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Aos meus pais pelo apoio incondicional que me foi dado ao longo da formação.
I
AGRADECIMENTO
A Deus todo-poderoso, pela vida e saúde que nos tem dado durante os dias;
Aos meus pais pela educação de base que me passaram em toda fase do meu crescimento
e até agora, pelo incentivo e apoio moral e financeiro;
Ao meu tutor Ph.D. Valdmir Francisco Manuel Gamboa pela paciência e atenção que teve
comigo na execução deste trabalho, ainda pelo facto de ter aceitado o pedido de ser meu
orientador.
II
EPÍGRAFE
III
RESUMO
O presente Trabalho de Fim do Curso, tem como objectivo conhecer as actividades para
o desenvolvimento da comunicação em Língua Gestual Angolana nos alunos da 4ª classe
com deficiência auditiva do Complexo Escolar 18-A “Comandante Hoje-ya-Henda” em
Ndalatando. Nesta investigação, foram aplicados os métodos: analítico, sintético,
dedutivo, indutivo e matemático-estatístico que permitiram a fundamentação teórica e
metodológica do tema em estudo. Também usamos as técnicas de recolha de dados como:
observação, inquérito e a entrevista que ajudaram no levantamento de informação,
facilitaram a selecção da amostra e a identificação das principais causas que estão na base
da insuficiente comunicação em Língua Gestual Angolana, isto é, por parte dos alunos,
professores e das famílias com essa necessidade. Factores esses como auto exclusão
escolar, pouco conhecimento da Língua Gestual Angolana por parte dos alunos,
isolamento comunicativo, falta de domínio do vocabulário da língua gestual angolana
entre outras, que influenciam negativamente na aprendizagem dos alunos da 4ª Classe do
Complexo Escolar acima mencionada, por isso se elaborou um conjunto de actividades
para o desenvolvimento a comunicação em Língua Gestual Angolana em particular no
Complexo Escolar 18-A “Comandante Hoje-Ya-Henda” de Ndalatando. Estas podem
ajudar os professores e as famílias. Diante dessa situação, vai consequentemente
influenciar a escola na criação de salas específicas para aulas gestuais.
IV
ABSTRACT
The objective of this Final Project of the course is to elaborate activities for the
development of communication in Angolan Gestural Language in the students of the 4th
class with hearing impairment of the School Complex 18la "Comandante Hoy-ya-Henda"
in Ndalatando. In this investigation, the methods were applied: analytical, synthetic,
deductive, inductive and mathematical-statistical that allowed the theoretical and
methodological foundation of the subject under study. We also used the techniques of
data collection such as: observation, file and interview that helped in the collection of
information, facilitated the selection of the sample and the identification of the main
causes that are at the basis of insufficient communication in Angolan Gestural Language,
that is, by students, teachers and families with that need. Factors such as school self-
exclusion, little knowledge of the Angolan Gestural Language by the students,
communicative isolation, lack of mastery of the vocabulary of the Angolan gestural
language among others, which negatively influence the learning of the students of the 4th
Class of the School Complex mentioned above, that is why a set of activities was
developed for the Development of communication in Angolan Gestural Language in
particular in the School Complex 18la "Comandante Hoy-Ya-Henda" of N'Dalatando.
These can help teachers and families. Faced with this situation, the school will
consequently influence the creation of specific rooms for gestuais classes.
A linguagem oral ou gestual é uma das características que define o homem como um ser
único dentro do reino animal. Através da linguagem, ele comunica as suas ideias,
emoções, projectos, partilha conhecimentos e dúvidas. O homem interage com os seus
semelhantes o que faz com que a linguagem seja uma poderosa ferramenta na
socialização e na aprendizagem, na medida em que serve para a transmissão de
conhecimentos, seja por forma oral, escrita ou gestual. A linguagem pode estar de
alguma forma comprometidas, na aquisição, desenvolvimento ou no próprio
funcionamento, influenciando a comunicação, socialização a qual dificulta a
aprendizagem escolar.
Nisto, a figura do professor aparece como elemento catalisador desta missão, sem o
Sabe-se que no mundo inteiro as escolas não atendem a educação apenas para os
meninos dito normais, mas, também para meninos com necessidades educativa especial
As escolas que é formada por professores e alunos, pese embora nem todos os
Também analisamos a forma como os professores lidam com alunos que apresentam
Face a uma sociedade em constante transformação onde as exigências sociais são cada
vez aguda, e a tomada de consciência é cada vez crítica, o professor é visto como um
auditiva é quase nulo, com o risco cada vez maior de este ser entregue à sua sorte.
Constata-se o apelo, o grito dos pais em muitas conversas empíricas com professores e
A motivação para este estudo surgiu na nossa actividade docente na base de vivências,
comunicativo e autoexclusão social. Por esta razão, a autora deste trabalho de fim de
Ndalatando?
Gestual Angolana.
Importância do Trabalho
Tem ainda grande relevância, pois pretende-se com este estudo, ajudar os professores a
trabalhar com alunos da 4ª Classe com Deficiência Auditiva bem como a Direcção da
escola em que o problema foi identificado. Este trabalho poderá servir de guia aos
os de deficiência auditiva.
relacionados com o tema em estudo e a fundamentação de uma forma geral sobre alguns
Actividades
processo de ensino/aprendizagem.
Assim sendo, LIBÂNEO (2013, p. 189) considera Actividade como elementos que
conteúdos.”
escolar e outras. As atividades podem ser desenvolvidas dentro ou fora da sala de aula.
não deriva das línguas orais, nem pode ser considerada como sua representação,
utilizada não apenas pelos surdos de cada comunidade, mas também pelos ouvintes...”
Do ponto de vista de Fernandes, as línguas gestuais são sistemas abstratos e formais,
indivíduos surdos, pelo que variam de país para país tal como as línguas orais.
(FERNANDES, 2003)
surdas, que implementaram e aperfeiçoaram métodos visuais para comunicar umas com
as outras. Foi necessário aguardar até ao século XX para que linguistas demonstrassem
visuais que servem para a expressão do pensar e do sentir.” VALDEZ (2012, p. 63).
Deficiência
deficiência, mas isso não significa necessariamente que ele seja incapaz; a incapacidade
Deficiência Auditiva
O conceito de deficiência auditiva caracteriza-se pela diminuição da capacidade de
ouvir, ou seja, quando esta capacidade se torna débil perante as tarefas que o indivíduo
CORREIA (2009) acrescenta ainda que a deficiência auditiva traduz-se numa lesão do
aparelho auditivo, o que impossibilita o indivíduo de ouvir. O mesmo autor refere ainda
que existem dois tipos de deficiência auditiva, a temporária, aquela que poderá ser
surdas, que implementaram e aperfeiçoaram métodos visuais para comunicar umas com
as outras. Foi necessário aguardar até ao século XX para que linguistas demonstrassem
No que concerne aos signos utilizados no ensino de crianças surdas, não existe qualquer
fundamento sobre que tipo de sistema gestual se deve empregar. Todos os sistemas de
signos gestuais envolvem signos fáceis de executar e outros mais difíceis. O grau de
dificuldade pela utilização de determinado sistema de signos gestuais recai mais sobre a
sua complexidade gramatical. Assim, nos primeiros níveis de ensino deve-se recorrer a
Os testes realizados para avaliar o grau de deficiência auditiva devem ser acompanhados
MARTINSEN, 2002)
adquirir a linguagem gestual como primeira língua, para além da interacção com outros
et al. 2006)
bilingue e acedendo à cultura e modelo linguístico que as duas comunidades (LG E LP)
mais importantes da Organização Das Nações Unidas (ONU) e Organização das Nações
Unidas, para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO) que tratam o tema das línguas
meio de comunicação para os Surdos. Devera-se garantir que todos os surdos tenham
na educação das crianças surdas, como no seio familiar e comunidades. Como também
diferenças culturais a fim de que as pessoas surdas e cegas, logrem uma comunicação
Novembro de 1989; a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos; Carta
As línguas gestuais foram descritas gramaticalmente, pela primeira vez, por William
Stokoe que realizou a descrição da Língua Gestual Americana (ASL), relativamente aos
Na sua descrição Stokoe propôs o termo querologia, que se refere à fonologia das
espacialmente e mostrou que cada um possuía pelo menos três partes independentes e
Além disso, o autor referiu a importância da expressão facial, que deve ser considerada
parte do gesto, pois representa uma função similar ao contorno entoacional das línguas
A descrição proposta por Stokoe foi o principio e posteriormente a ele muitos outros
trabalhos se debruçaram sobre as estruturas das línguas gestuais um pouco por todo o
mundo. No caso da Língua Gestual Angola (LGA), a descrição estrutural ainda não
atingiu uma uniformização, mas, vários são os estudos que se tem realizado em prol
desta problemática, pois desde então não houve um trabalho tão completo acerca da
LGA.
As línguas gestuais são regidas por regras de modo análogo às línguas orais mas os
Querologia (Fonologia)
2003), que é representada pelos queremas, através da articulação dos gestos. A estrutura
- Configuração da mão, é a forma que a mão dominante (a direita no caso dos dextros)
não ter movimento. Pode ser analisado tendo em conta o tipo, variações de movimento
das mãos, pulsos e antebraços e movimento interno dos pulsos ou das mãos e
A mão pode tocar em alguma parte do corpo ou estar num espaço neutro vertical (do
gesto (direita ou esquerda, cima ou baixo). A inversão deste sentido que os gestos
caraterística diferenciadora, não manual, que pode ou não estar presente no gesto. As
estão relacionadas com certas estruturas específicas, tanto ao nível da morfologia como
Morfologia
A morfologia dedica-se ao estudo das unidades que permitem formar palavras, gesto no
caso da LG. As unidades significativas mínimas das línguas orais são os morfemas. Na
LG, sendo uma língua que se realiza no espaço, não se pode apresentar exatamente os
Os morfemas podem ser encontrados nos gestos, na medida em que é possível detetar
nos gestos unidades significativas mínimas que devem ser procuradas ao nível dos
No que diz respeito ao número, existem diferentes formas para pluralizar os nomes.
ao gesto principal (MUITO, MAIS, VÁRIOS), neste caso o gesto é composto pela
importância.
regular e contínuo em que não se verificam alterações nos restantes parâmetros. Por
último, o redobro, em que o gesto realizado pela mão dominante é repetido pela mão
não dominante.
vez que é através do mesmo que se indica a forma como decorre a ação. Pode ser
tensão na execução dos gestos, processos não manuais que acompanham a execução do
combinam elementos para formar as frases (Quadros, 2011). No caso das línguas
A noção de “locus” foi introduzida por LIDDELL & JOHNSON (1986), que se refere a
um ponto no corpo ou no espaço que assume uma função articulatória. Por exemplo, o
estabelece que esse ponto passa a representar esse gato. Quando o gestuante quiser
organizar a frase, a seguir, não precisa de repetir o gesto GATO, basta apontar para o
aponta diretamente para ele, organizando assim o espaço sintático, se o interlocutor sair
o espaço antes ocupado por ele passa a funcionar como “locus”, mantendo as
& MARTINS,1994), em que o gestuante se define como primeira pessoa e cria índices
lábios, bochecha com ar, entre outras. Estas marcações são responsáveis por
determinados tipos de construções, como as frases negativas, interrogativas, afirmativas,
que refletem a forma como o surdo processa as suas ideias, (STROBEL &
Semântica
(OLIVEIRA, 2005), podendo ser definida como a parte da gramática responsável pelo
iconicidade, que não conseguimos verificar em línguas orais, o que poderia facilitar a
compreensão de significados para não falantes e até mesmo entre diferentes línguas
icónico, mas que em ASL, pode ser considerado icónico, verificamos que o mesmo
significados interrelacionados.
Destacamos o estudo de MINEIRO, et ell (2008), sobre a polissemia nominal. no qual
das Língua Gestual Israelense (LSI) como representante das línguas gestuais, referido
um verbo refletem e são determinadas pelo campo semântico em que ele é usado. Ao
longo do seu estudo, constatou que, nas línguas gestuais, diferentes campos semânticos
utilizados nesses campos. O que justificou como sendo resultados das propriedades
movimento.
Por exemplo na frase MENINO MENINA FLOR DAR, quando gestuamos MENINO
apontamos para o lugar do espaço em que ele se encontra o mesmo quando gestuamos
locus da menina.
Para DELGADO-MARTINS (2005) as caraterísticas de categorização, por exemplo no
caso do gesto PEGAR que varia consoante o objeto que pegamos, o verbo assimila-se
No caso das línguas gestuais podem surgir pela forma de traços prosódicos que se
pressuposição e o implícito.
Contudo, a deficiência auditiva, ou surdez, poderá ser caracterizada segundo três níveis.
nervo interno, sendo este definitivo e, um terceiro nível, de carácter misto, que se
(CORREIA, 2009)
Para se poder verificar o nível de deficiência auditiva num indivíduo, utilizam-se os
destes testes são utilizados valores em hertz e decibéis, que permitem clarificar o nível
em hertz (Hz). O limite da audição é 0 dB, onde maior é o número, mais elevado será o
NIELSEN (2003, pp. 44) apresenta a seguinte escala de deficiência auditiva, cuja
BAUTISTA (1997) refere que, tanto as várias definições de surdez, como a realização
tornar-se num grande obstáculo, se não for tratada precocemente. Esta poderá
A classificação feita por NIELSEN (2003) sugere os quatro níveis que se podem
ligeira, o problema auditivo não é facilmente detectado, pela existência da fala com
ouvir sons de fraca intensidade. Este pode também distrair-se, podendo demonstrar
para o indivíduo, se não usar um aparelho auditivo. Neste caso, não conseguirá
aparelho auditivo, este permitir-lhe-á compreender os sons que o rodeia, pelo menos a
aparelho auditivo, este terá uma fraca capacidade em participar nos diálogos. Assim,
ouvir a maioria dos sons que rodeia o indivíduo, embora consiga aperceber-se dos sons
mais intensos, ou quando estes são produzidos muito juntos ao ouvido. Isto levará a
uma escassa produção de sons, que poderão ser frequentemente incompreendidos pelos
AFONSO (2008) refere que para se poder compreender melhor a surdez, enquanto
O ouvido humano é formado por três partes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido
Fonte: http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2007/06/ouvido_
final.jpg
constituído pelo tímpano e pela cadeia ossicular (martelo, bigorna e estribo). Aqui, a
da apófise do martelo que lhe está interdependente, enquanto o estribo está ligado à
do ouvido.
O ouvido interno funciona como analisador temporal, que gera um código neuro-
externo, sendo acolhido pela orelha e canal auditivo externo, que altera as ondas
ouvido interno, no qual se encontra o órgão de corti, com células sensoriais e de suporte
inúmeras terminologias no que respeita à surdez, onde alguns autores falam em surdez e
que esta é uma deficiência muito séria, onde a criança demonstra grandes dificuldades
criança, mas que não se inclui na definição de surdez.” Assim, o mesmo autor refere que
no grau de perda auditiva, só se pode falar em surdez quando esta remete a perdas iguais
basilares: causa, tipo e grau. No que respeita a causas prováveis de gerar uma perda
auditiva, estas podem ser: surdez hereditária ou genética; surdez congénita e surdez
primeira é responsável por 30% dos casos infantis. Na surdez não sindrómica podem
tempo de gestação e poderá ser causada por diversos factores de natureza viral,
(AFONSO, 2008)
Quanto à surdez adquirida, esta pode ocorrer durante o parto ou em qualquer outro
momento da vida do indivíduo. A idade com que o indivíduo adquire este tipo de surdez
linguagem) terá sequelas muito mais graves do que a surdez pós-locutória, interferindo
A anóxia neo-natal é apontada por AFONSO (2008) como uma das causas para o
aumento da sua destruição.” (PINHO e MELO et al citado por AFONSO, 2008, p.17)
Ainda segundo AFONSO (2008), a icterícia neo-natal pode dar origem a modificações
Também a prematuridade e o baixo peso à nascença (menos de 2,5 Kg), pode provocar
ocorrido lesões a nível obstétrico, como o uso de fórceps ou ventosas. (AFONSO, 2008)
provocadas por bactérias que se alojam no ouvido médio. As otites são uma das
principais causas de surdez de transmissão e a perda auditiva pode ser até 60 dB.
ouvido externo ou no ouvido médio e que pode ser desenvolvida pela malformação do
canal auditivo externo. Nesta etapa, o indivíduo consegue utilizar a fala, de forma a ser
A surdez neuro-sensorial (ou de percepção) é causada por uma lesão no ouvido interno
Quanto à surdez mista esta localiza-se no ouvido médio e interno, onde os elementos
(AFONSO, 2008)
começando pela via aérea, a média do patamar auditivo nas frequências 500, 1000 e
2000 Hertz (Hz), sendo que 1 Hz é a unidade de medida da frequência de um som, que
“A escala auditiva do ouvido normal vai dos 20 Hz até aos 20000 Hz,
estabelecendo o nível de perda auditiva em decibéis (dB), sendo o bel definido como
Yesseldyke e
Kirk e Gallagher, 1995 Nunes, 1998 Lima, 2000
Algozzine 1995
27 dB – 40 dB
26 dB – 40 dB
21 dB – 40 dB
21 dB – 40 dB
Perda
Deficiência
auditiva Hipoacusia
Perda leve auditiva
funcional ligeira
ligeira
leve
41 dB – 55 dB
41 dB – 60 dB
41 db – 55 dB
Perda
Perda auditiva Hipoacusia
41 dB – 70 dB
moderada funcional moderada
suave
Deficiência
auditiva
56 dB – 70 dB
56 dB – 70 dB
61 dB – 80 dB
média
Perda
Perda
auditiva Hipoacusia
moderadamente
funcional severa
grave
moderada
71 dB – 90 dB
71 dB – 90 dB
71 dB – 90 dB
Perda
Deficiência
auditiva
Perda grave auditiva
funcional
severa
severa > 81 dB
Hipoacusia
profunda
≥ 91 d B
> 91 dB
> 90 dB
Perda
Deficiência
auditiva
Perda profunda auditiva
funcional
profunda
Profunda
surdez existentes, de acordo com a perda auditiva em dB. Segundo Afonso (2008), no
dB.
Alguns autores fazem a distinção entre deficiente auditivo e surdo, no que concerne ao
grau de surdez. O indivíduo com uma perda auditiva acima dos 90 dB é considerado
conversacional com os seus pares. Não se ouve a si próprio, o que condiciona ainda
terapêutico e é visto como uma condição física (falta de audição). Emprega-se o termo
A criança ouvinte adquire a fala no convívio com os outros do seu meio natural, que
utilizam a língua oral. Da relação imediata e exclusiva com a mãe, logo desde o
nascimento, a criança ouvinte passa para um entendimento maior com um grupo mais
alargado, como a restante família, amigos, entre outros. Por conseguinte, a criança
ouvinte utiliza a língua falada para comunicar e se relacionar com os outros, até mesmo
comunicação com os outros, não se dá de forma tão natural como na criança ouvinte, já
que o surdo não consegue ouvir o som e, assim, não lhe atribuiu significado.
entendimento inicial entre mãe e filho, o que dará lugar à aquisição de uma Língua
Gestual, se o meio lhe possibilitar tal experiência. A língua oral poderá ser alcançável
mais tarde, mas como uma segunda língua. (BISPO et al. 2006)
A língua, enquanto meio de convívio informal do nosso dia-a-dia, caracteriza-se
também como um ponto centralizador entre as pessoas que ouvem e falam a mesma
língua, como uma dimensão significativa para a compreensão mútua. (BISPO et al.
2006)
A utilização da língua escrita, partilhada entre ouvintes e surdos dentro de uma mesma
2006)
1.5. Comunicação
A comunicação é o processo pelo qual interagimos uns com os outros e que nos
comunicação. Trata-se de indivíduos que não conseguem falar, ou cuja fala não
preenche todos os pré-requisitos comunicativos, como o caso das crianças surdas. Estas
Deste modo, crianças, jovens, adultos que possuam deficiência auditiva, com
(BAUTISTA, 1997)
Como nem todas as pessoas conseguem falar, a comunicação alternativa poderá ser uma
alternativa e aumentativa. Assim, os signos gestuais incluem a língua gestual dos surdos
e outros signos realizados com as mãos. Os signos gráficos incluem todos os signos
produzidos graficamente, como o caso dos programas: BLISS, SPS, Rebus, entre outros.
MARTINSEN, 2002)
De seguida, e sendo a deficiência auditiva o foco principal deste trabalho, irei explorar
de forma mais aprofundada apenas os signos gestuais. Em todos os países, tal como
existe a língua falada, também existe a língua gestual, pela utilização de signos gestuais.
Sendo a língua falada diferente de país para país, também a língua gestual, ou seja, os
signos gestuais diferem. Por exemplo, a língua gestual praticada no nosso país
diferentes da língua falada, ou seja, os signos usados e a sua gramática são diferentes,
tal como a ordenação das palavras em frases. (TETZCHNER & MARTINSEN, 2002)
Existem também signos gestuais elaborados segundo a estrutura da linguagem oral, com
pelos educadores e professores para representar através do gesto, o que expressam com
a fala. Contudo, este sistema de signos é pouco utilizado pelos surdos, devido aos
gramaticais complexas, e não tanto da prática de signos gestuais. Assim, será necessário
que se inicie a aprendizagem destes signos de forma simples, isto é, não modificando as
formas gramaticais, pois caso contrário, tanto os signos como a sua seriação serão
MESQUITA & SILVA (2008) definem a Língua Gestual Portuguesa (LGP) como uma
língua, como conjunto de sinais na comunicação entre pessoas, enquanto que a língua
forma estável. Estas podem mostrar-se limitativas, claramente num inconsciente, no que
previsto da linguagem oral, podem ter justificação na forma como sucede a interacção
entre o Surdo e o ouvinte. (SOUZA & SILVESTRE, 2007) Mesmo assim, verificam-se
meio familiar.
Porém, estes obstáculos podem ser diminuídos com o trabalho cooperativo entre
seu estudo no interesse dos meios de escolarização para o aluno surdo e para o aluno
ouvinte, já que as escolas específicas para surdos têm como língua de comunicação a
linguagem de sinais.
Seguidamente, apresento algumas das informações actuais sobre este tema, dispostos a
Muitas das investigações realizadas sobre crianças surdas demonstram que, muitas
linguísticas dos alunos surdos, tendo a tendência em menosprezá-los. Este facto deve-
do aluno surdo um nível mínimo de produção linguística, como perguntas que podem
ser respondidas com monossílabos, ou apenas com uma palavra já contida na pergunta.
utilização activa da linguagem por parte dos alunos surdos, acontece não só pelo uso da
linguagem oral, mas também pela prática da linguagem de sinais e de outros sistemas de
comunicação (LAI & LYNAS citados por SOUZA & SILVESTRE, 2007)
SOUZA & SILVESTRE (2007) referem que, apesar da grande maioria dos professores
É um facto grave, não somente pelas repercussões que daí poderão vir a surgir na
actividade linguística dos alunos surdos, como também pelo facto do professor utilizar
Contudo, SOUZA & SILVESTRE (2007) referem que os estilos comunicativos podem
ser alterados a partir da formação permanente dos professores, processo que passará
participa e comunica com os outros, deve ser alcançado o mais cedo possível, desde a
Deste modo, o esclarecimento directo por parte dos alunos surdos irá possibilitar a
entre os quais se destacam: ritmo muito rápido das discussões, mudanças repentinas na
1.5.2.1. A aprendizagem
insere.
Deste modo, será importante que na escola se incentive actividades que facultem o
ser trabalhada de forma especial, numa escola inclusiva que proporcione actividades
deve cair no erro de pensar que o aluno surdo terá, pela sua deficiência, um menor
Neste sentido, as mesmas autoras (idem) referem que é essencial que a escola inclusiva
obstáculos existentes. Para tal, é importante que a escola tenha em conta alguns aspectos
Quando nascemos não falamos, porém, em pouco tempo e sem esforço, tornamo-nos
modelado e reforçado pelos falantes adultos que convivem com a criança e que ela
imita.
desenvolvimento.
apropriação subconsciente de um sistema linguístico, via exposição, sem que para tal
seja necessário um mecanismo formal de ensino” SIM-SIM (1998, p.28). Para a mesma
referências temporais. LIMA (2000, p.72) considera que “o conhecimento das etapas de
reeducação, uma vez que nos permite situar a criança, de forma a avaliar-se os seus
desenvolvimento poder variar entre as crianças (LIMA, 2000), normalmente entre seis
apresentamo-las no quadro seguinte (LIMA, 2000, p. 95) que não é mais que um espaço
de referência normativa.
de Palavras.
Aparecimento de frases com dois elementos. Existe um
período de transição onde as sequências de uma palavra
aparecem reunidas, mas sem a coerência prosódica de uma
oração. Faz-se uma pausa entre as palavras (papá//aqui;
mais//trem).
18-24 Começam a aparecer as primeiras flexões (exemplo: plural).
As orações negativas começam a aparecer; quer com o não
isolado, quer colocando-o no início ou fim das orações
(“Dormir não”).
Começam a aparecer as primeiras interrogativas, das quais “o
quê” e “onde” são mais precoces.
Começam a aparecer sequências de três elementos (“bebé
come pão”), com a estrutura principal de nome-verbo-nome.
Chama-se a este período, o período da “fala telegráfica”,
24-30 porque o discurso não contém as palavras-função principais
(artigos, proposições, flexões de género, número, pessoa e
tempo verbal), que só aparecem no final deste período.
Aumenta a frequência do uso das principais flexões (género,
número, plural), enquanto aparecem novas formas
rudimentares dos verbos auxiliares ser e estar (“bebé não
Expansão gramatical
propriamente dita
suas capacidades linguísticas para “um total desenvolvimento como pessoa” (Sim- Sim,
2005, p. 17), uma vez que é através dela que partilhamos ideias e emoções, que
seu percurso, que deverão ser pensadas o mais precocemente possível de forma a que a
intervenção seja, também ela, precoce e eficaz. Ao longos dos tempos, foram diversas
metodologias, iremos fazer uma breve exposição sobre as duas principais correntes
desenvolvimento da linguagem.
CAPÍTULO II: METODOLOGIA
quando ‘‘o pesquisador apenas regista e descreve os factos observados sem interferir
neles. […] Tal pesquisa observa, regista, analisa e ordena dados, sem manipula-los, isto
Considera-se que se tenha utilizado a pesquisa qualitativa, por ter-se em conta que este
tipo de pesquisa preocupa-se com aspectos da realidade que não pode ser quantificados.
pesquisa qualitativa
“Há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo
indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não
pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição
de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o
uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para
coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os
pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu
significado são os focos principais de abordagem”.
Por terem sido aplicados alguns procedimentos estatísticos tais como percentagens,
A mesma alberga o Ensino Primário e o Iº Ciclo do Ensino Secundário, sendo este último
dividido em três períodos (manhã, tarde e noite). A instituição conta com 49 professores em
diversas áreas, 7 trabalhadores administrativos e 11 auxiliares de limpeza. Fisicamente a
escola encontra-se em bom estado de higiene e organização.
O corpo directivo está composto pelo Director geral, subdirector administrativo, subdirector
pedagógico e coordenador de disciplina, possui oito salas de aulas, foram matriculados 2762
alunos no presente ano lectivo, dos quais 995 são do Ensino Primário e 1767 do Iº Ciclo do
Ensino Secundário.
individuais que podem ser pessoas, animais, resultados experimentais, com uma ou
Para este trabalho, a população é constituída por 156 individuo alunos da 4ª classe, dos
p. 95)
Indutivo: é uma forma de raciocínio que guia o processo mental desde situação em
singular ou concreta até ao mais amplo e gerais, o que permite chegar a conclusões
do método.
A palavra técnica vem do grego tékhnee significa arte. Se o método pode ser entendido como o
caminho, a técnica pode ser considerada o modo de caminhar. Técnica subentende o modo de
proceder em seus menores detalhes, a operacionalização do método segundo normas
padronizadas. “É resultado da experiência e exige habilidade em sua execução. Um mesmo
método pode comportar mais de uma técnica.” KOTAIT, (1981, p.27).
física.
Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenómenos que
se desejam estudar.
‘‘É um elemento básico de investigação científica, utilizado na pesquisa de campo e se
190).
sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu
comportamento.
da investigação social.
utilizadas pelos professores nas aulas de Educação Física na Escola do ensino Primário,
dados primária. ‘‘Para que a entrevista se efetive com sucesso é necessário ter um plano
para a entrevista, de forma que as informações necessárias não deixem de ser colhidas’’
O inquérito foi aplicado a uma amostra de 2 alunos com Deficiência Auditiva, para
Quando lhe perguntaram se conhecem o que é Língua Gestual Angolana; 12 alunos que
representam 50% da amostra falam sim. Mais não podem explicar que é Língua Gestual
Angolana. 12 Alunos que representam 50% da amostra falam não, mais nenhum
Alunos que
50% 50%
responderam sim;
Alunos que
responderam não.
Fonte: própria da autora
representam 12% da amostra falam sim, mas, não conseguem explicar. 21 Alunos que
12%
têm conhecimentos conceituais sólidos sobre o tema em estudo, o que representa uma
Gestual Angolana dentro do contexto familiar e escolar, para assim informar, esclarecer
Na terceira questão, a escola falaram com o aluno sobre Língua Gestual Angolana e
problemas relacionados com esse tema as respostas são como seguem: 10 alunos que
representam 42% da amostra falam sim. Já 14 alunos que representam 58% da amostra
falam não.
Gráfico nº 3: Questão sobre o facto da escola já ter falado com os
alunos sobre LGA
42%
Alunos cuja resposta foi
58%
sim;
Alunos cuja resposta foi
não.
adequadamente pelos pais no que tange ao tema referente à Língua Gestual, 11 alunos,
que representam 46% da amostra, disseram sim, 12 alunos que representam 50% da
amostra disseram não e 1 aluno que representa 4% da amostra disse que nem tanto.
4%
Alunos cuja resposta foi
46%
50% sim;
Alunos cuja resposta foi
não;
Alunos que disseram nem
tanto.
Os resultados das perguntas 3 e 4 mostram o fraco trabalho de orientação dos pais aos
alunos com deficiência auditiva quanto ao tema da Língua Gestual Angolana e o pouco
valor que têm dado na orientação dos alunos. A ausência da Língua Gestual Angolana
Na última questão, por meio da qual se procura saber a respeito do trabalho da escola na
representam 71 % da amostra falam sim e que ditas orientações foram repartidas por a
29%
Os resultados da pergunta 5 mostram como a escola cumpre com seu papel social de
orientar aos seus alunos, mais, o papel é fraco já que os resultados das perguntas 1, 2, 3,
crianças e/ou adolescentes têm de conhecer e ter uma visão positiva da Língua Gestual
compreender seu próprio comportamento e o do outro. Deve ser preocupação dos pais e
educadores que os adolescentes tenham uma Língua Gestual Angolana sadia, pautado
(GONÇALVES, 2013).
auditiva; devem possibilitar aos jovens uma Língua Gestual Angolana que, pressupõe a
busca de uma ou seja, uma Língua Gestual Angolana gratificante, socialmente livre e
da vida humana.
respostas:
Sobre a primeira pergunta: Qual é a sua perceção sobre língua gestual angolana?
Segundo o (P1), “a Língua Gestual Angola é uma representação gestual que é usado por
indivíduos que não falam, ou seja, mudos para se comunicar um com o outro”.
problemática em estudo.
seguintes respostas:
língua gestual, pois a escola só nos últimos anos é que receberam alunos que necessitam
de ensino especial, pois dentro do currículo dos alunos não consta a disciplina de
escola começa a entra no processo de uma escola inclusiva e pelo facto, também, da
disciplina de língua gestual não consta no programa dos alunos ditos normas.
Importa aqui realçar que no Curriculo e nos Programas do ensino geral não consta a
deficiência auditiva.
Para a questão nº 3 sobre a relação professor/alunos com deficiência auditiva, partindo
Segundo a (P1), afirmou que “já trabalhou com alunos com deficiência auditiva a mais
de dois anos”. Quanto a relação professor e aluno, a mesma argumenta que “tem sido
boa e que tem procurado sempre mecanismo de presta-los maior atenção durante as
Segundo a (P2), disse que “nunca tinha trabalhado com alunos com deficiência
auditiva”. Mas, quanto a relação professor e alunos, a mesma “defendeu que durante as
sua actividades laborais tem procurado mante uma relação saudável com os alunos”.
(P2)
No nosso ponto de vista, uma boa relação professor e aluno promove um ambiente
aluno de forma bilateral, onde o professor deve ser visto como um facilitador,
deve ter a responsabilidade de criar uma atmosfera saudável nos quais os alunos sejam
activos. Onde o aluno deve ser o construtor da sua própria aprendizagem, respondendo a
pedagógica, de modo que as actividades devem estar a nível dos alunos, tanto os ditos
normas como os que tem deficiência auditiva. Esta relação facilita o aluno a colmatar
tanto aquela relação de carácter mais pessoal, referente ao reconhecimento do êxito dos
cordialidade e respeito.
Para a P1, “ na sala existem dois alunos com deficiência auditiva, a comunicação com
os mesmo não é nada fácil, atento, a principio, o elevado número de aluno em sala de
aula, segundo, dizer que não tenho domínio na língua gestual, pois, não tenho nenhuma
formação para o efeito, mas, a experiência como professor me leva a procura maneiras
gestos populares”.
A P2, disse que “na sala de aula não existe alunos com deficiência auditiva.”
dificuldade existente no ensino de crianças com deficiência auditiva, mas, ficou aqui
patente que a professora tem recorrido a meios que possam ajuda-la a se comunica com
aprendidas coisas importantes” (GIL, 2002). Significa dizer, que a comunicação entre
actividades didácticas orientadas na sala de aulas, não tarefa para casa, ao aluno,
“As actividades que tem desenvolvido com aluno que apresentam são as actividades
“As actividades são as mesmas que tenho utilizado com os alunos falantes, com a
aprendem com diversas actividades realizadas pelo professor dentro da sala de aula,
actividades estas que podem ser visuais (representação gráfica) e a experiência do aluno
que a direcção tem feito, faz para todos os alunos de forma geral. (P1 e P2)
deficiência auditiva.
capacitar todos os professores. de modo, a fazerem o uso das línguas gestual em sala de
professores para lecionarem a língua gestual, pois só por esta via podemos desenvolver
Sobre a primeira pergunta: se a escola tem recebido alunos com deficiência auditiva e
A directora respondeu-nos que “a escola tem recebido alunos com deficiência auditiva,
vez tem dialogado com os alunos com esta deficiência de forma gestual”. (DG)
conhecimento que esta disciplina deve consta no currículo dos alunos com deficiência
auditiva. (DG)
Para a questão nº 3 sobre a importante a LGA nos alunos com deficiência auditiva, na
escola? Explique.
A directora afirmou que ainda não esta satisfeita com o trabalho da escola em relação o
ensino da língua gestual nos alunos com deficiência auditiva, pois, muito ainda se tem
para se fazer em prol do ensino da língua gestual, assim como a nível do ensino
pedagógica. (DG)
A quinta pergunta foi sobre o que deve ser feito para melhoria da qualidade de ensino
“O que deve ser feito para melhoria da qualidade de ensino nestes alunos é investirmos
gestual.” DG
Das respostas dadas pelas participantes da nossa pesquisa sobre as actividades didactica
problema em estudo a escola já tem evidenciado esforços melhor atender os alunos que
Começou-se por solicitar o plano de aula dos professores e verificou-se que o plano
recursos de ensino.
Nesta aula assistida notou-se o cumprimento das fases didácticas e as marchas para se
ministrar a aula de estudo do meio, pois notou-se que os objectivos foram alcançados,
uma vez que o professor conseguiu trabalhar com maior parte dos alunos e em particular
estruturação e cientificidade, uma vez que para facilitar a aprendizagem dos alunos, o
professor fez recurso a uma imagem que permitiu os alunos identificarem as partes que
Durante a observação, notou-se desanteção de dois dos três alunos com deficiência
auditiva e uma falta de interesse na aula, pois, os mesmos não conseguiam entender o
professor, uma vez que o professor não usa a linguagem gestual técnica para a
comunicação com estes alunos, limitando-se em alguns gestos que ajudavam o aluno a
Verificou-se que, houve paciência e um pouco de rigor, por parte do professor, para
com os alunos que têm deficiência auditiva. Pois, o professor orientou um aluno com
que o professor colocava para serem resolvidos, pois eles não conseguem aplicar
correctamente os métodos de ensino aos alunos, uma vez que as salas de aula estão
superlotadas de alunos.
A aula observada decorreu de uma forma activa, em que houve participação dos alunos,
mas, com pouca participação dos alunos com deficiência auditiva. Facto que contribui
Importa realçar, que o professor da 4ª Classe, leciona em uma turma de inclusão, mas,
não tem domínio da linguagem gestual e nem é auxiliado por um professor intérprete da
linguagem gestual.
Neste ponto pretende-se apresentar algumas actividades que podem ser desenvolvidas em sala
EU CASA IR
R: CASA IR EU
IR EU CASA
EU IR CASA
Actividade nº 2- Dialogo
professor/alunos e alunos/alunos.
vocabulário.
importa realçar que temos consciência que este estudo apresenta algumas limitações,
que se pretende entre alguns aspectos, ao facto de se tratar de uma primeira investigação
a limitação de tempo a que este trabalho teve. A nossa preocupação foi de realizar uma
É de referir que neste estudo não vamos apresentar soluções definitivas, mas
assunto, as causas deficiências são: hereditária ou genética, congénita ou ainda, pode ser
OSV).
a melhorar a comunicação;
o uso actividades didactica e dedicar-nos mais tempo aos alunos com deficiência,
verificar ao longo do período que trabalhamos com os alunos, que eles, melhoravam
consideravelmente a sua comunicação um para com o outro, apesar de ser com uma
certa lentidão.
Constatamos que não há uma gramática em língua gestual angolana assim como já
existem em Portugal a gramatica de Ligua Gestual Portuguesa, instrumento este que não
Na base das conclusões a que chegou este estudo, tecem-se as seguintes sugestões:
- Que os professores e outros profissionais que estejam envolvidos com alunos com
aluno.
- Que o professor trabalhe com estes alunos com paciência, atenção e diversificação
didáctico, como manuais de banda desenhadas. E crie, também, condições para redução
gestual.
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Distrital de Braga.
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Livpsic
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