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A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO DO

PROJOVEM URBANO DE PATOS


Kilmara Rodrigues dos Santos1 Alexandre Flávio Anselmo2; Cleomária Gonçalves da Silva3.
Universidade Paulista, kilmaraok@hotmail.com1 Universidade Federal de Campina Grande, alehfa07@gmail.com2;
Universidade Federal de Campina Grande, cleomariasilva@yahoo.com.br3

RESUMO:

O presente estudo tem como pressuposto a análise da adequação de alunos jovens e adultos do
programa ProJovem Urbano, no que se refere a abordagem comunicativa utilizada no ensino da
língua inglesa. Nessa perspectiva buscou-se uma literatura embasada em fundamentos teóricos
sobre a aquisição da linguagem e da comunicação determinante no processo de interatividade, tanto
na língua materna como na língua-alvo da pesquisa. Assim como em estudos desenvolvidos sobre a
aquisição ou compreensão básica de uma segunda língua, tomando como parâmetros as funções
comunicativas. Esta investigação tem como base um estudo de caso realizado na Escola Maria das
Chagas Candeia em Patos-PB, onde funciona o programa em questão. O percurso metodológico
iniciou-se quando são destacadas a caracterização da Educação de Jovens e Adultos e do ProJovem
urbano. Em seguida são expostos os limites e desafios do ensino da língua inglesa, desde o seu
reconhecimento no processo educacional. Os aspectos metodológicos da pesquisa, a partir da
natureza do Estudo até os sujeitos da Investigação são enfatizados para que Análise e discussão dos
dados coletados pudessem proporcionar melhor acompanhamento e motivação constante e atuante
no processo educacional e no habitual daqueles que integram o programa com relação ao
aprendizado da língua inglesa.

INTRODUÇÃO

A comunicação e a aquisição da linguagem há muito tempo vêm sendo objeto de discussões


e estudos, pois, em torno delas, desenvolvem-se teorias e propõem-se pesquisas. Do mesmo modo,
discute-se a inclusão de uma Língua Estrangeira Moderna no currículo escolar brasileiro, sabendo-
se que a aprendizagem voltada para este sentido, pode ajudar no desenvolvimento integral do

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letramento do aluno, já que essa aprendizagem contribui para o processo educacional como um
todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas.
Dessa forma, após a determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDB 9394/96, que prevê a Língua Estrangeira como disciplina obrigatória, referindo-se à escolha
da língua a cargo da comunidade e dentro das possibilidades da instituição, percebe-se a preferência
pela língua Inglesa na grande maioria das escolas. Essa escolha foi justificada pela visível presença
do inglês no cotidiano nacional, abrindo caminhos para que os discentes pudessem aperfeiçoarem-
se cada vez mais, respeitando as necessidades educacionais e sociais.
Por conseguinte, o mundo de hoje exige jovens com formação escolar, aptos para enfrentar
desafios de ultima geração, é preciso que se busquem meios que desenvolvam nos discentes a
capacidade de pensar e interagir com a realidade, apresentando-se como mais um item que facilitará
a compreensão do que está a sua volta.
A abordagem legal da Língua estrangeira na Educação de Jovens e Adultos se dá no item IX
do Parecer 11/2000, que regulamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA, a qual
determina “a obrigatoriedade da oferta de uma Língua Estrangeira para os cursos de EJA”
(SOARES 2000, p. 19).
Essa obrigatoriedade fez-se necessária diante do crescente contato com palavras e
expressões para que possam ser concebidas e até mesmo praticadas por pessoas que deixaram de ser
alunos por um determinado espaço de tempo, privando-se desse meio facilitador, mas que, ao voltar
ao estudo veem que diante de si, está abrindo-se novamente um leque de coisas novas desafiando-os
a enfrenta-las, com o desejo constante de “dominá-las”.
Tal domínio torna-se possível na medida em que a metodologia do ProJovem Urbano,
combinada com o trabalho dos orientadores, chega à capacidade de compreensão que cada aluno
tem e, mesmo em seus diferentes ritmos de aprendizagem, cada um dos interessados acaba
provocando mesmo lentamente, o “aprender a aprender” para sua melhoria pessoal e,
consequentemente sua atuação no meio onde está inserido.
O ensino da Língua Inglesa deve ser pensado numa perspectiva mais ampla por fazermos
parte de um cenário que impulsiona a inventividade e o compromisso o que está fazendo com que
os alunos sintam a necessidade: um cidadão em constante evolução – seguro, crítico, criativo e
atuante.
Ainda assim, existem as causas dos que passam a rejeitar a possibilidade do aprendizado,
induzindo seu interesse e desenvolvimento de ações significativas voltadas para a área de

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aprendizagem da Língua Inglesa. Essa rejeição por parte dos alunos jovens e adultos, se deve em
sua maioria, ao tempo de estudo perdido, além de considerarem a Língua Inglesa de difícil acesso
para um processo de aprendizagem na oralidade e escrita. Com base nisso, pode-se inferir que a
falta de leitura tenha sido o principal fator de incapacidade dos educandos, o que os impossibilita de
terem um melhor contato com a Língua Inglesa, assim como acontece com a nossa língua-mãe.
Para combater essa rejeição, os professores de inglês do ProJovem urbano, devem por em
prática uma metodologia diferenciada, direcionada a esse público diferenciado, como mostram
Newmark e Reibel (1968). “O processo de aprendizagem de uma segunda língua deve ser diferente
para adultos e para crianças. E, para todos, independente da idade, devem ser construídos
programas que garantam resultados considerando suas diferenças” (p.39).
Questões como estas, levam ao estudo e a proposição de vários métodos por linguistas e
professores, no sentido de se obter sucesso nesse empreendimento que é bastante complexo: ensinar
inglês a pessoas que deixaram os estudos há algum tempo e voltaram pessimistas em relação ao
aprender a melhorar sua língua-mãe, sendo mais pessimistas ainda, quanto à aprendizagem de uma
língua estrangeira.
Porém, atualização e perseverança são palavras-chave, pois é preciso ter ambição e estar
preparado para aproveitar todas as possibilidades oferecidas. É necessário dedicar-se aos estudos
criando essas oportunidades de aprendizagem de uma outra língua, que o ajudará a expressar-se
melhor. “É necessário fazer-se oportunidade” (DEMO, 1997).
O trabalho com a Educação de Jovens e Adultos é entendido como processo de construção
do conhecimento, resultante da interação do sujeito com o meio e situado numa perspectiva ampla e
interdisciplinar, como forma de atingir todas as áreas de conhecimento sem segmentá-lo,
entendendo-se que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra” (FREIRE, 1979).
Nesse sentido, a aprendizagem da Língua Inglesa vem contribuir para o processo
educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades
linguísticas. E, reconhecendo a necessidade de aprender inglês, estes alunos poderão entender
melhor o que os cerca, seja a partir de vídeo-aulas, de leituras compartilhadas, de propagandas,
acesso a computadores, entre outros meios que façam o aluno interessar-se mais, aumentando assim
a compreensão de como a linguagem funciona, passando a desenvolver melhor a consciência do
funcionamento da própria língua materna. Do mesmo modo, ao promover uma apreciação dos
costumes e valores de outras culturas, acaba contribuindo para desenvolver também a percepção da
cultura estrangeira. O desenvolvimento da habilidade de entender e/ou dizer o que outras pessoas

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em outros países, diriam em determinadas situações, leva portanto, à compreensão tanto da cultura
estrangeira quanto da cultura materna.
O aprendizado da Língua Inglesa não é só um exercício intelectual a mais para os alunos do
ProJovem Urbano, é assim, mais uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de se agir
discursivamente na sociedade. Assim, o papel educacional dessa língua é importante para o
desenvolvimento integral do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar a este indivíduo, essa
nova experiência, que pode significar uma abertura para o mundo.
Ressalta-se também, que alguns alunos tem medo de se expressarem perante os colegas, pois
se envergonham da sua dificuldade com a leitura, do seu vocabulário insuficiente e até mesmo de
suas ideias, inibindo-se em expor suas opiniões. Tudo isso devido à falta de leitura efetiva.
No entanto, cabe ao educador, durante o processo de ensino-aprendizagem, produzir o
conhecimento em consonância com o educando, participando ativamente e vivenciando a
experiência dentro e fora da sala de aula, dando vida à sua prática, para que o discente possa
desenvolver sua capacidade de ler, interpretar e pensar até o ponto de sentir-se apto para a leitura e
suas variantes em todas as dimensões da vida social enquanto cidadão.

METODOLOGIA

A organização da pesquisa de campo propriamente dita foi iniciada desde o inicia da


edição em Patos – PB o ProJovem urbano em abril de 2015 e pelos métodos utilizados pelo
programa deu-se a motivação para elaborar este trabalho. Para que o estudo fosse realizado foi
desenvolvida uma pesquisa quantitativa na qual, questionários elaborados e direcionados para
alunos e professores, objetivaram verificar as relações de ensino-aprendizagem da língua inglesa no
ProJovem urbano.
O questionário utilizado para esta finalidade foi escolhido mediante a problemática
do estudo. É natural que a investigação pudesse chegar a responder às perguntas que esta pesquisa
intencionou e como afirma Bagno (1999, p.45) “o instrumento de pesquisa questionário é o método
de coleta de informações mais adequado numa pesquisa de caráter informal”.
Assim sendo, num universo de 11 (onze) educadores, a investigação teve como
amostra dois professores que trabalham com inglês e português no ProJovem urbano, atuando
também em outros ambientes educativos com as mesmas disciplinas.
No segmento discente, que é constituído de 172 (cento e setenta e dois) alunos que integram
o programa sendo frequentes na Escola Municipal Maria das Chagas Candeia, Patos-PB, dos quais
encontram-se distribuídos em cinco salas de aula, a investigação buscou através de uma amostra de

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40 (quarenta) alunos, as respostas sobre suas experiências com a língua inglesa, o que corresponde a
um percentual de 23% desse universo.
A aplicação dos referidos questionários foi complementada por observações acompanhadas
de registros dos fatos observados através dos quais buscou-se descrever a realidade vivida por esse
segmento de forma contextualizada sobre a prática do ensino da língua inglesa na referida escola.
Mediante coleta de dados, passamos a realizar uma abordagem metodológica numa análise
de resultados que será enfocada a seguir.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Análise e discussão dos dados coletados no segmento dos professores


Mediante aplicação do instrumento de pesquisa no segmento docente, a coleta de dados
favoreceu substancialmente para uma compreensão mais ativa da problemática do estudo. Buscou-
se inicialmente junto aos professores identificar o grau de formação acadêmica destes investigados.
Pôde-se observar que a escola dispõe de um quadro de boa qualidade acadêmica. Na amostra de
dois educadores, ambos são graduados e especialistas nas áreas em que atuam.
Adentramos então na investigação sobre a capacitação destes professores para trabalhar com
o ProJovem urbano e com Educação de Jovens e Adultos e tivemos como resultados que os
professores investigados recebem uma formação inicial antes de começar suas atividades docentes
no programa, sendo esta formação continuada no decorrer dos planejamentos semanais durante todo
o programa que dura 18 (dezoito) meses.
Quanto ao tempo de atuação dos professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos,
bem como no programa em questão, um afirmou que atua há mais de cinco anos na EJA e pouco
mais de um ano no ProJovem. O segundo tem como experiência na EJA apenas o trabalho atual, no
qual se encontra há pouco mais de um ano, porém trabalha com a língua inglesa há mais de dez
anos, caracterizando assim experiências adequadas para a implementação de uma boa proposta de
ensino, em especial à língua inglesa.
Em si tratando ao questionamento que se refere ao ponto principal da problemática deste
artigo, procurou-se junto as professores (ambos com experiência no Ensino Regular e na EJA) o que
eles pensam sobre o ensino de inglês para o público alvo da EJA.
Atuando na disciplina, um dos professores chega a afirmar que “o inglês é tão importante
quanto os demais segmentos, entretanto temos que respeitar as dificuldades e diferenças entre os

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alunos e procurar diversificar a metodologia de trabalho”. Foi enfocado ainda que “apesar das
dificuldades é bom trabalhar com inglês e perceber nos alunos a curiosidade em aprender”.
Os professores expressam também as dificuldades dos alunos em questão que, em si,
comparando com alunos do Ensino Regular, não apresentam a mesma capacidade de assimilação e
nem tempo disponível para estudar, pois em sua maioria, são trabalhadores.
Assim, diante das posições enfocadas compreendemos que as dificuldades existentes na
aprendizagem do ensino de inglês por parte dos alunos da EJA, são frutos da problemática do
cotidiano que estes jovens e adultos enfrentam para retomar seus estudos. Pois, nesse momento de
suas vidas é a escola que precisa se adequar à realidade de seus discentes: proposta difícil, mas não
impossível de ser aceita nesta discussão.

Análise e discussão dos dados coletados no segmento dos alunos

Procuramos saber a opinião dos alunos em relação ao estudo da língua inglesa no seu
cotidiano escolar. Obtivemos os seguintes resultados:

TABELA 1:
Tabela1: Opiniões dos alunos da EJA no ProJovem urbano sobre o estudo de inglês:
Variáveis Frequência Percentual
Imprescindível 24 60%
Necessário 12 30%
Desnecessário 04 10%
Total 40 100%
Fonte: Pesquisa realizada: Mai/2015: Escola Municipal Maria das Chagas Candeia, Patos – PB.

Diante dos resultados expostos na Tabela 1, observa-se que 60% dos alunos investigados
acham imprescindível o estudo de inglês no programa ProJovem urbano por se tratar de mais uma
porta que se abre para o mercado de trabalho. Assim como, 30% dos alunos acham que o estudo de
inglês é necessário, mediante a forte presença dessa língua no nosso país. Por outro lado, apenas
10% desses alunos acham o estudo da língua inglesa desnecessário, alegando não precisar entende-
la ou utilizá-la no seu cotidiano, necessitando nesse ponto de um incentivo maior por parte dos seus
professores quanto a importância de aceitar e reconhecer a importância dessa língua em suas vidas.

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No que se refere à aprendizagem de Língua Estrangeira (LE), procurou-se junto aos alunos
investigados da EJA, o que acham mais fácil em relação à língua inglesa. Assim, os resultados
enfocados constam na tabela a seguir:

TABELA 2:
Tabela 2: Opiniões dos alunos da EJA: O que acham mais fácil em relação à língua inglesa?
Variáveis Frequência Percentual
Falar 04 10%
Entender 08 20%
Ler 12 30%
Escrever 16 40%
Total 40 100%
Fonte: Pesquisa realizada: Mai/2015: Escola Municipal Maria das Chagas Candeia, Patos – PB.

Mediante os dados enfocados na Tabela 2, verifica-se que para os discentes que se deparam
com a língua inglesa, escrever é a habilidade mais fácil de ser dominada, com um percentual de
aceitabilidade de 40%, por se tratar de um costume mecânico e promovido pelo ato de transcrever,
realmente não são encontradas grandes dificuldades na escrita, quando comparada às outras
habilidades em questão. O mais difícil para eles é falar, seguido de entender o que é falado, já que a
pronúncia das palavras e expressões é feita de um modo diferenciado da escrita. Quanto a leitura,
que se encontra numa média entre o mais fácil e o mais difícil, esta é facilitada quando ocorrem as
atividades de repetição: o famoso “listen and repeat” onde eles reproduzem o som direcionado pelo
professor e, em alguns casos sequer os associam à forma escrita (afirmações baseadas além das
respostas no questionário na convivência com estes alunos no decorrer do estágio com eles).
No questionamento que se refere a como os alunos aprendem melhor a língua inglesa, foram
assim os dados coletados e tabulados a seguir.

TABELA 3:
Tabela 3: Opiniões dos alunos da EJA: Como você sente que aprende melhor a língua inglesa?
Variáveis Frequência Percentual
Falando 06 15%
Ouvindo 12 40%

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Lendo 08 20%
Escrevendo 14 35%
Total 40 100%
Fonte: Pesquisa realizada: Mai/2015: Escola Municipal Maria das Chagas Candeia, Patos – PB.

Nesse momento, observa-se uma coerência em relação ao questionamento anterior, pois os


alunos responderam que sentem mais facilidade em aprender inglês ouvindo: 40% das opiniões,
seguida da variável “escrevendo” que enfocou na Tabela 3 35%. Permanecendo assim a dificuldade
de aprender esta língua estrangeira enquanto leitura e pronúncia, cabendo portanto ao professor da
disciplina uma ênfase maior nesses itens, com um aprofundamento de estudos.
Na questão aberta sobre o estudo de inglês no ProJovem urbano, foi questionado aos alunos
o que eles gostariam de comentar sobre o estudo da língua inglesa. – Foram trabalho. As pessoas
acham que quem sabe inglês é mais ‘antenado’, por isso acho que abre portas e o ProJovem facilita
muito pra quem tem pouco tempo de estudar como eu”. Foi citado também: “é muito bom. Estou
aprendendo muito com as aulas, gosto dos vídeos e certamente vai me ajudar no futuro quando eu
terminar meus estudos. “Eu não gostava de inglês, mas aqui estou me convencendo que não dá mais
pra dizer que não preciso disso por causa do mundo globalizado”.
Diante das informações aqui enfocadas, pode-se confirmar o quanto os alunos sujeitos dessa
pesquisa veem na EJA especialmente no programa Projovem urbano, uma possibilidade de
adquirirem um conhecimento que venha lhes proporcionar uma vida melhor baseada nos objetivos
deste programa com seus enfoques na qualificação profissional, na participação cidadã e na oferta
da língua inglesa que se sobressai dentro do mundo globalizado e no desenvolver deste Trabalho de
Curso. Para isso, foi necessário observar a realidade, em uma atitude de escuta, não um escutar
ingênuo e passivo, mas aquele tão bem definido por Paulo Freire, em que o sujeito que escuta se
disponibiliza para “abertura à fala do outro, ao gesto do outro, às diferenças do outro” (...) e “que se
dá ao discurso do outro sem preconceitos...” (1996, p. 135).

CONCLUSÃO

De acordo com a problemática explícita neste trabalho, pode-se dizer que a aprendizagem da
língua inglesa está ganhando espaço e aceitação dos alunos jovens e adultos que a repudiavam.

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Mediante os resultados enfocados nesse estudo, considerando a metodologia utilizada pelos
professores do programa ProJovem urbano que funciona na Escola Municipal Maria das Chagas
Candeia em Patos – PB, reforça-se a ideia de que é preciso incentivar cada vez mais esses alunos,
no sentido de demonstrar junto a eles que é possível adquirir conhecimentos novos ao longo de suas
vidas e enriquecê-los numa perspectiva de estudo que lhes é proporcionado por programas como o
ProJovem que visa o seu crescimento pessoal, mas também a capacitação para o mercado de
trabalho através de aulas de qualificação e planos de ação comunitária.
No que se refere às dificuldades, constatou-se que além de achar o inglês uma língua de difícil
compreensão, os alunos trabalhadores não dispõem de tempo para dedicar-se aos estudos. Devendo
os professores dessa modalidade de ensino, reforçar a auto-estima dos discentes, mostrando sua
capacidade de aprender princípios básicos de uma língua estrangeira moderna. O que se pode
considerar possível diante da organização das aulas, com a ajuda da proposta metodológica do Guia
de Estudo do ProJovem, que enfatiza uma aprendizagem prazerosa e descontraída, com vídeos,
canções e atividades que procuram associar a língua inglesa a algumas situações comuns ao
cotidiano desses alunos, tornando possível assim o aprendizado da língua inglesa com
acompanhamento e motivação constante e atuante no processo educacional e no habitual daqueles
que integram o programa e que contribuíram diretamente para as conclusões deste trabalho.

REFERÊNCIAS

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