ANNA DANIELLE

Concreto Armado 2
CONCEITO
 Lajes são elementos estruturais
laminares, submetidos a cargas
predominantemente normais à sua
superfície média, que têm a função de
resistirás cargas de utilização atuantes na
estrutura;

CLASSIFICAÇÃO
 São classificadas como elementos
integrantes da estrutura terciária da  Lajes lisas e cogumelo: Apoiadas
superestrutura de uma edificação, tendo diretamente em pilares. São chamadas de
a finalidade de suportar a aplicação lajes-cogumelo caso haja alargamento,
direta das cargas distribuídas em chamado capitel, na transição pilar-laje;
superfície; caso contrário, são denominadas lajes
 Lajes apoiadas sobre vigas: São lisas.
sustentadas por vigas nos bordos,
usualmente executadas em um processo
único de moldagem. Um bordo
eventualmente sem viga de sustentação
denomina-se "bordo livre".
CLASSIFICAÇÃO DE LAJES
RETANGULARES APOIADAS EM
TODO O CONTORNO

LAJES EM CRUZ
 Lajes nervuradas: Podem ser
completamente moldadas no local ou  Quando a relação entre os vãos teóricos é
com nervuras pré-moldadas; nestas menor ou igual a 2;
últimas, uma "capa de concreto"  Os momentos fletores na laje são
moldada no local trabalha à compressão calculados segundo as duas direções,
e a resistência à tração é fornecida pelas para quaisquer condições de apoio nos
nervuras. No caso de ser colocado algum bordos- engaste ou apoio simples;
material inerte entre as nervuras, tijolos
ou blocos, para fornecer o teto liso, são
denominadas "lajes mistas"
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 10 cm para lajes que suportem veículos
de peso total menor ou igual a 30 kN;
 12 cm para lajes que suportem veículos
de peso total maior que 30 kN;
 15 cm para lajes com protensão
 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-
cogumelo;

LAJES CALCULADAS ERH UMA SÓ

DIREÇÃO
 Quando a relação dos vãos efetivos é
superiora 2;
 Apenas os bordos maiores são
considerados como apoios para fins de
cálculo. Os momentos fletores são
calculados apenas na direção paralela
ao menor vão, dos quais se obtém a
correspondente armadura principal. A  Espessura do cobrimento de concreto
armadura na direção paralela ao vão (Cnom) em lajes de concreto armado:
maior não é calculada, sendo
denominada "armadura de
distribuição" e fixada como uma
parcela da principal. Esse tipo de laje é
comumente chamada de "armada em
uma só direção", denominação
imprecisa, pois existem armaduras nas  Para bitolas da armadura até 10 mm e
duas direções, mesmo que seja calculada classe ambiental CAA l, podem ser
apenas a paralela à menor direção adotados os valores da altura útil da laje
(distância do centro de gravidade da
armadura principal até a fibra mais
comprimida);

 Para outras classes ambientais, a altura

ESPESSURA DAS LAJES útil pode diminuir muito. Na classe IV,
por exemplo, para uma laje revestida de
 5 cm para lajes de cobertura não em espessura 12 cm, têm-se para armaduras
balanço; negativas d = 10 cm e positivas d = 7
 7 cm para lajes de piso ou de cobertura cm.
em balanço;
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AVALIAÇÃO DE CARGAS NAS
LAJES

CARGAS PERMANENTES

PESO PRÓPRIO

CARGAS DE PAREDES APOIADAS

SOBRE LAJES EM CRUZ
PESO DOS REVESTIMENTOS
INFERIOR E SUPERIOR  As cargas das paredes são consideradas
uniformemente distribuídas em toda a
 Nos casos usuais de piso com tacos de laje.
madeira, argamassa de contrapiso e
revestimento inferior da laje com
argamassa de até 2,0 cm de espessura, é
comum se adotar uma carga permanente
adicional com o valor 100kgf/m².

CARGAS DE PAREDES APOIADAS  g parede = carga uniforme em toda a

DIRETAMENTE SOBRE AS LAJES
 No lançamento estrutural, é conveniente
dispor as vigas alinhadas sob as
paredes principais, para receber sua
carga. Entretanto, isso nem sempre é
possível, sendo frequente haver paredes
assentadas diretamente sobre as lajes.
área da laje
 H = altura da parede (pé direito)
 a, b = comprimentos dos trechos de
parede
 p’ = peso unitário da parede acabada

 No caso de tijolo cerâmico furado de

dimensões 10x20x20 cm, os pesos por
área de parede acabada, p', da Tabela 7.2,
são calculados como se segue
(aproximação em múltiplos de 10):
CARGAS DE PAREDES APOIADAS
SOBRE LAJES EM UMA DLREÇÃO
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 Duas posições podem ser consideradas CARGAS ACIDENTAIS
para avaliar a carga da parede sobre a
laje: parede paralela ou perpendicular ao
menor vão.

CÁLCULO DE MOMENTOS EM
LAJES MACIÇAS RETANGULARES

CÁLCULO NO REGIME ELÁSTICO

 Esforços e deslocamentos para materiais
elásticos e uniformes obtidos da solução da
Equação de Lagrange:

MOMENTOS FLETORES EM DUAS

DIREÇOES ORTOGONAIS
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MÉTODOS BASEADOS NA TEORIA

DA ELASTICIDADE
 Baseado na solução da equação de Lagrange
por técnicas diversas:
a) Integração por series trigonométricas
b) Integração numérica e solução de
sistemas de equações lineares

METODOS CLASSICOS PARA

MÉTODOS MISTOS
CALCULO DE ESFORÇOS EM LAJES
(ELÁSTICOS)  Introduzem correções nos momentos
fletores obtidos pela Teoria das Grelhas,
TEORIA DAS GRELHAS por meio de coeficientes extraídos da
 Divide-se a laje em faixas ortogonais de solução da Equação de Lagrange pela
largura unitária, paralelas aos bordos Teoria da Elasticidade.
 A carga na laje é dividida em duas
MÉTODO DE MARCUS
parcelas, correspondentes às faixas
ortogonais (Px + Py = P)  Mais usado, na prática, para o cálculo de
 Calculam-se as faixas como vigas para a momentos em lajes de edificações
parcela respectiva da carga usuais, pela simplicidade e resultados
 Método conservador: despreza a ligação satisfatórios no regime elástico (ELS).
lateral entre as faixas paralelas  Desvantagem: momentos negativos
adjacentes e o comportamento elevados
monolítico como placa.  NBR 6118 permite redução, desde que se
aumentem os positivos na mesma
proporção.

CALCULO NO REGIME RIGIDO-
PLÁSTICO
 Na ruptura (ELU) as lajes se dividem em
painéis rígidos, que giram em torno de
‘linhas de ruptura’ (fissuras),
denominadas charneiras ou rotulas
plásticas.
ALTERNATIVAS PARA O
DIMENSIONAMENTO
MÉTODOS ELÁSTICOS
 Fornecem apenas os momentos
característicos, elásticos ou de serviço
(M k), exigidos para verificações aos
ELS.
 Os momentos para dimensionamento no
ELU são obtidos por transformação
linear e admitidos como últimos ou de
ruptura, com majoração pelo:
MÉTODOS PLÁSTICOS
 Fornecem apenas os momentos últimos
de ruptura (Melu), que podem ser usados
no dimensionamento no ELU:
 Para as verificações aos ELS, é
necessário calcular os momentos fletores
(M k ), por algum método elástico. Em
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geral, como os modelos têm formulações
diferentes:
OPÇÕES PARA O
DIMENSIONAMENTO DE LAJES
 Calcular por um método elástico os
momentos Mk , usados também para
verificar as lajes aos ELS; dimensionar
as armaduras com
- processo
mais simples e de maior uso, pois exige
apenas um cálculo. Em geral, é
antieconômico para momentos
negativos.
 Calcular por um método rígido-plástico
os momentos de ruptura ou do ELU,
, para
dimensionar as armaduras; calcular os
momentos M k por método elástico, para
verificar as lajes aos ELS - processo
mais racional, mas exige dois cálculos,
sendo, portanto, mais trabalhoso.
 Não existe regra geral: a escolha entre as
opções vai depender do nível de rigor
exigido no projeto, em função do grau de
complexidade da estrutura e da
conciliação adequada dos requisitos de
segurança, funcionalidade, durabilidade
e economia.
CALCULO DE MOMENTOS NAS
LAJES EM UMA SÓ DIREÇÃO
LAJES ISOLADAS
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 Momentos fletores são calculados como unitária, paralela aos vãos menores como
vigas de largura unitária, paralelas ao viga contínua.
vão menor (tabela 8.6 – livro)  Condição: vãos mínimo e máximo da
 Vão menos: armadura principal viga continua:
articulada para os momentos positivos e
negativos
 Vão maior: armadura de distribuição
(fração da principal)

LAJES CONTINUAS EM UMA SÓ

CALCULO DE MOMENTOS NAS
DIREÇÃO
LAJES EM CRUZ

LAJES ISOLADAS – METODO DE

 Processo aproximado da NB-1/78: MARCUS
cálculo de faixa de laje de largura
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 Momentos fletores calculados em seis CALCULO DE MOMENTOS
casos, função da natureza dos vínculos FLETORES PELO METODO DE
nos bordos – apoio simples ou engaste MARCUS
 Parâmetros de entrada:  Os momentos por unidade de
 Vão Lx: direção da normal ao maior comprimento nas duas direções
número de bordos engastados ortogonais da laje são calculados por:
 Igualdade na 1º condição: Lx = menor
vão

 Coeficientes adimensionais:

 Tabelas 7.4(a) a (f) = seis casos de

condições de apoio
 Entrada nas tabelas: parâmetro

LAJES CONTINUAS EM CRUZ

 As lajes são isoladas por decomposição
virtual:
a) Nos bordos COM continuidade =
ENGASTE
b) Nos bordos SEM continuidade =
APOIO SIMPLES
 As lajes calculadas isoladas fornecem
dois valores de momentos negativos em
um bordo comum – exige uniformização
dos momentos negativos para se obter
um momento único:
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CONSIDERAÇOES ESPECIAIS
SOBRE CONTINUIDADE ENTRE
LAJES
A) Bordo sem continuidade completa:
considerar no cálculo como contínuos
(engaste) os bordos com continuidade
em, no mínimo, 2/3 do comprimento;
caso contrário, apoio simples.

 Em ambos os casos: L2 engastada em L1

por ter continuidade no bordo AC.
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B) Lajes rebaixadas: não se considera a
continuidade entre lajes de níveis
diferentes.

EXEMPLO DE PAVIMENTO TIPO DE

UM EDIFICIO RESIDENCIAL

 L1: engastada em L4 e simplesmente

apoiada nos demais bordos
 L2: rebaixada e simplesmente apoiada
nos quatro bordos
 L3: em balanço e engastada em L1 e L4
 L4: engastada em L1 e L5 e
simplesmente apoiada nos demais bordos
 L5: engastada em L4 e simplesmente
apoiada nos demais bordos

CARGAS DAS LAJES NAS VIGAS
 NBR 6118: da análise rígido-plástica de
lajes na ruptura, as vigas de bordo
recebem as cargas das áreas de
influência (trapézios e triângulos),
definidas por retas saindo dos vértices
(rótulas ou charneiras plásticas), com os
ângulos:
a) 45º entre apoios do mesmo tipo (engastes
ou apoio simples);
b) 60º a partir do engaste, se o outro for
simplesmente apoiado
c) 90º a partir do apoio, quando o bordo
vizinho for livre.
 p = carga unitária por área nas lajes
 Tabela 7.7: Carga linear uniforme das
lajes nas vigas = Reação nos bordos de
lajes maciças por unidade de
comprimento.
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DIMENSIONAMENTO DE LAJES
RETANGULARES
VERIFICAÇÃO DA ESPESSURA DAS
LAJES
 A espessura deve ser suficiente para se
ter:
a) Armadura simples em uma camada
b) Ductilidade aos momentos negativos
nos bordos, limitando a profundidade
da linha neutra:
 Para os momentos máximos, em módulo,
a altura d deve atender:
a) Momentos negativos nos apoios
b) Momentos positivos no vão
 Unidades:
 No cálculo elástico, em geral, os
momentos máximos são negativos!
CALCULO DAS ARMADURAS DE
LAJES
 As armaduras positivas e negativas são
calculadas, em cada direção, como vigas
de largura:
 Calculam-se os coeficientes
adimensionais (sugestão de unidades:
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 Regiões de maiores momentos fletores:

negativas sobre os apoios e positivas no
centro das lajes
 Armadura secundária:

 Número mínimo de três barras por

metro de laje
 Área mínima absoluta (armaduras
positivas e negativas):
 Para área de armadura em cada direção
em cm2 /m de largura de laje, usar:

 Tabela 7.5: bitolas e espaçamentos ARMADURAS POSITIVAS

PRESCRIÇOES DA NBR 6118:2014
ALTERNATIVAS PARA
DETALHAMENTOS
ARMADURA MÍNIMA EM LAJES
 Armadura mínima: melhorar ARMADURA CORRIDA
desempenho e ductilidade à flexão e  Barras retas de mesmo
controlar fissuração. comprimento em cada direção;
 Armadura principal:

 Armadura secundária:

 Antieconômico nas bordas da laje

 Armadura corrida: barras com dois
DETALHAMENTO DE ARMADURAS
comprimentos em cada direção
DE LAJES PELA NBR 6118: 2014
(metade de face a face das vigas de
BITOLAS DAS BARRAS DE bordo e a outra na região central:
ARMADURAS DE LAJES

ESPAÇAMENTOS DAS BARRAS DE

ARMADURAS DE LAJES
 Armadura principal:

ARMADURA ALTERNADA
 Barras de mesmo comprimento em
cada direção:
IMPORTANTE!!!!
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA
DETALHAMENTO DE ARMADURAS
DE LAJES
 O desenho é feito na planta de
FORMAS da estrutura do pavimento:
a) Em cada laje, desenham-se duas
barras da armadura de cada direção
(positiva ou negativa).
 ANOTAR AO LONGO DAS
BARRAS: numero de barras, bitola,
espaçamento e comprimento unitário.
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b) Convenção comum: representar
barras da armadura positiva por
linhas cheias e da armadura negativa
por linhas tracejadas. Com o calculo
informatizado, a prática caiu em
desuso.
c) Não superpor desenhos de
armaduras positivas e negativas se
houver possibilidade de confusão.
Simetria em planta: desenhar
armaduras positivas de um lado e
negativas do outro.
d) Barras de mesma bitola,
comprimento e formato: número
ÚNICO de ordem e posição –
identificação no quadro analítico de
ferros.
e) Planta de armaduras: anotar a
resistência característica do concreto
( f ck ); classe de aço empregado e os
respectivos quadros de armadura
“analítico” e “resumo”.