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PRÁTICAS MINISTERIAIS

Seminário Pastoral
INDICE
1. APRESENTAÇÃO 5
2. PLANO DE AULA 6
3. INTRODUÇÃO 7
4. CULTO 12
5. A LITURGIA DO CULTO 13
6. CEIA DO SENHOR 16
7. APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS 18
8. BATISMO 19
9. FUNERAL 20
10. NOIVADO 22
11. CERIMÔNIA DE CASAMENTO 23
12 OS SACRAMENTOS NA LITURGIA REFORMADA 25
13 CONCLUSÃO 32
14 REFERÊNCIAS ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
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1. APRESENTAÇÃO
Caro Aluno,

Este material didático corresponde à disciplina do Práticas Ministeriais. Ele foi


elaborado visando a uma aprendizagem autônoma; os conteúdos foram
cuidadosamente selecionados e a linguagem utilizada facilitará seus estudos.

A disciplina de Praticas Ministeriais é importantíssima para a sua vida ministerial,


pois através dela temos contato direto com as atividades desenvolvidas pelos ministros
da casa do Senhor.

Por se tratar de um curso de rápida duração, não temos condições de aprofundar


no estudo panorâmico, mas nos ater naquilo que é essencial para que os nossos
seminaristas tenham um conhecimento básico das principais práticas desenvolvidas na
vida cotidiana da igreja.

É claro que a experiência de vida e dos anos de vivencia ministerial acaba nos
moldando e nos tornando melhores na questão dos atributos como ministros do
evangelho, mas este aperfeiçoamento será constante até que o Senhor venha. O que
estamos fazendo agora é dando o primeiro passo.

Desejamos que tenha muito sucesso nesta disciplina e em todo o curso.

Bons Estudos!

Equipe Pedagógica CETA

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2. PLANO DE AULA
EMENTA DO CURSO

Apresentação das principais práticas ministeriais realizadas pelos ministros da casa


do Senhor cumprindo o propósito divino.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Levar o aluno a compreender sua responsabilidade como um mordomo fiel que


trata com excelência o talento concedido pelo Senhor.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Expor o conceito de liturgia.


• Apresentar a forma como devemos cultuar a Deus
• Expor a centralidade de Cristo em todas manifestações eclesiásticas.

CRONOGRAMA DE AULA

AULA ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DATA


Capítulos 3 a 7 Exposição das informações principais com
aplicação histórica _____/_____/_____
Capítulo 8 a 11 Exposição das informações principais com
aplicação histórica _____/_____/_____
Praticas Realização das atividades eclesiásticas
ministeriais _____/_____/_____
Praticas Realização das atividades eclesiásticas
ministeriais _____/_____/_____
Praticas Realização das atividades eclesiásticas
ministeriais _____/_____/_____
Prova final Prova final / Apresentação de trabalho _____/_____/_____

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3. INTRODUÇÃO
A palavra liturgia (Leito + urgia, Povo + trabalho - "serviço" ou "trabalho público")
compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições de
uma religião em particular; pode incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado (como
a Missa Católica) ou uma atividade diária como as salats muçulmanas.

A liturgia é considerada por várias denominações cristãs, nomeadamente o


Catolicismo Romano, a Igreja Ortodoxa, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Batista, a Igreja
Metodista e alguns ramos como Anglicanismo e do Luteranismo, como um ofício ou
serviço indispensável e obrigatório. Isto porque estas Igrejas cristãs prestam
essencialmente o seu culto de adoração a Deus (a teolatria) através da liturgia. Para
elas, a liturgia tornou-se, em suma, no seu culto oficial e público.

Sendo assim, a liturgia, no sentido prático do nosso contexto, é uma sequência de


ritos (ações voltadas à adoração a Deus ou diretamente relacionadas com Ele) que
ordenam uma celebração de determinada comunidade de cristãos.

Liturgia e padronização

Os cultos costumam ter uma saudação de boas-vindas, oração inicial, leitura


bíblica oficial do culto, louvor conduzido por um grupo ou cantor, participação de
conjuntos / convidados / corais, ofertório (devolução), apresentação dos visitantes,
testemunho (eventualmente), oração pelo Ministrante, pregação da palavra e/ou
exposição bíblica (doutrina ou instrução). Ao final, caso se trata de um culto
evangelístico, faz-se o apelo aos visitantes, e conclui-se com uma oração final / benção
apostólica.

Apesar de estes elementos estarem em uma ordem comumente usada, isto não
quer dizer que deva existir uma padronização, até porque deve se levar em conta a
cultura da comunidade e os costumes (desde que não colidam com os princípios
bíblicos).

Princípios importantes:

1. Toda a adoração e também as homenagens devem ser direcionadas a Deus. Se


alguém será honrado ou lembrado, que seja no contexto de Servo de Cristo e que Deus
seja celebrado pelo que fez na vida dele ou através dele.

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2. Nunca usar expressões que possam constranger ou discriminar ninguém como por
exemplo: “Os que não são crentes, fiquem de pé”, “A paz de Cristo aos servos de Deus e
uma boa noite de salvação aos amigos”, etc.

3. O culto precisa ter ordem (início, meio e fim), cumprindo sempre a previsão de horário
para evitar que pessoas, principalmente visitantes, deixem de retornar ao culto devido o
avanço do horário.

4. O objetivo sempre deve ser a edificação dos adoradores e participantes.

Formas litúrgicas de culto e adoração

As formas de expressão de culto a Deus são feitas de acordo com o propósito do


culto. Existem várias formas de culto que expressam claramente a finalidade de um culto:

a) A forma carismática: Caracteriza-se por manifestações emocionais, sonoras, visíveis, os


quais representam a atitude do adorador.

b) A forma didática: Um exemplo básico é o culto de ensino, o qual concentra a


atenção das pessoas no estudo da Palavra de Deus.

c) A forma eucarística: É aquela que valoriza a relação do crente com o memorial do


sacrifício de Cristo.

d) A forma kerigmática: A expressão se refere à proclamação. É aquele tipo de culto que


evangeliza os pecadores.

e) A forma da koinonia: Diz respeito à comunhão. Tal culto expressa a adoração a Deus
pela comunhão fraternal com os nossos irmãos.

Toda igreja local desenvolve atividades eclesiásticas com o fim de fortalecer a


igreja, os seus membros. O desenvolvimento da adoração na igreja do Novo Testamento
se deu a partir dos modelos assimilados das sinagogas.

Expressões de adoração caracterizam as formas de cultuar, e não medem a


realidade ou grande espiritualidade do adorador. Não podemos dogmatizar formas
externas de cultuar porque elas podem engessar a liberdade de espírito de
manifestação. Os ministros da Igreja devem ter o cuidado de ensinar acerca do equilíbrio
entre emoção e espiritualidade, sem bloquear a ação do Espírito Santo.

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Dois perigos ameaçam a liturgia da Igreja como forma de cultuar, de adorar a


Deus:

a) O formalismo, que engessa a liberdade para adorar;

b) E a espontaneidade sem limite, que encoraja a liberdade, mas despreza toda e


qualquer forma e pode levar a irreverência.

Culto, adoração e louvor

Ao tratarmos desse assunto, é imprescindível realçarmos a autoridade da Bíblia.


Isso porque, ao discutirmos sobre liturgia ou qualquer outra atividade da Igreja, devemos
usar a Bíblia como parâmetro para fundamentar o assunto.

Como vamos averiguar se determinada prática é correta ou incorreta? Pela


Palavra de Deus. O que deve prevalecer? É o que diz e ensina a Bíblia, nossa regra de fé
e conduta. "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de
particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo", 2Pd 1.20-21.

Vejamos a conceituação de culto, adoração e louvor:

a) Culto, no grego, é latréia, que aparece 21 vezes no Novo Testamento, e


significa literalmente “serviço religioso” (Rm 12.1; Mt 6.24).

b) Adoração, no grego, é proskunein, que originalmente significa “beijar” (Jo 4.23;


Ap 4.10).

b) Louvor, do hebraico halal, cuja raiz significa “fazer barulho”.

1- Existe outra palavra aliada no hebraico, que é yada, e se refere a movimentos


corporais que exprimem louvor.

2- Outra palavra no hebraico é zamar, que indica “o louvor expresso em cânticos


ou instrumentos musicais”.

3- No Novo Testamento, a ideia de louvor é eucaristeo, que significa “agradecer”,


e eulogéo, que significa “abençoar ou bendizer”.

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Louvor e expressão corporal

O corpo é o instrumento de expressão daquilo que está no espírito do crente. O


instrumento imediato da expressão humana começa com a boca, as cordas vocais, o
diafragma, o pulmão, o rosto e, em seguida, os braços, as pernas e os pés.

Danças

As danças na bíblia podem ser apresentadas como expressões de alegria em


eventos fora dos cultos a Deus e não o relacionadas à liturgia do culto (Êx 32.19; Jz 11.34
e 1Sm 18.6). Entretanto existem passagens que apresentam a mesma como expressão de
Louvor diante do Senhor (e não apenas de alegria ou celebração comum):

“Davi, vestindo o colete sacerdotal de linho, foi dançando com todas as


suas forças perante o Senhor, enquanto ele e todos os israelitas levavam
a arca do Senhor ao som de gritos de alegria e de trombetas”

(2 Sm. 6:14-15).

Ao ser acusado de irreverente, Davi declarou:

"Foi perante Senhor que dancei; e perante ele ainda hei de dançar”

(2 Sm 6:21).

É verdade que a dança não foi uma forma adotada na liturgia do Novo
Testamento, porém os Salmos foram amplamente usados pela Igreja primitiva. No Salmo
150:4 o salmista inclui a dança na expressão de louvor:

“Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de


cordas e com órgãos.” “Com danças e cânticos, dirão: "Em Sião estão as
nossas origens!” Salmos 87:7

“Louvem eles o seu nome com danças; ofereçam-lhe música com


tamborim e harpa.” Salmos 149:3

A maioria que discorda do uso da dança como elemento de culto alega não
haver no Novo Testamento nenhuma orientação acerca disso. Porém, sabemos pelo
próprio Paulo, que a igreja deveria usar os Salmos em seu culto a Deus. Confira:

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“Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e


salmodiando ao Senhor no vosso coração.” Efésios 5:19

Palmas

1- Não há nenhum regulamento bíblico para que se pratique ou não essa forma
de expressão corporal, mas existe uma citação no Salmo 47 "Batei palmas, todos os
povos; aclamai a Deus com voz de triunfo. " as outras citações na bíblia falam no sentido
figurado ou citam as palmas com finalidade de reprovação ou desprezo. Esta citação
está relacionada com louvor, aclamação, exaltação.

2- Apesar de ela não estar ligada a liturgia do Antigo testamento nem ser citada
no Novo, se ela for utilizada unicamente com o sentido de aclamação a Deus,
certamente deve fazer parte do culto.

Modelo e recomendações ao dirigente de culto

1. Definição de Culto (na perspectiva cristã)

Homenagens tributadas (prestadas) a Deus, adoração, liturgia, ofício divino, devoção.

2. Preparação para direção do culto

O correto é que o Pastor (a) ou Líder, responsável pela direção do culto, prepare-se ou
prepare alguém com antecedência para melhor desempenho da direção. Bem como
deve verificar todas as pessoas que terão participação no culto.

OBS. 1: Caso você seja uma pessoa que não tenha tanta habilidade ou segurança para
dirigir o culto, recomenda-se usar uma folha ou caderno de anotações, contendo o
cronograma do culto. Depois é só seguir as anotações que estarão ali a seu dispor.

3. Como deve ser a pessoa do dirigente do culto?

O dirigente deve ser alguém equilibrado espiritual e emocionalmente, trajar-se


descentemente; deve ter postura e bom testemunho de vida cristã, previamente
preparada. A fim de evitar exageros, comentários desagradáveis ou brincadeiras que
venham constranger alguém.

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4. CULTO
É indubitável que toda pessoa normal no âmbito intelectual, moral e espiritual
sabe ou sente que o ser humano não deve sua existência ao acaso. Sabe e sente que
existe um Ser superior, Criador de todas as coisas. Ao mesmo tempo, essas pessoas se
sentem atraídas; consciente ou inconscientemente, para esse Ser superior que lhes inspira
reverência, amor e o desejo de prestar-Lhe adoração.

Esses sentimentos inatos ao ser humano foram belamente expressos por Davi
no Salmo 42. "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por Ti, ó Deus,
suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando irei e me
verei perante a face de Deus?".

Todo verdadeiro cristão participa dos sentimentos expressados pelo salmista e se


une a ele quando disse: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor”.
Iremos à casa de Deus para prestar-Lhe culto e adoração.

Falando certo dia com a samaritana, Jesus lhe disse: "Vem à hora, e já chegou,
quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. (...) Deus é
espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em espírito e em verdade". (S. João
4:23 e 24). Não é suficiente ir à casa de Deus, adorar a Deus e prestar-Lhe culto; é
necessário que essa adoração e culto sejam oferecidos a Deus e sejam aceitos por Ele
como a oferta de Abel, e não rejeitados como a de Caim.

O Dicionário da Bíblia de W.W. Rand, ao explicar o que é o culto declara o


seguinte: "Reverência suprema que só é devida a Deus. Inclui adoração, louvor, ações
de graça, confissão do pecado, imploração de graça e a consideração da vontade
divina".

De forma resumida, podemos dizer que um ato de culto é uma reunião dedicada
à adoração e ao louvor a Deus. É uma ocasião para falar com Deus por meio da oração
e de ouvir a Deus pela exposição de Sua Palavra e pelas impressões do Espírito Santo. É
uma oportunidade de estar em comunhão com Deus e dos fiéis entre si. É um meio para
promover o crescimento espiritual.

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5. A LITURGIA DO CULTO
Todos sabemos que o culto divino deve ser orientado pelo Espírito Santo, e
consideraríamos uma temeridade se houvesse nestes escritos a pretensão de tomar para
o homem prerrogativas que são exclusivas do Senhor. Cabe-nos, no entanto, dizer que o
Espírito de Deus usa, para todos os atos que se praticam na igreja, o homem que se
coloca à sua disposição. É maravilhoso notar que somos instrumentos do Espírito, e é do
agrado do Senhor que os seus servos estejam devidamente informados sobre
qualquer procedimento nas atividades que a cada um têm sido conferidas.

A direção de um culto, como já aludimos, cabe prioritariamente ao Espírito Santo,


não resta dúvida, mas a participação humana é indispensável. O elemento humano na
direção de um culto a Deus precisa estar primeiramente em sintonia com o Espírito Santo.
A prática e os métodos que apresentamos aqui são de grande importância, porém não
afastam o dirigente do culto de manter-se, em todos os momentos do seu ofício, em total
dependência do Senhor.

Dirigir um culto requer muita responsabilidade, porque, neste ato, se está


trabalhando com matéria-prima do Céu, alimento do Céu, que se distribui com os
famintos espirituais. A meta de quem dirige um culto nunca pode ser a de cumprir um
anseio humano nem de encontrar uma oportunidade para expor os frutos do eu e da
vaidade, mas, sim, fazer tudo para glorificar o nome do Senhor.

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Amém. Rm 11:36

A palavra liturgia (do grego λειτουργία, "serviço" ou "trabalho público")


compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições sendo
assim celebramos os nossos cultos da seguinte forma:

1. Damos a liberdade para que o ministro de louvor inicie os cultos. Em caso de


receber grupos visitantes o pastor deverá iniciar apresentando o grupo e fazendo
uma oração, quando se trata da inauguração de um novo prédio é natural que o
pastor também inicie o culto. Apesar da liberdade dada o pastor deve observar a
forma em que o ministro inicia e conduz o culto, sempre respeitando o horário de
início.

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2. O louvor tem um tempo médio de duração de uns 30 minutos é claro que sempre
respeitamos a direção do Espírito. Ao findar o período de louvor o pastor devera
conduzir a Igreja junto com os ministros de louvor a um tempo de oração e
adoração conforme o Espírito santo lhe direciona.

3. Após este período a Igreja irá se assentar. Com a Igreja assentada o pastor
apresentara os visitantes pedindo para se colocar de pé. Ao se colocar de pé o
pastor pedirá que os visitantes recebam pelo menos três abraços dos nossos
irmãos.

Neste momento o pastor dirá aos visitantes: Receba um forte abraço em nome
dos nossos pastores pastor Elto Gomes e Luciana Gomes se sinta abraçado por
eles. Isto deve ser feito em todos os cultos.

4. Após a apresentação dos visitantes vem o momento de dizimar e ofertar. Neste


momento o pastor dará uma breve palavra sobre dízimos e ofertas. Os
consolidadores orientados pelo pastor colocarão a disposição os envelopes de
dizimo e ofertas para aqueles que ainda não receberam o seu envelope para
dizimar e ofertar. O pastor fará uma oração consagrando e abençoando os
dízimos e ofertas e logo após a oração àqueles que irão dizimar e ofertar trarão os
seus envelopes no gazofilácio. Lembrando que em todos os cultos deverão ter dois
irmãos ungindo com a unção da multiplicação os dizimistas e ofertantes quando
colocarem os envelopes no gazofilácio.

5. Após o momento do dizimo e oferta o pastor dará os avisos de forma rápida e


objetiva por isto anote os avisos com antecedência.

6. Após os avisos vem o momento da ministração da palavra.

7. No final da palavra o pastor convidara o ministério de louvor ao altar novamente


onde ministrarão mais uma canção e o pastor estará orando pela Igreja e
finalizando a sua palavra, é comum que se faça apelo neste momento.

8. Ao termino do culto o pastor Dara a benção apostólica da seguinte forma:

“A graça de Deus Pai, O amor de Deus filho, E as doces consolações do Espírito


Santo esteja com todos vós, príncipes e princesas do Senhor e com toda nação de Israel,
não só hoje mas para todo sempre. Amém.``

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A palavra assim como o louvor e as demais atividades do culto devem ser feitas
dentro do tempo previsto. Lembrando que os nossos cultos devem não somente
começar no horário, mas também terminar no horário.

Os nossos cultos têm o tempo de duração de no Máximo 2 horas aos domingos, ou


seja, se começa às 19 horas termina no Máximo as 21 horas. Na semana o tempo
Máximo de duração do culto deve ser de 1hora e 45 minutos, ou seja, se começa às 20
horas deverá terminar as 21 horas e 45 minutos.

Que o Espírito Santo nos conduza e que possamos ter cultos abençoados pelo
Senhor.

Observações

✓ Recomenda-se que o dirigente distribua as tarefas da direção do culto, a fim de que


outros participem e não sobrecarregue a pessoa do dirigente.

✓ Momento da oferta: É muito importante informar aos visitantes que eles não devem
sentir-se constrangidos a ofertar, de que este ato é de livre vontade e ao mesmo
tempo é um sinal de reconhecimento da providência divina.

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6. CEIA DO SENHOR
A Ceia do Senhor é um memorial neo-testamentário que representa a mais
sublime festa da igreja aqui na terra. Foi estatuída por Jesus para que os seus servos
sempre que a celebrem tenham renovada a memória dos seus padecimentos na cruz do
Calvário. É um ato por demais solene, e quem o oficia precisa ter o pleno conhecimento
bíblico acerca dele. A instituição da Ceia teve lugar no período pascal, ou seja, quando
o povo judeu ia, como rito, celebrar a Páscoa. O Mestre querido já antevia o momento
do seu sacrifício na cruz e assim como a celebração da Páscoa era um memorial para os
judeus com relação à libertação que Deus lhe concedera, tirando-os do Egito, a Ceia
representa para os seguidores do divino Nazareno um memorial que fala da gloriosa,
incomparável e eterna libertação que Deus em Cristo outorgou à Igreja. Paulo disse: "até
que venha", precisamente até que Ele venha devemos comemorar os seus
padecimentos que representam o alto preço pago para redimir-nos dos nossos
pecados.

3.1 A celebração da Ceia

No domingo de ceia, que em nosso ministério é o segundo domingo de cada mês,


os sevos (diáconos) orientado pelo pastor devera preparar a ceia do Senhor com
antecedência (o pão, suco, a mesa bem arrumada com arranjos, etc).

O pastor ministrara uma palavra onde ele possa fazer a aplicação do significado
da ceia e dos seus elementos. Devemos levar a Igreja a uma profunda reflexão sobre a
sua condição em Cristo e ao arrependimento dos pecados.

Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba


deste cálice. 1 Coríntios 11:28

Neste culto é sempre bom relembrar princípios como amor, perdão, santidade,
lealdade e outros.

A celebração da ceia acontece na seguinte ordem:

1. Louvor- È de suma importância que os ministros de louvor saibam que o culto é um


culto e ceia.

2. Apresentação dos visitantes.

3. Dízimos e ofertas.

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4. Avisos.

5. Ministração da palavra.

6. No final da palavra o pastor convidara o ministério de louvor ao altar novamente


onde ministrarão mais uma canção, neste momento o pastor ira se posicionar junto
à mesa da ceia.

7. Os servos (diáconos) já orientados ira se posicionar ao lado do pastor.

8. Oração consagrando os elementos da ceia.

9. Após a oração o pastor deve orientar acerca daqueles que estão aptos a
participar da ceia.

Só participa da ceia:

*Pessoas batizadas em uma Igreja evangélica que esteja em comunhão com a


Igreja.

10. Distribuição dos elementos da ceia (Pão e o cálice). Participamos da ceia de forma
coletiva, portanto cada discípulo ao receber o pão e o cálice deve esperar o
comando do pastor para participar.

11. O pastor deve se certificar se todos receberam o pão e o cálice.

12. Após certificar o pastor dará o comando para tomar a ceia lendo o texto de I
Coríntios capitulo 11.

Antes de comer o pão, o ministro lerá:

"Pois eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus,
na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e
disse: Isto é o meu corpo que é entregue por vós ." (1 Coríntios 11:23-24).

E dirá:

"Comei dele todos."

Antes de tomar o cálice, o ministro lera:

"Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice


é a Nova Aliança no meu sangue; fazei isto todas as vezes que beberdes,
em memória de mim. Pois todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha."
(1 Coríntios 11:25-26).

E dirá:

"Bebei dele todos."

13. Após ceia os ministros tocarão uma canção de celebração e o pastor finalizara o
culto dando a benção apostólica.

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7. APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS
"Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque das tais é o
reino de Deus" (Lc 18:16)

O ato de apresentar as crianças tem respaldo bíblico, ainda que não


constitua mandamento neotestamentário. Era um costume estatuído na lei de Moisés,
que logo a igreja adotou na forma que conhecemos.

Quando assim procedemos, estamos seguindo a prática admitida pela Igreja de


todos os tempos. Não é o batismo em água, e sim uma apresentação de crianças a
Deus, uma ação de graças e de fé, uma súplica pela bênção divina. Deve-se ter o
cuidado de fazer da melhor forma possível as apresentações das crianças que são
trazidas ao santuário com essa finalidade.

A apresentação de crianças normalmente acontece no final do culto destinado


para tal ato, este culto deve ser anunciado com antecedência para que os pais passem
o nome das crianças e dos padrinhos.

No final do culto o pastor anunciara a apresentação das crianças e convidara os


servos, diáconos ou pastores auxiliares para ajudá-lo.

A seguir:

1. O pastor convidara os pais com a criança e os padrinhos ao altar. Deve ser


anunciado o nome dos pais da criança e dos padrinhos.

2. O pastor pedira, se possível, que o padrinho ou um auxiliar tome a criança


nos braços e dê um passo à frente.

3. O pastor ou um auxiliar fará a unção da criança (caso haja mais de uma


criança todas deverá ser ungidas).

4. Logo após o pastor fará uma oração impondo as mãos consagrando cada
criança. Nesta oração os pais e os padrinhos deverão ser abençoados.

5. É importante que cada criança receba o certificado de apresentação e


uma lembrancinha.

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8. BATISMO
Há duas cerimônias que são essenciais, já que foram devidamente ordenadas: o
batismo e a Santa Ceia. Em virtude de seu caráter sagrado, estas cerimônias são
descritas às vezes como sacramentos, ou seja, coisas sagradas. Também são chamadas
ordenanças, porque são cerimônias ordenadas pelo Senhor Jesus Cristo.

A palavra "batizar", empregada na forma do batismo, significa literalmente


"submergir". Esta interpretação está confirmada por estudiosos do idioma grego e
historiadores eclesiásticos. O batismo por imersão está de acordo com o significado
simbólico do batismo, ou seja, morte, sepultamento e ressurreição (Romanos 6:1-14).

Só devem ser batizadas as pessoas que tiverem reconhecido seu pecado, tiverem
se arrependido e aceitado Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. O ministro ensinará a
estas pessoas as doutrinas cristãs através do curso das águas.

Tudo deve ser preparado com antecedência (local, batas, batistério,local de


troca de roupa,etc) o batistério deve ser cheio com antecedência para que não haja
imprevisto.

O batismo é realizado em um culto especifico, então, após o louvor e a palavra o


pastor iniciara o batismo na seguinte ordem:

1. Oração consagrando a água.

2. O ministro ira receber o batizando no batistério e o mesmo será orientado a


colocar as mãos em posição de oração. O ministro então dirá:

Irmão(ã) _____________ confessa Jesus como seu único e suficiente Salvador.

Batizando: Sim.

Ministro: Mediante a sua publica profissão de fé como ministro do evangelho eu te


batizo em nome do PAI, FILHO e do ESPIRITO SANTO.

O batizando deverá ser mergulhado por completo na água, o pastor deve então
com uma mão segurar na mão que estar em posição de oração e com a outra mão
apoiar as costas do batizando. Para facilitar peça ao batizando que no momento em
que for mergulhado ele faça um movimento como se assentando sobre o calcanhar.

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9. FUNERAL
Este cerimonial, do ponto de vista humano, é o que menos agrada ao ministro,
porém não se pode fugir ao dever do ofício. Ademais, é uma oportunidade para se
evidenciarem os valores espirituais com que o Espírito de Deus dotou aquele servo que
agora passou para o Senhor.

Cabe, portanto, ao oficiante da cerimônia fúnebre observar as recomendações


que abaixo seguem:

Em primeiro lugar, certifique se é um desejo da família o culto fúnebre, caso seja


procure um representante da família para lhe apresentar de forma pública ou em
particular aos demais familiares. Deve-se conhecer a condição espiritual e o
testemunho da pessoa falecida, para evitar pronunciamentos inverídicos que possam
criar constrangimentos.

É sempre bom que se faça alusão à pessoa a ser sepultada quando da sua
existência se possa tirar algum bom exemplo para aplicá-lo em forma de conselho
espiritual aos que estiverem presentes ao ato.

Conhecer os membros da família antes de iniciar a cerimônia é uma medida


prudente já que esses precisam de uma palavra de conforto no momento.

Deve o oficiante conhecer o local e o horário do sepultamento, com segurança.

Passos a serem dados:

1. Comparecer ao local do sepultamento pelo menos uma hora antes. Nunca é uma
atitude agradável chegar às carreiras quando o momento é de tristeza para
pessoas que nos são caras em Cristo, pois representamos, então, como ministros,
as pessoas mais capazes de ajudá-los espiritualmente nessa fase.

2. Iniciar com uma oração, pedindo a Deus a sua graça para a cerimônia.

3. Fazer a leitura da Palavra de Deus, usando entre outros, alguns dos seguintes
textos: 1 Tessalonicenses 4.13-18; 2 Coríntios 1.5-7; 5.1-10; 1 Coríntios 15.39-55; Salmo
116.15; Apocalipse 14.13; 21.3,4.

Feita a leitura, fazer explanação, de acordo com a inspiração que recebeu, mas
com concisão e objetividade.

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Embora o momento sendo de dor e tristeza pela separação do ser querido que
partiu, é, no entanto, uma oportunidade para renovar a nossa memória quanto às
promessas do Senhor nosso Deus. Se o testemunho deixado pela pessoa objeto do
ato fúnebre foi um exemplo de fé e obediência à Palavra do Senhor, toma-se isso
causa de grande inspiração para quem oficia o ato, e para todos os que fizerem uso da
palavra.

Os cânticos só deverão ser executados com autorização da família enlutada.


Nunca por iniciativa do oficiante ou de pessoas alheias à família, para evitar que alguém
se sinta ferido, em lugar de confortado.

4. Após o ato, o oficiante fará mais uma oração, suplicando a Deus consolação para
todos e deve-se agradecer ao Senhor o tempo que ele passou entre nós, e pelos
exemplos de fé que nos legou.

5. Após esta oração, o oficiante dirá: "Está concluída a cerimônia e a condução do


sepultamento fica a critério da família".

Às vezes, somos convidados para dar auxílio espiritual a uma família cujo falecido
não é crente. Em tais circunstâncias, nada temos a mencionar quanto à pessoa do
extinto, mas tão somente aproveitar a oportunidade de se viver preparado para o
instante do chamamento eternidade. A ocasião é muito oportuna para se dizer que sem
Cristo nesta vida, a eternidade não será feliz. Se alguém se decidir por Cristo naquele
momento,(se o apelo for conveniente), será feita uma oração. Deve-se ter cuidado para
não fazer alusões à pessoa do morto, dizendo que foi ou não salvo. Não somos juízes
nessas ocasiões: somos anunciadores da fé em Cristo.

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Seminário Pastoral 22

10. NOIVADO
Ficar noivo é o costume adotado na nossa sociedade por quem pretende
assumir o casamento. Sugere uma atitude séria e uma decisão definida dos que
resolvem ficar noivos. Com muita frequência, namorados solicitam do seu pastor a
celebração do seu noivado.

Segue algumas orientações para este momento:

1. Iniciar fazendo uma oração.

2. Ministrar uma palavra falando de compromisso e aliança o ministrante aproveitará


para dizer ao casal que a responsabilidade agora é muito maior, tanto diante da
família como da sociedade e principalmente diante de Deus. Dirá ainda que o
noivado não significa liberdade e sim responsabilidade. O proceder dos noivos
deve ser totalmente norteado pelo temor do Senhor, a fim de que a preparação
para o casamento receba a plenitude das bênçãos do Altíssimo e em tudo Ele
seja glorificado.

3. Proferida a palavra, o ministrante pedirá aos pais dos namorados, se presentes,


para ficarem próximos aos filhos e com as alianças levantadas fará uma oração
abençoando as alianças.

4. O ministrante pedirá à mãe da moça que coloque a aliança no dedo


correspondente da mão direita do rapaz e em seguida pedirá que o pai do rapaz
ponha a aliança no dedo e na mão correspondente da moça. Não havendo pais
para a colocação das alianças, poderão substituídas por parentes mais próximos.
Após este procedimento o oficiante fará uma oração a Deus pedindo-lhe que
confirme o que se acaba de celebrar.

5. O ministrante dará a cerimônia por encerrada.

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11. CERIMÔNIA DE CASAMENTO


O casamento é uma instituição civil e religiosa, estando, portanto, sujeito a
regulamentos jurídicos.

O pastor deve familiarizar-se com as leis do Estado e da Nação onde estiver


celebrando esta cerimônia, pois só assim manterá sua consciência tranquila, sabendo
que está cumprindo os requisitos da lei. Além disto, deve manter um registro no qual fará
constar os casamentos realizados em sua igreja, com todos os dados necessários, e a
assinatura dos cônjuges, das testemunhas e do ministro oficiante.

A cerimônia pode ser celebrada no templo, ou em uma casa particular, mas


sempre na presença de testemunhas.

Convém que o pastor conhecer antecipadamente a ordem do programa da


cerimônia para evitar confusões.

O pastor, antes de realizar a cerimônia religiosa, exige dos nubentes a certidão de


casamento civil. Porém, em outras cidades, o pastor realiza o Casamento Religioso para
Efeitos Civis. Nesse último caso, antes de realizar a cerimônia, o pastor exige dos noivos a
certidão de habilitação para eles poderem se casar. Essa certidão é requerida junto ao
cartório do distrito de residência de um dos nubentes. De posse desse documento, o
pastor realiza o Casamento Religioso para Efeitos Civis.

Na semana seguinte à cerimônia, o casal ou um de seus familiares, encaminha ao


cartório o Termo de Casamento Religioso para Efeitos Civis, comprovando a realização
da cerimônia religiosa, e solicitando a Certidão de Casamento, devidamente registrada.

11.1 Cerimonial de casamento

1. ABERTURA. Com os noivos no altar.

2. Leitura da certidão de casamento.

3. Oração - Assentar

4. Palavra – 20 Minutos.

Todos de pé – orar por todos. É importante que neste momento o pastor conduza
todos os casais casados a uma renovação de aliança baseado na palavra ministrada.

5. Após oração só testemunha de pé.

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_______________ Você promete diante de Deus, parentes, testemunhas e amigos


que estão aqui nesta noite receber ________________ como seu (a) legitimo (a) esposo (a).

Você empenha a sua palavra que fará de tudo para que os sonhos do (a)
____________ sejam realizados.

6. Os noivos deverão repetir a seguinte declaração.

Eu,____________ recebo você __________________ como minha legitima esposa (o),


para que nós dois sejamos um deste dia em diante. Para os dias bons e para os dias
maus, em riqueza e pobreza, em prosperidade ou em adversidade para cuidar de você
e lhe amar até que a morte nos separe.

7. Para selar esta declaração que entre as alianças.

Rápida palavra sobre aliança.

8. Orar pelas alianças. Todos de pé.

9. Os noivos põem as alianças dizendo.

_____________________ Eu quero dizer diante de Deus das testemunhas e amigos


que estão aqui nesta noite que eu te amo; você é a mulher (homem) mais linda (o) do
mundo, a minha (meu) princesa (príncipe) e que para sempre há de ser dona (o) do meu
coração, empenho a minha palavra que farei de tudo para fazer de você uma esposa (
esposo) mais feliz do mundo.

Usando esta aliança eu me caso contigo unindo a ti a minha vida e tornando-te


participante de todos os meus sonhos.

10. Beijo para foto.

11. Ceia. I Co 11.23-26.

12. Chamar os pais e falar sobre a autoridade dos mesmos.

13. Oração de joelhos. (Toda igreja devera está de pé e estender a mão). No final da
oração o pastor dirá:

(NOME DOS NOIVOS) como Ministro do evangelho eu vos declaro marido e


mulher; em nome do PAI do FILHO e do ESPIRITO SANTO.

14. Assinatura do livro

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12 OS SACRAMENTOS NA LITURGIA REFORMADA


Por Louis Berkhof

A. Relação Entre a Palavra e os Sacramentos

Em distinção da Igreja Católica Romana, as igrejas da Reforma salientam a


prioridade da Palavra de Deus. Enquanto aquela parte dos pressupostos de que os
sacramentos contêm tudo que é necessário para a salvação dos pecadores, não
precisam de interpretação e, portanto, tornam a Palavra completamente supérflua
como meio de graça, estas consideram a Palavra como absolutamente essencial, e
apenas levantam a questão, por que se lhe deve acrescentar os sacramentos.

Alguns luteranos alegam que uma graça específica, diferente da que é produzida
pela Palavra é transmitida pelos sacramentos. Isso é quase universalmente negado pelos
reformados (calvinistas), uns poucos teólogos escoceses e o doutor Kuyper formando
exceções à regra. Eles assinalam o fato de que Deus criou o homem de tal maneira, que
ele obtém conhecimento particularmente pelas avenidas dos sentidos da visão e da
audição. A Palavra está adaptada aos ouvidos e os sacramentos aos olhos. E, desde que
os olhos são mais sensíveis que os ouvidos, pode-se dizer que Deus, ao acrescentar os
sacramentos à Palavra, vem em auxílio do pecador. A verdade dirigida aos ouvidos
através da Palavra está representada simbolicamente nos sacramentos para os olhos.

Deve-se ter em mente, porém, que, enquanto a Palavra pode existir e também é
completa sem os sacramentos, os sacramentos nunca são completos sem a Palavra. Há
pontos de semelhança e de diferença entre a Palavra e os sacramentos.

Vale ressaltar, no entanto, que na Nova Missa, filha do Concilio Vaticano II, o culto
católico foi dividido em dois momentos centrais: a Liturgia da Palavra e a Liturgia
da Eucaristia, afirmando a realidade de uma "mesa da Palavra de Deus", e uma "mesa
do Corpo de Cristo", igualando-as em valor, segundo seus próprios críticos dentro do
Vaticano. Evidentemente, a intenção é dar a Pregação um valor que antes lhe era
negado. Além disso, é notória a ênfase que o Novus Ordo dá a termos como "ceia" e
"memória", diminuindo a ênfase no caráter sacrificial da Missa tradicional. Isso explica o
fato de católicos tradicionalistas se recusarem a participar da missa nova.

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A influência protestante na Nova Missa é inegável, apesar de limitada, quando se


sua aprovação, o jornal oficial do Vaticano, (L’Osservatore Romano, 13/10/1967),
declarou que a intenção fora "remover todas as pedras que possam constituir mesmo
uma sombra de risco de obstáculo ou de desagrado para os nossos irmãos separados” -
ou seja, cristãos de outras confissões - (...) "...a reforma litúrgica deu um passo notável
para a frente e houve uma aproximação das formas da Igreja luterana” (Marcelo Lemos,
editor).

1. PONTOS DE SEMELHANÇA. Eles concordam: (a) no autor, visto que Deus mesmo
instituiu ambos como meio de graça; (b) no conteúdo, pois Cristo é o conteúdo central
tanto da Palavra como dos sacramentos; e (c) na maneira pela qual o conteúdo é
assimilado, isto é, pela fé. Esta constitui o único modo pelo qual o pecador pode tornar-
se participante da graça oferecida na Palavra e nos sacramentos.

2. PONTOS DE DIFERENÇA. Eles diferem: (a) em sua necessidade, sendo que a


Palavra é indispensável, ao passo que os sacramentos não; (b) em seu propósito, desde
que a Palavra visa a gerar e a fortalecer a fé, enquanto que os sacramentos servem
somente para fortalecê-la; e (c) em sua extensão, visto que a Palavra vai pelo mundo
inteiro, ao passo que os sacramentos só são ministrados aos que estão na igreja.

B. Origem e Sentido da Palavra “Sacramento”

A palavra “sacramento” não se encontra na Escritura. É derivada do termo latino


sacramentum , que originariamente denotava uma soma de dinheiro depositada por
duas partes em litígio. Após a decisão da corte, o dinheiro da parte vencedora era
devolvido, enquanto que a da perdedora era confiscada.

Ao que parece, isto era chamado sacramentum porque objetivava ser uma
espécie de oferenda propiciatória aos deuses. A transição para o uso cristão do termo
deve ser procurada: (a) no uso militar do termo, em que denotava o juramento pelo qual
um soldado prometia solenemente obediência ao seu comandante, visto que no
batismo o cristão promete obediência ao seu Senhor; e (b) no sentido especificamente
religioso que o termo adquiriu quando a Vulgata o empregou para traduzir o grego
mysterion .

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É possível que este vocábulo grego fosse aplicado aos sacramentos por terem eles
uma tênue semelhança com alguns dos mistérios das religiões gregas. Na Igreja Primitiva
a palavra “sacramento” era empregada primeiramente para denotar todas as espécies
de doutrinas e ordenanças. Por esta mesma razão, alguns se opuseram ao nome e
preferiam falar em “sinais” ou “mistérios”. Mesmo durante e imediatamente após a
Reforma, muitos não gostavam do nome “sacramento”.

Melanchton empregava “signi”, e tanto Lutero como Calvino achavam necessário


chamar a atenção para o fato de que a palavra “sacramento” não é empregada em
seu sentido original na teologia. Mas o fato de que a palavra não se encontra na
Escritura e de que não é utilizada em seu sentido original quando aplicada às
ordenanças instituídas por Jesus, não tem por que dissuadir-nos, pois muitas vezes o uso
determina o sentido de uma palavra.

Pode-se dar a seguinte definição de sacramento: Sacramento é uma santa


ordenança instituída por Cristo, na qual, mediante sinais perceptíveis, a graça de Deus
em Cristo e os benefícios da aliança da graça são representados, selados e aplicados
aos crentes, e estes, por sua vez, expressam sua fé e sua fidelidade a Deus.

C. Partes Componentes do Sacramento

Devemos distinguir três partes nos sacramentos.

1. O SINAL EXTERNO OU VISÍVEL. Cada sacramento contém um elemento


material, palpável aos sentidos. Num sentido bem livre, este elemento às vezes é
chamado sacramento. Contudo, no sentido estrito da palavra, o termo é mais inclusivo e
denota o sinal e aquilo que é significado ou simbolizado. Para evitar mal-entendido,
deve-se ter em mente este uso diferente. Isto explica por que se pode dizer que um
descrente pode receber, e, todavia, não receber o sacramento.

Não o recebe no sentido pelo da palavra. O objeto externo do sacramento inclui,


não somente os elementos que se usam, a saber, água, pão e vinho, mas também o rito
sagrado, aquilo que se faz com estes elementos. Segundo este ponto de vista externo, a
Bíblia denomina os sacramentos sinais e selos, Gn 9.12, 13; 17.11; Rm 4.11.

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2. A GRAÇA ESPIRITUAL INTERNA, SIGNIFICADA E SELADA. Os sinais e selos


pressupõem algo que é significado e selado e que geralmente é chamado matéria
interna do sacramento. Esta é variadamente indicada na Escritura como aliança da
graça, Gn 9.12, 13; 17.11, justiça da fé, Rm 4.11, perdão dos pecados, Mc 1.4: Mt 26.28, fé
e conversão, Mc 1.4; 16.16, comunhão com Cristo em Sua morte e ressurreição, Rm 6.3, e
assim por diante. Declarada resumidamente, pode-se dizer que consiste de Cristo e todas
as Suas riquezas espirituais. Os católicos romanos a vêem na graça santificante
acrescentada à natureza humana, capacitando o homem a praticar boas obras e a
subir às alturas da visio Dei (visão de Deus).

Os sacramentos não significam meramente uma verdade geral, mas uma promessa
dada a nós e por nós aceita, e servem para fortalecer a nossa fé com respeito à
realização dessa promessa, Gn 17.1-14; Ex 12.13; Rm 4.11-13. eles representam
visivelmente e aprofundam a nossa consciência das bênçãos espirituais da aliança, da
purificação dos nossos pecados e da nossa participação na vida que há em Cristo, Mt
13.11; Mc 1.4, 5; 1 Co 10.2, 3, 16, 17; Rm 2.28, 29; 6.3, 4; Gl 3.27. Como sinais e selos, eles
são meios de graça, isto é, meios pelos quais se fortalece a graça interna produzida no
coração pelo Espírito Santo.

3. UNIÃO SACRAMENTAL ENTRE O SINAL E AQUILO QUE É SIGNIFICADO.


Geralmente se lhe chama forma sacramenti, forma dos sacramentos (forma significando
aqui essência), porque é exatamente a relação entre o sinal e a coisa significada que
constitui a essência do sacramento. Segundo o conceito reformado (calvinista), esta (a)
não é física, como pretendem os católicos romanos, como se a coisa significada fosse
inerente ao sinal e o recebimento da matéria externa incluísse necessariamente a
participação na matéria interna; (b) nem local, como a descrevem os luteranos, como se
o sinal e a coisa significada estivessem presentes no mesmo espaço, de sorte que tanto
os crentes como os incrédulos recebessem o sacramento completo ao receberem o
sinal; (c) mas espiritual, ou como o expressa Turretino, moral e relativa , de modo que,
quando o sacramento é recebido com fé, a graça de Deus o acompanha.

Conforme este conceito, o sinal externo torna-se um meio empregado pelo Espírito
Santo na comunicação da graça divina. A estreita relação existente entre o sinal e a
coisa significada explica o emprego daquilo que geralmente se chama “linguagem
sacramental”, na qual o sinal é mencionado em lugar da coisa significada, ou vice-versa,
Gn 17.10; At 22.16; 1 Co 5.7.

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D. Necessidade dos Sacramentos

Os católicos romanos afirmam que o batismo é absolutamente necessário para


todos, para a salvação, e que o sacramento da penitência é igualmente necessário
para aqueles que cometeram pecado mortal depois do batismo; mas que a
confirmação, a eucaristia e a extrema unção são necessárias somente no sentido de que
foram ordenadas e são eminentemente úteis. Por outro lado, os protestantes ensinam
que os sacramentos não são absolutamente necessários para a salvação, mas são
obrigatórios em vista do preceito divino.

A negligência voluntária do seu uso redunda no empobrecimento espiritual e tem


tendência destrutiva, precisamente como acontece com toda desobediência
persistente a Deus. Que não são absolutamente necessários para a salvação, segue-se:
(1) do caráter espiritual e livre da dispensação do Evangelho, na qual Deus não prende a
Sua graça ao uso de certas formas externas, Jo 4.21, 23; Lc 18.14; (2) do fato de que a
Escritura menciona unicamente a fé como condição instrumental da salvação, Jo 5.24;
6.29; 3.36; At 16.31; (3) do fato de que os sacramentos não originam a fé, mas a
pressupõem, e são ministrados onde se supõe a existência da fé, At 2.41; 16.14, 15, 30, 33;
1 Co 11.23-32; e (4) do fato de que muitos foram realmente salvos sem o uso dos
sacramentos. Pensemos nos crentes anteriores ao tempo de Abraão e no ladrão
penitente na cruz.

E. Os Sacramentos do Velho e do Novo Testamento Comparados

1. SUA UNIDADE ESSENCIAL. Roma alega que há diferença essencial entre os


sacramentos do Velho Testamento e os do Novo. Ela afirma que, à semelhança de todo
o ritual da antiga aliança, seus sacramentos também eram meramente típicos. A
santificação produzida por eles não era interna, mas apenas legal, e prefigurava a graça
que haveria de ser conferida ao homem no futuro, em virtude da paixão de Cristo.

Isso não significa que nenhuma graça interna acompanhava o uso deles, mas
simplesmente que isso não era efetuado pelo sacramento propriamente dito, como
acontece na nova dispensação. Eles não tinham eficácia objetiva, não santificavam o
participante ex opere operato, mas unicamente ex opere operantis, isto é, por causa da
fé e caridade com que eram recebidos. Uma vez que a plena concretização da graça
tipificada por aqueles sacramentos dependia da vinda de Cristo, os santos do Velho
Testamento foram encerrados no Limbus Patrum (Limbo dos Pais) até Cristo os tirar de lá.

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Seminário Pastoral 30

A verdade, porém, é que não há diferença entre os sacramentos do Velho


Testamento e os do Novo. Provam-no as seguintes considerações; (a) em 1 Co 10.1-4
Paulo atribui à igreja do Velho Testamento aquilo que é essencial nos sacramentos do
Novo testamento; (b) em Rm 4.11 ele fala da circuncisão de Abraão como selo da justiça
da fé; e (c) em vista do fato de que eles representam as mesmas realidades espirituais, os
nomes dos sacramentos de ambas as dispensações são utilizados uns pelos outros: a
circuncisão e a páscoa são atribuídas à igreja do Novo Testamento, 1 Co 5.7; Cl 2.11, e o
batismo e a Ceia do Senhor à igreja do Velho Testamento, 1 Co 10.1-4.

3. SUAS DIFERENÇAS FORMAIS. Não obstante a unidade essencial dos


sacramentos das duas dispensações, há certos pontos de diferença. (a) Em Israel os
sacramentos tinham um aspecto nacional em acréscimo à sua significação espiritual
como sinais e selos da aliança grega. (b) Ao lado dos sacramentos, Israel tinha muitos
outros ritos simbólicos, tais como as ofertas e as purificações, que no essencial
concordavam com os seus sacramentos, ao passo que os sacramentos do Novo
Testamento estão absolutamente sós. (c) Os sacramentos do Velho Testamento
apontavam para Cristo no futuro, e eram os selos da graça que ainda teriam que ser
merecidas, ao passo que os do Novo testamento apontam para Cristo no passado e o
Seu sacrifício de redenção já consumado. (d) Em harmonia com o conteúdo total da
dispensação do Velho Testamento, a porção da graça divina que acompanhava o uso
dos sacramentos do Velho Testamento era menor do que a que atualmente se obtém
mediante o confiante recebimento dos sacramentos do Novo Testamento.

F. Número dos Sacramentos

1. NO VELHO TESTAMENTO. Durante a antiga dispensação havia dois sacramentos,


quais sejam, a circuncisão e a páscoa. Alguns teólogos reformados (calvinistas) eram de
opinião que a circuncisão originou-se em Israel e foi auferido deste povo da aliança por
outras nações. Mas agora é patentemente claro que esta posição é insustentável. Desde
os tempos mais primitivos, os sacerdotes egípcios eram circuncidados. Além disso, a
prática da circuncisão se acha em muitos povos da Ásia, da África e até da Austrália, e
é muito improvável que todos a tenham derivado de Israel. Todavia, somente em Israel
ela se tornou um sacramento da aliança da graça.

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Seminário Pastoral 31

Como pertencente à dispensação do Velho Testamento, era um sacrifício cruento,


simbolizando a excisão da culpa e da corrupção do pecado, e constrangendo as
pessoas a deixarem que o princípio da graça de Deus penetrasse suas vidas
completamente. A páscoa também era um sacrifício cruento. Os israelitas escaparam do
destino dos egípcios com sua substituição por um sacrifício, que foi um tipo de Cristo, Jo
1.29, 36; 1 Co 5.7. A família salva comeu o cordeiro que fora imolado, simbolizando assim
um ato assimilativo de fé, muito parecido com o ato de comer o pão na Ceia do Senhor.

2. NO NOVO TESTAMENTO. A igreja do Novo Testamento também tem dois


sacramentos, a saber, o batismo e a Ceia do Senhor. Em harmonia com a nova
dispensação em seu conjunto global, eles são sacramentos incruentos. Contudo,
simbolizam as mesmas bênçãos espirituais que eram simbolizadas pela circuncisão e pela
páscoa na antiga dispensação. A igreja de Roma aumentou para sete o número dos
sacramentos de maneira totalmente infundada. Aos dois que foram instituídos por Cristo
ela acrescentou a confirmação, a penitência, a ordenação, o matrimônio e a extrema
unção. Ela procura base bíblica para a confirmação em At 8.17; 14.22; 19.6; Hb 6.2; para
a penitência em Tg 5.16; para a ordenação em 1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6; para o matrimônio
em Ef 5.32; e para a extrema unção em Mc 6.13; Tg 5.14.

Pressupõe-se que cada um destes sacramentos comunica, em acréscimo à graça


geral da santificação, uma graça sacramental especial, diferente em cada sacramento.
Esta multiplicação dos sacramentos criou uma dificuldade para a igreja de Roma.
Geralmente se admite que, para serem válidos, precisam ter sido instituídos por Cristo;
mas Cristo instituiu apenas dois. Conseqüentemente, ou os outros não são sacramentos,
ou o direito de instituí-los terá que ser atribuído aos apóstolos também. Na verdade, antes
do Concílio de Trento, muitos asseveravam que os cinco adicionais não foram instituídos
diretamente por Cristo, mas por meio dos apóstolos.

Todavia, aquele concílio declarou ousadamente que todos os sete sacramentos


foram instituídos pessoalmente por Cristo, e, desse modo, impôs à teologia da sua igreja
uma tarefa impossível. É um ponto que tem que ser aceito pelos católicos romanos com
base no testemunho da igreja, mas que não de vê ser comprovado.

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Seminário Pastoral 32

13 CONCLUSÃO
A vida de um pastor é movida por desafios constantes. Nenhum culto é igual ao
outro, nenhum casamento, nenhum funeral, etc. por isso a necessidade de que o ministro
seja sempre direcionado pelo Espirito Santo para que possa desenvolver as atividades
conforme o coração de Deus.

As praticas ministeriais são nada mais nada menos do que o dia a dia do bom
mordomo do Senhor, que zela por fazer o melhor com o talento ao qual lhe foi confiado.

Temos pleno entendimento de que o Senhor através da unção do Espirito Santo lhe
capacitará para ser um instrumento poderoso em Suas mãos e com isto manifestar a Sua
glória.

Deus abençoe sua jornada de conhecimento e prática no evangelho do Reino.

Equipe Pedagógica CETA

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