a Ufopa (Universidade
Federal do Oeste do Pará), e ao CITA (Conselho Indígena Tapajós Arapiuns) que Obtivemos bons resultados no decorrer do curso, e alguns não tão
tem como proposta a formação continuada de professores que atuam no ensino bons.
de Nheengatu nos municípios de Santarém O estudo continuado na língua deu-se ❖ Conhecimento de práticas em Nheengatu do Baixa Tapajós;
no início da década de 90, mas somente em 2010 a língua Nheengatu começou a ❖ Contato produtivo dos professores do Baixo Tapajós com os
ser ofertada nas escolas das aldeias da região do Baixo Tapajós, inicialmente professores falantes naturais da Língua Nheengatu;
através de projetos.O curso de formação continuada em Nheengatu tem a ❖ Maior léxico e semântica do Nheengatu;
proposta de trazer o professor da aldeia para participar de forma coletiva de uma Exemplo: estados físico da matéria, sãtawara( sólido), yukisewara
formação, relatando suas experiências em sala de aula para serem partilhadas, (líquido), iwituwara (gasoso), iwitutata(plama)
expondo os métodos exitosos que usam e suas dificuldades pedagógicas, além kwausawa (conhecimento, sabedoria)
de aprimorar a linguística e exercitar a pronúncia da língua. O indígena professor kwasarete (ciência)
tem desenvolvido atividades que ajudam a fortalecer e divulgar a sua cultura e o akwerasa-kwasa (História ou ciência do passado)
modo de ser dos povos indígenas do baixo Rio Tapajós. ❖ Experiência monitora fundamental para formação da docencia;
❖ Falta de reconhecimento por parte da Semed, com relação a
educação escolar indígena;

CONCLUSÕES
As atividades desenvolvidas nesta monitoria está sendo um trabalho
Figura 1.Apresentação de atividades realizadas nas escolas Indígenas.
Fonte: Marcela Fernanda
desafiador e recompensador ao mesmo tempo, a aprendizagem não
está circunscrita apenas a área de Letras, mas se estende a outras
Licenciaturas, pois o desafio de ensinar a nossa língua materna não
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS cabe apenas aos professores de Notório saber ou de língua Nheengatu,
mas sim a todo o corpo docente da escola formal indígena. Ajudando a
Para realização das atividades pedagógicas, inicialmente vieram ministrar as nós, futuros educadores a adquirir novos conhecimentos para que nós
aulas, dois professores indígenas falantes naturais da língua, que são da etnia consigamos desempenhar melhor nosso papel dentro da escola e da
Baniwa e possuem experiência com a formação de professores, também sala de aula indígena, visto que o ensino deve ser contínuo.
estiveram com a turma as Dras. Patrícia Regina Vannetti e Sâmela Ramos da
Silva Meirelles (UFAC). Desenvolvemos atividades de monitoria com os
professores-alunos usando a metodologia da intervenção participante através das
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
rodas de conversas, exposição oral na língua, formulação de exercícios e FREIRE, José Ribamar. Da Língua Geral ao Português: Para uma
correção, estas atividades contaram com a supervisão dos professores indígenas História dos Usos Sociais na Amazônia; tese (Doutorado em Literatura
e não indígenas do curso. Os referenciais teóricos do Projeto são: José Ribamar Comparada apresentada ao Programa de Pós graduação em Letras,
Freire (2003), textos do professor Dr.Florêncio Almeida Vaz Filho (2010), entre UERJ;2003
outros, que contribuíram como embasamento teórico na formação. MEIRELLES, Sâmela Ramos . Análise de palavras e expressões de
Nheengatu no Baixo Tapajós.( Formada em linguística, Universidade
Estadual de Campinas) 2016,220.
VAZ FILHO, Florêncio Almeida. A emergência étnica dos povos
indígenas no baixo Tapajós (Amazônia)tese(Doutorado em
Antropologia Social) PPGSUFBH; Salvador 2010.

AGRADECIMENTOS
Procce/Ufopa pela bolsa e apoio concedido.
Figura 2. Alunos realizando atividades durante o Figura 3. Alunos apresentando atividades Aos professores dos 13 povos do municipio de Santarém que ministram aulas
curso. Fonte: Joel Costa durante o curso. Fonte:George Borari da Língua Nheengatu.
Profesores Miguel Piloto e Maria Castro Piloto, pela contribuição e
fortalecimento da retomada da língua indígena Nheengatu.
professoras Dr. Patricia Veiga e Dr. Samela Meirelles, por também contribuir
com nossa busca de conhecimentos.
Em especial ao nosso orientador, professor Dr. Zair Henrique pela confiança,
parceria e ensinamentos ao longo do projeto.

Figura 4. Alunos apresentando atividades durante


o curso. Fonte: George Borari

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