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Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

Título: Fábulas: estratégias para o ensino de leitura e escrita

Autor: Leandra Farias Lúcio

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite -


Projeto e sua localização: E.F.M.

Município da escola: Jacarezinho-Pr

Núcleo Regional de Educação: Jacarezinho-Pr

Professora Dra. Marilúcia dos Santos


Professor Orientador:
Domingos Striquer

UENP – Universidade Estadual do Norte do


Instituição de Ensino Superior:
Paraná – Campus Jacarezinho

Relação Interdisciplinar: Arte e História

O desinteresse e a falta de hábito pela leitura são


grandes problemas enfrentados no ensino de
Língua Portuguesa. Em razão disso, elaborou-se a
presente Produção Didático Pedagógica que tem
como objetivo favorecer o interesse dos alunos do
6º. ano do ensino fundamental para a leitura e
escrita através do gênero textual “Fábula”. Optou-
Resumo: se por utilizar como metodologia uma sequência
didática, conjunto de atividades direcionadas para o
trabalho com o gênero textual, contemplando a
leitura e a produção textual, favorecendo a
organização do processo de ensino e aprendizagem,
fazendo uso de diferentes estratégias para que os
alunos reflitam sobre a prática da realidade social
em que vivem.

Palavras-chave: Gêneros; Fábula; Leitura; Produção textual.

Formato do Material Didático: Unidade Didática


Público:
6º ano do Ensino Fundamental
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ - UENP PROGRAMA

DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE PRODUÇÃO DIDÁTICO-

PEDÓGICA

PDE 2014

UNIDADE DIDÁTICA

FÁBULAS: ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO

DE LEITURA E ESCRITA

Professora Orientadora: Professora Dra. Marilúcia dos Santos Domingos Striquer

Professora PDE: Leandra Farias Lúcio

JACAREZINHO – PARANÁ

2014
SEQUÊNCIA DIDÁTICA

GÊNERO TEXTUAL “FÁBULA”


(6º ANO)

APRESENTAÇÃO
CARO(A) PROFESSOR(A)

Esse material didático tem como proposta trabalhar o gênero textual fábula no 6ºano
do ensino fundamental. Ao trabalhar com o lúdico, esse gênero desenvolve valores
fundamentais à vida do aluno em sociedade, como também enriquece o vocabulário, aumenta
a capacidade de interpretação, fazendo com que o aluno se torne um cidadão mais crítico e
informado.
A Diretriz Curricular Estadual da Língua Portuguesa (DCE), construída sob a
perspectiva bakhtiniana de linguagem e de gêneros, orienta que “é tarefa da escola possibilitar
que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a
oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação” (PARANÁ, 2008,
p. 48). O que se justifica uma vez que o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa
visam:

[...] aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles
possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com
esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma arena
em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões
(PARANÁ, 2008, p. 50)

Para o desenvolvimento deste trabalho, portanto, optou-se por utilizar estratégias que
serão concretizadas por meio da elaboração e implementação de uma sequência didática para
o ensino do gênero fábula. Segundo Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p.97), sequência
didática “é um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno
de um gênero textual oral ou escrito”. Esse conjunto possibilita o acesso dos alunos às práticas
novas de linguagem, permitindo-lhes escrever e/ou falar “de maneira mais adequada numa
dada situação de comunicação” (DOLZ, NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2004, p. 97).
Para que isso realmente se efetive em sala de aula, os autores desenvolveram uma
estratégia de trabalho que possui aspectos muito relevantes e que auxilia o professor em sua
prática em sala de aula, o que chamam, portanto, de sequência didática.

PROFESSOR: Desejo que esta unidade didática seja útil e enriquecedora para a sua
prática pedagógica.

ALUNOS:

(Para refletir e responder oralmente)

 Com que frequência você costuma ler? Qual o tipo de texto que você lê?
 Você sabe o que é uma fábula? Já ouviu ou leu uma fábula?
 Se você já conhece as fábulas, você acredita que as ilustrações são
importantes para o leitor entender esse gênero textual? Por quê?
 Você conhece as características que formam uma fábula?
 Qual a finalidade do gênero fábula?
 Onde podemos encontrar esse tipo de texto?
 O que se pode aprender com as fábulas?

PROFESSOR(A):

Organize um momento para que os alunos tenham contato com algumas fábulas.
Para isso, realize a seguinte abordagem:

 Leve para a sala de aula e apresente aos alunos livros de fábulas e também coletâneas
pertencentes ao acervo da biblioteca da escola, a fim de que os alunos possam realizar
leituras.
 Logo após esse primeiro contato, distribua para alguns alunos da sala fichas com o
início de fábulas, e para outros, fichas com o final e a moral da história.
Peça para os que estão com o início da história que leiam a parte que têm em mãos,
enquanto que os outros ficam atentos para descobrir quem está com a sequência. Quem
completar a fábula deverá fazer a leitura do texto todo.
 No momento que todos os pares estiverem juntos, eles realizarão as seguintes
atividades: Promova um rápido debate sobre as fábulas lidas, sobre a moral e a sua
função na sociedade.

SUGESTÕES DE FILMES:
-Riohttp://www.filmesonlinegratis.net/assistir-rio-2-dublado-online.html
-A revolução dos bichoshttps://www.youtube.com/watch?v=xyjaZBnNdw0
- O segredo dos animaishttp://www.filmesonlinegratis.net/assistir-o-segredo- dos-
animais-dublado-online.html

ALUNOS:

CONCEITUANDO O GÊNERO “FÁBULA”

A fábula é um gênero textual muito antigo, e, por consequência são contadas há muitos
anos, não é possível afirmar quando exatamente elas surgiram e nem quem as inventou.
Acredita-se que elas foram criadas aproximadamente há 2.800 anos, e naquela época,
possivelmente, elas eram produzidas oralmente, para adultos, com o objetivo de aconselhá-los
e distraí-los. Conta-se ainda que foram criadas por Esopo (figura lendária da Grécia Antiga),
que viveu no século VI a.C e era um escravo grego.
Com a intenção de criticar os valores da sociedade da época, Esopo utilizava- se de
animais como personagens em suas histórias e, justamente pelas ferrenhas críticas à
sociedade, o povo, irritado, diz a lenda, quis se vingar e jogaram Esopo do alto de um abismo.
Mesmo com a morte de Esopo, as fábulas continuaram a ser contadas por muitos
outros e reescritas por vários séculos, mas quem ficou famoso por reescrever as fábulas de
Esopo foi o escritor francês Jean de La Fontaine, que, nos anos de 1600, além de reescrever as
fábulas, também criou outras novas.
No Brasil, esse gênero se faz presente com o grande fabulista José Bento Monteiro
Lobato, que recontou e criou várias fábulas, entre elas, uma das mais conhecidas e populares,
as histórias que aconteciam no Sítio do Pica Pau Amarelo, contadas de forma satírica e
engraçadas.
De um modo geral, podemos dizer que as fábulas são pequenas histórias, construídas a
partir de uma linguagem simples e de fácil compreensão, histórias essas reais ou inventadas, e
que terminam sempre com um ensinamento moral de caráter instrutivo formada por
provérbio, o qual assume sempre uma sequência argumentativa. É uma narrativa em prosa ou
em verso, onde os protagonistas são animais que apresentam características humanas e tem
como intenção levar o homem à reflexão, enfatizando os modos de comportamento
humano, atuando sobre o leitor, dando-lhes uma perspectiva em que predomina os valores
morais e éticos da sociedade.

 Agora vocês trabalharão com algumas fábulas e ao término desta unidade, vocês
produzirão suas próprias fábulas que serão apresentadas em um mural à comunidade,
quando da realização da Mostra Cultural do Colégio em que você estuda, ocasião em
que a escola receberá toda a comunidade escolar para conhecer os trabalhos realizados
pelos professores e alunos durante o ano letivo. Assim outros alunos e toda a
comunidade poderão ler as fábulas que vocês produzirão.

VAMOS COMEÇAR O NOSSO TRABALHO!


ESTUDO DO TEXTO

FÁBULA I
A CIGARRA E AS FORMIGAS

Num belo dia de inverno as


formigas estavam tendo o maior trabalho
para secar suas reservas de trigo.
Depois de uma chuvarada, os grãos tinham
ficado completamente molhados. De repente
aparece uma cigarra:
Figura 1 - Pedro Henriq euM. Munhoz  Por favor, formiguinhas, me
dêem um pouco de trigo! Estou com uma fome danada, acho que vou morrer.
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas, e
perguntaram:
 Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de
guardar comida para o inverno?
 Para falar a verdade, não tive tempo – respondeu a verão cigarra. – Passei o
cantando!
 Bom... Se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno
dançando? – disseram as formigas, e voltaram para o trabalho dando risada.

Moral: Os preguiçosos colhem o que merecem.


Esopo

ATIVIDADES:

1- Quais são as personagens desta fábula?


R: A cigarra e as formigas
2- Uma das características da fábula é ter como personagens animais com comportamento
humano. Copie um parágrafo do texto que justifique esta afirmativa.
R: “Estou com uma fome danada, acho que vou morrer” (a cigarra fala). “...
voltaram para o trabalho dando risada” (as formigas riem).

3- Atualmente, qual seria a profissão das personagens, considerando que a cigarra e a formiga
da história representam seres humanos?
R: Formiga – operária Cigarra -
artista

4- Qual é o problema enfrentado pela cigarra durante o inverno?


R: Por passar o verão cantando, não tem comida para se alimentar no inverno.

5- Qual foi a ideia que a cigarra teve para resolver seu problema?
Professor: Através da troca de opiniões, levá-los a conclusão que a cigarra foi pedir
ajuda às formigas.

6- Você concorda com a atitude das formigas? No caso, se você fosse a formiga, que decisão
que você tomaria em relação à súplica da cigarra?
R: Resposta pessoal
Professor peça que os alunos apresentem a sua opinião, justificando-a.

7- As fábulas têm a intenção de transmitir ensinamentos. Qual ditado popular melhor


representaria a moral desta fábula, no ponto de vista da formiga?
( ) Quem tem boca vai a Roma.
( X ) Primeiro a obrigação,depois a diversão. (
) A mentira tem perna curta.
( ) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

8- Qual o ditado popular caberia para a cigarra nesta fábula? ( )


Criou fama e deitou na cama.
( ) Cada cabeça uma sentença.
( ) Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
( X) A quem só sabe fazer o mal, nunca se deve pedir ajuda.

9- Você acha que é possível dividir o tempo entre a diversão e o trabalho?


R: Resposta pessoal
Professor peça que os alunos apresentem a sua opinião, justificando-a.

10- Como vimos nas fábulas, os animais têm atitudes humanas. Assinale as atitudes das
formigas na fábula lida:
( X ) Trabalho ( ) Preguiça ( ) Caridade
( X ) Intolerância ( ) Lealdade ( ) Flexibilidade

11- Agora, assinale a atitude da cigarra, segundo o texto:


( ) Angústia ( X) Desequilíbrio ( ) Alegria
( ) Moderação (X ) Tranquilidade (X ) Dons artísticos

12- Relacionando com a nossa realidade, quem seria a formiga? E a cigarra?


R: A formiga representa os trabalhadores e a cigarra são os artistas e podem também
ser aquelas pessoas que não gostam de trabalhar.
Professor: Comentar sobre as profissões.

13- O trabalho é algo necessário. Você acha importante o trabalho da formiga?


Professor: Conduzir para a importância de todo tipo de profissão e o respeito a todo tipo
de trabalho.

14- O que você pensa ao observar o trabalho da cigarra no texto?


Professor: Conduzir para a importância de todas as profissões.

15- Faça uma pesquisa, na biblioteca de sua escola ou pela internet, sobre a vida e as obras
do autor do texto.
Professor: pedir que os alunos façam um varal das pesquisas em sala de aula.
É interessante comentar sobre outros fabulistas como: La Fontaine, Monteiro Lobato,
Ruth Rocha e Millôr Fernandes.
Sugestão: Se preferir divida a sala em grupos, onde cada grupo pesquise sobre um autor.
16- Em sua opinião, qual era a intenção de Esopo ao contar essa fábula? Com que propósito
ela teria sido produzida?
R: Esopo, provavelmente, tinha a intenção de satirizar e criticar as atitudes
humanas e para evitar repreensões eram usados animais como personagens.

17- Esopo escreveu este texto para quem?


R: Dirigia suas fábulas ao povo, à sociedade da época.

18- Onde as fábulas são veiculadas atualmente?


R: As fábulas estão presentes em sites, livros, blogs, livros didáticos, etc.

EXTRUTURA TEXTUAL

FÁBULA II

A RAPOSA E O CORVO

Um dia, um c orvo estava pousado


no galho de uma árvore com um pedaço de
queijo no bico quando passou uma raposa.
Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo
começou a matutar um jeito
de se apoderar do queijo. Com esta
ideia na cabeça, foi para debaixo da árvore,
q M. Munhoz
Figura 2 - Pedro Henri ue
olhou para cima e disse:
 Que pássaro m agnífico a visto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que
cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta
beleza? Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para m ostrar à raposa que
sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro "Cróóó!". O queijo veio abaixo, claro, e a
raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
 Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é
inteligência!

Moral: Cuidado com quem muito elogia.


Esopo

EXERCITANDO

CONCEITUANDO...
Narrativa é uma sequência de acontecimentos, que relata fatos reais ou imaginários, numa
sequência de ações. Na sua organização tem um narrador, enredo, personagem, tempo e
espaço.

1- Vocês conheceram algumas fábulas. Comparando as fábulas com os contos de fadas, a


fábula é uma narrativa curta ou longa?
Professor: Trocar ideias com os alunos a respeito desses textos, até levá-los a conclusão de
que as fábulas são textos de extensão menor.

2- A fábula “A raposa e o corvo”, como também as outras fábulas são consideradas textos
predominantemente narrativos. Você sabe por quê?
R: Porque contam uma história, e, geralmente, na construção da história existe: um
narrador (que conta os acontecimentos), um enredo(acontecimento relatado),
personagens(geralmente animais que atuam e vivem os acontecimentos), espaço(lugar onde
acontece os fatos), tempo(quando acontece) e um final ou chamado desfecho da história.

CONCEITUANDO...
Os pequenos trechos que aparecem no final das fábulas chamadas de “moral da história”
são formados por sequência(s) dissertativa(s), pois traz(em) uma opinião do autor relacionada
ao texto.

3- Toda fábula possui uma moral. Copie a moral da fábula I e da fábula II. R:
Fábula I:Os preguiçosos colhem o que merecem.
Fábula II:Cuidado com quem muito elogia.
4- Na moral da fábula “O corvo e a raposa” que reflexões o autor provoca no leitor em
relação aos comportamentos humanos?
Professor: Debater com os alunos que não devemos aproveitar da inocência das pessoas
para nos sobressair, não devemos tirar vantagens em certas ocasiões que a vida nos
proporciona.

ALUNOS:

 Antes de continuarmos o nosso estudo, iremos conhecer um pouco dos ditados


populares e provérbios.

CONCEITUANDO...
Provérbios ou ditados populares são frases curtas, de origem popular, utilizados por
pessoas para relacionar a um determinado assunto ou acontecimento, com o intuito de
aconselhar ou satirizar uma situação. Os provérbios são caracterizados por resumir um
conceito moral.

Professor: Leve também para a sala de aula


uma lista de provérbios.

 Realize uma pesquisa com sua família ou amigos próximos e registre em seu caderno
alguns provérbios usados por eles no dia a dia, ou alguns que eles conheçam.

5- Faça uma análise sobre a moral da fábula II e verifique se algum provérbio encontrado em
sua pesquisa pode substituir a moral da história sem alterar o sentido.
Sugestões:
 Não faça para os outros o que não quer para você.
 Nem tudo que reluz é ouro.
 As aparências enganam.
6- Você concorda com a moral da fábula II? Porquê?
Professor: Levar o aluno a refletir que, para alcançar nosso objetivo, em qualquer
circunstância da vida não devemos usar da simplicidade, inocência ou ainda da fraqueza
das pessoas, seja ela boa ou ruim.

7- De acordo com o seu conhecimento o que traz de reflexão a moral do texto I e II. R:
Fábula I:Todos nós devemos ter um momento para o trabalho e para o lazer. Fábula
II:Não devemos deixar-nos levar por elogios em certas ocasiões da vida.

PROFESSOR(A):

 Solicitar que os alunos formem grupos de dois integrantes;


 Apresentar algumas fábulas para que cada grupo escolha uma delas;
 Depois disso o grupo deverá ler a fábula escolhida e criar uma nova moral para
ela, sem alterar seu sentido.

ESTRUTURA LINGUÍSTICA-DISCURSIVA

FÁBULA III

O LOBO E A CABRA

Um lobo viu uma cabra pastando em


cima de um rochedo escarpado e, como não
tinha condições de subir até lá, resolveu
convencer a cabra a vir mais para baixo.
 Minha senhora, que perigo! –
disse ele numa voz amistosa.  Não
seja imprudente, desça daí! Aqui
Figura 3 - Pedro Henrique M. Munhoz
embaixo está cheio de comida, uma comida muito mais gostosa.
Mas a cabra conhecia os truques do esperto lobo.
 Para o senhor, tanto faz se a relva que eu como é boa ou ruim! O que o senhor
quer é me comer!

Moral: Cuidado quando um inimigo dá um conselho amigo.


Esopo

PROFESSOR(A):

 Chegou a hora de desenvolvermos atividades relacionadas à estrutura linguística-


discursiva. Reflita com os alunos sobre a funcionalidade dos elementos gramaticais na
construção dos sentidos de um texto.

EXERCITANDO...

1- Ao lermos uma fábula, encontramos o discurso(fala) do narrador e dos


personagens. Volte ao texto e pinte as falas conforme a legenda a seguir:

De vermelho De verde De azul


as falas do narrador as falas do lobo as falas da cabra

2- Nas fábulas que acabamos de ler, quem apresenta os acontecimentos?


R: É o narrador

3- Há um sinal que marca quando as personagens estão falando. Você sabe qual sinal é
este?
R: O travessão

CONCEITUANDO...
Discurso direto: reproduz fielmente a fala do personagem. A marca que indica que o
personagem é quem vai falar são os dois pontos (:); e a que marca que é o personagem quem
está falando é o travessão (-) ou as aspas (“ “).
Discurso indireto: o narrador conta com suas próprias palavras o que o personagem disse,
ou alguma situação, acontecimento que forma o enredo da história.

4- Observe uma situação da fábula em que aparece o discurso direto.

 Minha senhora, que perigo! – disse ele numa voz amistosa.  Não seja
imprudente, desça daí! Aqui embaixo está cheio de comida, uma comida muito mais gostosa.

a. Quem é o(a) personagem que está falando?


R: O lobo
b. Se fosse o narrador que estivesse contanto a situação, como seria o texto?
R: O lobo, numa voz amistosa, disse para a cabra que era perigoso estar lá no alto, e que
não era para ela ser imprudente e descer pois lá embaixo estava cheio de comida muito
mais gostosa.
c. O discurso desse texto que você criou em resposta a questão b, é um discurso direto ou
indireto?
R: Discurso indireto – quem fala é o narrador e não o personagem. 5-

Observe outra situação da fábula em que aparece o discurso direto.

 Para o senhor, tanto faz se a relva que eu como é boa ou ruim! O que o senhor quer é me
comer!

a. Quem é o(a) personagem que está falando?


R: A cabra
b. Se fosse o narrador quem estive contanto a situação, como seria o texto:
R: A cabra disse para o lobo que tanto fazia se a relva seria boa ou ruim, o que ele queria
mesmo era comê-la.
c. O discurso desse texto que você criou em resposta a questão b, é um discurso direto ou
indireto?
R: Discurso indireto – quem fala é o narrador e não o personagem.
CONCEITUANDO...
Ironia é uma expressão que consiste em dizer o oposto do que realmente se pensa.

6- Copie um ou mais parágrafos da Fábula III em que fica evidente o uso da ironia na
fábula.
R:  Minha senhora, que perigo! – disse ele numa voz amistosa.
 Não seja imprudente, desça daí! Aqui embaixo está cheio de comida, uma comida
muito mais gostosa.

CONCEITUANDO...
Adjetivos são palavras que indicam qualidades(características) para os
substantivos.

7- Complete o quadro abaixo com adjetivos que correspondam ao que o autor da Fábula
III atribuiu aos elementos a seguir:

Rochedo escarpado

Comida gostosa

Relva boa/ruim

Voz amistosa

8- Imagine que você é o autor da fábula III. Crie outros adjetivos para o lobo e a cabra
adequados ao enredo.
Professor: Debater o porquê dos
R: Lobo –resposta pessoal adjetivos escolhidos pelos alunos.
Cabra – resposta pessoal
PROFESSOR(A):

PRIMEIRA PRODUÇÃO

Para dar continuidade ao nosso estudo desenvolva a seguinte dinâmica:

 Realizar um sorteio na sala de aula em que cada aluno ficará responsável por pesquisar
em casa sobre as características de um animal. Na aula seguinte, realizada a pesquisa,
ela será apresentada à turma. As características encontradas pelos alunos deverão ser
anotadas na lousa e transcritas no caderno, para o momento da produção inicial. O que
se pretende é que essas características auxiliem os alunos a decidirem quais
personagens usarão em suas fábulas.
 Após as atividades propostas e considerando os conhecimentos sobre o gênero textual
estudado em toda esta unidade, chegou o momento dos alunos colocarem em
prática o que aprenderam. Solicitar aos alunos que escrevam livremente, em duplas,
uma fábula, podendo se embasar nas fábulas estudadas. No texto, eles devem discutir
os valores que estão em evidência na sociedade atual, usando como personagens
animais, aproveitando para isso a pesquisa realizada por eles.

ALUNOS

Antes de começar a produção de sua fábula, fique atento para que o seu texto tenha todas
as características desse gênero.

ATENÇÃO:
 Sua fábula precisa de um narrador, aquele que conta a história;
 Os personagens são animais com características humanas;
 O texto deve ser curto, com a utilização dos sinais de pontuação adequados para
organizar as ideias de um texto;
 Crie diálogos com parágrafos e travessões, marcando as falas dos
personagens;
 Deixe claro o tempo em que passa a ação da fábula;
 Crie uma moral da história;
 Não se esqueça de elaborar um título bem legal para a sua fábula.

ENTÃO VAMOS LÁ!


COLOQUE EM PRÁTICA O QUE VOCÊ JÁ SABE SOBRE AS FÁBULAS!

MÃOS A OBRA...!

PROFESSOR(A):

MÓDULOS
 Depois da produção inicial dos alunos, você deve preparar os módulos de trabalho. Os
módulos são etapas para o trabalho com as dificuldades detectadas na primeira
produção dos alunos. Para cada uma das dificuldades apresentadas pelo conjunto,
elabore exercícios variados.

ALUNOS:

PRODUÇÃO FINAL

 Chegou o momento da produção final!


 Este é o momento em que você deve rever o que seu professor indicou como
problemática em seu primeiro texto. Ou seja, você vai reescrever sua fábula,
considerando os pontos que você precisa aprimorar no texto. Releia-o a fim
de verificar se há algo que possa ser melhorado, para isto, conte com a ajuda de seu
professor.

AGORA VOCÊ É O ARTISTA!

Professor: distribuir para os alunos folhas, lápis de cor, régua entre outros
materiais necessários para que eles possam ilustrar as fábulas.

 Você irá ilustrar a fábula que você produziu e irá expô-la em um mural no pátio
do seu colégio junto com as demais pesquisas.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BRAZIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF. 1998.

DOLZ, J; SCHNEUWLY, B; NOVERRAZ, M. Sequências didáticas para o oral e a escrita:


apresentação de um procedimento. In: ROJO, R; CORDEIRO, G. S.(org). Gêneros orais e
escrito na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p.95- 128.

PAPOLI, Monica Carneiro. Língua Portuguesa, 4°. Ano: ensino fundamental/ Ana Paula
Dias Torres, Maria Helena Costa. – 2 ed.- São Paulo: IBEP, 2011. il. (Brasiliana)

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da


Educação Básica Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

SATIM, M.B. Contrariando o desfecho da fábula. Cadernos PDE. Alto Paraná, 2008.

SOUZA,C.G; CAVÉQUIA M.P. Linguagem Criação e Interação: 6º ano.São Paulo:


Saraiva, 2009.

YOKOMIZO, Viviane A.N. Vieira. Fábula: Proposta de trabalho em sala de aula.


Disponível em:
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_vivi
ane_aparecida_nunes_vieira_yokomizo.pdf> Acesso em: 9 abr. 2014.

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